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Transcrição:

COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 24.4.2015 C(2015) 2638 final REGULAMENTO DELEGADO (UE) /... DA COMISSÃO de 24.4.2015 que complementa a Diretiva 2010/30/UE do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita à rotulagem energética dos aquecedores de ambiente local (Texto relevante para efeitos do EEE) PT PT

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS 1. CONTEXTO DO ATO DELEGADO Justificação e objetivos da proposta Os aquecedores de ambiente local são amplamente utilizados na UE para fins de aquecimento, fornecendo calor direto ao espaço em que estão instalados. Alguns modelos podem também fornecer calor a um fluido para fins de aquecimento de outros espaços que não os aquecidos diretamente. A maior parte dos aquecedores de ambiente local atualmente vendidos é constituída por aquecedores elétricos. Em 2010, foram colocados no mercado europeu mais de 20 milhões de unidades de aquecedores de ambiente local elétricos, representando 83% do total das vendas no âmbito deste grupo de produtos. As vendas de aquecedores de ambiente local a combustível sólido (que utilizam biomassa e/ou combustível fóssil) representaram 13% do total, com cerca de 3 150 000 unidades colocadas no mercado em 2010. A quota de mercado dos aquecedores de ambiente local a combustível gasoso ou líquido e dos aquecedores de ambiente local de fluxo luminoso e de tubos radiantes é relativamente modesta: 954 000 (4% do mercado) e 48 000 (0,2% do mercado), respetivamente. O impacto ambiental dos aquecedores de ambiente local na UE é significativo. O atual consumo de energia na fase de utilização é estimado em 2291 PJ (636,4 Mtep). O objetivo do presente regulamento é introduzir um regime harmonizado para a rotulagem energética dos aquecedores de ambiente local em função da sua eficiência energética e fornecer aos consumidores indicações uniformes relativas aos produtos. Os requisitos de rotulagem dão também um incentivo dinâmico aos fabricantes para que melhorem a eficiência energética dos aquecedores de ambiente local colocados no mercado e acelerem a penetração no mercado de aquecedores de ambiente local eficientes do ponto de vista energético. O presente regulamento vem complementar os propostos regulamentos da Comissão que dão execução à Diretiva 2009/125/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita aos requisitos de conceção ecológica aplicáveis aos aquecedores de ambiente local e aos aquecedores de ambiente local a combustível sólido. Contexto geral Uma análise técnica, económica e ambiental combinada demonstrou que os aquecedores de ambiente local oferecem um potencial de poupança de energia sem custos excessivos. Este potencial encontra-se ainda por explorar. Uma das principais razões pelas quais continuam a ser vendidos aquecedores de ambiente local pouco eficientes é o facto de os utilizadores finais basearem as suas decisões de compra no custo de aquisição dos produtos e não no custo do seu ciclo de vida, situação que é agravada pela atual prática de não incluir plenamente os custos ambientais nos custos da energia. Além disso, as informações disponibilizadas aos compradores sobre a eficiência energética dos aquecedores de ambiente local são limitadas, dando origem a uma informação assimétrica, sobretudo quando os aquecedores de ambiente local são associados a outros produtos. A consequência é que, muitas vezes, os utilizadores finais perdem oportunidades de melhorias rentáveis da eficiência energética. Outro problema são os incentivos divergentes: por exemplo, ao comprar e instalar um aquecedor de ambiente local, o proprietário de um edifício pode ter como objetivo reduzir ao mínimo os custos de aquisição, mas o locatário pode acabar por pagar faturas de energia mais elevadas. Além disso, a eficiência energética e as emissões de muitos tipos de aquecedores de ambiente local, nomeadamente os que utilizam combustível sólido, são regulamentadas a nível nacional em vários Estados-Membros, o que é contrário ao objetivo do mercado único. Por outro lado, PT 2 PT

estas abordagens diferentes abrangem aspetos diferentes e utilizam métodos diferentes de medição das emissões. A presente proposta visa ultrapassar estes entraves ao mercado, introduzindo rótulos energéticos da UE para os aquecedores de ambiente local. Introduz a conhecida escala de A-G para abranger os diferentes tipos de aquecedores de ambiente local que utilizam combustíveis convencionais e as classes superiores A + e A ++ para promover a utilização eficiente de fontes de energia renováveis. Serão disponibilizadas aos utilizadores finais indicações uniformes relativas aos produtos sob a forma de «fichas» (notas informativas), na Internet e em anúncios publicitários. O objetivo da presente proposta é reduzir o consumo de energia dos aquecedores de ambiente local. Espera-se que os novos requisitos de conceção ecológica propostos, combinados com o novo regime de rotulagem previsto na presente proposta, conduzam a uma redução anual de cerca de 278 PJ (6,6 Mtep) em 2030, em comparação com a manutenção do statu quo. Disposições em vigor no domínio da proposta Para além de uma medida de execução em matéria de conceção ecológica, agora proposta, que introduz requisitos de eficiência energética para os aquecedores de ambiente local, a seguinte medida pode também incidir no desempenho ambiental destes produtos, embora não no domínio da rotulagem energética: Diretiva 2010/31/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de maio de 2010, relativa ao desempenho energético dos edifícios 1. Não obstante, esta diretiva incide na eficiência energética de todo o edifício e das suas instalações de aquecimento e de refrigeração, pelo que não abrange diretamente as informações a fornecer aos consumidores sobre a eficiência energética dos aquecedores de ambiente local em si mesmos. Coerência com as outras políticas e com os objetivos da UE A promoção da adesão do mercado a aquecedores de ambiente local eficientes é conforme com a agenda Europa 2020 e o seu objetivo para 2020 de reduzir de 20% o consumo de energia, uma vez que visa apoiar a utilização mais eficiente e sustentável dos recursos, proteger o ambiente, reforçar a posição de liderança da UE no desenvolvimento de novas tecnologias ecológicas, melhorar o ambiente empresarial e ajudar os consumidores a fazerem escolhas mais informadas. Além disso, a promoção da adesão do mercado a aquecedores de ambiente local eficientes que utilizam biomassa, em especial, contribui para o objetivo da Diretiva 2009/28/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de abril de 2009, relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis 2, que estabelece objetivos vinculativos para os Estados-Membros alcançarem uma quota de energias renováveis em 2020 que totalize 20% para o conjunto da UE. Os Estados-Membros apresentaram à Comissão Planos de Ação Nacionais para as Energias Renováveis, que revelam que a bioenergia contribuirá para cerca de metade do objetivo da UE. Com os limitados recursos de biomassa disponíveis, uma utilização energeticamente eficiente da bioenergia é importante. A abordagem descrita na presente proposta reflete, tanto quanto possível, a abordagem utilizada para os requisitos de rotulagem energética para as caldeiras a combustível sólido, estabelecidos no Regulamento Delegado (UE) n.º.../... da Comissão, de, que complementa 1 2 JO L 153 de 18.6.2010, p. 13. JO L 140 de 5.6.2009, p. 16. PT 3 PT

a Diretiva 2010/30/UE do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita à rotulagem energética das caldeiras a combustível sólido e sistemas mistos de caldeira a combustível sólido, aquecedor complementar, dispositivo de controlo de temperatura e dispositivo solar [reference and footnote to be inserted after publication] 3 que é ela mesma alinhada, tanto quanto possível, com a abordagem utilizada para os requisitos de rotulagem energética para as caldeiras e os aquecedores que utilizam outros combustíveis que não os combustíveis sólidos, estabelecida no Regulamento Delegado (UE) 811/2013 da Comissão, de 18 de fevereiro de 2013, que complementa a Diretiva 2010/30/UE do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita à rotulagem energética dos aquecedores de ambiente, aquecedores combinados, sistemas mistos de aquecedor de ambiente, dispositivo de controlo de temperatura e dispositivo solar e sistemas mistos de aquecedor combinado, dispositivo de controlo de temperatura e dispositivo solar 4. No entanto, a abordagem definida para os aquecedores de ambiente local desvia-se em alguns pontos destes regulamentos no que respeita aos aquecedores ligados a um sistema de aquecimento ambiente baseado na água, na medida em que os aquecedores de ambiente local diferem nos padrões típicos de utilização, requisitos de instalação, níveis típicos de desempenho e tecnologias aplicadas. As diferenças no que respeita aos aquecedores de ambiente local incluem a escala de rotulagem energética e as metodologias para a medição e o cálculo da eficiência energética sazonal, que tem em conta fatores relacionados com a utilização de dispositivos de controlo da temperatura interior para certos tipos de aquecedores de ambiente local. 2. CONSULTAS EFETUADAS ANTES DA ADOÇÃO DO ATO Consulta das partes interessadas Foram consultadas partes interessadas da UE e internacionais, bem como peritos dos Estados- Membros, desde o início dos estudos preparatórios que descreveram os produtos abrangidos pelo âmbito de aplicação do regulamento proposto (este âmbito combina produtos dos estudos preparatórios sobre instalações de queima de combustíveis sólidos em pequena escala ENER lote 15, e produtos de aquecimento ambiente local interior ENER lote 20). Foi também debatida a rotulagem energética juntamente com os requisitos de conceção ecológica no Fórum de Consulta sobre a conceção ecológica, estabelecido pela Diretiva-Quadro Conceção Ecológica, 2009/125/CE 5. O Fórum de Consulta é constituído por peritos dos Estados-Membros e uma representação equilibrada de partes interessadas, nomeadamente fabricantes, retalhistas, ONG ambientalistas e organizações de consumidores. Na reunião do Fórum de Consulta em 20 de setembro de 2012, a Comissão apresentou um documento de trabalho em que propõe requisitos de conceção ecológica e um sistema de rotulagem energética para os aquecedores de ambiente local. Todos os documentos de trabalho relevantes foram facultados aos Estados-Membros, ao Parlamento Europeu e às partes interessadas, e os documentos de trabalho facultados ao Fórum de Consulta foram publicados no sistema CIRCA da Comissão, juntamente com as observações das partes interessadas, recebidas por escrito. Além disso, a iniciativa foi discutida a nível bilateral entre os serviços da Comissão, as várias partes interessadas e os Estados-Membros. A OMC/OTC foi notificada do projeto de regulamento em 26 de julho de 2013, a fim de assegurar que não são introduzidos entraves ao comércio. 3 4 5 JO L xxx de yy.yy.2013, p. zz. JO L 239 de 6.9.2013, p. 1. JO L 285 de 31.10.2009, p. 10. PT 4 PT

Resumo das respostas e modo como foram tidas em conta As partes interessadas e os Estados-Membros apoiam, em geral, um sistema de rotulagem energética para os aquecedores de ambiente local. As posições das principais partes interessadas sobre os elementos essenciais da proposta da Comissão podem ser resumidas do seguinte modo: Produtos abrangidos Houve um amplo consenso entre os membros do Fórum de Consulta quanto à necessidade de o âmbito abranger os aquecedores de ambiente local para uso doméstico com uma potência calorífica direta nominal até 50 kw. Os aquecedores de ambiente local destinados a utilizar biomassa não lenhosa devem ser excluídos, devido às suas características técnicas específicas. Além disso, os aquecedores de ambiente local de fluxo luminoso e de tubos radiantes devem ser excluídos por serem produtos adquiridos apenas no mercado profissional. Os produtos alimentados a combustível de biomassa que possam utilizar múltiplos combustíveis devem ser incluídos, na medida em que o combustível utilizado seja uma biomassa lenhosa. Várias partes interessadas opuseram-se à inclusão dos aquecedores de ambiente local que utilizam eletricidade para aquecimento, na medida em que estes ficariam na classe de eficiência energética mais baixa, não incentivando a introdução de melhorias e sugerindo a concorrência com outros aquecedores de ambiente local (alimentados a combustível), embora os requisitos de instalação sejam muito diferentes. Outras partes interessadas argumentaram que os aquecedores de ambiente local elétricos não devem ser excluídos, a fim de fornecer aos consumidores informações sobre a eficiência energética de todo o espetro de produtos. Atendendo a que os requisitos de conceção ecológica para os aquecedores de ambiente local elétricos serão muito rigorosos e estarão mais próximos da máxima eficiência técnica possível destes produtos, não é deixada margem para a diferenciação dos aquecedores de ambiente local elétricos que serão colocados no mercado após a entrada em vigor dos requisitos mínimos estabelecidos ao abrigo da Diretiva Conceção Ecológica. É, por conseguinte, proposta a sua exclusão do âmbito de aplicação do presente regulamento. Rótulo Várias opções em matéria de rotulagem energética dos aquecedores de ambiente local foram debatidas pelos Estados-Membros e partes interessadas. Os principais debates incidiram, nomeadamente, nas classes de rótulos, no fator de rotulagem da biomassa e na rotulagem das emissões. Algumas partes interessadas argumentaram que a aplicação das mesmas classes de rótulo que para as caldeiras para aquecimento central daria origem a regime menos eficaz no qual poderiam fazer parte da mesma classe de rótulo tanto produtos médios como os melhores produtos disponíveis. Por conseguinte, a presente proposta estabelece as classes de rótulo a níveis tais que os produtos médios e os melhores produtos obtenham de facto rótulos diferentes. Houve um amplo consenso entre os Estados-Membros e as partes interessadas quanto a não estabelecer rotulagem para os aquecedores de ambiente local de fluxo luminoso e de tubos radiantes, uma vez que estes produtos são vendidos num mercado profissional que não impõe a rotulagem energética. Foi igualmente debatida a rotulagem energética dos aquecedores de ambiente local elétricos, tendo algumas partes interessadas e alguns Estados-Membros alegado que os padrões de utilização e os requisitos de instalação destes produtos fazem com que os mesmos não sejam diretamente substituíveis por aquecedores de ambiente local mais eficientes. Alegam também PT 5 PT

que os requisitos rigorosos da Diretiva Conceção Ecológica não deixam margem para melhorar estes produtos, tornando impossível que o rótulo cumpra os seus objetivos de diferenciação entre produtos diferentes. Outras partes interessadas e Estados-Membros consideraram ser necessário facultar informação aos consumidores sobre a baixa eficiência energética dos aquecedores de ambiente local elétricos. Estes últimos não são abrangidos pelo âmbito do presente regulamento pelas razões acima referidas, mas foram estabelecidos requisitos de informação ao abrigo da Diretiva Conceção Ecológica a fim de fornecer aos consumidores informações relevantes sobre a sua eficácia relativamente baixa. O princípio da aplicação de um fator de rotulagem da biomassa a fim de promover a utilização da biomassa como combustível para os aquecedores de ambiente local foi apoiado por alguns Estados-Membros e ONG ambientalistas. A maior parte da indústria de aquecimento questionou esta abordagem, preferindo uma rotulagem da eficiência sem fatores de correção, argumentando que a eficiência no rótulo seria então também mais correta fisicamente. Quanto ao valor específico desse fator, apenas as ONG ambientalistas manifestaram uma preferência fundamentada, propondo que se utilize o fator 1,15. A maioria dos Estados-Membros preferiu um valor significativamente mais elevado. O valor selecionado de 1,45 torna possível aos melhores aquecedores de ambiente local a combustível sólido atingir a classe A++. Foi também mencionada a indicação das emissões no rótulo dos aquecedores de ambiente local a combustível sólido. Atendendo aos rigorosos requisitos de conceção ecológica e à incerteza relativamente elevada na medição das emissões, não é possível exprimir no rótulo as emissões com um número único e fiável ou uma escala de A-G. Obtenção e utilização de competências especializadas Contribuição de peritos científicos As contribuições de peritos externos foram recolhidas principalmente no quadro de estudos preparatórios, com análise técnica, ambiental e económica, que a Direção-Geral da Energia da Comissão encomendou a dois consórcios de consultores externos. Principais organizações/peritos consultados Os estudos preparatórios decorreram em processo aberto, que teve em conta os contributos das partes interessadas relevantes, incluindo fabricantes, instaladores, retalhistas e suas associações, ONG ambientalistas, organizações de consumidores e peritos. Resumo dos pareceres recebidos e tidos em conta Não foram mencionados riscos potencialmente graves e com consequências irreversíveis. Avaliação de impacto Foi efetuada uma avaliação de impacto das possíveis medidas nos termos do artigo 15., n.º 4, alínea b), da Diretiva 2009/125/CE. Foram consideradas várias opções estratégicas para alcançar a transformação do mercado de modo a atingir o nível de ambição adequado, que incluem a manutenção do statu quo, a autorregulação, apenas a rotulagem energética, apenas a regulamentação da conceção ecológica, ou uma combinação das duas últimas opções, com e sem a rotulagem das emissões de partículas. No entanto, atendendo ao claro mandato legislativo para estabelecer requisitos de conceção ecológica e rotulagem energética dos aquecedores de ambiente local, a profundidade da análise para opções diferentes de um ato jurídico de execução foi proporcional e o ponto focal foi a avaliação dos regulamentos de execução propostos. PT 6 PT

Os impactos das opções estratégicas para a introdução de rótulos energéticos foram avaliados em comparação com o cenário de manutenção do statu quo. Com base numa avaliação dos custos e benefícios, determinou-se que uma combinação de requisitos de conceção ecológica e de rotulagem era a opção preferida para resolver o problema da deficiência do mercado no que respeita à aceitação de aquecedores de ambiente local com melhor desempenho ambiental, dado que essa combinação cumpre melhor os requisitos das Diretivas Conceção Ecológica e Rotulagem Energética. Consequentemente, foi escolhida a opção que associa a adoção de requisitos rigorosos de conceção ecológica para a eficiência energética e as emissões à introdução de um regime de rotulagem de produtos em termos de eficiência energética, por permitir mais poupanças e também por ser a preferida pelas partes interessadas. A medida selecionada assegurará que: são mantidas e promovidas as melhorias em curso do ponto de vista energético, disponibilizando indicações uniformes aos utilizadores finais e eliminando os obstáculos de mercado resultantes da informação assimétrica e dos incentivos divergentes; existe uma transformação dinâmica do mercado que conduzirá a aquecedores de ambiente local altamente eficientes e com um baixo nível de emissões; a concorrência leal e a diferenciação de produtos continuam a resultar em poupanças de energia que melhoram a eficiência energética; é alcançado um nível de consumo de energia economicamente eficiente; a competitividade da indústria é reforçada pelo desenvolvimento do mercado único da UE de produtos sustentáveis; os encargos para os fornecedores, nomeadamente as PME, não são excessivos, já que os períodos de transição têm em conta os ciclos de reformulação da conceção. não há impacto negativo sobre o emprego na UE. 3. ELEMENTOS JURÍDICOS DO ATO DELEGADO Síntese da ação proposta A medida proposta impõe novos requisitos vinculativos em matéria de rotulagem e de informações uniformes relativas aos produtos para os fornecedores que colocam no mercado e/ou em serviço aquecedores de ambiente local e para os distribuidores que propõem para venda aquecedores de ambiente local. A classe de eficiência energética dos aquecedores de ambiente local será baseada numa única escala que abrange os aquecedores de ambiente local a combustível sólido, líquido e gasoso e os aquecedores de ambiente local elétricos. Este regime aplica um fator de rotulagem da biomassa para promover a eficiência energética dos aquecedores de ambiente local a combustível sólido que utilizam biomassa e continuar a promover os combustíveis de origem renovável de preferência aos combustíveis fósseis. Se o aquecedor de ambiente local puder utilizar múltiplos combustíveis sólidos, a classificação indicada no rótulo é determinada pelo combustível para o qual o aquecedor de ambiente local foi otimizado, o seu combustível preferencial. Se o produto puder utilizar múltiplos combustíveis de biomassa, a classificação indicada no rótulo tem por base um combustível de biomassa lenhosa para o qual o aquecedor de ambiente local a combustível sólido foi otimizado. PT 7 PT

Além disso, serão introduzidas indicações uniformes relativas aos produtos para os aquecedores de ambiente local, como a ficha de produto e a documentação técnica, e serão especificados os requisitos relativos às informações a fornecer em qualquer forma de venda à distância de aquecedores de ambiente local e em qualquer publicidade e material técnico promocional sobre os mesmos. Os rótulos de produto propostos e as indicações uniformes relativas aos produtos contribuirão para suprir a falta de informação para quem adquire aquecedores de ambiente local. Os métodos de medição e o procedimento de verificação para fins de fiscalização do mercado no presente regulamento são alinhados com os estabelecidos na medida de execução proposta em matéria de conceção ecológica. Base jurídica O regulamento delegado dá execução à Diretiva 2010/30/UE, nomeadamente ao artigo 10.º desta última. Princípio da subsidiariedade O regulamento dá execução à Diretiva 2010/30/UE, em conformidade com o artigo 10.º desta última. Princípio da proporcionalidade Em conformidade com o princípio da proporcionalidade, a medida não excede o estritamente necessário para atingir o seu objetivo. A medida de execução assume a forma de um regulamento, diretamente aplicável em todos os Estados-Membros. Deste modo, as administrações nacionais e da UE não incorrerão em quaisquer custos com a transposição da legislação de execução para o direito nacional. Escolha do instrumento Instrumento proposto: regulamento delegado. Incidência orçamental A proposta não tem incidência no orçamento da UE. INFORMAÇÕES ADICIONAIS Cláusula de reexame/ revisão/ caducidade O projeto inclui uma cláusula de revisão. Espaço Económico Europeu O ato proposto incide em matérias respeitantes ao EEE, pelo que o seu âmbito deve ser alargado ao Espaço Económico Europeu. PT 8 PT

REGULAMENTO DELEGADO (UE) /... DA COMISSÃO de 24.4.2015 que complementa a Diretiva 2010/30/UE do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita à rotulagem energética dos aquecedores de ambiente local (Texto relevante para efeitos do EEE) A COMISSÃO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, Tendo em conta a Diretiva 2010/30/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de maio de 2010, relativa à indicação do consumo de energia e de outros recursos por parte dos produtos relacionados com a energia, por meio de rotulagem e outras indicações uniformes relativas aos produtos 6, nomeadamente o artigo 10.º, Considerando o seguinte: (1) A Diretiva 2010/30/UE estabelece que a Comissão deve adotar atos delegados no que respeita à rotulagem dos produtos relacionados com a energia que representem um potencial significativo de poupança de energia e cujos níveis de desempenho variem consideravelmente para uma funcionalidade equivalente. (2) Os aquecedores de ambiente local com funcionalidades equivalentes apresentam uma grande disparidade em termos de eficiência energética e a energia que utilizam representa uma parte significativa da procura total de energia na União. A margem para reduzir o seu consumo de energia é significativa. (3) Os aquecedores de ambiente local que utilizam biomassa não lenhosa têm características técnicas específicas e devem, por conseguinte, ser excluídos do âmbito do presente regulamento. (4) Devem ser estabelecidas disposições harmonizadas em matéria de rotulagem e indicações uniformes relativas aos produtos a fim de incentivar os fabricantes a melhorarem a eficiência energética dos aquecedores de ambiente local, encorajar os utilizadores finais a comprarem produtos eficientes em termos energéticos e contribuir para o funcionamento do mercado interno. (5) Uma vez que a utilização típica e, por conseguinte, também o consumo de energia dos aquecedores de ambiente local são diferentes dos de outros produtos de aquecimento ambiente que são regulamentados, o presente regulamento deve introduzir um escala de rotulagem diferente da dos outros produtos de aquecimento ambiente. (6) Dado que os aquecedores de ambiente local de fluxo luminoso e os de tubos radiantes são diretamente adquiridos por profissionais e não pelos consumidores finais, não são estabelecidos no presente regulamento requisitos de rotulagem energética para estes produtos. 6 JO L 153 de 18.6.2010, p. 1. PT 9 PT

(7) Os requisitos mínimos aplicáveis aos aquecedores de ambiente local elétricos ao abrigo do Regulamento Delegado (UE) n.º.../... da Comissão, que dá execução à Diretiva 2009/125/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita aos requisitos de conceção ecológica para os aquecedores de ambiente local [Number of the Regulation and OJ reference in footnote to be inserted before publication in the OJ] 7, fornecem o potencial máximo de melhoramento técnico destes produtos. Em consequência, não haverá margem para diferenciação entre eles. Os aquecedores de ambiente local elétricos não podem ser substituídos diretamente por aquecedores de ambiente local mais eficientes que utilizem outros combustíveis e, consequentemente, o rótulo não cumpriria o objetivo de fornecer informações aos consumidores sobre a eficiência relativa dos diferentes produtos. (8) A promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis nos produtos de aquecimento é coerente com o objetivo de promoção das energias renováveis. É, pois, conveniente que o presente regulamento introduza uma abordagem específica para os aquecedores de ambiente local, um «fator de rotulagem da biomassa» fixado a um nível tal que assegure que a classe A++ só pode ser alcançada pelos aquecedores de ambiente local a combustível sólido que utilizam péletes. (9) As informações fornecidas no rótulo devem ser obtidas mediante procedimentos de medição e cálculo fiáveis, precisos e reprodutíveis, que tomem em consideração métodos de medição e de cálculo reconhecidos como os mais avançados, incluindo, quando disponíveis, normas harmonizadas adotadas pelas organizações europeias de normalização, em conformidade com os procedimentos estabelecidos no Regulamento (UE) n.º 1025/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2012, relativo à normalização europeia 8, para efeitos do estabelecimento dos requisitos de conceção ecológica. (10) O presente regulamento deve especificar um formato e um conteúdo uniformes para o rótulo dos aquecedores de ambiente local. (11) Além disso, o presente regulamento deve especificar os requisitos para a ficha de produto e a documentação técnica dos aquecedores de ambiente local. (12) O presente regulamento deve também especificar os requisitos relativos às informações a fornecer para quaisquer formas de vendas à distância de aquecedores de ambiente local e nos anúncios publicitários e material técnico de promoção desses aquecedores. (13) É conveniente prever uma revisão das disposições do presente regulamento à luz do progresso tecnológico, ADOTOU O PRESENTE REGULAMENTO: Artigo 1.º Objeto e âmbito de aplicação O presente regulamento estabelece requisitos para a rotulagem energética, bem como para o fornecimento de indicações complementares relativas aos produtos, no que respeita aos aquecedores de ambiente local com uma potência calorífica nominal de 50 kw ou menos. São excluídos do âmbito do presente regulamento: 7 8 JO L xxx de yy.yy.2013, p. xx. JO L 316 de 14.11.2012, p. 12. PT 10 PT

(a) (b) aquecedores de ambiente local elétricos; aquecedores de ambiente local que utilizam um ciclo de compressão de vapor ou um ciclo de sorção para a produção de calor acionado por compressor elétrico ou por combustível; (c) aquecedores de ambiente local a combustível sólido especificados exclusivamente para a combustão de biomassa não lenhosa; (d) (e) (f) (g) (h) (i) (j) aquecedores de ambiente local especificados para fins diferentes do aquecimento ambiente interior, de modo a alcançar e manter um certo conforto térmico humano por meio de convecção ou radiação térmica; aquecedores de ambiente local especificados exclusivamente para utilização no exterior; aquecedores de ambiente local cuja potência calorífica direta representa menos de 6% das potências caloríficas direta e indireta combinadas, à potência calorífica nominal; aquecedores de ambiente local a combustível sólido que não sejam montados na fábrica ou não sejam fornecidos por um fabricante como componentes pré-fabricados ou peças para montagem no local; aquecedores de ambiente local de fluxo luminoso e aquecedores de ambiente local de tubos radiantes; produtos de aquecimento do ar; fogões de sauna. Artigo 2.º Definições Para além das definições estabelecidas no artigo 2.º da Diretiva 2010/30/CE, aplicam-se para efeitos do presente regulamento as seguintes definições: 1. «Aquecedor de ambiente local»: um dispositivo de aquecimento ambiente que emite calor por transferência térmica direta ou por transferência térmica direta em combinação com transferência térmica para um fluido, de modo a alcançar e manter um certo nível de conforto térmico humano num espaço fechado no qual o produto está situado, eventualmente combinado com a produção de calor para outros espaços, e que está equipado com um ou mais geradores de calor que convertem diretamente em calor a eletricidade ou o combustível gasoso, líquido ou sólido, através da utilização do efeito de Joule ou da queima de combustíveis, respetivamente; 2. «Aquecedor de ambiente local a combustível sólido»: um aquecedor de ambiente local de frente aberta, um aquecedor de ambiente local de frente fechada ou um fogão que utiliza combustível sólido; 3. «Aquecedor de ambiente local a combustível gasoso»: um aquecedor de ambiente local de frente aberta ou um aquecedor de ambiente local de frente fechada que utiliza combustível gasoso; 4. «Aquecedor de ambiente local a combustível líquido»: um aquecedor de ambiente local de frente aberta ou um aquecedor de ambiente local de frente fechada que utiliza combustível líquido; PT 11 PT

5. «Aquecedor de ambiente local elétrico»: um aquecedor de ambiente local que utiliza o efeito elétrico de Joule para gerar calor; 6. «Aquecedor de ambiente local de frente aberta»: um aquecedor de ambiente local que utiliza combustível gasoso, líquido ou sólido, em que o leito de combustível e os gases de combustão não estão isolados do espaço em que o produto está instalado e que está fixado à abertura de uma chaminé ou lareira ou que necessita de uma conduta de evacuação dos produtos de combustão; 7. «Aquecedor de ambiente local de frente fechada»: um aquecedor de ambiente local que utiliza combustível gasoso, líquido ou sólido, em que o leito de combustível e os gases de combustão podem ser isolados do espaço em que o produto está instalado e que está fixado à abertura de uma chaminé ou lareira ou que necessita de uma conduta de evacuação dos produtos de combustão; 8. «Fogão»: um aquecedor de ambiente local que utiliza combustível sólido, que integra num único recinto a função de aquecedor de ambiente local e uma placa, um forno ou ambos, a utilizar para a preparação de alimentos e que está fixado à abertura de uma chaminé ou lareira ou que necessita de uma conduta de evacuação dos produtos de combustão; 9. «Aquecedor de ambiente local alimentado a combustível»: um aquecedor de ambiente local de frente aberta, um aquecedor de ambiente local de frente fechada ou um fogão; 10. «Aquecedor de ambiente local de fluxo luminoso»: um aquecedor de ambiente local que utiliza combustível gasoso ou líquido e que está equipado com um queimador; destinado a ser instalado acima do nível da cabeça, orientado para o local de utilização de modo a que a emissão de calor do queimador, constituída predominantemente por radiação infravermelha, forneça aquecimento direto aos seres ou objetos a aquecer e que emite os produtos de combustão para o espaço em que este situado; 11. «Aquecedor de ambiente local de tubos radiantes»: um aquecedor de ambiente local que utiliza combustível gasoso ou líquido; equipado com queimador; destinado a ser instalado acima do nível da cabeça e próximo dos objetos a aquecer; que aquece o espaço principalmente pela radiação infravermelha dos tubos radiantes aquecidos por passagem interna de produtos de combustão; e cujos produtos de combustão são evacuados através de uma conduta de evacuação; 12. «Aquecedor não ligado a uma conduta de evacuação»: um aquecedor de ambiente local que utiliza combustível gasoso, líquido ou sólido, que emite os produtos de combustão para o espaço em que o produto está situado, que não seja um aquecedor de ambiente local de fluxo luminoso; 13. «Aquecedor aberto para chaminé»: um aquecedor de ambiente local que utiliza combustível gasoso, líquido ou sólido, destinado a ser instalado sob uma chaminé ou numa lareira sem fixação entre o produto e a abertura da chaminé ou lareira e que permite aos produtos de combustão passar sem restrições do leito de combustão para a chaminé ou conduta de evacuação; 14. «Produto de aquecimento do ar»: um produto que fornece calor a um sistema de aquecimento apenas do ar, que pode ser ligado a condutas e é concebido para ser utilizado enquanto fixado ou seguro num local específico ou montado na parede, que distribui o ar por meio de um dispositivo de movimentação do ar de modo a alcançar PT 12 PT

e manter um certo nível de conforto térmico humano num espaço fechado em que está situado; 15. «Fogão de sauna»: um aquecedor de ambiente local incorporado ou declarado para utilização em sauna seca ou a vapor ou em ambientes similares; 16. «Combustível sólido»: combustível no estado sólido à temperatura ambiente interior normal, incluindo biomassa sólida e combustíveis fósseis sólidos; 17. «Biomassa»: a fração biodegradável de produtos, resíduos e detritos de origem biológica provenientes da agricultura (incluindo substâncias de origem vegetal e animal), da exploração florestal e de indústrias afins, incluindo da pesca e da aquicultura, bem como a fração biodegradável dos resíduos industriais e urbanos; 18. «Biomassa lenhosa»: a biomassa proveniente de árvores e arbustos, incluindo toros, madeira em estilhas, madeira prensada sob a forma de péletes, madeira prensada sob a forma de briquetes e serrim de madeira; 19. «Biomassa não lenhosa»: toda a biomassa com exceção da lenhosa, incluindo palha, miscantos, canas, caroços (nomeadamente de azeitonas), grãos, bagaço de azeitona e cascas de nozes; 20. «Combustível preferencial»: o combustível que deve, de preferência, ser utilizado no aquecedor de ambiente local de acordo com as instruções do fornecedor; 21. «Combustível sólido fóssil»: um combustível sólido que não seja biomassa, incluindo antracite e carvão-vapor, hulha, coque de baixa temperatura, hulha betuminosa, linhite, uma mistura de combustíveis fósseis ou uma mistura de biomassa e combustível fóssil; para efeitos do presente regulamento, inclui também a turfa; 22. «Outro combustível adequado»: um combustível, com exceção do preferencial, que pode ser utilizado no aquecedor de ambiente local de acordo com as instruções do fornecedor, incluindo qualquer combustível que seja mencionado no manual de instruções para os instaladores e os utilizadores finais, em sítios Web de acesso livre dos fabricantes e fornecedores, em material técnico ou promocional e na publicidade; 23. «Potência calorífica direta»: a potência calorífica do produto por radiação e convecção de calor, emitida pelo próprio produto, ou dele proveniente, para a atmosfera, com exceção da potência calorífica do produto para um fluido térmico, expressa em kw; 24. «Potência calorífica indireta»: a potência calorífica transmitida pelo produto para um fluido térmico pelo mesmo processo de produção de calor que fornece a potência calorífica direta do produto, expressa em kw; 25. «Funcionalidade de aquecimento indireto»: capacidade que tem o produto de transferir uma parte da potência calorífica para um fluido térmico, para utilização como aquecimento ambiente ou para a produção de água quente para uso doméstico; 26. «Potência calorífica nominal» (P nom ): a potência calorífica de um aquecedor de ambiente local, incluindo tanto a potência calorífica direta como a indireta (se aplicável), ao funcionar à potência calorífica máxima que possa ser mantida durante um período de tempo prolongado, declarada pelo fornecedor, expressa em kw; 27. «Potência calorífica mínima» (P min ): a potência calorífica de um aquecedor de ambiente local, incluindo tanto a potência calorífica direta como a indireta (se PT 13 PT

aplicável), ao funcionar à potência calorífica mínima, declarada pelo fornecedor, expressa em kw; 28. «Para utilização no exterior»: o produto é adequado para um funcionamento seguro fora de espaços fechados, incluindo a possibilidade de utilização no exterior; 29. «Modelo equivalente»: um modelo colocado no mercado que, para os parâmetros técnicos estabelecidos no quadro 2 ou no quadro 3 do anexo V, apresenta valores idênticos aos de um outro modelo colocado no mercado pelo mesmo fornecedor. Para efeitos dos anexos II a IX, são estabelecidas definições adicionais no anexo I. Artigo 3.º Responsabilidades dos fornecedores e calendário 1. A partir de 1 de janeiro de 2018, os fornecedores que colocam no mercado ou em serviço aquecedores de ambiente local com exceção dos aquecedores não ligados a uma conduta de evacuação que utilizam combustíveis sólidos e dos aquecedores abertos para chaminé que utilizam combustíveis sólidos devem assegurar que: (a) (b) (c) (d) (e) (f) esses aquecedores de ambiente local são providos de um rótulo impresso com o formato e o conteúdo informativo previstos no ponto 1 do anexo III e conformes com as classes de eficiência energética previstas no anexo II; são disponibilizados aos distribuidores desses modelos de aquecedores de ambiente local rótulos eletrónicos no formato e com o conteúdo informativo previstos no ponto 1 do anexo III e conformes com as classes de eficiência energética previstas no anexo II; são fornecidas para esses aquecedores de ambiente local fichas de produto em conformidade com o anexo IV; são disponibilizadas aos distribuidores desses modelos de aquecedores de ambiente local fichas de produto eletrónicas em conformidade com o anexo IV; a documentação técnica prevista no anexo V é disponibilizada, mediante pedido, às autoridades dos Estados-Membros e à Comissão; toda a publicidade relativa a esses modelos específicos de aquecedores de ambiente local e que contenha informações sobre a energia ou o preço inclui uma referência à classe de eficiência energética dos referidos modelos; (g) todo o material técnico promocional relativo a esses modelos específicos de aquecedores de ambiente local e que descreva os seus parâmetros técnicos específicos inclui uma referência à classe de eficiência energética dos referidos modelos. 2. A partir de 1 de janeiro de 2022, os fornecedores que colocam no mercado ou em serviço aquecedores de ambiente local não ligados a uma conduta de evacuação que utilizam combustíveis sólidos ou aquecedores abertos para chaminé que utilizam combustíveis sólidos devem assegurar que: (a) (b) esses aquecedores de ambiente local são providos de um rótulo impresso com o formato e o conteúdo informativo previstos no ponto 1 do anexo III e conformes com as classes de eficiência energética previstas no anexo II; são disponibilizados aos distribuidores desses modelos de aquecedores de ambiente local rótulos eletrónicos no formato e com o conteúdo informativo PT 14 PT

(c) (d) (e) (f) (g) previstos no ponto 1 do anexo III e conformes com as classes de eficiência energética previstas no anexo II; são fornecidas para esses aquecedores de ambiente local fichas de produto em conformidade com o anexo IV; são disponibilizadas aos distribuidores desses modelos de aquecedores de ambiente local fichas de produto eletrónicas em conformidade com o anexo IV; a documentação técnica prevista no anexo V é disponibilizada, mediante pedido, às autoridades dos Estados-Membros e à Comissão; toda a publicidade relativa a esses modelos específicos de aquecedores de ambiente local e que contenha informações sobre a energia ou o preço inclui uma referência à classe de eficiência energética dos referidos modelos; todo o material técnico promocional relativo a esses modelos específicos de aquecedores de ambiente local e que descreva os seus parâmetros técnicos específicos inclui uma referência à classe de eficiência energética dos referidos modelos. Artigo 4.º Responsabilidades dos distribuidores Os distribuidores de aquecedores de ambiente local devem assegurar que: (a) (b) (c) (d) cada aquecedor de ambiente local ostenta, no ponto de venda, o rótulo facultado pelos fornecedores, em conformidade com o artigo 3.º, na sua parte externa, à frente, de modo a ser claramente visível; os aquecedores de ambiente local postos à venda, em locação ou em locação com opção de compra em condições em que não se pode esperar que o utilizador final veja o produto exposto, são comercializados com as informações que os fornecedores devem facultar em conformidade com o anexo VI, exceto se a oferta for feita pela Internet, caso em que se aplica o disposto no anexo VII; toda a publicidade relativa a um modelo específico de aquecedor de ambiente local e que contenha informações sobre a energia ou o preço inclui uma referência à classe de eficiência energética desse modelo; todo o material técnico promocional relativo a um modelo específico de aquecedor de ambiente local, que descreva os seus parâmetros técnicos específicos, inclui uma referência à classe de eficiência energética desse modelo. Artigo 5.º Métodos de medição e de cálculo As informações a facultar nos termos dos artigos 3.º e 4.º devem ser obtidas por métodos de medição e de cálculo fiáveis, precisos e reprodutíveis, que tomem em consideração os métodos de medição e cálculo reconhecidos como os mais avançados, em conformidade com o previsto no anexo VIII. PT 15 PT

Artigo 6.º Procedimento de verificação para efeitos de fiscalização do mercado Os Estados-Membros aplicam o procedimento previsto no anexo IX ao avaliarem a conformidade da classe de eficiência energética declarada dos aquecedores de ambiente local. Artigo 7.º Revisão A Comissão revê o presente regulamento com base no progresso tecnológico o mais tardar em 1 de janeiro de 2024. A revisão deve avaliar, nomeadamente, a possibilidade de reduzir as isenções à aplicação do regulamento. Artigo 8.º Entrada em vigor 1. O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. 2. O presente regulamento é aplicável a partir de 1 de janeiro de 2018 aos aquecedores de ambiente local diferentes dos aquecedores não ligados a uma conduta de evacuação que utilizam combustíveis sólidos e dos aquecedores abertos para chaminé que utilizam combustíveis sólidos. Todavia, o artigo 3.º, n.º 1, alíneas f) e g), e o artigo 4.º, alíneas b), c) e d), são aplicáveis a partir de 1 de abril de 2018. 3. O presente regulamento é aplicável a partir de 1 de janeiro de 2022 aos aquecedores não ligados a uma conduta de evacuação que utilizam combustíveis sólidos e aos aquecedores abertos para chaminé que utilizam combustíveis sólidos. Todavia, o artigo 3.º, n.º 2, alíneas f) e g), e o artigo 4.º, alíneas b), c) e d), são aplicáveis a partir de 1 de abril de 2022. O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros. Feito em Bruxelas, em 24.4.2015 Pela Comissão O Presidente Jean-Claude JUNCKER PT 16 PT