Avaliação do tratamento sob pressão de postes de Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana com CCA-C

Documentos relacionados
Controle de qualidade: despesa ou investimento?

Espírito Santo Jerônimo Monteiro/ES-Brasil. Recebido em: 31/03/2015 Aprovado em: 15/05/2015 Publicado em: 01/06/2015

AVALIAÇÃO DA RETENÇÃO DOS ELEMENTOS CROMO, COBRE E BORO EM OITO ESPÉCIES DE EUCALIPTO

L C F Recursos Florestais TEMA N 14 PRESERVAÇÃO DE MADEIRAS

A Indústria da Madeira Preservada sob Pressão no Brasil

EFEITO DO TEMPO E PRESSÃO DE TRATAMENTO NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS MADEIRAS DE EUCALIPTO

DIFERENÇAS DE DENSIDADE BÁSICA (KG/M 3 ) DA MADEIRA DE EUCALYPTUS EM RELAÇÃO AO AMBIENTE DE PLANTIO E AO TIPO DE MATERIAL GENÉTICO

Avaliação Da Influencia Do Tratamento Térmico Nas Propriedades Energéticas De Diferentes Espécies

RETENÇÃO E PENETRAÇÃO DE CCA EM MADEIRA DE PRIMEIRA E SEGUNDA ROTAÇÃO DE

Influências do Diâmetro e Umidade da Madeira na Qualidade do Tratamento Preservativo

Eng. MSc. Gisele C. A. Martins

ANÁLISE EXPERIMENTAL DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE VIGAS DE PINUS ELLIOTTII IN NATURA E TRATADAS COM CCA

Resistência biológica da madeira tratada de duas espécies de Eucalyptus em ensaio de campo

AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO FÍSICO E MECÂNICO DE BLOCOS DE CONCRETO ECOLÓGICOS FABRICADOS COM INCORPORAÇÃO PARCIAL DE UM RESÍDUO SÓLIDO INDUSTRIAL

Comparação entre dois métodos de empilhamento na secagem ao ar de Pinus taeda.

Qualidade de Moirões de Eucalipto Tratados Comercializados em Três Municípios do Espírito Santo

Código de identificação: T8-11

EFEITO DO TRATAMENTO TÉRMICO NA ESTABILIDADE DIMENSIONAL DE PAINÉIS AGLOMERADOS DE Eucalyptus grandis

CARACTERIZAÇÃO DE POSTES DE MADEIRA PARA USO NA REDE ELÉTRICA

DAVID PESSOA GUEDES EFEITO DA UMIDADE DOS MOIRÕES E DA CONCENTRAÇÃO DE INGREDIENTE ATIVO NA RETENÇÃO DE CCA-C

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

DESEMPENHO DE UMA SEMEADORA-ADUBADORA UTILIZANDO UM SISTEMA DE DEPOSIÇÃO DE SEMENTES POR FITA.

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

Caracterização de clones e híbridos de eucaliptos com base na norma ABNT NBR 7190: 1997

RESISTÊNCIA NATURAL DAS ESPÉCIES

EVALUATION OF THE USE OF CCB IN THE ROUND FENCE POSTS PRESERVATION: INFLUENCE OF THE DIP-DIFFUSION TIME IN THE PENETRATION OF THE PRESERVATIVE

A qualidade de mudas clonais de Eucalyptus urophylla x E. grandis impacta o aproveitamento final de mudas, a sobrevivência e o crescimento inicial

MANUAL DE CLASSIFICAÇÃO VISUAL

CIRCULAR TÉCNICA N o 137. Setembro/1981

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL VICTOR FASSINA BROCCO

Influência do tratamento térmico nas características energéticas de resíduos lenhosos de eucalipto e pinus: poder calorífico e redução granulométrica

Avaliação da retenção de CCA em postes de eucalipto deteriorados

EFEITO DA TEMPERATURA NA DENSIDADE E NO RENDIMENTO GRAVIMÉTRICO DE CARVÃO DE CLONES DE EUCALIPTO

TUDO O QUE VOCÊ QUER SABER SOBRE CUPINS, MAS NÃO SABIA A QUEM PERGUNTAR

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MOURÕES DE VÁRIAS ESPÉCIES DE Eucalyptus spp. TRATADOS PELO MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO DE SEIVA

QUALIDADE DO TRATAMENTO PRESERVATIVO E ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE BAMBU (Dendrocalamus giganteus)

QUALIDADE DE COLAGEM DE COMPENSADOS DE MADEIRA TRATADOS COM CCA BONDING QUALITY OF CCA TREATED PLYWOOD

Quantificação da serapilheira acumulada em um povoamento de Eucalyptus saligna Smith em São Gabriel - RS

Benefícios do uso da madeira plantada na construção. Humberto T u f o l o C o n s u l t o r i a

LUCAS SOARES AMARAL. PENETRAÇÃO E RETENÇÃO DO PRESERVANTE EM Eucalyptus COM DIFERENTES DIÂMETROS

Ciência Florestal ISSN: Universidade Federal de Santa Maria Brasil

AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-MECÂNICAS DA MADEIRA DE Eucalyptus camaldulensis TRATADO E NÃO TRATADO COM PRESERVATIVO

Engenheiro florestal, M.Sc. em Ciências Florestais, pesquisador da Embrapa Acre, Rio Branco, Acre, embrapa.br 2

Rendimento do carvão vegetal de Mimosa tenuiflora em diferentes temperaturas de carbonização

PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA DE Araucaria angustifolia PROCEDENTE DA REGIÃO CENTRO OESTE DO PARANÁ

PENETRAÇÃO E RETENÇÃO DE ARSENIATO DE COBRE CROMATADO EM MADEIRA DE EUCALIPTO

AÇÃO DE INSETICIDAS SOBRE O PERCEVEJO CASTANHO Scaptocoris castanea Perty, 1833 (HEMIPTERA: CYDNIDAE) NA CULTURA DO ALGODOEIRO *

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO

Produção do tomateiro em função dos métodos de condução e de tutoramento de plantas.

Efeito da Concentração na Ascensão de Soluções Preservativas Preparadas com CCB em Moirões de Eucalyptus

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE BOTUCATU

Anais do II Seminário de Atualização Florestal e XI Semana de Estudos Florestais

Princípios ativos via tratamento de sementes industrial na cultura do milho após armazenamento

APLICAÇÃO DE SAIS HIDROSSOLÚVEIS PARA TRATAMENTO DE MADEIRA ROLIÇA POR MEIO DE MÉTODOS NÃO INDUSTRIAIS

Características gerais da Madeira Prof. Dr. Umberto Klock.

STUDIES ON CABBAGE SEED STORAGE SUMMARY

Denardin, E.L.G. (1), Janissek, P.R (2)., Samios, D. (1)

PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DE COMPENSADOS COM LÂMINAS DE PINUS TAEDA L. TRATADAS COM CCA

CIRCULAR TÉCNICA N o 150. Outubro/1982 ESTIMATIVA DA DENSIDADE A GRANEL DO CARVÃO VEGETAL A PARTIR DE SUA DENSIDADE APARENTE

ESPACIALIZAÇÃO DE PARÂMETROS DE SOLO EM UMA MICROBACIA DE OCUPAÇÃO URBANA - SOROCABA/SP

Introdução. Graduanda do Curso de Engenharia Química FACISA/UNIVIÇOSA. 2

PRODUÇÃO DE COMPENSADOS DE Pinus taeda E Pinus oocarpa COM RESINA FENOL-FORMALDEÍDO

3. Propriedades físicas da madeira

Análise da Produção Energética e de Carvão Vegetal de Espécies de Eucalipto

PRODUÇÃO DE COMPENSADOS DE Pinus taeda L. E Pinus oocarpa Schiede COM DIFERENTES FORMULAÇÕES DE ADESIVO URÉIA FORMALDEÍDO 1

Dormentes de Eucalipto: a Experiência do IPT em Controle de Qualidade

INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES ENTRE SENTIDO DE CORTE E PROPRIEDADES DA MADEIRA DE Pinus elliottii, NA RUGOSIDADE

(Prosopis juliflora (Sw) D.C.), PELO MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO DE SEIVA

SELEÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE GENÓTIPOS DE EUCALIPTO CITRIODORA (Corymbia citriodora) QUANTO À PRODUÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL NA REGIÃO SUL DO TOCANTINS

O que vem a sua cabeça quando escuta a palavra?

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA

Benefícios da Madeira Tratada na Construção Civil.

EFICIÊNCIA DO CCB NA RESISTÊNCIA DA MADEIRA DE ALGAROBA (Prosopis juliflora (Sw.) D.C.) EM ENSAIO DE APODRECIMENTO ACELERADO 1

EFEITO DOS NÍVEIS DE SALINIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO NA PRODUÇÃO DO FEIJOEIRO COMUM*

TRATAMENTO DE SEIS ESPÉCIES DE Eucalyptus spp., UTILIZANDO ARSENIATO DE COBRE CROMATADO (CCA-C) EM MÉTODO INDUSTRIAL COM AUTOCLAVE

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA

INFLUÊNCIA DA IRRIGAÇÃO SOBRE O DESENVOLVIMENTO INICIAL DA CULTURA DO EUCALIPTO, NO MUNICÍPIO DE AQUIDAUANA MS

Campo Digital: Rev. Ciências Exatas e da Terra e Ciências Agrárias, v.8, n.1, p. xx-yy, ago, 2013 ISSN: X

PRODUÇÃO DE PAINÉIS DE MADEIRA AGLOMERADA DE Grevillea robusta

Variação do diâmetro tangencial de poros no lenho de tensão e oposto em Hevea brasiliensis (Willd. ex A. Juss.) Müll. Arg.

Rendimento e qualidade do carvão produzido pela carbonização em um novo forno metálico. RESUMO ABSTRACT INTRODUÇÃO

Estimativa do Teor de Cimento Portland Pozolânico em Concreto

Ciência Florestal ISSN: Universidade Federal de Santa Maria Brasil

APROVEITAMENTO DA AREIA DE FUNDIÇÃO NA PRODUÇÃO DE TIJOLOS

APLICAÇÃO DE RESÍDUO DE CINZAS DE CARVÃO MINERAL APLICADOS NA PRODUÇÃO DE CONCRETOS E ARGAMASSAS

MOGNO AFRICANO TECNOLOGIA E COMPARATIVO DE MADEIRA DAS ESPÉCIES Khaya senegalensis E Khaya ivorensis A. Chev.

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

11 EFEITO DA APLICAÇÃO DE FONTES DE POTÁSSIO NO

INFLUÊNCIA DA MARCHA DE CARBONIZAÇÃO NA QUALIDADE DO CARVÃO VEGETAL DE JUREMA PRETA (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.)

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DO MEL E PREPARO DO PÓLEN COMO AGENTE DE CRISTALIZAÇÃO

ESTRUTURAS DE MADEIRA

CARACTERIZAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E COMPARAÇÃO DA MADEIRA DE Pinus patula, P. elliottii E P. taeda ATRAVÉS DE SUAS PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS.

Ciência Florestal ISSN: Universidade Federal de Santa Maria Brasil

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

INFLUÊNCIA DA TEXTURA DO SOLO SOBRE OS PARÂMETROS DOS MODELOS DE VAN GENUCHTEN E BROOCKS E COREY. Donizete dos Reis Pereira, Danilo Pereira Ribeiro

VARIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DAS ÁRVORES DE Eucalyptus Saligna SMITH EM FUNÇÃO DA ALTURA DO TRONCO

AGRESSIVIDADE DE ESPÉCIES DE Lasiodiplodia EM FRUTOS DE ACEROLA COM OU SEM FERIMENTO

EFICIÊNCIA DE INSETICIDAS, EM TRATAMENTO DE SEMENTES, NO CONTROLE DO PULGÃO Aphis gossypii (HOMOPTERA: APHIDIDAE) NA CULTURA DO ALGODOEIRO

L C F Recursos Florestais em Propriedades Agrícolas

BIOLOGICAL RESISTANCE OF Eucalyptus grandis AND Eucalyptus cloeziana WOODS TREATED TO THE DECAY FUNGI UNDER LABORATORY CONDITIONS

Transcrição:

Scientia Forestalis Avaliação do tratamento sob pressão de postes de Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana com CCA-C Evaluation of the treatment with CCA-C under pressure on Eucalyptus saligna and Eucalyptus cloeziana Wood poles Eduardo Schneid 1, Darci Alberto Gatto 2 e Pedro Henrique Gonzalez de Cademartori 3 Resumo O presente estudo tem como objetivo avaliar o tratamento sob pressão de postes de Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana, considerando a influência do tempo e da pressão aplicada, na penetração e na retenção da solução hidrossolúvel Arseniato de Cobre Cromatado tipo C (CCA-C). Os tratamentos para a preservação da madeira foram realizados em uma autoclave industrial horizontal utilizando-se a solução preservativa CCA-C por meio do processo célula cheia. Os parâmetros dos tratamentos foram: vácuo inicial de 600 mmhg durante 30 minutos, pressão de 10 kgf/cm² ou 12 kgf/cm² durante 60, 90 ou 120 minutos e vácuo final de 600 mmhg durante 15 minutos. Após cada tratamento de impregnação, foram selecionados ao acaso três postes para as análises de penetração e retenção do CCA-C. Os resultados de penetração demonstraram que a maioria dos postes de ambas as espécies foram classificadas como profunda/irregular. Nos postes da espécie Eucalyptus saligna, apenas o tratamento que recebeu pressão de 12 kgf/cm 2 e tempo de 120 minutos apresentou retenção média (9,9 kg/m 3 ) acima do exigido pela norma NBR 16202:2013 (ABNT, 2013). Enquanto nos postes de madeira de Eucalyptus cloeziana, nenhum tratamento apresentou retenção média superior ao exigido pela norma. Palavras Chave: Impregnação da madeira, arseniato de cobre cromatado, qualidade de tratamento preservativo. Abstract This study aims to evaluate the influence of pressure and time in the penetration and retention of chromated copper arsenate solution (CCA-C) in Eucalyptus saligna and Eucalyptus cloeziana wood poles. The treatments were performed in a horizontal autoclave using a preservative solution of CCA-C and Bethell method. The parameters of the treatments were: initial vacuum of 600 mmhg for 30 minutes, pressure of 10 kgf/cm 2 or 12 kgf/cm 2 for 60, 90 and 120 minutes and final vacuum of 600 mmhg for 15 minutes. After the impregnation, three wood poles were randomly selected for the analysis of CCA-C penetration and retention. The results showed that the penetration was classified as deep/irregular in the most of poles for both species. Only treatment with pressure of 12 kgf/cm 2 for 120 minute showed mean value of retention (9.9 kgf/cm 2 ) higher than the mean value required by NBR 16202:2013 (ABNT, 2013). On the other hand, all the mean values of retention in Eucalyptus cloeziana poles were lower than the mean value required in the standard aforementioned. Keywords: impregnation of wood; chromated copper arsenate; quality of preservative INTRODUÇÃO Os postes de madeira utilizados em redes de distribuição elétrica e de telefonia no Brasil são produzidos a partir de madeira do gênero Eucalyptus. A preferência pela utilização das espécies desse gênero está associada a algumas vantagens, tais como rápido crescimento e incremento anual, propriedades mecânicas adequadas e alburno com boa permeabilidade, esta última que permite o tratamento da madeira com produtos preservativos. A principal desvantagem em utilizar postes de madeira é, justamente, pela madeira ser um material de origem orgânica, susceptível ao ataque de organismos xilófagos. Nos postes de madeira, em condição de uso, os organismos xilófagos que causam a degradação biológica da madeira, de forma mais expres- ¹Doutorando Engenharia Civil. UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina - Rua João Pio Duarte Silva, Florianópolis- -SC, Brasil - Caixa Postal 476.- 88040900 - E-mail: eduardoschneid87@gmail.com ²Professor Adjunto do Curso de Engenharia Industrial Madeireira. UFPel - Universidade Federal de Pelotas - Rua Conde de Porto Alegre 793, Pelotas RS - 96010-290 - E-mail: darcigatto@yahoo.com ³Doutorando em Engenharia Florestal. Centro de Ciências Florestais e da Madeira. UFPR - Universidade Federal do Paraná - Av. Pref. Lothário Meissner, 900, Curitiba- PR - 80210-170 - E-mail: pedrocademartori@gmail.com 541

Schneid et al. Avaliação do tratamento sob pressão de postes de Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana com CCA-C siva, são os fungos apodrecedores e os cupins subterrâneos que agem, principalmente, na região de afloramento (BUENO, 2001). Uma vez que a madeira a ser utilizada tem baixa resistência natural à degradação biológica, faz-se necessário que as peças sejam tratadas, a fim de aumentar sua vida útil de serviço. Atualmente, entre os métodos de preservação utilizados por indústrias do setor, os mais eficientes são aqueles aplicados em autoclave, sob condições de vácuo e pressão, denominados como célula-cheia. Nesse método de tratamento, o preservativo mais utilizado é o Arseniato de Cobre Cromatado (CCA). No entanto, para garantir durabilidade à madeira contra os agentes biodegradadores, o tratamento de impregnação deve ser adequado e eficiente. Wolfe (1999) propõe que, a degradação dos postes de madeira de forma precoce está associada a três fatores: baixa penetração do preservativo; inadequada retenção do preservativo e uso de substâncias preservativas de baixa qualidade. Dessa forma, a qualidade dos tratamentos deve ser avaliada, os principais parâmetros de avaliação são a penetração e a retenção do preservativo utilizado. A penetração pode ser definida como a profundidade e a distribuição do preservativo na madeira tratada. Já a retenção é a quantidade de solução retida em um determinado volume de madeira. Esses dois parâmetros de qualidade são influenciados pela madeira a ser tratada e pelos procedimentos de tratamento utilizados (GAL- VÃO et al., 1967; LEPAGE, 1986; SANTINI, 1988). Conforme Defavari et al. (2007), três fatores tem relação direta com o processo industrial: a pressão aplicada, responsável pela penetração do líquido, ou seja, quanto maior a pressão, maior a penetração da solução preservativa; o tempo de pressão também tem influência na penetração, assim como na retenção do preservativo na madeira; e a temperatura, que tem relação diretamente proporcional a viscosidade do líquido, facilitando a penetração. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo avaliar a qualidade do tratamento por meio da influência da pressão aplicada e tempo de pressão na penetração e retenção da solução hidrossolúvel CCA-C em postes de madeira de Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana. MATERIAL E MÉTODOS Os postes de madeira utilizados no presente estudo foram das espécies Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana, sendo que todos os postes tinham comprimento de 12 metros e diâmetro médio de 27,5 cm. Os postes de ambas as espécies foram oriundos de povoamentos florestais, localizados na região metropolitana de Porto Alegre, com idade média de 18 anos. Os tratamentos químicos para a preservação da madeira foram realizados em autoclave industrial horizontal, utilizando-se a solução química hidrossolúvel Arseniato de Cobre Cromatado tipo C, conhecido como CCA-C, com concentração de 2% de ingrediente ativo. Após cada tratamento, a solução era recuperada e reutilizada para o próximo tratamento. Antecedendo o tratamento químico, o teor de umidade dos postes foi medido por meio de medidor de resistência elétrica, conforme recomenda a norma NBR 16202:2013 (ABNT, 2013), deve ser inferior a 30%, ou seja, abaixo do ponto de saturação das fibras (PSF). Para a impregnação da solução, foi utilizado o processo célula cheia, método de Burnett, que é comumente utilizado para impregnação de soluções hidrossolúveis. Esse processo tem como principais etapas um vácuo inicial, pressão e vácuo final. Os parâmetros dos tratamentos para impregnação da solução hidrossolúvel CCA-C na madeira de ambas as espécies utilizadas foram: vácuo inicial de 600 mmhg durante 30 minutos, pressão de 10 kgf/cm² ou 12 kgf/cm² durante 60, 90 ou 120 minutos e vácuo final de 600 mmhg durante 15 minutos. O delineamento experimental para os tratamentos preservativos da madeira realizados em autoclave apresenta- -se na Tabela 1. Em cada tratamento, foram tratados em média 40 postes. Após, selecionou-se ao acaso três postes de cada tratamento para as análises de penetração e retenção do CCA-C conforme a norma NBR 16202:2013 (ABNT, 2013), a qual estabelece que para um lote de até 90 postes de madeira, sejam realizados ensaios de penetração e retenção em três postes tratados. Essas análises foram realizadas a partir de baguetas oriundas do alburno de cada poste selecionado. As baguetas foram retiradas perpendicularmente aos anéis de crescimento e diametralmente opostos com o auxílio de uma broca extratora e furadeira elétrica, conforme recomenda norma NBR 6232:2013 (ABNT, 2013). Os locais de coleta das baguetas foram 30 cm distantes da base, na linha de afloramento (distante 180 cm da base) na metade do comprimento do poste e a 30 cm distantes do topo, totalizando oito baguetas por poste. 542

Tabela 1. Tratamentos dos postes de madeira. Table 1. Treatment of wood poles. Tratamento Espécie Pressão (kgf/cm²) Tempo de pressão (min) 1 Eucalyptus saligna 10 60 2 Eucalyptus saligna 10 90 3 Eucalyptus saligna 10 120 4 Eucalyptus saligna 12 60 5 Eucalyptus saligna 12 90 6 Eucalyptus saligna 12 120 7 Eucalyptus cloeziana 10 60 8 Eucalyptus cloeziana 10 90 9 Eucalyptus cloeziana 10 120 10 Eucalyptus cloeziana 12 60 11 Eucalyptus cloeziana 12 90 12 Eucalyptus cloeziana 12 120 As baguetas foram devidamente colocadas em sacos plásticos hermeticamente fechados e enviadas para o Laboratório da Empresa Montana Química S.A, em São Paulo-SP, onde foram analisadas a penetração e a retenção de ingredientes ativos de CCA-C. Os ensaios de penetração foram realizados por meio de reações colorimétricas, utilizando a substância cromoazurol S conforme a norma NBR 6232:2013 (ABNT, 2013). Essa substância indica a área que contém o preservante CCA, pois ao detectar a presença de cobre, ocorre uma reação entre o cromo da substância cromoazurol S e o cobre do preservante CCA-C, fazendo com que a madeira adquira uma coloração azul escuro. Os resultados da análise de penetração foram classificados visualmente em profunda/ regular e profunda/irregular. Já para os ensaios de retenção, separou-se a parte correspondente do alburno de cada bagueta, descartando-se a parte do cerne. Determinou- -se a massa específica aparente da parte tratável, ou seja, do alburno. Determinada a massa específica aparente, as baguetas foram secas em estufa, para posteriormente serem moídas em moinho tipo Willey, atingindo uma granulometria de 30 mesh e armazenadas em cubetas de plástico. As análises das retenções do preservativo hidrossolúvel CCA-C foram realizadas em espectrômetro de raios-x, modelo Shimadzu-EDX-720. O resultado da análise de retenção foi expresso em kg/ m³ e correspondem aos ingredientes ativos por unidade de volume de madeira tratada. Os dados foram analisados por meio de analise de variância em caso de rejeição da hipótese nula, aplicou-se o teste de comparação de médias de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro. Os fatores analisados foram espécie, pressão e tempo de tratamento. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 2 apresentam-se as penetrações obtidas nos postes de madeira tratados das espécies de Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana. Observa-se que ambas as espécies apresentaram, de maneira geral, maior porcentagem de penetração profunda/irregular. Tabela 2. Avaliação da penetração do CCA-C em postes de Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana. Table 2. Classification of penetration of CCA-C poles of Eucalyptus saligna and Eucalyptus cloeziana. Espécie Pressão (kgf/cm²) Tempo de pressão (min.) Nº de postes Profunda/regular Profunda/irregular 10 60 1 2 10 90 2 1 10 120 1 2 12 60 0 3 12 90 2 1 12 120 2 1 Total 8 (44,4 %) 10 (55,6 %) 10 60 0 3 10 90 2 1 10 120 1 2 12 60 0 3 12 90 1 2 12 120 2 1 Total 6 (33,3 %) 12 (67,7 %) Eucalyptus saligna Eucalyptus cloeziana 543

Schneid et al. Avaliação do tratamento sob pressão de postes de Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana com CCA-C A penetração é influenciada principalmente pela umidade da madeira, presença de pontoações aspiradas e resina, quantidade de alburno e pureza da solução preservativa (CAVALCANTE, 1982). O teor de umidade de cada lote dos postes tratados foi abaixo do ponto de saturação das fibras (PSF), o que é recomendado pela norma NBR 16202:2013 (ABNT, 2013). Dessa forma, não se pode afirmar que o teor de umidade contribuiu para uma penetração irregular do preservante na madeira. Provavelmente, a maior porcentagem de penetração profunda/irregular constatada nesse trabalho, foi influenciada por questões anatômicas. Segundo Sales-Campos et al. (2003), a distribuição ou movimentação de fluidos na madeira pode ser reduzida devido a ocorrência de tilos nos vasos e obstrução da abertura das pontoações por extrativos. Conforme o IPT, a espécie Eucalyptus saligna possui vasos numerosos, com diâmetro médio e obstruído por tilos. Para a espécie Eucalyptus cloeziana, os vasos são solitários em porosidade difusa e muitas vezes são obstruídos por tiloses (ALVES et al, 2012). Portanto, as características anatômicas dos vasos podem ter sido responsável pela distribuição irregular do preservativo. Na Figura 1 apresentam-se os valores médios de retenção total de CCA-C em postes de Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana em função da pressão e do tempo de tratamento. De acordo com a norma NBR 16202:2013 (ABNT, 2013), o mínimo exigido de retenção de CCA-C em postes tratados é 9,6 kg/m³. Sendo assim, o único tratamento nos postes de Eucalyptus saligna que obteve retenção média de preservante superior ao recomendado pela norma foi o que utilizou 12 kgf/cm² de pressão durante um período de tempo de 120 minutos, obtendo 9,9 Kg/m 3. Nos tratamentos realizados em postes de Eucalyptus cloeziana, observa-se que nenhum tratamento obteve retenção média de CCA-C superior ao exigido pela norma NBR 16202:2013 (ABNT, 2013). Dessa forma, tempo inferior a 120 minutos de tratamento e pressões menores que 12 kgf/cm² não são recomendados como parâmetros de tratamento para postes de Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana. Uma vez que o nível de retenção de CCA-C não está de acordo com o recomendado, aumenta a suscetibilidade dos postes de madeira à degradação biológica, diminuindo a vida útil das peças tratadas. Diante disso, os postes tratados não poderiam ser utilizados em redes elétricas, pois não atendem os parâmetros da norma. Porém, mesmo se instalados, aumentam-se os custos de manutenção e/ou substituição de postes, e ainda coloca-se em risco a estrutura das redes de distribuição elétrica. Para ambas as espécies tratadas, quanto maior a pressão aplicada, maiores os níveis de retenção média de CCA-C, ou seja, os postes tratados com pressão de 12 kgf/cm² obtiveram valores mais elevados de retenção do preservante hidrossolúvel. Em relação ao tempo de pressão aplicada, ocorreu uma tendência de aumento do nível de retenção média conforme o aumento do tempo, sendo essa tendência mais pronunciada nos postes de Eucalyptus saligna. Conforme Mendes e Alves (1988), os parâmetros de tratamento como pressão e tempo de pressão exercem influência nos níveis de retenção e penetração de preservantes empregados no tratamento de madeira. Segundo Santini (1988), o aumento do tempo de aplicação de pressão resulta em penetrações mais profundas e maiores retenções são obtidos. Porém, mesmo que esse parâmetro não afete as propriedades da madeira durante o tratamento, a utilização de tempos elevados não é desejável sob o ponto de vista econômico, pois aumenta o custo operacional. Figura 1. Retenção de CCA-C em postes de madeira de Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana. As barras de intervalo correspondem ao coeficiente de variação em cada tratamento. Figure 1. Retention of CCA-C wood poles of Eucalyptus saligna and Eucalyptus cloeziana. The bars correspond to the range of variation coefficient in every treatment. 544

Na Tabela 3 são apresentados os valores médios de retenção de cada ingrediente ativo e total de CCA-C após serem realizadas análises de variância fatorial considerando como fatores a espécie, pressão aplicada e tempo de pressão. A partir disso, constatou- -se que os fatores espécie, pressão e tempo mostraram-se individualmente significativos, enquanto que nenhuma das interações entre os fatores foram significativos em nível de probabilidade de 95%. Observa-se que para o fator espécie, apenas os óxidos de cobre (CuO) e óxidos de arsênio (As 2 ) apresentaram diferença estatística significativa. Já para o fator pressão, apenas o CuO não apresentou diferença estatística significativa, diferentemente dos demais óxidos e da retenção total. Para o fator tempo, todos os óxidos (CrO 3, CuO e As 2 ) e a retenção total apresentaram diferença estatística significativa entre os tempo de 60 e 120 minutos. Dessa forma, evidencia-se que o tempo de aplicação de pressão durante o tratamento provocou maiores níveis de retenção dos ingredientes ativos do CCA-C. Os resultados encontrados no presente trabalho foram semelhantes ao encontrado na literatura. Lima (2012) e Evangelista (2011) relataram que o aumento do tempo de tratamento proporciona maiores níveis de retenção. Já Moreno et al. (2008) mencionam que além do tempo, a pressão também influencia a retenção do produto preservante. Nas Figuras 2 e 3 são apresentadas as proporções de cada óxido em postes tratados de Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana. Tabela 3. Valores médios para a análise de retenção de cada ingrediente ativo presente no CCA-C. Table 3. Mean values for retention analysis of each active ingredient present in CCA-C. Fator Espécie Pressão (kgf/cm²) Tempo (minutos) Retenção (kg/m³) CrO 3 CuO As 2 Total Eucalyptus saligna 3,91 a 1,82 a 2,82 a 8,53 a Eucalyptus cloeziana 4,22 a 1,55 b 2,43 b 8,20 a 10 3,88 a 1,62 a 2,46 a 7,96 a 12 4,24 b 1,75 a 2,79 b 8,78 b 60 3,72 a 1,51 a 2,35 a 7,57 a 90 4,21 ab 1,71 ab 2,67 ab 8,59 ab 120 4,27 b 1,83 b 2,84 b 8,94 b Valores na coluna seguidos de mesma letra não diferem estatisticamente pelo Teste de Tukey em nível de 95% de probabilidade. Figura 2. Retenção de cada ingrediente ativo presente no CCA-C nos tratamentos preservativos em postes de Eucalyptus saligna. Figure 2. Retention of each active ingredient present in the CCA-C preservative treatments on poles of Eucalyptus saligna. 545

Schneid et al. Avaliação do tratamento sob pressão de postes de Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana com CCA-C Figura 3. Retenção de cada ingrediente ativo presente no CCA-C nos tratamentos preservativos em postes de Eucalyptus cloeziana. Figure 3. Retention of each active ingredient present in the CCA-C preservative treatments on poles of Eucalyptus cloeziana. De acordo com a norma NBR 16202:2013 (ABNT, 2013) a composição química da solução CCA-C deve apresentar 18,5% de CuO, 47,5% de Cr 3 O e 34,0% de As 2. Dessa forma, observa-se na Figura 2 que em todos os tratamento a porcentagem de CuO na madeira tratada é superior ao recomendado, o que, consequentemente, torna o percentual dos demais óxidos (As 2 e Cr 3 O) inferior ao recomendado pela norma. Já para os postes da espécie Eucalyptus cloeziana (Figura 3) verifica-se que em todos os tratamentos a porcentagem de As 2 na madeira tratada é inferior ao recomendado, ocorrendo o oposto para o CrO 3 que apresenta porcentagem superior. Já os valores para o CuO mostraram- -se próximos ao recomendado, com pequenas elevações em alguns tratamentos (tempo de 60 min. e pressão de 12 kgf/cm²; tempo de 90 minutos e pressão de 10 kgf/cm²; tempo de 120 minutos e pressão de 10 kgf/cm²). Rak e Clarke (1975) enfatizaram que o problema recorrente em usinas de tratamento de madeira que utilizam CCA como solução preservante, é o fato do desbalanceamento e a formação de depósitos no tanque de trabalho decorrente da adição da solução recuperada no final do processo. Um procedimento adequado para a atenuação do desbalanceamento da solução é a complementação de solução de CCA nova. Os autores ainda relataram que na saída da solução após o vácuo final, aumenta-se a proporção relativa de sais de cobre, com um pronunciado decréscimo dos sais de cromo, enquanto que a variação do arsênio é menos pronunciada. Assim, no final de vários tratamentos, a formulação do CCA pode ser bem diferente da inicial. No presente estudo, observou-se um desbalanceamento da solução preservante em ambas as espécies utilizadas, porém os resultados encontrados para os postes de Eucalyptus saligna corroboraram com o apresentado pelos autores citados, pois o óxido de cobre (CuO) apresentou-se em maior porcentagem na madeira. Já nos postes da espécie Eucalyptus cloeziana, observou-se que o decréscimo ocorreu no arsênio (As 2 ) e um aumento no cromo (Cr 3 O), mas os resultados encontrados diferenciaram-se do relatado por Rak e Clarke (1975). O desbalanceamento da solução pode ter influencia direta na vida útil dos postes. Conforme Willians et al. (1991), o cromo tem função de fixar, o cobre ação fungicida e o arsênio ação inseticida. Portanto, se a retenção de As 2 for inferior ao recomendado, os postes de madeira ficarão mais suscetíveis ao ataque de insetos. Da mesma forma ocorre se a retenção de CuO for deficiente, ou seja, a madeira dos postes não apresentarão resistência aos fungos. 546

CONCLUSÃO A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que a penetração para ambas as espécies foi classificada, na maioria dos postes, como profunda/irregular. A retenção total de CCA- -C aumentou conforme a pressão aplicada e o tempo de tratamento. Já na retenção de cada ingrediente ativo do preservativo, notou-se um desbalanceamento na solução. Recomenda-se que o tratamento de postes de madeira para as espécies estudadas não utilizem pressões inferiores a 12 kgf/cm² e com tempo de 120 minutos. Já em relação à solução preservante CCA-C deve-se manter um controle de qualidade, minimizando o desbalanceamento dos ingredientes ativos. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem a Capes pela concessão da bolsa de mestrado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16202: Postes de eucalipto preservado para redes de distribuição. Rio de Janeiro, 2013. 65 p. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6232: Penetração e retenção de preservativos em madeira tratada sob pressão. Rio de Janeiro, 2013. 20 p. ALVES R. C.; OLIVEIRA, J. T. S.; MOTTA, J. P.; PAES, J. B. Caracterização Anatômica Macroscópica de Madeiras Folhosas Comercializadas no Estado do Espírito Santo. Floresta e Ambiente. Rio de Janeiro, n. 19, p. 352-361. 2012. BUENO, O. C. Controle biorracional de cupins em postes de madeiras. In: CONGRESSO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM ENGENHARIA ELÉTRICA, Brasília, 2001. Anais... Brasília: UnB, 2001. p. 135-158. CAVALCANTE, M. S. Deterioração biológica e preservação de madeira. São Paulo: IPT, 1982, 41 p. DEFAVARI, F. R.; MIZUTA, D.; JANKOWSKY, I. P. Permeabilidade do Cerne de Eucalyptus grandis na impregnação com hidrossolúveis em autoclave. In: SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 15, São Paulo, 2007. Resumos... Piracicaba: USP, 2007. p. 15. EVANGELISTA, W. V. Penetração e retenção de arseniato de cobre cromatado em madeira de eucalipto. 2011. 126 p. Tese (Doutorado em Ciência Florestal) Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2011. GALVÃO, A. P. M.; BARBIN, D.; CARVALHO, C. M. Contribuição ao estudo da eficiência dos processos de difusão simples e dupla no tratamento de moirões de eucalipto, através de análise química. Silvicultura em São Paulo, São Paulo, v. 6, n. único, p. 301-324, 1967. LEPAGE, E. S. Manual de Preservação de Madeiras. São Paulo: IPT, 1986, 2 v. LIMA, F. C. C. Avaliação de nove espécies de Eucalyptus spp. em tratamento preservativo industrial. 2012. 94 p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2012. MENDES, A. S.; ALVES, M. S. A degradação da madeira e sua preservação. Brasília: IBDF/DPq-LPF, 1988. 86 p. MORENO, G; PAN, E.; WOTTITIZ, A.; CARRANZA, M. E.; SEGIENOWICZ, R. Impregnación de la madera de orígenes de Pinus taeda implantados en la localidad de Famaillá, Provincia de Tucumán. Quebracho, Santiago del Estero, n. 15, p. 42-46. Jun. 2008. RAK, J. R.; CLARKE, M. R. Stability and precipitacion of CCA formulations at various temperatures. Part I. Investigation under model conitions using D-Glucose as reducing agent. Forest Products Journal, Madison, v. 25, n. 8, p. 42-48, 1975. SANTINI, E. J. Biodegração e preservação da madeira. Santa Maria: UFSM, 1988. 125 p. SALES-CAMPOS, C.; VIANEZ, B. F.; MENDONÇA, M. S. Estudo da variabilidade da retenção do preservante CCA tipo A na madeira de Brosimum rubescens Taub. Moraceae (pau-rainha) uma espécie madeireira da região amazônica. Revista Árvore, Viçosa, v. 27, n. 6 p. 845-853, 2003. WILLIANS, G.R; CORNFIELD, J.A.; ANDERSON, D.G. Waterbased fixed preservatives. In: THOMPSON, R. (Ed.) The chemistry wood preservation. Cambridge: Royal Society of Chemistry, 1991. p. 323. WOLFE, R. W. Round timbers and ties. USDA Forest Service FPL General Technical Report, Madison, n. 113, p.18-1-18-9, 1999. Recebido em 27/06/2013 Aceito para publicação em 11/11/2013 547