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Transcrição:

Banco Mercedes- Benz do Brasil S.A. Demonstrações financeiras consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2016 KPDS 179747

Conteúdo Relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras consolidadas 3 Balanços patrimoniais consolidados 6 Demonstrações consolidadas do resultado 7 Demonstrações consolidadas do resultado abrangente 8 Demonstrações consolidadas das mutações do patrimônio líquido 9 Demonstrações consolidadas dos fluxos de caixa 10 Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas 11 2

KPMG Auditores Independentes Rua Arquiteto Olavo Redig de Campos, 105, 6º andar - Torre A 04711-904 - São Paulo/SP - Brasil Caixa Postal 79518 - CEP 04707-970 - São Paulo/SP - Brasil Telefone +55 (11) 3940-1500, Fax +55 (11) 3940-1501 www.kpmg.com.br Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras consolidadas Aos Acionistas e Diretores do Banco Mercedes- Benz do Brasil S.A. São Paulo - SP Opinião Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas do Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A. ( Banco ), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada do Banco Mercedes-Benz S.A. em 31 de dezembro de 2016, o desempenho consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras consolidadas. Somos independentes em relação ao Banco e suas controladas, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras consolidadas A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as Normas Internacionais de KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firmamembro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative ( KPMG International ), uma entidade suíça. KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative ( KPMG International ), a Swiss entity. 3

Relatório Financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de o Banco continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar o Banco e suas controladas ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança do Banco e suas controladas são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras. Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras consolidadas Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos do Banco e suas controladas. Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração. Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional do Banco e suas controladas. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras consolidadas ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firmamembro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative ( KPMG International ), uma entidade suíça. KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative ( KPMG International ), a Swiss entity. 4

inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar o Banco e suas controladas a não mais se manterem em continuidade operacional. Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras consolidadas representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. São Paulo 30 de março de 2017 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 Alberto Spilborghs Neto Contador CRC 1SP167455/O-0 KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firmamembro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative ( KPMG International ), uma entidade suíça. KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative ( KPMG International ), a Swiss entity. 5

Balanços patrimoniais consolidados em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 (Em milhares de Reais) Nota Caixa e equivalentes de caixa 9 1.164 64.036 Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado 10 341.271 95.514 Ativos financeiros disponíveis para venda 453 257 Empréstimos e recebíveis 11 7.691.261 9.240.722 Ativo tributário diferido 18 430.323 390.109 Ativos não correntes mantidos para a venda 12 56.943 42.586 Outros ativos 15 229.216 232.478 Ativo imobilizado 13 1.524 1.588 Ativos intangíveis 14 10.067 10.337 Total do ativo 8.762.222 10.077.627 Passivo Depósitos de instituições financeiras 16 1.101 - Depósitos de clientes 17 157.279 232.255 Obrigações por empréstimos e repasses 19 5.926.886 7.101.493 Títulos de dívidas emitidos 20 814.658 960.903 Tributos a recolher 5.363 6.215 Imposto de renda e contribuição social a recolher 18 70.818 86.288 Passivo fiscal diferido 12.639 11.448 Provisões 21 208.668 170.965 Outros passivos 22 63.919 45.337 Total passivo 7.261.331 8.614.904 Patrimônio líquido atribuído ao controlador Capital social 23 1.439.523 1.375.368 Ajustes de avaliação patrimonial 54 1 Reservas 36.466 62.935 Total do patrimônio líquido atribuído ao controlador 1.476.043 1.438.304 Participação de não controlador 24.848 24.419 Total do patrimônio líquido 1.500.891 1.462.723 Total do passivo e do patrimônio líquido 8.762.222 10.077.627 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. 6

Demonstrações consolidadas do resultado Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de Reais) Nota Receita com juros e similares 3 1.108.409 1.091.382 Despesa com juros e similares 3 (527.604) (500.170) Resultado líquido de juros e similares 580.805 591.212 Perdas por impairment de ativos financeiros, líquidas das recuperações (346.017) (386.282) Receita líquida de juros 234.788 204.930 Resultado de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado 4 29.748 13.344 Despesas gerais e administrativas 6 (86.801) (77.403) Despesas de pessoal 7 (78.877) (96.488) Outras receitas 5 53.273 74.609 Outras despesas 5 (80.331) (56.262) Total das receitas/despesas (162.988) (142.200) Lucro operacional antes da tributação sobre o lucro 71.800 62.730 Impostos de renda e contribuição social 18 (31.775) 19.957 Lucro líquido do exercício 40.025 82.687 Resultado atribuído para: Controlador 37.686 78.666 Não controlador 2.339 4.021 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. 7

Demonstrações consolidadas dos resultados abrangentes Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de Reais) Lucro líquido do exercício 40.025 82.687 Outros resultados abrangentes - - Resultado Abrangente do Exercício 40.025 82.687 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. 8

Demonstrações consolidadas das mutações do patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2016 (Em milhares de Reais) Reserva de Lucros Capital Social Legal Especial Ajustes de avaliação patrimonial Prejuízos acumulados Patrimônio líquido atribuído ao controlador Participação de não controlador Total do Patrimonio Líquido Saldos em 31 de dezembro de 2014 1.375.368 32.250 - - (47.981) 1.359.637 22.917 1.382.554 Ajustes de avaliação patrimonial - - - 1-1 - 1 Lucro do exercício - - - - 78.666 78.666 4.021 82.687 Destinações: Reserva legal - 4.477 - - (4.477) - - - Reserva especial - - 26.208 - (26.208) - - - Distribuição de dividendos - - - - - - (2.519) (2.519) Saldos em 31 de dezembro de 2015 1.375.368 36.727 26.208 1-1.438.304 24.419 1.462.723 Aumento de capital - capitalização da reserva 64.155 (37.947) (26.208) - - - - - Ajustes de avaliação patrimonial - - - 53-53 - 53 Lucro do exercício - - - - 37.686 37.686 2.339 40.025 Destinações: Reserva legal - 1.635 - - (1.635) - - - Reserva especial - - 36.051 - (36.051) - - - Distribuição de dividendos - - - - - - (1.910) (1.910) Saldos em 31 de dezembro de 2016 1.439.523 415 36.051 54-1.476.043 24.848 1.500.891 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. 9

Demonstração consolidada dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 (Em milhares de Reais) Atividades operacionais Lucro líquido do exercício 40.025 82.687 Ajustes do lucro líquido: Perdas por impairment de ativos financeiros, líquidas das recuperações 346.017 386.282 Depreciação e amortização 753 810 Ajustes de avaliação patrimonial 53 - Juros com títulos de dívidas emitidos 45.402 38.871 Constituição/ reversão de provisões 37.703 780 Variação de ativos e passivos (Aumento) em ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado (245.757) (40.359) Redução de empréstimos e recebíveis 1.219.630 1.053.130 Redução (Aumento) em ativo tributário diferido (40.214) (93.713) (Aumento) em ativos não correntes mantidos para a venda (30.543) (43.702) Redução (Aumento) em outros ativos 3.262 (9.445) Aumento (Redução) de depósitos de instituições financeiras 1.101 (11.205) (Redução) Aumento de depósitos de clientes (74.976) 101.541 (Redução) de obrigações por empréstimos e repasses (1.174.607) (1.398.567) (Redução) Aumento de tributos a recolher (852) 3.515 Aumento de imposto de renda e contribuição social a recolher 72.195 85.410 Aumento (Redução) de passivo fiscal diferido 1.191 (703) Aumento (Redução) de outros passivos 18.582 (8.424) Impostos pagos (87.665) (67.885) Caixa líquido aplicado nas atividades operacionais 131.300 79.023 Atividades de investimento Aumento em ativos financeiros disponíveis para venda (196) (257) Alienação de imobilizado de uso 51 45 Aquisição de imobilizado de uso (426) (402) Alienação de intangível - 30 Aquisição de intangível (44) (58) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (615) (642) Atividades de financiamento Aumento de títulos de dívidas emitidos (191.647) (83.026) Distribuição de dividendos (1.910) (2.519) Caixa líquido proveniente de atividades de financiamento (193.557) (85.545) Redução de caixa e equivalentes de caixa (62.872) (7.164) Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 64.036 71.200 Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 1.164 64.036 Redução de caixa e equivalentes de caixa (62.872) (7.164) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. 10

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. 1 Contexto operacional O Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A. (Banco), está organizado e autorizado a operar como Banco Múltiplo com as seguintes carteiras: (i) Arrendamento Mercantil; (ii) Crédito, Financiamento e Investimento; (iii) Investimento; (iv) Intermediação de seguros e (v) Prestação de serviços financeiros. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de empresas que atuam integradamente no mercado financeiro. As Demonstrações financeiras consolidadas para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 foram autorizadas para emissão conforme aprovação da Administração em 15 de março de 2017. 2 Políticas contábeis 2.1 Base de preparação As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo foram preparadas e estão sendo apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (International Financial Reporting Standards - IFRS) e as interpretações IFRIC, emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). A reconciliação e a descrição dos efeitos das práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil para aquelas utilizadas nestas demonstrações financeiras, relativas ao patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2016 e 2015 e o lucro líquido referente aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, estão demonstradas na nota explicativa nº 2.8. Na elaboração dessas demonstrações financeiras consolidadas, o Banco utilizou as práticas contábeis descritas na nota explicativa n 2.6. 2.2 Base de avaliação Estas demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto para: Instrumentos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado. 2.3 Moeda funcional e de apresentação As demonstrações financeiras estão sendo apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional das empresas que compõem o Grupo no Brasil. Exceto quando indicado, as informações financeiras expressas em milhares de Reais foram arredondadas para o milhar mais próximo. 2.4 Base de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incluem as posições patrimoniais e financeiras e os resultados do Banco, da investida (100%) Mercedes-Benz Leasing do Brasil Arrendamento Mercantil S.A. (empresa autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil), Mercedes-Benz Corretora de Seguros Ltda. (empresa não financeira) e a Mercedes-Benz do Brasil Assessoria Comercial Ltda. (empresa não financeira). 11

A elaboração das demonstrações financeiras das entidades consolidadas do Banco é feita para o mesmo exercício social utilizando-se práticas contábeis consistentes. A consolidação é integral, todas as transações, saldos, receitas e despesas entre as entidades consolidadas foram eliminadas. Mercedes-Benz Leasing do Brasil Arrendamento Mercantil S.A. A Mercedes-Benz Leasing do Brasil Arrendamento Mercantil S.A., é uma sociedade por ações de acordo com a Lei nº 6.404/76 e alterações posteriores, que tem por objetivo principal efetuar operações de arrendamento definidas pela Legislação em vigor, inclusive sujeito às normas e controles do Banco Central do Brasil. Mercedes-Benz Corretora de Seguros Ltda. A Mercedes-Benz Corretora de Seguros Ltda. tem como objeto social principal a prática de corretagem de operações de seguros. As atividades operacionais da Corretora estão inseridas no contexto dos negócios do Banco Mercedes-Benz e Mercedes-Benz Leasing do Brasil. Mercedes-Benz do Brasil Assessoria Comercial Ltda. A Mercedes-Benz do Brasil Assessoria Comercial Ltda. tem como objeto social principal a prestação de serviços consultoria e assessoria em operações e atividades correlatas aos mercados financeiro e de capitais, elaboração e execução de projetos e participações em outras sociedades. As entidades consideradas na consolidação das demonstrações financeiras são constituídas e domiciliadas no Brasil. A sede do Banco está localizada na Avenida do Café, 277, na cidade de São Paulo, Brasil. 2.5 Usos de premissas, estimativas e julgamentos Os resultados do Grupo estão sujeitos às estimativas, políticas e premissas contábeis que são inerentes à elaboração de suas demonstrações financeiras consolidadas. A elaboração das demonstrações financeiras de acordo com o IFRS exige julgamentos, estimativas e premissas, por parte da Administração, que afetam a aplicação das políticas contábeis e os montantes apresentados a título de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados efetivos podem diferir dessas estimativas. As estimativas e as premissas são revisadas periodicamente. As revisões relativas às estimativas contábeis são reconhecidas no período em que a estimativa é revisada e em todos os períodos subsequentes afetados. As áreas referentes a estimativas e julgamentos críticos na aplicação de políticas contábeis que tem o efeito mais significativo nos valores reconhecidos nas demonstrações financeiras são: a. Redução no valor recuperável de empréstimos e recebíveis A Administração examina ao menos mensalmente sua carteira de crédito com o objetivo de identificar evidências objetivas de perdas no valor recuperável dos ativos, que indiquem uma redução mensurável nos fluxos de caixa futuros estimados. O Banco utiliza estimativas com base na experiência de perdas passadas e de perdas que tenham ocorrido, mas não tenham sido identificadas ao estimar seus fluxos de caixa futuros. 12

A política contábil em relação a perdas pela redução no valor recuperável dos empréstimos e recebíveis está descrita na nota explicativa n 2.6 (f). A nota explicativa nº 11 (c) detalha a movimentação da provisão para redução no valor recuperável do exercício. b. Avaliação de instrumentos financeiros A política contábil do Banco em relação à avaliação de instrumentos financeiros encontra-se descrita na nota explicativa nº 2.6 (e). Os valores justos de instrumentos financeiros contabilizados e não cotados em mercados ativos são determinados através de técnicas de avaliação. Preferencialmente, os modelos utilizam dados de valores cotados no mercado. São utilizadas estimativas pela Administração quando não for possível obter dados observáveis. A nota explicativa nº 8 apresenta a avaliação de instrumentos financeiros com mais detalhes. c. Ativo e passivo fiscal diferido A política contábil do Banco para o reconhecimento do ativo fiscal diferido e do passivo fiscal diferido está descrita na nota explicativa nº 2.6 (o). Um ativo fiscal diferido é reconhecido quando for provável auferir lucros tributáveis futuros para compensação com as diferenças temporárias dedutíveis. O reconhecimento de um ativo fiscal diferido depende de julgamentos da Administração em relação à probabilidade e à suficiência de lucros tributáveis futuros, reversões futuras de diferenças temporárias tributáveis existentes e estratégias de planejamento fiscal. O montante do ativo fiscal diferido reconhecido é baseado nas evidências disponíveis sobre as condições na data do balanço e exige que a Administração realize julgamentos significativos, principalmente aqueles com base nas estimativas da Administração para o crescimento dos negócios e perdas de crédito. O julgamento da Administração leva em conta o impacto de evidências negativas e positivas, incluindo os resultados financeiros passados e projeções de lucro tributável futuro. Os passivos fiscais diferidos são compostos por obrigações fiscais e reconhecidos no momento de sua ocorrência. A nota explicativa nº 18 apresenta informações mais detalhadas sobre os impostos diferidos. d. Provisões para ações judiciais A política contábil do Banco para reconhecimento das provisões para ações judiciais está descrita na nota explicativa n 2.6 (p). As provisões são passivos gerados no passado e que possuem um valor ou um prazo incerto. São reconhecidos nas demonstrações financeiras quando for considerado provável o risco de perda, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Passivo contingente é uma possível obrigação gerada por eventos passados, mas que somente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos que não podem ser totalmente controlados pela Administração, ou uma obrigação presente de eventos passados que não foi reconhecida por não ser provável um fluxo financeiro de saída de recursos que incorporem os benefícios econômicos exigidos para liquidar a obrigação, ou o valor dessa obrigação não pode ser mensurado com confiabilidade. Portanto, uma provisão não é reconhecida nas demonstrações financeiras, sendo apenas divulgada. 13

A realização de ativos contingentes será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos que não podem ser totalmente controlados pela Administração. Não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, exceto quando da existência de decisão transitada em julgado em última instância. 2.6 Resumo das principais práticas contábeis a. Conversão de moeda estrangeira Transações e saldos em moeda estrangeira - As transações originalmente denominadas ou a serem liquidadas em moeda estrangeira são convertidas na moeda funcional usando as taxas de câmbio da data da transação ou da data da avaliação, na qual os itens são remensurados. Os ganhos e perdas cambiais resultantes da liquidação e da conversão de ativos e passivos monetários em moeda estrangeira pela taxa de câmbio na data do balanço são reconhecidos no resultado. b. Receita e despesa líquida de juros e similares São reconhecidas na demonstração consolidada do resultado as receitas e despesas de juros e similares sobre ativos e passivos financeiros utilizando-se o método da taxa efetiva de juros. O método da taxa efetiva de juros é utilizado para calcular o custo amortizado de ativo ou de passivo financeiro e de alocar receitas ou despesas de juros no respectivo período. A taxa efetiva de juros é a taxa de desconto que é aplicada sobre os pagamentos ou recebimentos futuros estimados ao longo da expectativa de vigência do instrumento financeiro. Ao calcular a taxa efetiva de juros, o Grupo Financeiro Mercedes-Benz estima os fluxos de caixa, considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro, mas não considera perdas de crédito futuro. O cálculo inclui as comissões pagas ou recebidas entre as partes do contrato, os custos de transação e os outros prêmios ou descontos. c. Receitas e despesas de taxas e comissões As despesas e receitas de taxas e comissões, quando forem adicionais e diretamente relacionadas à transação com instrumentos financeiros, são incluídas no cálculo da taxa de juros efetiva. Quando não fazem parte dos juros efetivos e são decorrentes da negociação ou participação na negociação de uma transação com terceiros, são reconhecidas de acordo com a competência à medida que os serviços são prestados, registrados em receita de prestação de serviços. d. Resultado de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado Na rubrica resultado de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são contabilizados os ganhos e perdas realizados e não realizados provenientes do ajuste do valor justo e o resultado relacionado à negociação de referidos ativos financeiros. 14

e. Instrumentos financeiros e.1 Ativos financeiros Ativos financeiros são classificados como: (i) Investimentos financeiros mantidos até o vencimento, (ii) Investimentos financeiros disponíveis para venda, (iii) Instrumentos financeiros designados a valor justo por meio do resultado ou (iv) Empréstimos e recebíveis. O Banco determina a classificação dos seus ativos financeiros no momento do seu reconhecimento inicial, quando ele se torna parte das disposições contratuais do instrumento. (i) (ii) (iii) (iv) Investimentos financeiros mantidos até o vencimento Os investimentos financeiros mantidos até o vencimento são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis e vencimentos definidos, para os quais a Administração tem intenção positiva e capacidade de manter até o vencimento. Eles são registrados inicialmente ao seu valor justo acrescido dos custos diretamente atribuíveis, sendo mensurados depois ao custo amortizado através do método da taxa de juros efetiva menos eventuais reduções no valor recuperável. Investimentos financeiros disponíveis para venda São classificados como investimentos financeiros disponíveis para venda aqueles mantidos por prazo indefinido, que podem ser vendidos para atender necessidades de liquidez, mudanças nas taxas de juros ou preços de instrumentos patrimoniais. Inicialmente, são registrados ao valor justo acrescido dos custos diretamente atribuíveis, sendo posteriormente mensurados ao valor justo com ganhos e perdas reconhecidos no resultado abrangente. Ativos financeiros para negociação Os ativos financeiros classificados como para negociação são avaliados ao valor justo por meio do resultado quando são adquiridos ou incorridos com o objetivo de negociação no curto prazo. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mantidos para negociação são apresentados na Demonstração consolidada do resultado na conta Resultado líquido com instrumentos financeiros mantidos para negociação no período em que ocorrem, a menos que o instrumento tenha sido contratado em conexão com outra operação. Nesse caso, as variações são reconhecidas na mesma linha do resultado afetada pela referida operação, sendo classificadas na Demonstração consolidada do resultado na linha de Resultado de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo no resultado. Empréstimos e recebíveis Nessa categoria enquadram-se empréstimos e recebíveis. Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis que não são cotados em um mercado ativo, não são classificados como disponíveis para venda e o Banco não pretende vender no curto prazo. Inicialmente são reconhecidos pelo valor justo, representados pelos recursos entregues para originar o empréstimo, acrescidos de quaisquer custos diretamente atribuíveis à transação menos as taxas recebidas. São mensurados pelo custo amortizado pelo método da taxa 15

efetiva de juros, menos quaisquer reduções no valor recuperável posteriormente. O reconhecimento dos empréstimos ocorre quando há a liberação dos recursos aos clientes, sendo os resultados em rubrica de receita de juros e similares. e.2 Passivos financeiros ao custo amortizado Depósitos de instituições financeiras e de clientes, obrigações por empréstimos e repasses e títulos de dívidas emitidos são mensurados pelo custo amortizado utilizando a taxa efetiva de juros, a qual desconta os pagamentos futuros estimados ao longo da existência do instrumento. O cálculo da taxa efetiva inclui todas as despesas e receitas incrementais associadas ao instrumento financeiro. As despesas de juros correspondentes destes instrumentos financeiros são incluídas na demonstração consolidada do resultado na conta de despesas de juros e similares. e.3 Compensação de instrumentos financeiros Quando há um direito legal de compensar os valores reconhecidos e uma intenção de realizá-los numa base líquida, ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente os ativos e passivos financeiros são compensados e é apresentado no balanço patrimonial o valor líquido. Não há compensação de instrumentos financeiros nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015. f. Provisão para redução ao valor recuperável de ativos financeiros De acordo com as normas do IFRS, o modelo de mensuração de provisão para operações de crédito se baseia nos conceitos de perda incorrida, que requer a identificação de evidência objetiva de perda por redução ao valor recuperável como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o momento do reconhecimento do ativo financeiro. O Banco mensura a sua perda mensalmente através de metodologias diferenciadas para o segmento Varejo e Atacado. Segmento Varejo Para o segmento Varejo o banco determina a perda através do Delinquency Migration Method (DMM) que consiste na separação do portfolio em grupos de ativos com características semelhantes ( homogeneous pools ). O DMM é um método de cálculo estatístico para determinação dos níveis de provisionamento que separa o portfolio em dois grupos: Ativos deteriorados ( Bad Book ) e Ativos não deteriorados ( Good Book ). O Good Book inclui contratos que não estão inadimplentes ou que estão com atraso inferior a 31 dias. Para esses ativos o DMM calcula uma provisão para perdas ocorridas que, no entanto, não foram ainda percebidas através de um índice chamado Período para identificação da perda. O Bad Book contém todos os ativos com atraso superior a 30 dias e é dividido por faixas de atraso. De forma geral o nível de provisionamento é baseado em dois índices: a probabilidade da perda e a severidade de perda. Ambos os índices são construídos sobre a migração de contratos 16

entre as diferentes faixas de inadimplência e suas respectivas perdas. Ativos considerados com características semelhantes possuem os mesmos índices, ou seja, o mesmo nível de risco. O produto desses dois índices resulta no percentual de provisionamento para os ativos considerados deteriorados. As variáveis do modelo DMM são revistas regularmente pelo Banco com o intuito de sempre reduzir as diferenças entre as estimativas e as perdas realizadas. Segmento Atacado O Banco avalia mensalmente a existência de qualquer evidência objetiva de que um ativo ou um grupo de ativos financeiros estejam deteriorados. Um ativo ou um grupo de ativos financeiros está deteriorado e as perdas por redução ao valor recuperável são incorridas caso exista a evidência objetiva de perda, como resultado de um ou mais eventos que ocorreram após o reconhecimento inicial do ativo ("evento de perda") e se esse evento (ou eventos) de perda tiver um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados que possa ser confiavelmente estimado. Os critérios que o Banco utiliza para determinar se há evidência objetiva de perda por redução ao valor recuperável incluem: Inadimplência nos pagamentos do principal ou juros; Dificuldades financeiras do emissor; Violação de cláusulas ou termos de empréstimos; Início de processo de falência; Reestruturação de créditos problemáticos; Operações com indícios de fraude; Deterioração do valor da garantia; entre outros. A mensuração das perdas no valor recuperável dos ativos deve ser realizada de modo a segregar as operações individualmente relevantes e aquelas individualmente não relevantes que possuam similaridades de modo a serem avaliadas coletivamente. A revisão dos ativos financeiros individualmente relevantes é realizada, no mínimo uma vez por ano, ou mais frequentemente quando circunstâncias individuais assim o exigirem. Provisões para redução ao valor recuperável sobre contas individualmente avaliadas são determinadas através de uma avaliação caso a caso das perdas nos fluxos de caixa originalmente esperados em comparação ao novo fluxo de caixa da operação esperado na data do balanço. Esta avaliação inclui as garantias (incluindo as prováveis despesas decorrentes de todo processo até a execução das garantias) e os recebimentos. 17

O montante da perda é mensurado como a diferença entre o valor contábil do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo as perdas de crédito futuras que não tenham sido incorridas) descontado à taxa efetiva de juros, original do ativo. O valor contábil do ativo é reduzido através do uso de uma conta de provisão (redutora) e o montante da perda é reconhecido no resultado. A metodologia e as premissas utilizadas para estimar os fluxos de caixa futuros são revistas regularmente pelo Banco para reduzir diferença entre estimativas de perda e a experiência de perda atual. Quando um empréstimo ou recebível é incobrável ele é baixado contra provisão para redução ao valor recuperável. Os valores de empréstimos e recebíveis recuperados após sua baixa são reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. Caso, num período subsequente, o montante de redução ao valor recuperável for diminuído e a diminuição puder estar relacionada objetivamente com um evento que ocorra após o reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável, a perda reconhecida anteriormente é revertida na conta de provisão para redução ao valor recuperável de ativos financeiros com contrapartida na demonstração do resultado. Determinar a adequação da provisão obriga a Administração a exercer um julgamento significativo sobre assuntos que são inerentemente incertos, inclusive o cronograma, a frequência e a severidade das perdas. g. Operações de crédito renegociadas A Administração considera como eventos de renegociação, qualquer alteração contratual (prazo, fluxo, desconto, etc.) ocasionada devido a uma dificuldade de pagamento por parte do cliente, sendo estes eventos indicativos de perda no valor recuperável dos ativos. A partir destes eventos as operações são classificadas como specific reserve e passam a ser considerados nos fluxos financeiros esperados, eventuais custos legais e do processo de recuperação. Embora os mesmos não sejam considerados como vencidos, sua provisão é calculada com base na comparação do fluxo financeiro originalmente pretendido e o novo fluxo financeiro afetado pelo evento de perda identificado e considerando todas as garantias. h. Baixa de instrumentos financeiros Ativos financeiros são baixados quando os direitos contratuais do recebimento dos fluxos de caixa provenientes desses ativos cessam ou se houver uma transferência substancial dos riscos e benefícios, o Grupo Financeiro Mercedes-Benz avalia o controle do instrumento, a fim de assegurar seu envolvimento contínuo ou ativo. A baixa de passivos financeiros é feita quando há a extinção deles, quando é realizado o pagamento, seu cancelamento ou há a sua expiração. 18

i. Reclassificação de ativos financeiros De acordo com o IAS 39, a reclassificação de um ativo financeiro não-derivativo é permitida em circunstâncias específicas. Os ativos financeiros classificados como disponíveis para negociação podem ser reclassificados para outra categoria se no curto prazo este ativo não for mais mantido para negociação. Os empréstimos e recebíveis são reclassificados quando houver intenção de negociação por parte da Administração e o surgimento de um mercado frequentemente negociado. Para se reclassificar um instrumento financeiro mensurado ao valor justo através do resultado, os ganhos e perdas já reconhecidos no resultado não serão revertidos e o valor justo do instrumento financeiro na data de sua reclassificação deverão se tornar o seu novo custo. Não há reclassificações nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2016 e 2015. j. Ativo imobilizado Os itens do ativo imobilizado são demonstrados ao custo, subtraindo-se a depreciação acumulada e eventuais perdas no valor recuperável. A depreciação é efetuada de modo a reconhecer o custo, menos o valor residual estimado de cada ativo. Ela é calculada pelo método linear com base nas seguintes taxas anuais: Móveis e equipamentos de uso - 10% Sistema de processamento de dados (equipamento) - 20% Sistemas de comunicação - 10% Sistemas de transporte - 20% Instalações - 10% Os custos subsequentes são adicionados ao valor contábil do ativo ou reconhecidos como outro ativo, dependendo do caso, somente quando houver probabilidade de que serão gerados benefícios econômicos futuros associados ao ativo. São reconhecidos no resultado do período em que são incorridas todas as despesas relativas à manutenção e reparo. Ao final de cada exercício os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, caso seja apropriado. k. Ativos intangíveis Os ativos intangíveis são constituídos por aquisição de licença de direito de uso de softwares e cujas amortizações são efetuadas às taxas de 20% ao ano, que consideram o prazo de vida útil dos ativos. O ágio na Mercedes-Benz do Brasil Assessoria Comercial Ltda. é proveniente da aquisição da Mercedes-Benz Corretora de Seguros Ltda. no ano de 2009 e foi baseado em laudo de avaliação de empresa especializada que utilizou como base de cálculo expectativa de rentabilidade baseado em projeção de resultado de exercícios futuros. 19

l. Redução no valor recuperável de ativos intangíveis e ativo imobilizado Na data-base de divulgação das demonstrações financeiras, o Banco tem como prática a revisão quanto a eventos ou circunstâncias que indicam que o valor contábil de um ativo não-financeiro pode ser irrecuperável. Essa revisão ocorre ao menos anualmente, mas caso ocorram eventos ou mudanças que indiquem uma possível perda de valor recuperável, este teste pode ser efetuado com maior frequência. Na existência de alguma indicação de perda, deve ser calculado o valor recuperável deste ativo. A redução do valor recuperável dos ativos não financeiros deve ser reconhecida como perda quando o valor contábil do ativo for maior do que o valor recuperável. As perdas por impairment deverão ser registradas no resultado do período em que foram identificadas. m. Ativos não correntes mantidos para a venda São classificados na categoria de ativos não correntes mantidos para a venda, os bens retomados por execução de garantias prestadas em operações de créditos não performadas cujo valor contábil venha a ser recuperado, principalmente por meio de uma transação de venda, ao invés do uso continuado. Para este ser o caso, o ativo deve estar disponível para a venda imediata em sua condição atual, sujeito apenas aos termos que sejam usuais e habituais para vendas desses ativos e sua venda deve ser altamente provável. Uma vez classificados nesta categoria, os ativos são mensurados ao menor dentre o valor contábil ou valor justo menos os custos para venda. Estes ativos não são amortizados e estão sujeitos a impairment. A perda por impairment é reconhecida no resultado e podem ser revertidas. n. Arrendamentos financeiros e operacionais - Arrendador Os arrendamentos operacionais representam as operações de arrendamento que não são classificadas como arrendamentos financeiros. Quando o Banco arrenda equipamentos e há uma transferência de todos os riscos e benefícios de sua titularidade ao arrendatário, a operação será contabilizada como arrendamento financeiro. É incluído na conta empréstimos e recebíveis o investimento líquido em arrendamentos financeiros; já as receitas brutas no prazo do arrendamento são reconhecidas de modo a gerar uma taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido. Os pagamentos a receber são apresentados na rubrica empréstimos e recebíveis. Os custos diretos de arrendamentos são incorporados ao valor do reconhecimento inicial do ativo. Valores residuais O risco de valor residual ocorre devido à incerteza do valor de um ativo ao fim do prazo do contrato. Ao longo da vida do ativo, seu valor residual irá variar devido a incertezas do mercado futuro, a mudanças tecnológicas ou inovações em produtos e a condições econômicas em geral. 20

Os valores residuais são definidos no início do contrato de arrendamento com base nas expectativas da Administração de valores futuros. Durante o prazo do arrendamento, os valores residuais são revisados anualmente, de modo a identificar qualquer possível redução no valor recuperável. Qualquer redução no valor residual que resulte em uma redução no valor recuperável de um ativo é reconhecida imediatamente. o. Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido A provisão para imposto de renda pessoa jurídica (IRPJ) é calculada à alíquota de 15% sobre o lucro real, acrescida de 10% sobre o lucro real excedente a R$240 mil ao ano. A provisão para contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) é calculada à alíquota de 15% até 31 de agosto de 2015 e 20% a partir de 01 de setembro de 2015 a 31 de dezembro de 2018 para as empresas Banco e Leasing e 9% para as empresas Corretora e Assessoria, em ambos os casos, consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30% do lucro real. São reconhecidas as despesas de IRPJ e CSLL na demonstração consolidada do resultado, exceto quando resulta de uma transação registrada diretamente no patrimônio líquido, sendo, nesse caso, o efeito fiscal reconhecido também no patrimônio líquido. Os ativos e passivos fiscais diferidos são reconhecidos sobre diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e seu respectivo valor contábil nas Demonstrações financeiras. O ativo fiscal diferido é reconhecido na medida em que for provável que haverá lucros tributários futuros para compensação com essas diferenças. Os impostos correntes e diferidos (ativos e passivos) são reconhecidos como benefício ou despesa de imposto de renda na demonstração consolidada do resultado. Os créditos tributários de IRPJ e CSLL, calculados sobre prejuízo fiscal, base negativa de CSLL e adições temporárias, são registrados na rubrica ativo fiscal diferido, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas é registrada na rubrica passivo fiscal diferido. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de CSLL serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. Tais créditos tributários são reconhecidos contabilmente com base nas expectativas atuais de sua realização, considerando os estudos técnicos e as análises realizadas pela Administração. p. Provisões Uma provisão é reconhecida quando for provável haver necessidade de recursos econômicos para liquidar uma obrigação legal atual ou construtiva, como resultado de eventos passados, e o valor da obrigação puder ser estimado de maneira confiável. 21

O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes, e obrigações legais são efetuados conforme a seguir: ativos contingentes - não são reconhecidos nas Demonstrações financeiras, exceto quando da existência de evidências que propiciem a garantia de sua realização, sobre as quais não cabem mais recursos; provisões - são reconhecidas nas Demonstrações financeiras quando, baseado na opinião de assessores jurídicos e da Administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança; os passivos contingentes classificados como perdas possíveis pelos assessores jurídicos são apenas divulgados em notas explicativas, enquanto aqueles classificados como perda remota não requerem provisão ou divulgação; obrigações legais - fiscais e previdenciárias - referem-se a demandas judiciais, nas quais estão sendo contestadas a legalidade e a constitucionalidade de alguns tributos e contribuições. Os montantes discutidos são integralmente registrados nas Demonstrações financeiras e atualizados de acordo com a legislação fiscal; depósitos judiciais - são mantidos em conta de ativo, sem serem deduzidos das provisões para passivos contingentes. q. Caixa e equivalentes de caixa O caixa e equivalentes de caixa são representados por dinheiro em caixa e depósitos em instituições financeiras e operações compromissadas com prazo de até 90 dias da data de aplicação, que possuem conversibilidade imediata em caixa e estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor de mercado. Dentre os recursos disponíveis com essas características, são classificados como equivalentes de caixa somente aqueles recursos mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo e não para investimentos ou outros fins. r. Valor justo Para mensuração do valor justo e critérios de hierarquia, o Banco utiliza premissas de acordo com cada tipo de instrumento financeiro e através de dados disponíveis no mercado. As informações detalhadas estão disponíveis na nota explicativa n 08. s. Patrimônio líquido O patrimônio líquido é composto por capital social, reservas de capital, reservas de lucros e prejuízos acumulados. O capital social e as reservas estão detalhados na nota explicativa nº 23 (a). O capital social é composto por ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Os dividendos sobre ações são reconhecidos no momento em que são aprovados pela Assembleia Geral. 22

2.7 Novos Pronunciamentos e Alterações e Interpretações de Pronunciamentos Existentes a. Pronunciamentos contábeis aplicáveis para o período findo em 31 de dezembro de 2016 Ciclo Anual de Melhorias (2012-2014): Anualmente o IASB faz pequenas alterações em uma série de pronunciamentos, com objetivo de esclarecer as normas atuais e evitar dupla interpretação. Nesse ciclo foram revisadas a IFRS 5 - Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas, a IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Divulgações, a IAS 19 - Benefícios aos Empregados e a IAS 34 - Relatório Financeiro Intermediário. Efetiva para exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2016. Não foram identificados impactos relevantes dessas alterações para as Demonstrações Contábeis Consolidadas do Grupo. Alteração da IFRS 11 - Negócios em Conjunto: A alteração estabelece critérios de contabilização para aquisição de operações em conjunto cuja atividade constitui um negócio, conforme metodologia estabelecida na IFRS 3 - Combinações de Negócios. Efetiva para exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2016. Os impactos dessa alteração serão devidos somente se houver aquisição de operação em conjunto que constitui um negócio. Alteração da IAS 16 - Imobilizado e IAS - 38 Ativos Intangíveis: A alteração esclarece o princípio base para depreciação e amortização como sendo o padrão esperado de consumo dos benefícios econômicos futuros do ativo. Efetiva para exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2016. Não foram identificados impactos relevantes dessa alteração para as Demonstrações Contábeis Consolidadas do Grupo. Alteração da IAS 1 - Apresentação das Demonstrações Financeiras: As alterações tem o objetivo de incentivar as empresas a identificar quais informações são suficientemente relevantes para serem divulgadas nas demonstrações contábeis. Também é esclarecido que a materialidade se aplica ao conjunto completo de demonstrações contábeis, incluindo suas notas explicativas e que é aplicável a todo e qualquer requerimento de divulgação das normas IFRS. Efetiva para exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2016. Os principais impactos identificados estão relacionados à divulgação das políticas contábeis e julgamento de materialidade nas notas explicativas. Alterações na IAS 28, IFRS 10 e IFRS 12 Aplicando a Exceção à Consolidação: o documento contém orientações de aplicação do conceito de Entidades para Investimento. Efetivas para exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2016. Não foram identificados impactos relevantes ao Grupo dessas alterações para as Demonstrações contábeis Consolidadas do Grupo b. Pronunciamentos contábeis emitidos recentemente e aplicáveis em períodos futuros Os pronunciamentos a seguir entrarão em vigor para períodos após a data destas Demonstrações Contábeis Consolidadas e não foram adotados antecipadamente: IFRS 9 - Instrumentos Financeiros - O pronunciamento substitui a IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. A IFRS 9 é aplicável a instrumentos financeiros e será adotada de forma retrospectiva na data de entrada em vigor da norma em 1º de janeiro de 2018. O novo normativo está estruturado para abranger os pilares (I) classificação e mensuração de ativos financeiros, (II) redução ao valor recuperável (impairment) e (III) contabilização de 23

cobertura (hedge accounting). Dentre as diversas alterações, consideramosque os itens abaixo podem apresentar maiores impactos: (i) (ii) Classificação e mensuração de ativos financeiros: dois critérios devem ser considerados para determinar a classificação dos ativos financeiros, sendo o primeiro o modelo de negócios da entidade na gestão de seus ativos financeiros e o segundo as características do fluxo de caixa contratual dos ativos financeiros; Redução ao valor recuperável (impairment): A nova norma traz o conceito de perda esperada e classificação em três estágios. O Grupo está em processo de implantação da IFRS 9 e os possíveis impactos decorrentes de sua adoção estão sendo avaliados e serão concluídos até a data de entrada em vigor da norma. Cabe destacar que a adoção do conceito de perda esperada frente ao conceito de perda incorrida deve apresentar incremento na provisão de crédito de liquidação duvidosa em decorrência da antecipação do reconhecimento de perdas. No processo de implantação estão envolvidas as áreas de finanças, de riscos, tecnologia e a Administração. Alteração da IFRS 10: Demonstrações Financeiras Consolidadas e IAS 28 - Investimentos em Coligadas e Empreendimentos em Conjunto (Joint Ventures) - As alterações referem-se a uma inconsistência entre as exigências da IFRS 10 e IAS 28, ao tratar de venda ou contribuição de ativos entre um investidor e sua coligada ou empreendimentos controlados em conjunto (Joint Ventures). Data de vigência ainda não definida pelo IASB. Não foram identificados impactos relevantes dessa alteração para as demonstrações contábeis consolidadas do Grupo. IFRS 15 - Receitas de Contratos com Clientes: O pronunciamento substitui a IAS 18 e IAS 11, bem como interpretações relacionadas (IFRICs 13, 15 e 18). Requer que o reconhecimento de receita seja feito de modo a retratar a transferência de bens ou serviços para o cliente por um montante que reflita a expectativa da empresa de ter em troca os direitos desses bens ou serviços. O Grupo adotará a IFRS 15 retrospectivamente apenas para contratos não finalizados até a data de entrada em vigor da norma. Demais efeitos deverão ser ajustados em contrapartida a Lucros e Prejuízos Acumulados. Esta norma é efetiva para exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2018. Os possíveis impactos decorrentes da adoção desta norma estão sendo avaliados e serão concluídos até a data de entrada em vigor da norma. IFRS 16 - Arrendamentos: O pronunciamento substitui a IAS 17 - Arrendamentos, bem como interpretações relacionadas (IFRIC 4, SIC 15 e SIC 27). Elimina a contabilização de arrendamento operacional para o arrendatário, apresentando um único modelo de arrendamento que consiste em: (a) reconhecer os arrendamentos com prazo maior que 12 meses e de valores substanciais; (b) reconhecer inicialmente o arrendamento no ativo e passivo a valor presente; e (c) reconhecer a depreciação e os juros do arrendamento separadamente no resultado. Para o arrendador, a contabilização continuará segregada entre operacional e financeiro. Esta norma é efetiva para exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2019. Os possíveis impactos decorrentes da adoção desta norma estão sendo avaliados e serão concluídos até a data de entrada em vigor da norma. 24

2.8 Políticas contábeis - Transição para IFRS As Demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (International Financial Reporting Standards - IFRS) e as interpretações IFRIC, emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), como descrito na nota explicativa nº 2.1. Estão apresentadas abaixo as mudanças nas políticas contábeis decorrentes da transição para o IFRS e a reconciliação dos efeitos dessa transição. Reconciliação dos ajustes no patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2016 e 2015: Patrimônio líquido de acordo com as políticas contábeis adotadas no Brasil: 1.532.753 1.500.671 Ajustes em IFRS: Método de taxa de juros efetiva em empréstimos e recebíveis A (23.674) (30.020) Perdas por impairment de ativos financeiros B (34.257) (33.227) Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre os ajustes de IFRS C 26.069 25.299 Patrimônio líquido apurado de acordo com o IFRS: 1.500.891 1.462.723 Reconciliação do resultado do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2016 e 2015: Lucro líquido do exercício divulgado de acordo com as políticas contábeis adotadas no Brasil: 33.940 93.567 Ajustes de IFRS: Método de taxa de juros efetiva em empréstimos e recebíveis A 6.345 598 Perdas por impairment de ativos financeiros B (1.030) (18.541) Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre os ajustes de IFRS C 770 7.063 Lucro líquido do exercício de acordo com o IFRS: 40.025 82.687 A Método de taxa de juros efetiva em empréstimos e recebíveis Segundo o IFRS, em consonância com o IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, as tarifas bancárias, comissões e custos financeiros inerentes que integram a taxa de juros efetiva de instrumentos financeiros calculados ao custo amortizado são reconhecidos no resultado durante o período de validade dos respectivos contratos. Segundo as Políticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instiuições autorizadas a funcionar pelo BACEN, certos custos de originação tais como: tarifa de confecção de cadastro (TCC), comissões e consultas junto ao Serasa (a fim de obter informações sobre a situação financeira do tomador do crédito), são reconhecidas diretamente no resultado quando recebidas ou pagas. Os saldos de despesas antecipadas e receitas diferidas no ativo e passivo, respectivamente, que integram os custos e receitas de transação foram reclassificados para rubrica de Empréstimos e recebíveis. 25

a. Perda por Impairment de Ativos Financeiros Refere-se ao ajuste decorrente da estimativa de perdas sobre a carteira de empréstimos e recebíveis, que foi apurada com base no histórico de perda de valor recuperável e outras circunstâncias conhecidas por ocasião da avaliação, de acordo com a orientação fornecida pelo IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. Tais critérios diferem em determinados aspectos dos critérios adotados segundo o BRGAAP, que usa determinados limites regulatórios definidos pelo BACEN. C Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos sobre os ajustes de IFRS Para todas as diferenças temporárias tributáveis ou dedutíveis, é requerida pelo IAS 12 a contabilização de imposto de renda e contribuição social diferidos. Os ajustes de contribuição social e de imposto de renda diferidos foram calculados sobre os ajustes de IFRS, quando aplicável. 3 Resultado líquido de juros e similares Receita de juros e similares Empréstimos e recebíveis 1.106.441 1.089.397 Aplicações financeiras 1.968 1.985 Total de receita de juros e similares 1.108.409 1.091.382 Despesas de juros e similares Obrigações por empréstimos e repasses (395.151) (352.133) Depósitos de clientes e depósitos de instituições financeiras (21.786) (46.097) Despesa de títulos de divida emitidos (110.667) (101.940) Total de despesas de juros e similares (527.604) (500.170) Resultado líquido de juros e similares 580.805 591.212 4 Resultado de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado Aplicações Aplicação em CDI 29.748 13.344 Total 29.748 13.344 5 Outras receitas e despesas Outras receitas Reversão de provisão para ações judiciais 3.661 23.578 Atualizações de depósitos judiciais 17.908 18.904 Outras receitas (i) 31.704 32.127 Total de outras receitas 53.273 74.609 26

Outras despesas Despesa com provisões para ações judiciais (39.100) (12.287) Despesas tributárias (25.732) (27.349) Despesas com depreciação e amortização (800) (966) Despesas com contribuições com fundo garantidor de crédito (220) (275) Despesas com atualização de depósitos judiciais (14.370) (14.256) Outras despesas (109) (1.129) Total de outras despesas (80.331) (56.262) (i) Em 2016, refere-se substancialmente à recuperação de encargos na renegociação de contratos em atraso no montante de R$ 7.031 (2015 R$ 6.348) e receita de comissão de seguros no montante de R$ 17.832 (2015 R$ 22.532). 6 Despesas gerais e administrativas Despesas de serviços de terceiros (47.705) (38.415) Despesas de serviços técnicos especializados (5.692) (7.241) Despesas de promoções e relações públicas (1.226) (869) Despesas de propaganda e publicidade (1.494) (1.791) Despesas de seguros (1.089) (3.324) Despesas de viagem (1.620) (1.876) Despesas de aluguel (5.773) (7.626) Despesas de comunicações (3.715) (2.840) Despesas de gravame (2.248) (2.364) Despesas de manutenção e conservação de bens (754) (1.536) Despesas de processamento de dados (7.565) (5.026) Outras despesas administrativas (i) (7.920) (4.495) Total (86.801) (77.403) (i) Referem-se substancialmente às despesas com notificações cartoriais. 7 Despesas de pessoal Proventos (49.853) (57.574) Outros benefícios dos funcionários (10.293) (12.661) Verbas indenizatórias (64) (3.987) Encargos sociais (13.148) (12.955) Remuneração de estagiários (313) (306) Treinamento (639) (653) Honorários da diretoria (3.810) (7.330) Outras despesas de pessoal (757) (1.022) Total (78.877) (96.488) 27

8 Valor justo de instrumentos financeiros a. Determinação do valor justo e hierarquia do valor justo O Grupo utiliza a seguinte hierarquia para determinar e divulgar o valor justo de instrumentos financeiros: Nível 1: preços cotados em mercado ativo para o mesmo instrumento; Nível 2: preços cotados em mercado ativo para ativos ou passivos similares ou baseado em outro método de valorização nos quais todos os inputs significativos são baseados em dados observáveis do mercado; e Nível 3: técnicas de valorização nas quais os inputs significativos não são baseados em dados observáveis do mercado. 31 de dezembro de 2016 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total Ativos financeiros Ativos financeiros para negociação - 341.271-341.271 Total - 341.271-341.271 31 de dezembro de 2015 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total Ativos financeiros Ativos financeiros para negociação - 95.514-95.514 Total - 95.514-95.514 Não houve transferências de ativos ou passivos financeiros entre os níveis no período. As técnicas de valorização incorporam estimativas sobre as premissas que um participante de mercado utilizaria para valorizar os instrumentos. b. Ativos financeiros mantidos para negociação e ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos mantidos para negociação incluem os títulos e valores mobiliários adquiridos com o objetivo de serem negociados frequentemente e de forma ativa, sendo contabilizados pelo valor de mercado, em que as perdas e os ganhos realizados e não realizados sobre esses títulos são reconhecidos no resultado. Os ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles ativos financeiros não derivativos que são designados como disponíveis para venda ou que não são classificados como (a) empréstimos e recebíveis, (b) investimentos mantidos até o vencimento ou (c) ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado. 28

As metodologias adotadas para definição do valor de mercado visam atualizar os ativos, integrantes da carteira, por uma estimativa mais próxima possível dos valores praticados no mercado financeiro. O preço de mercado é obtido através de desconto de fluxos de amortizações e pagamentos de juros futuros com taxas e cotações divulgadas pela ANBIMA, CETIP e BM&F Bovespa. c. Valor justo Encontra-se a seguir uma comparação por classe do valor contábil e do valor justo dos instrumentos financeiros do Grupo. Valor contábil Valor contábil Valor justo Valor justo Ativos financeiros Caixa e equivalentes de caixa 1.164 1.164 64.036 64.036 Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado 341.271 341.271 95.514 95.514 Ativos financeiros disponíveis para venda 453 453 257 257 Empréstimos e recebíveis 7.691.261 6.858.091 9.240.722 7.775.931 Total 8.034.149 7.200.979 9.400.529 7.935.738 Passivos financeiros Depósitos de instituições financeiras 1.101 1.101 - - Depósitos de clientes 157.279 157.279 232.255 232.255 Obrigações por empréstimos e repasses 5.926.886 5.485.826 7.101.493 6.634.105 Títulos de dívidas emitidos 814.658 814.658 960.903 960.903 Total 6.899.924 6.458.864 8.294.651 7.827.263 Os montantes de valor justo apresentados no quadro acima representam as melhores estimativas do Banco baseadas em uma série de metodologias e premissas. Em geral, o valor contábil de instrumentos financeiros de curto prazo não contabilizados a valor justo, incluindo valores a pagar e/ou a receber gerados no curso normal do negócio, se aproximam do valor justo, considerando o período relativamente curto entre sua originação e expectativa de realização. O valor justo da rubrica Empréstimos e recebíveis é apurado através do cálculo do valor presente do fluxo financeiro futuro da carteira de operações de crédito na data-base de fechamento. A taxa utilizada para o cálculo corresponde à taxa média contratada nas operações concedidas no mês de fechamento do exercício. Para depósitos de instituições financeiras, de clientes e títulos de dívida emitidos, o valor justo dos recursos a taxas fixas com vencimentos preestabelecidos foi calculado mediante os fluxos de caixa descontados nas condições contratuais e às taxas de títulos prefixados na BM&F na data base de balanço. Para os recursos a taxas variáveis, o valor justo foi considerado aproximadamente equivalente ao valor contábil. 29

Quanto a obrigações por empréstimos e repasses, os valores justos foram calculados mediante os fluxos de caixa descontados pelas taxas médias de funding do portfolio. 9 Caixa e equivalentes de caixa Caixa 1.164 64.036 Total 1.164 64.036 10 Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Aplicações em CDI 341.271 95.514 Total 341.271 95.514 11 Empréstimos e recebíveis a. Composição da carteira Operação de crédito 8.054.722 9.680.982 Operação de arrendamento 83.216 49.321 Total de empréstimos e recebiveis 8.137.938 9.730.303 Provisão para perdas com redução ao valor recuperável - Operação de crédito (445.972) (486.621) Provisão para perdas com redução ao valor recuperável - Operação de leasing (705) (2.960) Total líquido de empréstimos e recebíveis 7.691.261 9.240.722 b. Composição da carteira por indexadores Carteira Distribuição Carteira Distribuição Prefixado 6.591.731 81% 9.088.103 93% Pós fixado 1.546.207 19% 642.200 7% Total 8.137.938 100% 9.730.303 100% 30

c. Provisão para perdas com redução ao valor recuperável em empréstimos e recebíveis O quadro abaixo apresenta a movimentação da provisão para perdas com redução ao valor recuperável em empréstimos e recebíveis. Total Em 01 de janeiro de 2016 (489.581) (Constituições) (149.919) Baixados 192.823 Em 31 de dezembro de 2016 (446.677) Total Em 01 de janeiro de 2015 (328.794) (Constituições) (288.004) Baixados 127.217 Em 31 de dezembro de 2015 (489.581) Com o objetivo de apurar os montantes de provisão para redução ao valor recuperável, o Banco classifica a carteira de empréstimos e recebíveis como performing e non-performing. Performing refere-se ao montante das operações de crédito com os vencimentos em dia e às operações com atraso de até 60 dias. As demais operações, com atrasos superiores a 60 dias, são classificados como non-performing. O quadro abaixo apresenta a segregação da carteira operações performing e non-performing e os valores de provisão ao valor recuperável constituídos para cada tipo de operação. Empréstimos e recebíveis Provisão para redução ao valor recuperável Empréstimos e recebíveis Provisão para redução ao valor recuperável Performing Banco 7.370.054 (76.433) 8.847.470 (107.024) Leasing 82.351 (557) 45.131 (1.587) Non- performing Banco 684.668 (369.540) 833.512 (379.597) Leasing 865 (147) 4.190 (1.373) Total 8.137.938 (446.677) 9.730.303 (489.581) O quadro abaixo apresenta a composição da despesa com redução ao valor recuperável de empréstimos e recebíveis ocorrida no exercício. Provisão para perdas com redução ao valor recuperável (242.938) (327.379) Resultado com alienação de bens recuperados (103.079) (58.903) Total de perdas (líquidas de recuperação) ao valor recuperável (346.017) (386.282) 31

12 Ativos não correntes mantidos para venda Bens retomados 122.058 79.769 Provisão para desvalorização (65.115) (37.183) Total 56.943 42.586 13 Ativo imobilizado O quadro abaixo apresenta a movimentação do ativo imobilizado por grupo: Móveis e equipamentos de uso Sistemas de comunicação Veículos e afins Sistema de processamento de dados Instalações Total Custo Em 31 de dezembro de 2015 499 105 102 2.299 530 3.535 Aquisições 18 - - 408-426 Alienações (2) - - (49) - (51) Em 31 de dezembro de 2016 515 105 102 2.658 530 3.910 Depreciação Acumulada Em 31 de dezembro de 2015 (268) (55) (3) (1.312) (309) (1.947) Adições (37) (8) (21) (378) (42) (486) Baixas - - - 47-47 Em 31 de dezembro de 2016 (305) (63) (24) (1.643) (351) (2.386) Valor contábil Em 31 de dezembro de 2016 210 42 78 1.015 179 1.524 Móveis e equipamentos de uso Sistemas de comunicação Veículos e afins Sistema de processamento de dados Instalações Total Custo Em 31 de dezembro de 2014 431 105-2.131 510 3.177 Aquisições 68-102 213 20 403 Alienações - - - (45) - (45) Em 31 de dezembro de 2015 499 105 102 2.299 530 3.535 Depreciação Acumulada Em 31 de dezembro de 2014 (227) (44) - (920) (262) (1.453) Adições (41) (11) (3) (432) (47) (534) Baixas - - - 40-40 Em 31 de dezembro de 2015 (268) (55) (3) (1.312) (309) (1.947) Valor contábil Em 31 de dezembro de 2015 231 50 99 987 221 1.588 As despesas com depreciação estão registradas na linha Outras despesas na Demonstração consolidada do resultado. 32

14 Ativos intangíveis O quadro abaixo apresenta a movimentação do ativo intangível por grupo: Ágio na aquisição de investimento Software Total Custo Em 31 de dezembro de 2015 9.702 1.635 11.337 Aquisições - 44 44 Em 31 de dezembro de 2016 9.702 1.679 11.381 Amortização Acumulada Em 31 de dezembro de 2015 - (1.000) (1.000) Aquisições - (314) (314) Em 31 de dezembro de 2016 - (1.314) (1.314) Valor contábil Em 31 de dezembro de 2016 9.702 365 10.067 Ágio na aquisição de investimento Software Total Custo Em 31 de dezembro de 2014 9.702 1.607 11.309 Aquisições - 58 58 Alienações - (30) (30) Em 31 de dezembro de 2015 9.702 1.635 11.337 Amortização Acumulada Em 31 de dezembro de 2014 - (684) (684) Aquisições - (317) (317) Alienações - 1 1 Em 31 de dezembro de 2015 - (1.000) (1.000) Valor contábil Em 31 de dezembro de 2015 9.702 635 10.337 As despesas com amortização estão registradas na linha Outras despesas na Demonstração consolidada do resultado. O ágio na Mercedes-Benz do Brasil Assessoria Comercial Ltda.é proveniente da aquisição da Mercedes-Benz Corretora de Seguros Ltda. no ano de 2009 e foi baseado em laudo de avaliação de empresa especializada que utilizou como base de cálculo expectativa de rentabilidade baseado em projeção de resultado de exercícios futuros (relação % entre lucro líquido/receita em 10% a cada ano), o qual vem se confirmando. 33

15 Outros ativos Depósitos em juízo por contingências passivas 164.736 164.868 Impostos e contribuições a compensar 58.224 54.416 Despesas antecipadas 1.254 2.017 Adiantamentos e antecipações salariais 649 389 Adiantamentos para pagamentos 4 1.696 Outros ativos (i) 4.349 9.092 Total de outros ativos 229.216 232.478 (i) Referem-se substancialmente a subsídios a receber da Mercedes-Benz do Brasil referente à equalização de taxas de juros das operações de créditos. 16 Depósitos de instituições financeiras Depósitos interfinanceiros 1.101 - Total 1.101 - Em 2016 são representados por Certificados de Depósitos Interfinanceiros - CDI com vencimento até 02 de janeiro de 2017, sujeitos a encargos financeiros pós-fixadas de 105,5% da variação do CDI. 17 Depósitos de clients Depósitos a prazo 157.279 232.255 Total 157.279 232.255 Em 2016 são representados por Certificados de Depósitos Bancários - CDB com vencimentos até dezembro de 2017 e remunerados de 95% a 100% da variação do CDI. 18 Imposto de renda Os componentes da despesa de imposto de renda do exercício são: Imposto corrente Provisão para imposto de renda e contribuição social corrente 70.818 86.288 Ajustes de provisão de imposto de renda 21 (11.830) Imposto diferido Relacionada à originação e reversão de diferenças temporárias (39.064) (94.415) Total 31.775 (19.957) 34

Conciliação da despesa total de impostos A conciliação entre a despesa de imposto e o lucro contábil apurado pela alíquota de imposto para o exercício findo em 31 de dezembro é a seguinte: Resultado antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social 71.800 62.730 Encargo total do Imposto de Renda e Contribuição Social 26.329 31.914 Contribuição social adicional de 5% 3.104 832 Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos : Adições temporárias e definitivas 174.045 163.830 Exclusões temporárias e definitivas (131.825) (109.376) Superveniência/insuficiência de depreciação (142) 704 Incentivos fiscais (939) (1.024) Baixa imposto na fonte 2015 9 - Prejuízo fiscal e base negativa de Contribuição Social 244 (579) Subtotal Imposto de Renda e Contribuição Social corrente do exercício 70.825 86.301 Ajuste provisão base 2010 a 2013 (i) - (11.830) Ajuste provisão em 2015 14 - Ajuste provisão em 2016 - (13) Imposto de Renda e Contribuição Social corrente do exercício 70.839 74.458 Superveniência/insuficiência de depreciação 142 (703) Provisão diferida s/ selic - depósito judicial 1.005 - Adições e exclusões temporárias (40.169) (93.923) Prejuízo fiscal e base negativa de Contribuição Social (42) 211 Imposto de Renda e Contribuição Social total do exercício 31.775 (19.957) Origem e natureza dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos: IRPJ CSLL IRPJ CSLL Provisão para perdas com redução ao valor recuperável 160.204 126.645 154.473 118.152 Provisão para desvalorização de ativos não correntes mantidos para a venda 16.278 9.350 9.295 5.311 Provisão para ações judiciais fiscais 25.506 13.852 25.514 13.852 Provisão para ações judiciais cíveis 10.768 3.799 5.949 1.366 Provisões para ações judiciais trabalhistas 3.424 2.054 2.347 1.409 Outras diferenças temporárias 42.702 12.264 39.056 9.951 Prejuízo fiscal/ Base negativa 3.477-3.434 - Total 262.359 167.964 240.068 150.041 Ativo tributário diferido 430.323 390.109 35

Movimentação dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos: Saldo em 31/12/2015 Constituição Realização Saldo em 31/12/2016 Provisão para perdas com redução ao valor recuperável 272.625 108.090 (93.866) 286.849 Provisão para desvalorização de ativos não correntes mantidos para a venda 14.606 25.531 (14.509) 25.628 Provisão para ações judiciais fiscais 39.366 - (8) 39.358 Provisão para ações judiciais cíveis 7.315 7.269 (17) 14.567 Provisões para ações judiciais trabalhistas 3.756 2.032 (310) 5.478 Prejuízo fiscal/base negativa (i) 3.434 43-3.477 Outras diferenças temporárias 49.007 16.738 (10.779) 54.966 Total 390.109 159.703 (119.489) 430.323 Saldo em 31/12/2014 Constituição Realização Saldo em 31/12/2015 Provisão para perdas com redução ao valor recuperável 198.745 155.534 (81.654) 272.625 Provisão para desvalorização de ativos não correntes mantidos para a venda 6.916 12.512 (4.822) 14.606 Provisão para ações judiciais fiscais 43.831 - (4.465) 39.366 Provisão para ações judiciais cíveis 5.568 2.018 (271) 7.315 Provisões para ações judiciais trabalhistas 3.074 682-3.756 Prejuízo fiscal/ Base negativa 3.645 - (211) 3.434 Outras diferenças temporárias 34.617 30.754 (16.364) 49.007 Total 296.396 201.500 (107.787) 390.109 Movimentação do passivo fiscal diferido 31/12/2015 Constituições/ Realizações Líquidas 31/12/2016 Passivos fiscais diferidos de superveniência da depreciação (11.448) (1.191) (12.639) Os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social são calculados sobre prejuízo fiscal de imposto de renda, base negativa de contribuição social e adições temporárias às alíquotas de: 25% para IRPJ e 15% para CSLL até 31 de agosto de 2015 e 20% a partir de 01 de setembro de 2015 a 31 de dezembro de 2018 para as adições temporárias de provisão para redução ao valor recuperável de ativos financeiros e perdas. Para as demais adições temporárias a alíquota da CSLL permanece a 15%. Os créditos tributários sobre prejuízos fiscais serão realizados de acordo com a ocorrência de lucros tributáveis e os créditos tributários sobre diferenças temporárias serão realizados quando da utilização ou reversão das provisões relacionadas ou quando se enquadrarem nos parâmetros de dedutibilidade fiscal. Exceto pelos créditos tributários referentes a prejuízos fiscais oriundos de superveniência de depreciação, administração estima que o valor registrado será realizado em 36

um prazo de até 10 anos. Em 31 de dezembro de 2016 a base dos créditos tributários apresenta prejuízo fiscal originado de ajustes de receitas de superveniências das operações de arrendamento mercantil no montante de R$ 3.477 (2015 R$ 3.434) registrados em saldos ativos. 19 Obrigações por empréstimos e repasses Finame 5.926.886 7.101.493 Total 5.926.886 7.101.493 As obrigações por empréstimos e repasses são compostas por operações de repasse de Finame com vencimento até novembro de 2025 sendo atualizada pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), Real - pre e UMBNDES. 20 Títulos de dívidas emitidos Saldo No país Emissão Valor da operação Vencimento LF- pós subordinada 05/10/2011 50.000 20/09/2017 94.704 81.121 LF- pós subordinada 27/12/2011 80.000 27/12/2017 147.332 126.200 LF- pós subordinada 22/11/2013 50.000 22/11/2019 76.308 65.621 180.000 318.344 272.942 Saldo No país Emissão Valor da operação Vencimento LF - pós 12/12/2013 200.000 12/01/2016-255.865 LF - pós 09/12/2014 200.000 09/01/2017 263.807 229.645 LF - pós 30/11/2015 200.000 30/12/2017 232.507 202.451 600.000 496.314 687.961 Total títulos de dívidas emitidos 814.658 960.903 Em 30 de novembro de 2015 o Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A. efetuou a emissão pública de Letras de Financeiras, representando a 9ª (nona) emissão de Letras Financeiras, sendo a 4ª (quarta) emissão para a distribuição pública. O valor total da emissão foi de R$ 200.000 (duzentos milhões de reais), a quantidade emitida de 1.000 (um mil) Letras Financeiras e o valor nominal unitário de R$ 200 (duzentos mil reais). A emissão foi realizada em série única e mediante registro eletrônico da Cetip e as Letras Financeiras foram totalmente adquiridas pelos investidores nesta data. 37

Em 05 de outubro e 27 de dezembro de 2011 foram efetuadas emissões de LF-pós subordinadas, nos montantes de R$ 50.000 e R$ 80.000, respectivamente. Em 22 de novembro de 2013 foram efetuadas emissões de LF-pós subordinadas no montante de R$ 50.000, compondo o nível II do Patrimônio de Referência ( PR ) do Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A., nos termos da Resolução nº 2.837/01 e Resolução nº 3.444/07, devidamente aprovados pelo Banco Central do Brasil com as seguintes características: (i) nominativo e não conversível em ações; (ii) prazo de vencimento de 5 (cinco) e 6 (seis) anos respectivamente; (iii) não contém qualquer garantia oferecida pelo emissor, ou por pessoa física ou jurídica a ele ligada que componha o conglomerado econômico-financeiro; (iv) não é objeto de qualquer modalidade de seguro; (v) é integralizado em espécie; (vi) pagamento subordinado ao pagamento dos demais passivos da instituição emissora, na hipótese de dissolução; (vii) não pode ser resgatado por iniciativa do credor; (viii) será imediatamente utilizado na compensação de prejuízos apurados pela instituição emissora quando esgotados os lucros acumulados, as reservas de lucros, inclusive a reserva legal, e as reservas de capital; (ix) permite a postergação do pagamento de encargos enquanto não estiverem sendo distribuídos dividendos as ações ordinárias referentes ao mesmo período de tempo; (x) inexistência de qualquer cláusula ou obrigação, em outro documento, que invalide os termos e condições estipuladas neste núcleo de subordinação; (xi) nenhum dos termos desta nota de negociação poderão ser alterados, aditados ou revogados sem a prévia e expressa autorização do Banco Central do Brasil e (xii) terá obrigatoriamente postergado o pagamento de encargos ou o resgate, inclusive parciais, caso implique desenquadramento da instituição emissora em relação ao nível mínimo do Patrimônio de Referência Exigido ( PRE ) e demais limites operacionais estabelecidos na regulamentação em vigor, sendo atualizado pela taxa de até 135% do CDI. 21 Provisões A movimentação das provisões durante o exercício está apresentada abaixo: Fiscais Trabalhistas Cíveis Total Em 31 de Dezembro de 2015 139.135 9.562 22.268 170.965 Constituições 33.834 11.265 13.166 58.265 Reversões (6.120) (6.411) (8.032) (20.563) Em 31 de dezembro de 2016 166.849 14.417 27.402 208.668 Cíveis: Referem-se a ações judiciais de caráter indenizatório por dano material e/ou moral e revisionais a questionamentos dos clientes nas cláusulas contratuais das operações de crédito, no montante de R$ 27.402 (2015 R$ 22.268). Trabalhistas: Referem-se à provisão para processos movidos, em sua grande maioria, por ex empregados, cuja natureza das reclamações envolve substancialmente indenizações, horas extras, adicional de função, equiparação salarial bem como seus reflexos, no montante de R$ 14.417 (2015 R$ 9.562). Fiscais: Referem-se: a) PIS sobre as receitas não decorrentes da prestação de serviços, no montante de R$ 21.092 (2015 R$ 19.209), c) COFINS sobre as receitas não decorrentes da prestação de serviços no montante de R$ 129.795 (2015 R$ 118.209), c) IPVA e multas no montante de R$ 15.962 (2015 R$ 1.717). 38

Outras ações judiciais O Grupo é parte em ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais, decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões tributárias, trabalhistas, aspectos cíveis e outros assuntos. Mensuração das provisões A administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise das demandas judiciais pendentes e, quanto às ações trabalhistas, com base na experiência anterior referente às quantias reivindicadas, constituiu provisão em montante considerado suficiente para cobrir as perdas estimadas com as ações em curso. Contingências não provisionadas Conforme Normas Internacionais de Contabilidade IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, as contingências relevantes avaliados pelos assessores jurídicos como sendo de risco possível, não são reconhecidas contabilmente. Resumo de passivos contingentes, causas classificadas com risco de perda possível: Fiscais (i) 9.327 8.626 Cíveis 14.140 18.593 Trabalhistas 3.882 13.243 Total 27.349 40.462 22 Outros passivos 39 Provisão para despesas de pessoal 30.941 25.706 Outras despesas administrativas 25.924 13.853 Outros passivos 7.054 5.778 23 Capital social e reservas 63.919 45.337 a. Capital Social - atribuído ao controlador O capital social no montante de R$ 1.439.523 é representado por 55.466 (cinquenta e cinco mil, quatrocentos e sessenta e seis) ações ordinárias nominativas escriturais, sem valor nominal do Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A. b. Capital Social - atribuído ao não controlador O capital social no montante de R$ 21.546 é representado por 21.545.874 (vinte e um milhões, quinhentos e quarenta e cinco mil, oitocentos e setenta e quatro) quotas no valor nominal de R$ 1,00 cada uma da Mercedes-Benz do Brasil Assessoria Comercial Ltda.

c. Reservas A conta de reserva de lucros é composta por reserva legal e reserva especial. O saldo das reservas de lucros, não poderá ultrapassar o capital social. Atingido esse limite, a assembleia deliberará sobre a aplicação do excesso na integralização ou aumento do capital social ou sobre a sua distribuição como dividendos. Reserva legal - Nos termos da Lei das Sociedades por Ações e alterações posteriores, e do estatuto social, o Banco deve destinar 5% do lucro líquido de cada exercício social, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá 20% do capital social. Em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 20 de abril de 2016 foi deliberado o aumento de capital social com a utilização do saldo da conta Reservas Especiais de Lucros, no montante de R$ 64.156, sem emissão de novas ações, homologado pelo BACEN em 03 de maio de 2016. No instrumento particular da vigésima quarta alteração do contrato social da Mercedes-Benz do Brasil Assessoria Comercial Ltda., realizada em 20 de abril de 2016 foi aprovada a destinação do lucro líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2015 no montante de R$ 4.022 mil, a saber: para a constituição da Reserva Legal R$ 202 e para a conta Reserva Especial de Lucros - Outros R$ 3.820. Através do mesmo instrumento, foi aprovado o aumento de capital mediante a incorporação da Reserva Especial de Lucros - Outros no montante de R$ 1.911 mil com a emissão de 1.910.406 quotas, sendo aprovada também a destinação de parte da Reserva Especial de Lucros - Outros no montante de R$ 1.910 como distribuição de dividendos à quotista Starexport Trading S.A., registrando-se que o Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A. também quotista da Mercedes-Benz Assessoria Comercial Ltda. renuncia expressamente às quotas a que teria direito em favor da Starexport Trading S.A. d. Dividendos É assegurado ao acionista do Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A. o direito a um dividendo mínimo de 25% calculado sobre o lucro líquido ajustado a ser pago anualmente, ressalvada a ocorrência da hipótese prevista no parágrafo 3º do artigo 202 da Lei nº 6.404 e alterações posteriores. 40

24 Partes relacionadas Remuneração da Administração O Banco possui programa de previdência privada (PGBL) que é composto de contribuições mensais dos participantes optantes do benefício e da empresa. Além disso, o Banco não possui qualquer outro tipo de benefício pós-emprego. Salários e honorários da administração Remuneração 6.993 7.330 6.993 7.330 Rescisão do contrato Os contratos de trabalho possuem prazo indeterminado. A extinção da relação contratual, no caso de descumprimento de obrigações ou por vontade própria do contratado, não dá direito a qualquer compensação financeira. Operações de crédito Conforme as normas vigentes, as instituições financeiras não podem conceder empréstimos ou adiantamentos a: i. Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que controlem a instituição ou qualquer entidade sob controle comum com a instituição, ou qualquer diretor executivo ou qualquer de tais entidades ou membros da família imediata de tais pessoas físicas; ii. Qualquer entidade controladapela instituição; ou iii. Qualquer entidade da qual o Banco detenha, direta ou indiretamente, 10% ou mais do capital social. Dessa forma, não são efetuados empréstimos ou adiantamentos a quaisquer subsidiárias, diretores executivos ou seus familiares imediatos. Transações com partes relacionadas O Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A. mantém transações com controlada direta e controladoras indiretas. 41

Os saldos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 estão assim demonstrados: Operações ativas Outros créditos Mercedes-Benz do Brasil Ltda. (a) 1.297 12.308 Subsídios Mercedes-Benz do Brasil Ltda. (a) 32.818 68.983 Total 34.115 81.291 Operações passivas Depósitos Mercedes-Benz do Brasil Ltda. (a) - 89.013 Outras obrigações Mercedes-Benz do Brasil Ltda. (a) 1.267 506 Daimler AG (b) 8.141 637 Daimler Financial Services AG 102 - CDB e LF Subordinados Mercedes-Benz do Brasil Ltda. (a) 318.344 272.941 Total 327.854 363.097 Receitas (Despesas) Despesas com CDB e LF subordinados Mercedes-Benz do Brasil Ltda. (a) (45.402) (38.871) Despesas com depósitos a prazo Mercedes-Benz do Brasil Ltda. (a) (1.745) (10.400) Receitas com aquisição de direitos creditórios Mercedes-Benz do Brasil Ltda. (a) 139.091 158.633 Receitas com subsídios Mercedes-Benz do Brasil Ltda. (a) 51.842 71.044 Receitas de equalização de operações financeiras Mercedes-Benz do Brasil Ltda. (a) 4.023 - Despesas de prestação de serviços Mercedes-Benz do Brasil Ltda. (a) (275) (255) Despesas com comissões de fianças recebidas Daimler AG (b) (7.504) (7.937) Total 140.030 172.214 (a) (b) Controladora indireta no País Controladora indireta no Exterior 42

25 Análise de vencimento dos ativos e passivos O quadro a seguir mostra os ativos e passivos do Banco agrupados por vencimento com base no período remanescente na data do balanço até a data do vencimento contratual. Para alguns grupos que não possuem vencimento contratual definido são utilizadas premissas internas de vencimento. 2016 Até 1 ano Acima de 1 ano Total Ativos Caixa e equivalentes de caixa 1.164-1.164 Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado 341.271-341.271 Ativos financeiros disponíveis para venda - 453 453 Empréstimos e recebíveis 3.745.253 3.946.008 7.691.261 Ativo tributário diferido 101.185 329.138 430.323 Ativos não correntes mantidos para venda 56.943-56.943 Outros ativos 5.002 224.214 229.216 Ativo imobilizado - 1.524 1.524 Ativos intangíveis - 10.067 10.067 Total de ativos 4.250.818 4.511.404 8.762.222 Passivos Depósitos de instituições financeiras 1.101-1.101 Depósitos de clientes 156.667 612 157.279 Obrigações por empréstimos e repasses 2.401.752 3.525.134 5.926.886 Títulos de dívidas emitidos 358.512 456.146 814.658 Tributos a recolher 5.363-5.363 Imposto de renda e contribuição social a reoclher 70.818-70.818 Passivo fiscal diferido - 12.639 12.639 Provisões - 208.668 208.668 Outros passivos 56.865 7.054 63.919 Total de passivos 3.051.078 4.210.253 7.261.331 Ativos líquidos 1.199.740 301.151 1.500.891 2015 Até 1 ano Acima de 1 ano Total Ativos Caixa e equivalentes de caixa 64.036-64.036 Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado 95.514-95.514 Ativos financeiros disponíveis para venda - 257 257 Empréstimos e recebíveis 4.499.762 4.740.960 9.240.722 Ativo fiscal diferido 101.185 288.924 390.109 Ativos não correntes mantidos para venda 42.586-42.586 Outros ativos 11.177 221.301 232.478 Ativo imobilizado - 1.588 1.588 Ativos intangíveis - 10.337 10.337 Total de ativos 4.814.260 5.263.367 10.077.627 Passivos Depósitos de clientes 232.255-232.255 Obrigações por empréstimos e repasses 2.677.519 4.423.974 7.101.493 Títulos de dívidas emitidos 255.865 705.038 960.903 Tributos a recolher 6.215-6.215 Imposto de renda e contribuição social a recolher 86.288-86.288 Passivo fiscal diferido - 11.448 11.448 Provisões - 170.965 170.965 Outros passivos 39.559 5.778 45.337 Total de passivos 3.297.701 5.317.203 8.614.904 Passivos / Ativos líquidos 1.516.559 (53.836) 1.462.723 43

26 Segmentos Operacionais De acordo com o IFRS 8, um segmento operacional é um componente de uma entidade (i) que opera em atividades as quais poderá obter receitas e incorrer em despesas (incluindo receitas e despesas relacionadas a operações com outros componentes da mesma entidade), (ii) cujos resultados operacionais sejam regularmente revisados pelo principal responsável da entidade pelas decisões operacionais relacionadas à alocação de recursos ao segmento e à avaliação de seu desempenho e (iii) para as quais informações financeiras opcionais estejam disponíveis. O Banco identificou, com base em suas diretrizes, que seus segmentos operações incluem financiamentos a (i) cliente de varejo - retail e (ii) clientes de atacado - wholesale. O segmento de retail agrupa os financiamentos concedidos aos clientes finais, pessoas físicas ou jurídicas, que agrupam prioritariamente os usuários dos veículos, enquanto o segmento de wholesale agrupa os financiamentos prestados à rede de concessionárias do Grupo Daimler, substancialmente em linhas de capital de giro, com vencimento no curto prazo. As informações por segmento foram elaboradas com base em relatórios usados pela alta administração para avaliar o desempenho dos segmentos e tomar decisões quanto à alocação de recursos para investimento e demais propósitos. A alta administração utiliza uma variedade de informações para fins gerenciais, inclusive informações financeiras e não financeiras. As principais rubricas relacionadas aos dados contábeis constantes do balanço patrimonial e demonstração do resultado estão demonstradas a seguir: Varejo Atacado Total Ativo Empréstimos e recebíveis 6.833.366 857.895 7.691.261 Resultado Receita com juros e similares 840.044 268.365 1.108.409 Despesas com juros e similares (366.190) (161.414) (527.604) Resultado líquido de juros e similares 473.854 106.951 580.805 Perdas por impairment de ativos financeiros, líquidas de recuperações (285.799) (60.218) (346.017) Receita líquida de juros 188.055 46.733 234.788 Lucro operacional antes da tributação sobre o lucro 49.128 22.672 71.800 2016 44

Varejo Atacado Total Ativos Empréstimos e recebíveis 7.967.302 1.273.420 9.240.722 Resultado Receita com juros e similares 823.302 268.080 1.091.382 Despesas com juros e similares (335.759) (164.411) (500.170) Resultado líquido de juros e similares 487.543 103.669 591.212 Perdas por impairment de ativos financeiros, líquidas de recuperações (375.345) (10.937) (386.282) Receita líquida de juros 112.198 92.732 204.930 Lucro operacional antes da tributação sobre o lucro 12.185 50.545 62.730 Na determinação de algumas rubricas como o lucro operacional, determinados componentes como despesas gerais e administrativas são alocados em cada segmento através de rateios, em função, substancialmente do portfólio dos dois segmentos. 27 Gestão de riscos 27.1 Introdução Dada à natureza de suas atividades, o Grupo Financeiro Mercedes-Benz está sujeito, entre outros riscos aos riscos de crédito, mercado, liquidez e operacional. Como boa prática, o Banco assume e gerencia os riscos inerentes as suas atividades e tem como filosofia investir esforços significativos no entendimento da natureza e potenciais efeitos dos riscos que assume, buscando definir as melhores práticas a serem aplicadas diariamente no negócio. O Grupo Financeiro Mercedes-Benz entende que uma gestão de riscos é importante, pois contribui com o cumprimento de seus objetivos estratégicos e de negócios, além de aspectos regulatórios. Capital e liquidez são críticos para a sustentabilidade da organização, sendo assim, o Banco gerencia o equilíbrio entre o risco e o retorno das transações, sem ultrapassar os níveis aceitáveis de capital e liquidez. As políticas de riscos adotadas pela organização visam assegurar um claro entendimento, principalmente no tocante à: Estratégias e supervisão da Diretoria; Cultura de riscos, com responsabilidades claramente definidas e segregadas entre as funções de controle, as áreas de negócios e as funções de suporte; Reporte interno efetivo dos assuntos relacionados, com adequado e independente escalonamento; 2015 45

Planejamento efetivo para contingências que assegurem continuidade dos negócios e limitação de perdas. A governança do risco operacional é efetuada pelos Gestores do Banco, com a supervisão do Corpo Diretivo da empresa, que zela pela qualidade e efetividade dos sistemas de controles internos e de administração de riscos. A estrutura existente garante que a cultura de gestão de riscos e capital permeie todos os níveis e departamentos da instituição otimizando o desempenho da empresa e protegendo os clientes e acionistas. 27.2 Risco de crédito Conforme a Resolução nr.º 3.721/09 do Banco Central do Brasil o Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A., define Risco de Crédito como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. Para medir, monitorar e mitigar a exposição a riscos de crédito o Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A., implantou estrutura de tamanho compatível com a natureza de suas operações, cujo processo de gestão envolve a contínua e integrada análise da evolução de sua carteira de crédito e outros compromissos de créditos assumidos. Diretrizes organizacionais A estrutura de Gerenciamento de Riscos de Crédito está orientada pela regulamentação local e pelas políticas de crédito distribuídas por sua Matriz que definem os requerimentos e padrões mínimos para realizações de operações de crédito e condução dos mais relevantes processos deste ciclo, visando a uma consistência na abordagem de crédito dentro do Grupo Daimler. Metodologia A metodologia para medição, monitoramento e mitigação dos riscos de crédito inclui: Análises de crédito baseadas em ferramentas estatística / julgamental utilizadas de acordo com o tamanho de crédito e monitoradas para confirmação de seu poder preditivo; Estabelecimento de limites para a realização de operações de crédito; Sistemas para avaliação constante da evolução da carteira de crédito, tanto em nível individual quanto integrado das operações, sob diversas óticas de integração; Procedimentos para recuperações de crédito; Compatibilização do nível de provisionamento com o risco de crédito assumido, e adequação aos níveis de Patrimônio de Referência exigidos pela regulamentação; Testes de estresse para medições de efeitos nos principais indicadores de desempenho da instituição sob condições extremas de mercado; 46

Emissão de relatórios gerenciais periódicos aos diversos níveis de gestão acerca das operações expostas ao risco de crédito. Papéis e responsabilidades A governança do Gerenciamento do Risco de Crédito é efetuada pelo departamento de Gerenciamento de Riscos sob a supervisão da Diretoria da instituição, que zela pela qualidade e efetividade dos sistemas de controles internos e de administração de riscos. Diretoria - Responsável em acompanhar os resultados das atividades de gerenciamento do risco de crédito do Conglomerado Financeiro Mercedes-Benz do Brasil sempre visando o aprimoramento do ambiente de controles e sua devida mitigação. É também responsável pela aprovação e implantação da estrutura de gerenciamento do risco de crédito, incluindo as políticas, processos e procedimentos, mantendo uma forte cultura de controle dos indicadores de desempenho do ciclo de crédito. Gerenciamento de Riscos - Responsável pelo monitoramento do risco de crédito, através da normatização dos métodos e geração de relatórios para identificação, avaliação, monitoramento, controle e mitigação do risco de crédito e sua respectiva divulgação aos devidos níveis de gestão. Também responsável pela medição do nível de provisionamento da carteira para cobertura do risco da empresa. Segregação de função As funções de vendas e crédito são segregadas, assegurando duas óticas independentes no processo de gerência de risco e decisão de crédito. A área de negócios é responsável pela aquisição de novos negócios, enquanto que a área de crédito avalia o risco da solicitação de crédito feita pela área de vendas. Políticas, estratégias e mensuração As políticas relacionadas ao processo de concessão do crédito e cobrança do Banco Mercedes- Benz estabelecem as regras definidas e aprovadas pela Matriz e abrangem os seguintes aspectos: informações cadastrais, capacidade de pagamento do cliente, tipo de produto, prazo da operação, percentual de entrada, tipo de garantia, modelos estatísticos, análise julgamental, ações de cobrança e indicadores. Concessão e aprovação do crédito Nenhum crédito deve ser concedido sob avaliação de um único aprovador. As operações de crédito devem ser aprovadas por pelo menos dois aprovadores, um dos quais deve, obrigatoriamente, pertencer à área de crédito. Exceções a esta regra se aplicam apenas para créditos analisados pelo Retail. As aprovações são baseadas no sistema de atribuição de pontos (scoring) ou aprovações manuais feitas pelo gerente de crédito ou analistas Retail. 47

Exposição máxima ao risco de crédito A exposição máxima ao risco de crédito, demonstrada abaixo, não considera garantias obtidas ou melhorias de crédito que não se qualificam para compensação. Caixa e equivalentes de caixa 1.164 64.036 Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado 341.271 95.514 Ativos financeiros disponíveis para venda 453 257 Empréstimos e recebíveis 8.137.938 9.730.303 Total 8.480.826 9.890.110 Concentrações O quadro abaixo demonstra a concentração da carteira de crédito por setor econômico: Outros Serviços 5.479.293 6.228.993 Comércio 1.655.469 2.274.794 Indústria 258.111 281.388 Pessoas Físicas 298.388 455.547 Total 7.691.261 9.240.722 O quadro abaixo demonstra a exposição dos 10 maiores clientes: Exposição 1.324.678 1.453.272 % sobre a carteira total 17,22% 15,73% Execução de bens em garantias O Departamento Jurídico do Banco é a área responsável pela abertura e administração da ação de busca e apreensão dos bens atrelados às operações de crédito em atraso, acionando legalmente os inadimplentes para liquidação dos valores devidos através da retomada e venda dos bens, em leilão público ou venda direta para a rede de concessionários e compradores. Durante o exercício de 2016 os bens retomados pelo Grupo atingiram o montante de R$ 156.480 (2015 - R$ 104.718). O quadro a seguir apresenta o valor contábil dos ativos financeiros cujos termos foram renegociados. Empréstimos e recebíveis 656.096 722.594 Total 656.096 722.594 48

27.3 Risco de liquidez É a possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas e a possibilidade da instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado. O processo de gerenciamento do risco de liquidez contempla o acompanhamento da composição dos recursos disponíveis, o cumprimento do nível mínimo de liquidez e do plano de contingência para situações de estresse. Este processo visa utilizar as melhores práticas de maneira a evitar escassez de caixa e dificuldades em honrar os vencimentos a pagar. Relatórios gerenciais e regulatórios O Banco adotou sistemas, metodologias e modelos baseados nas melhores práticas de mercado. Informações com a situação de exposição ao risco de liquidez e indicação de limites operacionais são geradas e analisadas pela área de gerenciamento de riscos, que os mantêm em arquivo para referência futura. Os procedimentos para execução e distribuição dos relatórios estão claramente documentados através de políticas e procedimentos disponíveis a todos os níveis da instituição. Relatório diário de fluxo de caixa Este relatório tem por objetivo a mensuração da evolução do saldo de liquidez no próximo período de 120 dias. O relatório é composto da expectativa de entradas e saídas de caixa para o período, indicando em quais momentos do período há eminente risco de flutuação de liquidez abaixo do nível de segurança estipulado. As variações dos valores projetados são acompanhadas diariamente pela Tesouraria e monitorados pela área de Riscos, mensalmente através de testes de aderência do fluxo projetado anteriormente e diariamente, através de recebimento do e-mail da tesouraria com a movimentação realizada. Todas as ocorrências de liquidez abaixo do nível de segurança são informadas ao comitê na reunião seguinte ao fato. Plano de contingências de liquidez O Banco deverá recorrer a seu plano de contingência caso venha a enfrentar algum tipo de problema de liquidez inesperado junto ao mercado financeiro brasileiro. Depois de utilizadas todas as linhas de captação interbancárias disponíveis, o Banco deverá iniciar o processo de emissão Certificados de Depósitos Bancários ou Letras Financeiras a contrapartes já aprovadas pela Matriz tais como: Assets, Fundos de Pensão ou outros tipos de investidores qualificados, incluindo a Mercedes-Benz do Brasil Ltda. Assim que o plano de contingência de liquidez for acionado, a Diretoria deverá se reunir para decidir sobre a continuidade de realização de novas operações de financiamento. Enquanto isso, o Banco não deverá conceder nenhum novo empréstimo sem a aprovação do CFO ou preposto da diretoria financeira até que o nível de segurança estipulado retorne ao mínimo recomendado. 49

Caberá então à diretoria da empresa verificar se as condições de mercado exigirão ações adicionais como solicitação de aporte de capital ou solicitação de empréstimos junto à matriz ou empresa controladora no Brasil. O plano de contingências será acionado somente após a decisão em ata do Comitê de Risco de Mercado e Liquidez. Back-Testing O objetivo do Back-Testing (testes de aderência) é testar a validade e robustez do modelo utilizado para estimar o risco de liquidez. Os testes visam rever procedimentos e limites para a adequação de fluxo de caixa, de acordo como os resultados obtidos. Os testes de aderência são realizados mensalmente através da comparação da movimentação realizada nos últimos 30 dias (mês anterior) em relação à movimentação projetada para o mesmo período. Papéis e responsabilidades A estrutura de Gerenciamento de Risco de Liquidez possui uma estrutura compatível com a natureza de suas operações e tem por objetivo identificar, avaliar, monitorar e controlar a exposição aos riscos. O BMB definiu uma estrutura para gerenciamento de risco de liquidez centralizada e independente que se reporta diretamente ao Comitê de Risco de Liquidez que é composto por: Membros Votantes: Diretor Presidente CFO Membros de Apoio: Gestor de Gerenciamento de Riscos Gestor de Tesouraria Gestor da mesa de operações da Mercedes-Benz do Brasil O comitê reúne-se trimestralmente de forma ordinária, sendo convocado para reuniões extraordinárias sempre que o acompanhamento diário do mercado indicar tendência de aumento da exposição a perdas. As reuniões estão baseadas em políticas e procedimentos aprovados pelo comitê, que abrangem os seguintes tópicos: Diretrizes organizacionais Metodologias 50

Modelos para medição, monitoramento e controle de exposição. Limites operacionais Relatórios gerenciais e regulatórios Limites operacionais Os limites operacionais são aprovados em Comitê e são periodicamente revistos pela área de Gerenciamento de Riscos. Estes limites têm por finalidade permitir à Tesouraria uma atuação transparente, independente e contínua, sendo esta monitorada pela área de Gerenciamento de Riscos. Diretrizes organizacionais A estrutura de Gerenciamento de Risco de Liquidez está alinhada com as diretrizes do Daimler Financial Services AG, com o Conselho Monetário Nacional e às regulamentações do Banco Central do Brasil. O quadro a seguir mostra os passivos financeiros agrupados com base no período remanescente na data do balanço até a data de vencimento contratual. Até 90 dias Entre 91 e 360 dias Acima de 360 dias Total Depósitos de instituições financeiras 1.101 - - 1.101 Depósitos de clientes 101.454 55.213 612 157.279 Obrigações por empréstimos e repasses 263.807 94.705 456.146 814.658 Títulos de dívidas emitidos 655.140 1.746.612 3.525.134 5.926.886 Total 1.021.502 1.896.530 3.981.892 6.899.924 Até 90 dias Entre 91 e 360 dias Acima de 360 dias Total Depósitos de clientes 193.105 39.150-232.255 Obrigações por empréstimos e repasses 255.865-705.038 960.903 Títulos de dívidas emitidos 732.230 1.945.289 4.423.974 7.101.493 Total 1.181.200 1.984.439 5.129.012 8.294.651 27.4 Risco de mercado É a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias (commodities) detidas por instituição financeira, à exposição aos riscos de mercado é motivo de monitoramento diário pela instituição. Seu processo de gestão envolve a análise de todas as operações que estão sujeitas ao risco de perda financeira oriunda da exposição às variações de taxas ou preços de mercado. 2016 2015 51

Carteira de negociação A carteira de negociação é composta por operações com instrumentos financeiros, detidas com intenção de negociação ou destinadas à proteção de outros elementos da carteira de negociação. Para serem classificados nesta carteira, os instrumentos financeiros devem estar disponíveis para negociação antes da data de vencimento da operação. Consideram-se posições mantidas com a intenção de negociação, as operações realizadas com o propósito de revenda em curto prazo e/ou de beneficiamento através das variações nos preços, reais ou esperadas, em curto prazo ou com o propósito de obter benefícios precedentes de arbitragem, incluindo posições reservadas, posições decorrentes de atendimento ao cliente, manutenção do mercado, entre outras. Devido à natureza e características de suas operações, assim como seus objetivos de negócio, o Banco não possui operações integrantes da carteira de negociação. Entretanto, caso seja necessário, o Banco poderá realizar operações que se enquadrem nas condições anteriormente especificadas, devendo obter previamente a aprovação da tesouraria na matriz, na Alemanha. Operações fora da carteira de negociação As operações mantidas até a sua data de vencimento, sem intenção de negociação prévia, devem ser classificadas como fora da carteira de negociação. A mensuração e a avaliação do risco de taxas de juros dessas operações devem ser realizadas considerando-se a natureza das operações, a complexidade dos produtos e a dimensão da exposição ao risco de taxas de juros da instituição. Os critérios, premissas e procedimentos utilizados no processo de mensuração e avaliação do risco de taxas de juros, das operações não classificadas na carteira de negociação, devem ser consistentes, passíveis de verificação, documentados e estáveis ao longo do tempo. O Banco tem como natureza de suas atividades prover serviços financeiros destinados ao consumidor final pessoa física e jurídica (Crédito para aquisição de veículos com alienação fiduciária) ou rede de concessionárias (Floorplan para financiamento do estoque de veículos), sendo as captações de recursos no mercado utilizadas com a exclusiva finalidade de funding das operações de financiamento, e não da negociação de ativos. O Banco busca gerenciar a exposição ao risco de mercado abrangendo os principais aspectos que afetam o desempenho de seus ativos financeiros. Com o objetivo de medir, monitorar e controlar a exposição aos riscos de mercado, a instituição implementou estrutura de tamanho compatível com a natureza de suas operações. Esta estrutura se reporta diretamente ao Comitê de Risco de Mercado e Liquidez que é composto por: Membros Votantes: Diretor Presidente CFO 52

Membros de Apoio: Gestor de Gerenciamento de Riscos Gestor de Tesouraria Gestor da mesa de operações da Mercedes-Benz do Brasil O comitê reúne-se trimestralmente de forma ordinária, sendo convocado para reuniões extraordinárias sempre que o acompanhamento diário do mercado indicar tendência de aumento da exposição a perdas. As reuniões estão baseadas em políticas e procedimentos aprovados pelo comitê, que abrangem os seguintes tópicos: Diretrizes organizacionais Metodologias Modelos para medição, monitoramento e controle de exposição. Limites operacionais Relatórios gerenciais e regulatórios. A área de gerenciamento de risco de mercado deve monitorar a exposição ao risco de mercado, calculando e analisando tanto para as operações classificadas na carteira de negociação, quanto às operações classificadas fora desta carteira, fornecendo informações que auxiliem a tomada de decisões estratégicas por parte da alta administração. Diretrizes organizacionais A estrutura de Gerenciamento de Riscos de Mercado está alinhada com as diretrizes do Daimler Financial Services AG, com o Conselho Monetário Nacional e às regulamentações do Banco Central do Brasil. Metodologias O Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A, optou por mensurar e controlar seu risco de mercado utilizando a metodologia Economic Value Equity (EVE). O EVE consiste na mensuração do impacto no valor presente do fluxo de caixa de ativos subtraído o valor presente dos fluxos de caixa do passivo considerando choques nas taxas de juros pré-fixadas. A alocação de capital para cobertura de risco de mercado é realizada através deste modelo. Modelos para medição, monitoramento e controle de exposição O Banco Mercedes Benz e a Mercedes Benz Leasing adotaram sistemas, metodologias e modelos baseados nas melhores práticas de mercado, que são testados periodicamente quanto à sua eficácia na identificação de exposição ao risco de mercado. 53

Relatórios com situação de exposição ao risco de mercado e indicação de limites operacionais a serem observados são diariamente gerados e analisados pela área de gerenciamento de riscos Os procedimentos para medição, monitoramento e controle de exposição e reporte está claramente documentado através de política e procedimento e encontram-se disponíveis a todos os níveis da instituição para consulta através do sistema interno de divulgação de políticas. Risco de taxa de juros O risco de mercado está diretamente associado às oscilações de preços dos ativos, o que demanda implantação de processo de medição para gestão ideal. A metodologia utilizada pelo Banco é o EVE - Economic Value of Equity, através do qual se mede a necessidade de alocação de capital. Este método consiste na mensuração do impacto no valor presente do fluxo de caixa dos ativos subtraído do valor presente do fluxo de caixa dos passivos considerando choques nas taxas de juros pré-fixadas e duration dos portfolios. Em 31 de dezembro de 2016 Cenário de Estresse Cenário Normal + 200 bp + 300 bp - 500 bp EVE - Economic Value of Equity 18.798.655 37.597.309 56.395.964 93.993.273 Total 18.798.655 37.597.309 56.395.964 93.993.273 Limites operacionais Os limites operacionais são aprovados em comitê e são periodicamente revistos pela área de Gerenciamento de Riscos. Testes regulares de estresse de carteira são realizados com o objetivo de estimar o impacto gerado por eventuais volatilidades do sistema financeiro. Estes limites têm por finalidade permitir à Tesouraria uma atuação transparente, independente e contínua, sendo esta monitorada diariamente pela área de Gerenciamento de Riscos. Relatórios gerenciais regulatórios Os dados gerados para adequada medição, monitoramento e controle de exposição ao risco de mercado são usados na geração de relatórios gerenciais e regulatórios, e arquivados para referência futura. Os procedimentos para execução e distribuição dos relatórios estão claramente documentados e disponíveis a todos os níveis da instituição. 27.5 Risco operacional A definição de risco operacional adotada pelo Banco é a seguinte: Risco Operacional é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falhas, deficiências ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Esta definição inclui o risco legal, mas exclui o risco estratégico, de imagem e o de reputação. Em conjunto com esta definição, o Banco utiliza as seguintes categorias para classificação dos riscos operacionais: Fraudes internas; 54

Fraudes externas; Relações Trabalhistas; Processos; Danos a Ativos; Práticas Comerciais; Interrupção de Negócios / Falhas em Sistemas; Legal. Estrutura organizacional e metodologia Na estrutura organizacional atual, as atividades de gerenciamento de risco operacional estão sob responsabilidade da área de Gerenciamento de Riscos, subordinada à Diretoria Financeira, e com linha de reporte para o Comitê de Risco Operacional. O Diretor Presidente foi definido como o responsável por assuntos relacionados ao gerenciamento do risco operacional perante o Banco Central do Brasil. As áreas de negócio, através de seus gestores e dos representantes de risco operacional, gerenciam constantemente este risco. A governança do risco operacional é efetuada pelo departamento de Gerenciamento de Riscos, com a supervisão do Comitê de Risco Operacional, que é responsável pela aprovação da política, dos procedimentos, da estrutura e da metodologia a ser utilizada, sempre zelando pela qualidade e efetividade dos sistemas de controles internos da instituição. A seguir encontre o detalhamento das atribuições e responsabilidades dos envolvidos no processo. Comitê de Risco Operacional O Banco Mercedes-Benz constituiu, dentro de sua estrutura de gerenciamento de riscos, um Comitê específico para tratar os assuntos relacionados a risco operacional. Este comitê é composto da seguinte forma: Membros votantes: Áreas de apoio Diretor Presidente Gerenciamento de Riscos Diretor Financeiro Controles Internos Diretor de Crédito Auditoria Interna Diretor de Operações Diretor Comercial Gerenciamento de Riscos Sua principal função é suprir a Alta Administração com informações gerenciais que possibilitem a adequada gestão dos riscos da empresa, criando um ambiente de transparência em relação aos níveis de exposição em relacionados aos riscos identificados. Os processos de gerenciamento de risco operacional, especificados pela área de Gerenciamento de Riscos, serão localmente aplicados pelos gestores / representantes de risco operacional de cada área 55

Gestores das áreas de negócios e Representantes de Risco Operacional Na estrutura definida pelo Banco para realizar a gestão do risco operacional, os gestores se enquadram como principais responsáveis por administrar permanentemente o risco operacional em seus processos. Visando maior abrangência e maior proximidade das atividades operacionais, parte da responsabilidade dos gestores poderá ser delegada a um representante de Risco Operacional de seu departamento. Controles Internos As atividades de Controles Internos são executadas de forma independente e segregada da área de risco operacional. As definições das funções exercidas por Controles Internos estão detalhadas em política específica. Auditoria Interna Efetua verificações independentes quanto à efetividade do gerenciamento dos riscos operacionais no Banco. A metodologia de avaliação qualitativa do risco operacional do Banco é composta por cinco etapas: Entendimento do processo Esta etapa engloba, o entendimento dos processos de gestão, de negócios e de suporte do BMB, identificando qual gestor é o dono do processo e a quem cabe à responsabilidade pelos devidos controles, ou seja, o responsável pelos riscos e controles identificados no processo. 56