INSETICIDAS UTILIZADOS PARA TRATAMENTO DE SEMENTES NO CONTROLE DE Aphis gossypii (HEMIPTERA: APHIDIDAE) NA CULTURA DO ALGODOEIRO

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Transcrição:

INSETICIDAS UTILIZADOS PARA TRATAMENTO DE SEMENTES NO CONTROLE DE Aphis gossypii (HEMIPTERA: APHIDIDAE) NA CULTURA DO ALGODOEIRO Thiago de Araújo Parussolo (UFG), Érika Alves Fernandes (UFG), Saymon Gregório Trindade (UFG), Cláudio Silveira (Bayer Cropscience Ltda.), Rosana Gonçalves Barros (UFG), Cecília Czepak (UFG). RESUMO Com o objetivo de avaliar a eficiência de inseticidas para tratamento de sementes no controle de Aphis gossypii, na cultura do algodoeiro realizou-se um ensaio na Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da UFG. O cultivar utilizado foi ITA-90 e o delineamento experimental foi em blocos ao acaso com oito tratamentos e quatro repetições, sendo cada parcela constituída de quatro linhas de cinco metros de comprimento. Os tratamentos utilizados foram: imidacloprid (Gaucho 600 FS), imidacloprid 450 FS & clothianidin 150 FS, thiamethoxam (Cruiser 70 WS), Poncho (clothianidin 600 FS) e testemunha. Foram realizadas avaliações aos 10, 15, 20 e 30 dias após a germinação, contando-se, em dez folhas ao acaso/parcela, o número de pulgões vivos. Verificou-se que os inseticidas imidacloprid 450 & clothianidin 150, nas doses de 350 e 450 ml/100 kg de sementes e Poncho 600 FS, na dose de 450 ml/100 kg de sementes apresentaram eficiência de controle acima de 80% até 20 dias após a germinação. O Gaúcho 600 ml / 100 kg de sementes; Cruiser 70 WS, na dose de 300 g de p.c./100 kg de sementes e o imidacloprid 450 & clothianidin 150, na dose de 600 ml de p.c./100 kg de sementes apresentaram eficiência acima de 80% até 30 dias após a germinação da cultura. Palavras-chave: tratamento de sementes, controle químico, pulgões INSECTICIDES USED FOR SEED TREATMENT IN THE CONTROL OF APHIS GOSSYPII (HEMIPTERA: APHIDIDAE) IN THE CULTURE OF THE COTTON PLANT ABSTRACT The efficiency of insecticides for seed treatment was evaluated in the control of Aphis gossypii, in the culture of the cotton plant, cultivar ITA-90, in Goiânia, Go. The experimental design used was blocks completely randomized with eight treatments and four replications, being each portion constituted of four lines of five meters in length. The treatments used were: imidacloprid (Gaucho 600 FS), imidacloprid 450 FS & clothianidin 150 FS, thiamethoxam (Cruiser 70 WS), Poncho (clothianidin 600 FS), and control. Evaluations were accomplished to the 10, 15, 20 and 30 days after the germination, being counted, in ten leaves/plot, the number of alive greenflies. It was verified that the insecticides imidacloprid 450 & clothianidin 150, in the doses of 350 and 450 ml/100 kg of seeds and Poncho 600 FS, in the dose of 450 ml/100 kg of seeds presented efficiency control above 80% up to 20 days after the germination. The Gaucho 600 ml/100 kg of seeds; Cruiser 70 WS, in the dose of 300 g of p.c./100 kg of seeds and the imidacloprid 450 & clothianidin 150, in the dose of 600 ml of p.c./100 kg of seeds presented efficiency above 80% up to 30 days after the germination of the culture. Key-words: seed treatment, chemical control, greenflies.

INTRODUÇÃO O pulgão Aphis gossypii, também conhecido como pulgão das folhas do algodoeiro, pulgão do melão, pulgão do pepino, pulgão da abóbora, é um inseto polífago que vive em colônias na página inferior das folhas, brotações e demais tecidos tenros e meristemáticos da planta de algodão (DEGRANDE 1998). Este pulgão ocorre durante todo o ciclo de desenvolvimento do algodoeiro, mas as maiores infestações podem surgir dos 30 aos 80 dias de idade das plantas, como também na fase de maturação do algodoeiro. Porém como transmissor de viroses os pulgões são importantes durante todo o ciclo da cultura (FUNDAÇÃO MT, 2001). Os pulgões apresentam o corpo ovalado, quando visto de um plano superior, destacando-se na extremidade posterior do abdome, dois cornículos que se prolongam para trás e para cima. Nas formas ápteras, a coloração do corpo varia do amarelo pálido e verde claro ao verde escuro. As formas aladas apresentam antenas escuras e cabeça e tórax negros (GOFF e TISSOT 1932). Segundo Gallo et al (1988), tanto as formas ápteras como aladas de A. gossypii vivem sob as folhas e brotos novos das plantas sugando a seiva, sendo que sua capacidade de multiplicação é rápida e se processa no nosso clima exclusivamente por partenogênese telítoca, fato este que favorece sua proliferação na lavoura. A. gossypii pica a planta com seu rostro pontiagudo, produzindo na mesma o engruvinhamento das folhas e deformação dos brotos, prejudicando o seu desenvolvimento ou mesmo retardando o seu crescimento. Seu ataque inicia-se sob forma de pequenas reboleiras, para depois se generalizar por toda a cultura. Em infestações severas as folhas tornam-se quebradiças, secam e caem, como resultado a produção se reduz consideravelmente (SILVA, 1992). Os pulgões também são responsáveis pela transmissão de viroses como, por exemplo, o azulão do algodoeiro, mosaico das nervuras, entre outras, as quais podem comprometer a produção da cultura. Seu ataque juntamente com o do tripes, quando intenso, as plantas permanecem com o crescimento estacionado (NAKANO, 1980; SANTOS, 1997). Para o controle de A. gossypii é comum a utilização de inseticidas via tratamento de sementes ou mesmo aplicações de granulados no solo ou aplicações aéreas, de preferência com inseticidas sistêmicos. Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência de inseticidas para tratamento de sementes no controle de A. gossypii, na cultura do algodoeiro. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi plantado no dia 07/02/2004 em Goiânia-GO, com a cultivar ITA-90 e a germinação ocorreu em 14/02/2004. O preparo do solo, a adubação e os tratos culturais foram feitos de acordo com as recomendações técnicas para a cultura do algodão na região dos Cerrados. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso com oito tratamentos e quatro repetições. As parcelas foram constituídas de quatro linhas de cinco metros de comprimento, espaçadas de 0,90 metros. E como área útil considerou-se as duas linhas centrais da parcela. Os tratamentos utilizados e suas dosagens foram: imidacloprid (Gaucho 600 FS), na dose de 600 ml de produto comercial (p.c.)/100 kg de sementes; imidacloprid 450 FS & clothianidin 150 FS, nas doses de 350, 450 e 600 ml de p.c./100 kg de sementes; thiamethoxam (Cruiser 70 WS), na dose de 300 g de p.c./100 kg de sementes; Poncho (clothianidin 600 FS), nas doses de 350 e 450 ml de

p.c./100 kg de sementes e testemunha. O tratamento de sementes foi efetuado no dia do plantio utilizando-se sacos de plásticos de 20 l para a homogeneização das sementes. As avaliações iniciaram-se aos 10 dias após germinação e se estenderam aos 15, 20 e 30 dias, contando-se em dez folhas/parcela o número de pulgões vivos. Os dados referentes ao número de pulgões vivos presentes foram submetidos a análise de variância, conforme delineamento proposto e as médias foram transformadas em x+0,5 e comparadas pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade. As percentagens de eficiência dos diferentes tratamentos foram calculadas pela fórmula de (NAKANO et al. 1981). RESULTADOS E DISCUSSÃO Aos 10 dias após a germinação, com exceção dos inseticidas imidacloprid & clothianidin, na dose de 350 ml de p.c./100 kg de sementes e Poncho, na dose de 350 ml de p.c./100 kg de sementes o restante dos inseticidas apresentaram um número estatisticamente menor de pulgões quando comparados com as parcelas testemunha, com eficiência de controle acima de 80% (Tab. 1). Tabela 1. Número médio de pulgões vivos (P) e percentagem de eficiência (%E) dos diferentes tratamentos com inseticida para controle de Aphis gossypii na cultura do algodão em Goiânia GO, 2004. Dose Tratamentos (p.c/100 kg de semente) Dias após a germinação 10 15 20 30 PV* %E PV* %E PV* %E PV* %E Gaucho 600 FS 600ml 0,2b 89 10,5bc 88 48,7bc 81 3,4b 80 Imidacloprid 450 + 350 ml 6,2ab 59 42,5ab 95 25,5bc 90 6,5ab 62 Imidacloprid 450 + 450 ml 3,0b 80 12,5bc 86 25,0bc 90 11,5ab 34 Imidacloprid 450 + 600 ml 2,0b 87 8,7bc 90 24,5b 90 3,4b 80 Cruiser 70 WS 300 g 0,5b 96 0,7c 99 9,5c 96 3,0b 82 Poncho 600 FS 350 ml 10,0ab 35 33,2ab 63 97,7b 62 20,0a 0,0 Poncho 600 FS 450 ml 2,5b 83 31,7ab 65 37,2bc 85 6,3ab 64 Testemunha - 15,5a - 91,0a - 257,5a - 17,5a - CV% - 82,9-50,2-40,5-39,5 - *Números seguidos de mesma letra na mesma coluna, não diferem estatisticamente ao nível de 5% de probabilidade segundo o teste de Duncan Aos 15 dias após a germinação, somente os inseticidas imidacloprid & clothianidin, na menor dose e Poncho 600 FS, nas doses de 350 e 450 ml de p.c./100 kg de sementes não apresentaram diferença estatística em relação a testemunha. Quanto a eficiência de controle mantiveram-se acima de

80% os inseticidas Gaucho 600 FS, imidacloprid & clothianidin, nas doses de 350 e 450 ml de p.c./100 kg de sementes e Cruiser 70 WS. Na avaliação aos 20 dias, todos os tratamentos com inseticida apresentaram um número estatisticamente menor de pulgões, porém observou-se que o Poncho 600 FS, na dose de 350 ml de p.c./100 kg de sementes, não atingiu 80% de controle. Um mês após a germinação observou-se que os inseticidas Gaúcho na dose de 600 ml/100 kg de sementes; imidacloprid & clothianidin, na dose de 600 ml/100 kg de sementes e Cruiser 70 WS, na dose de 300 g/100 kg de sementes, apresentaram um numero de pulgões estatisticamente menor em relação à testemunha e com eficiência de controle acima de 80%. CONCLUSÕES 1. Os inseticidas imidacloprid 450 & clothianidin 150, nas doses de 350 e 450 ml/100 kg de sementes e Poncho 600 FS, na dose de 450 ml/100 kg de sementes apresentaram eficiência de controle acima de 80% até 20 dias após a germinação; 2. O Gaucho 600 FS, na dose de 600 ml de p.c./100 kg de sementes; Cruiser 70 WS, na dose de 300 g de p.c./100 kg de sementes e o imidacloprid 450 & clothianidin 150, na dose de 600 ml de p.c./100 kg de sementes apresentaram eficiência de controle acima de 80% até 30 dias após a germinação da cultura.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEGRANDE P. E. Guia prático de controle das pragas do algodoeiro. Dourados: UFMS, 1998. 60 p. FUNDAÇÃO MT. Boletim de Pesquisa de Algodão. Rondonópolis: Fundação MT, 2001. 238 p. (Boletim, 4) GALLO, D.; NAKANO, O.; SILVEIRA-NETO, S.; CARVALHO, R. P. L.; BATISTA, G. C.; BERTI FILHO, E.; PARRA, J. R. P.; ZUCCHI, R. A.; ALVES, S. B.; VENDRAMIM, J. D. Manual de Entomologia Agrícola. São Paulo: Ceres, 1988. 649 p. GOFF, C. C.; TISSOT A. N. The melon aphid, Aphis gossypii Glover. Gainesvilla: Bull. Fla Agric. Exp. Stn., 1932. 23 p. NAKANO, O. Planejamento do controle das pragas do algodoeiro em São Paulo. Revista Agropecuária, n. 21, p. 27-33. 1980. NAKANO, O.; SILVEIRA NETO, S.; ZUCCHI, R. A. Entomologia econômica. São Paulo: Ceres, 1981. 314 p. SANTOS, W. J. dos. Manejo Integrado de Pragas do Algodoeiro. In:.FUNDAÇÃO MT. Mato Grosso Autoeficiência - O algodão a caminho do sucesso. Rondonópolis: Fundação MT, 1997. p.48-71. (Boletim de Pesquisa). SILVA, A. L. da. Controle Integrado das pragas do algodoeiro em Goiás. In: FUNPE. Manejo Integrado de Pragas e Nematóides. Jaboticabal: FUNEP, 1992. p. 23-51 VENDRAMIM, J. D. Aspectos Biológicos e avaliação de danos de Aphis gossypii. 1980.