LEI Nº 9.970, de 30 de maio de 2006.

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Transcrição:

LEI Nº 9.970, de 30 de maio de 2006. Cria, junto à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana SMDHSU, a Corregedoria da Guarda Municipal, a Ouvidoria da Guarda Municipal, Cargos em Comissão e Funções Gratificadas, altera a letra c do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1998 que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Administração Centralizada do Município; dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências, e alterações posteriores, e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Fica criada, na Administração Centralizada do Município de Porto Alegre, junto à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana (SMDHSU), a Corregedoria da Guarda Municipal e a Ouvidoria da Guarda Municipal. Art. 2º À Corregedoria da Guarda Municipal compete: I cumprir as atribuições e funções estabelecidas nesta Lei e as que lhe sejam atribuídas pelo Secretário de Direitos Humanos e Segurança Urbana e pelo Prefeito Municipal por meio de regulamento; II exercer a apuração de responsabilidade administrativa ou disciplinar, nos termos e na forma da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985, dos servidores integrantes do Quadro da Guarda Municipal e de órgãos correlatos com a mesma atividade; III ordenar a realização de visitas de inspeção e correições ordinárias e extraordinárias em qualquer unidade ou órgão da Guarda Municipal, podendo sugerir medidas necessárias ou recomendáveis para a racionalização e a melhor eficiência dos serviços;

IV avaliar, para encaminhamento posterior à Equipe de Estágio Probatório da Coordenação de Seleção e Ingresso da Secretaria Municipal de Administração, os elementos coligidos sobre o estágio probatório de integrantes do Quadro de Carreira da Guarda Municipal; V determinar o atendimento, no prazo de 10 (dez) dias, em caráter preferencial e de urgência, dos pedidos dos integrantes da Direção da Guarda Municipal, referentes a informações, certidões, cópias de documentos ou volumes de autos de processos que forem necessários, relacionados a processos administrativos disciplinares em curso, imediatamente, quando se fizer necessário, bem como requisitar a realização de diligências, exames, pareceres técnicos e informações indispensáveis ao bom desempenho de sua função; VI apreciar representações e denúncias que lhe forem dirigidas relativamente à atuação irregular dos servidores integrantes do Quadro da Guarda Municipal e de outros órgãos correlatos com a atividade; VII providenciar para que, simultaneamente, se instaure o inquérito policial, quando ao servidor integrante do Quadro da Guarda Municipal ou de órgãos correlatos com a mesma atividade se imputar ato criminoso definido como tal pela lei penal. 1º A Corregedoria da Guarda Municipal terá, em sua composição, um Corregedor-Geral da Guarda Municipal, que será indicado e nomeado pelo Prefeito Municipal para um mandato de 02 (dois) anos, que poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, a- pós consulta ao Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana, devendo ser bacharel em Direito, de reputação ilibada e nãointegrante do Quadro da Guarda Municipal. 2º A Corregedoria da Guarda Municipal contará com comissão de sindicância, incumbida da condução dos procedimentos administrativos disciplinares, cujas delegações serão formalizadas pelo Corregedor-Geral da Guarda Municipal. 3º Os processos administrativos disciplinares correrão em sigilo, e, sendo quebrado o sigilo, a falta funcional será apurada em processo disciplinar próprio. 4º A Corregedoria da Guarda Municipal deverá elaborar regimento no prazo máximo de 90 (noventa) dias e baixar provimentos, no intuito de organizar os seus atos e procedimentos administrativos e processuais referentes a sua atividade, de forma suplementar aos ditames da legislação vigente. Art. 3º Ao Corregedor-Geral da Guarda Municipal compete: I assistir a Administração Direta Centralizada nos assuntos e questões disciplinares dos servidores do Quadro da Guarda 2

Municipal de Porto Alegre e de servidores de outros órgãos correlatos com a atividade; II manifestar-se sobre assuntos de natureza disciplinar que devem ser submetidos à apreciação do Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana e do Prefeito Municipal, bem como indicar a composição das comissões processantes; III dirigir, planejar, coordenar e supervisionar as atividades, assim como distribuir os serviços da Corregedoria da Guarda; IV apreciar e encaminhar as representações que lhe forem dirigidas relativamente à atuação irregular de servidores integrantes da Guarda Municipal e de servidores de órgãos correlatos, bem como determinar a instauração de sindicâncias administrativas e de procedimentos disciplinares, para apuração de infrações administrativas e disciplinares atribuídas aos referidos servidores; V a presidência dos procedimentos administrativos disciplinares de sua competência, podendo delegar a membro da comissão de sindicância; VI responder as consultas formuladas pelos órgãos da Administração Pública sobre assuntos de sua competência; VII realizar correições extraordinárias nas unidades da Guarda Municipal e em órgãos correlatos, remetendo relatório reservado ao Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana e ao Prefeito Municipal; VIII remeter ao Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana, com cópia integral de todas as peças ao Prefeito Municipal, relatório circunstanciado sobre a atuação pessoal e funcional dos servidores integrantes da Guarda Municipal, inclusive em estágio probatório, propondo, se for o caso, a instauração de procedimento especial, observada a legislação pertinente; IX submeter ao Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana, com cópia integral de todas as peças ao Prefeito Municipal, relatório circunstanciado e conclusivo sobre a atuação pessoal e funcional de servidor integrante da Guarda Municipal indicado para o exercício de funções de chefia, observada a legislação; X proceder, pessoalmente, às correições ordinárias nas unidades da Guarda Municipal e em órgãos correlatos pelo menos uma vez por semestre; XI propor, ao Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana e, em grau de instância superior, ao Prefeito Municipal a aplicação de penalidades, na forma prevista na Lei; XII avocar, excepcional e fundamentalmente, processos administrativos disciplinares e sindicâncias administrativas instauradas para a apuração de infrações administrativas atribuídas a servidores integrantes do Quadro da Guarda Municipal; 3

XIII exercer as competências previstas para os dirigentes, inerentes aos sistemas de administração, no âmbito de sua u- nidade de despesa, a ser criada em legislação própria; XIV acompanhar os processos de seleção de concurso, inclusive os processos de estágio probatório, do Quadro da Guarda Municipal e de órgãos correlatos às suas atividades; XV aplicar as penalidades, na forma prevista em lei; XVI verificar a pertinência das denúncias, reclamações e representações, propondo aos órgãos competentes da Administração a instauração de sindicâncias, inquéritos e outras medidas destinadas à apuração das responsabilidades administrativas, disciplinares, civis e criminais, fazendo ao Ministério Público a devida comunicação, quando houver indício ou suspeita de ação criminosa ou delito penal. Art. 4º À Ouvidoria da Guarda Municipal compete: I receber, de qualquer cidadão ou munícipe: a) denúncias, reclamações e representações sobre a- tos considerados arbitrários, desonestos, indecorosos ou que violem os direitos humanos individuais ou coletivos praticados por servidores da Guarda Municipal e servidores de órgãos correlatos; b) sugestões sobre o funcionamento dos serviços dos órgãos da Guarda Municipal. II receber, de servidores da Guarda Municipal e de servidores de órgãos correlatos às atividades, sugestões sobre o funcionamento dos seus serviços e órgãos e denúncias a respeito de atos irregulares praticados na execução desses serviços, tal como a falta de zelo no uso do patrimônio público, inclusive por superiores hierárquicos; III verificar a pertinência das denúncias, reclamações e representações, propondo aos órgãos competentes da Administração a instauração de sindicância, inquérito e outras medidas destinadas à apuração das responsabilidades administrativas; IV propor ao Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana e ao Prefeito Municipal: a) medidas que visem a resguardar a cidadania e a melhorar a segurança urbana; b) a adoção de providências que visem ao aperfeiçoamento dos serviços prestados à população pelos órgãos da Guarda Municipal; c) a realização de pesquisas, seminários e cursos versando sobre assuntos de interesse da segurança pública e sobre temas ligados aos direitos humanos, divulgando os resultados desses eventos. 4

V organizar e manter atualizado arquivo da documentação relativa às denúncias, às reclamações, às representações e às sugestões recebidas; VI elaborar e publicar relatório de suas atividades, enviando, antecipadamente, cópias ao Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana e ao Prefeito Municipal; VII solicitar, fundamentadamente, a qualquer órgão do Poder Executivo Municipal, informações, certidões, cópias de documentos ou volumes de autos relacionados com investigações que estejam em curso no âmbito da Corregedoria da Guarda Municipal; VIII dar conhecimento, sempre que solicitado, das denúncias, reclamações e representações recebidas ao Prefeito Municipal e ao Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana, bem como à Corregedoria da Guarda Municipal e aos membros do Conselho Consultivo de que trata o art. 5º desta Lei; IX fiscalizar, investigar e auditorar as atividades dos órgãos da Guarda Municipal. 1º A Ouvidoria da Guarda Municipal terá, em sua composição, um Ouvidor-Geral da Guarda Municipal, detentor de curso superior completo, reputação ilibada e não-integrante do Quadro da Guarda Municipal, que será indicado e nomeado pelo Prefeito Municipal após consulta ao Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana, para um mandato de 02 (dois) anos, que poderá ser prorrogado uma vez, por igual período. 2º Para o desempenho de suas atribuições, é assegurado ao Ouvidor-Geral autonomia e independência nas suas ações, podendo tomar por termo depoimentos e acompanhar o desenvolvimento dos processos de apuração das denúncias. 3º O Ouvidor-Geral da Guarda Municipal exercerá as competências previstas para os dirigentes, inerentes aos sistemas da administração, no âmbito de sua unidade de despesa, a ser criada em legislação própria. Art. 5º A Ouvidoria da Guarda Municipal compreenderá um Conselho Consultivo, composto por 05 (cinco) membros, incluído, na qualidade de membro nato, o Ouvidor-Geral, que presidirá o colegiado. 1º Os membros do Conselho serão aprovados e nomeados pelo Prefeito Municipal após consultas ao Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana e ao Ouvidor-Geral, nos seguintes termos: I entre os escolhidos, devem estar, pelo menos, 01 (um) representante do Conselho Municipal de Justiça e Segurança e 01 (um) representante do Conselho Municipal de Direitos da Cidadania contra as Discriminações e Violência, para um mandato de 02 (dois) 5

anos, admitida uma recondução por igual período, podendo ser submetido ao veto do Prefeito Municipal; II as 02 (duas) vagas restantes serão preenchidas por meio de uma indicação do Prefeito Municipal e outra do Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana, que serão submetidas à aprovação do Conselho Municipal de Justiça e Segurança, entre cidadãos de Porto Alegre de reputação ilibada, para um mandato de 02 (dois) anos, admitida uma recondução por igual período. 2º As funções de membro do Conselho não serão remuneradas, sendo, porém, consideradas de serviço público relevante. 3º A Ouvidoria da Guarda Municipal elaborará, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data de sua instalação, seu Regimento, que será submetido à aprovação do Prefeito Municipal. Art. 6º Ficam criados os seguintes Cargos em Comissão, a serem lotados na Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana SMDHSU, que passam a integrar a letra c Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1998 que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Administração Centralizada do Município; dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências, e alterações posteriores: QUANTIDADE DENOMINAÇÃO CÓDIGO 1 Corregedor-Geral CC 1.1.2.7 1 Ouvidor-Geral CC 1.1.2.6 2 Assistente CC 2.1.2.5 Art. 7º O Ouvidor-Geral e o Corregedor-Geral serão indicados pelo Prefeito Municipal, sabatinados em reunião conjunta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (CEDECONDH), sendo seus nomes submetidos ao Plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre. Art. 8º Fica o Executivo Municipal autorizado a abrir créditos especiais, utilizando recursos orçamentários atualmente existentes, bem como créditos adicionais necessários ao funcionamento da Corregedoria da Guarda Municipal e da Ouvidoria da Guarda Municipal. Parágrafo único. Nos exercícios subseqüentes, as despesas com a execução desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias a cada estrutura administrativa, suplementadas, se necessário. Art. 9º O Executivo Municipal regulamentará esta Lei. 6

cação. maio de 2006. Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi- PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 30 de José Fogaça, Prefeito. Kevin Krieger, Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana. Registre-se e publique-se. Clóvis Magalhães, Secretário Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico. 7