Artigo XXV 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação,

Documentos relacionados
Artigo XVII 1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Declaração Universal dos Direitos Humanos Parte 3

DIREITOS HUMANOS. Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Convenção Americana sobre Direitos Humanos Parte 1

Direitos Humanos. Declaração Universal de Professora Franciele Rieffel.

Declaração Universal dos Direitos do Homem

Direitos Humanos. Declaração Universal de Professor Mateus Silveira.

ONU DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1948) DIREITOS HUMANOS. Como pensa o Examinador acerca desta disciplina? novocurso.

Declaração Universal dos Direitos Humanos: significado jurídico e importância. Profª Me. Érica Rios

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Dimensão Política e Jurídica

LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL COMENTADA

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 554, DE

Declaração Universal dos Direitos Humanos

19) O propósito dos movimentos internacionais de

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Direitos. Humanos. Direitos Humanos

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM

Direitos Humanos. Convenção Americana sobre Direitos Humanos. Professor Mateus Silveira.

Aula 3 O GARANTISMO PENAL NO ARTIGO 5 DA CF

Art 2º O presente Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, em 2 de dezembro de 1997; 176º da Independência e 109º da República.

A Constituição é onde se encontra o conjunto das normas (Leis) relativas ao:

Artigo XI 1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo

História dos Direitos Humanos Professor Roberson Calegaro

4) (CESPE PC-PB Delegado de Polícia) À luz da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José), julgue os seguintes itens.

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DOS INDIVÍDUOS QUE NÃO SÃO NACIONAIS DO PAÍS ONDE VIVEM

Direitos Humanos Noções

DECLARAÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS PERTENCENTES A MINORIAS NACIONAIS OU ÉTNICAS, RELIGIOSAS E LINGUÍSTICAS

Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)

O que são Direitos Humanos? DIREITOS HUMANOS Profa. Rosana Carneiro Tavares. Principal instrumento legal

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Declaração Universal dos Direitos Humanos Parte 2

Prof. (a) Naiama Cabral

Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura (1985)

DIREITO CONSTITUCIONAL

11) A população do Quilombo da Cachoeira e da Pedreira é surpreendida com o lançamento do Centro de Lançamento de Foguetes da Cachoeira e da Pedreira

gos Arti DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS nacionais

DECLARAÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE INTOLERÂNCIA E DISCRIMINAÇÃO BASEADAS NA RELIGIÃO OU CONVICÇÃO

Aula 19. Convenção Americana de Direitos Humanos: art 24 ao 29. A igualdade formal apresenta um tratamento igualitário para todos os seres humanos.

Resolução 53/144 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 9 de dezembro de 1998.

BOA IDEIA PUBLICAÇÃO DA UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DO PARANÁ

DIREITOS HUMANOS: Constituição e Humanização da Atenção. Josélia Santana

Artigo 1º (DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREIROS DO HOMEM)

5. Os menores, quando puderem ser processados, devem ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal especializado, com a maior rapidez possível,

DISCRIMINAÇÃO EM MATÉRIA DE EMPREGO E PROFISSÃO CONVENÇÃO 111

DECLARAÇÃO SOBRE A PROTEÇÃO DE TODAS AS PESSOAS CONTRA A TORTURA E OUTRAS PENAS OU TRATAMENTOS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES

1948 Declaração Universal dos Direitos De acordo com a Declaração Universal dos Direitos : Os direitos humanos vêm ganhando força nos últimos tempos

Questões Direitos Humanos Aula Tema 2

DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO. Bernadete Kurtz

DECLARAÇÃO AMERICANA DOS DIREITOS E DEVERES DO HOMEM

Convenção relativa à luta contra as discriminações na esfera do ensino

Prof. Mateus Silveira

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD

CURSO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO PARÁ DATA 01/09/2016 DISCIPLINA DIREITOS HUMANOS PROFESSOR ELISA MOREIRA MONITOR LUCIANA FREITAS

Legislação de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos e do Envelhecimento

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

EXECUÇÃO PENAL, DIREITOS HUMANOS E EDUCAÇÃO JURÍDICA NO BRASIL

Declaração Universal dos Direitos Humanos Preâmbulo

- Proibição da interpretação que leve a restrição de direitos:

Declaracao Universal 2016.indd 1 08/11/ :01

CONVENÇÃO RELATIVA À LUTA CONTRA A DISCRIMINAÇÃO NO CAMPO DO ENSINO CONVENÇÃO RELATIVA À LUTA CONTRA A DISCRIMINAÇÃO NO CAMPO DO ENSINO

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECLARAÇÃO AMERICANA DOS DIREITOS E DEVERES DO HOMEM. (Aprovada na Nona Conferência Internacional Americana, Bogotá, 1948)

CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS Pacto de San José

Aula 25 CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE DIREITOS DAS PESSOAS IDOSAS

O mínimo existencial como núcleo da dignidade da pessoa humana: o direito à educação. Rafael Queiroz

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD

DECLARAÇÃO SOBRE O DIREITO AO DESENVOLVIMENTO

DIREITOS HUMANOS. Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Convenção Americana sobre Direitos Humanos Parte 2

Projeto Consciência Negra Atividade 3 Ensino Fundamental e Médio Conteúdo: Produção de texto

OAB 1ª Fase Direitos Humanos Emilly Albuquerque

Promulga o Acordo-Quadro sobre Meio Ambiente do MERCOSUL.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

Declaração Universal dos Direitos Humanos

DIREITO CONSTITUCIONAL

Direitos das Crianças

Proposta de Redação Tema: Racismo nos livros

DIREITOS HUMANOS VERSÃO CURSINHO 1.1. DIREITOS DO HOMEM, DIREITOS HUMANOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS

Direitos Humanos. Aula I Curso para o concurso: POLÍCIA CIVIL - RS PROFESSOR MATEUS SILVEIRA

Conferência Internacional do Trabalho

AVANÇOS E DESAFIOS DOS DIREITOS HUMANOS NA ATUALIDADE. Prof. Dra. DANIELA BUCCI

Promulga a Convenção Nº 161, da Organização Internacional do Trabalho - OIT, relativa aos serviços de saúde do trabalho.

PROTOCOLO DE EMENDA AO CONVÊNIO DE INTEGRAÇÃO CINEMATOGRÁFICA IBERO-AMERICANA

TRABALHO INFANTIL E TRABALHO DO MENOR

DIREITO INTERNACIONAL

REDAÇÃO A importância da declaração universal dos direitos humanos para consolidação da democracia no Brasil

QUADRO COMPARATIVO DA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS E O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO DOLESCENTE.

Preâmbulo. Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,

DECLARAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO RACIAL

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA APLICAÇÃO DA LEI. Artigo 1.º

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO 1º DE FEVEREIRO DE Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

PRINCÍPIOS BÁSICOS RELATIVOS À INDEPENDÊNCIA DA MAGISTRATURA. Princípios Básicos Relativos à Independência da Magistratura

DIREITOS HUMANOS. Prof. Ricardo Torques. fb.com/direitoshumanosparaconcursos. periscope.tv/rstorques.

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Transcrição:

Artigo XXV 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle. 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.

Artigo XXVI 1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnicoprofissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.

Artigo XXVII 1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios. 2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor. Artigo XVIII Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.

Artigo XXIV 1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível. 2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática. 3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas.

Artigo XXX Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.

DECRETO No 678, DE 6 DE NOVEMBRO DE 1992 Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de novembro de 1969. O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VIII, da Constituição, e Considerando que a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), adotada no âmbito da Organização dos Estados Americanos, em São José da Costa Rica, em 22 de novembro de 1969, entrou em vigor internacional em 18 de julho de 1978, na forma do segundo parágrafo de seu art. 74;

Considerando que o Governo brasileiro depositou a carta de adesão a essa convenção em 25 de setembro de 1992; Considerando que a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) entrou em vigor, para o Brasil, em 25 de setembro de 1992, de conformidade com o disposto no segundo parágrafo de seu art. 74;

DECRETA: Art. 1 A Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), celebrada em São José da Costa Rica, em 22 de novembro de 1969, apensa por cópia ao presente decreto, deverá ser cumprida tão inteiramente como nela se contém. Art. 2 Ao depositar a carta de adesão a esse ato internacional, em 25 de setembro de 1992, o Governo brasileiro fez a seguinte declaração interpretativa: "O Governo do Brasil entende que os arts. 43 e 48, alínea d, não incluem o direito automático de visitas e inspeções in loco da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, as quais dependerão da anuência expressa do Estado".

Art. 3 O presente decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 6 de novembro de 1992; 171 da Independência e 104 da República. ITAMAR FRANCO Fernando Henrique Cardoso

CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (1969) * (PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA) PREÂMBULO Os Estados Americanos signatários da presente Convenção, Reafirmando seu propósito de consolidar neste Continente, dentro do quadro das instituições democráticas, um regime de liberdade pessoal e de justiça social, fundado no respeito dos direitos humanos essenciais;

Reconhecendo que os direitos essenciais da pessoa humana não derivam do fato de ser ela nacional de determinado Estado, mas sim do fato de ter como fundamento os atributos da pessoa humana, razão por que justificam uma proteção internacional, de natureza convencional, coadjuvante ou complementar da que oferece o direito interno dos Estados americanos; Considerando que esses princípios foram consagrados na Carta da Organização dos Estados Americanos, na Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem e na Declaração Universal dos Direitos do Homem, e que foram reafirmados e desenvolvidos em outros instrumentos internacionais, tanto de âmbito mundial como regional;

Reiterando que, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, só pode ser realizado o ideal do ser humano livre, isento do temor e da miséria, se forem criadas condições que permitam a cada pessoa gozar dos seus direitos econômicos, sociais e culturais, bem como dos seus direitos civis e políticos; e

Considerando que a Terceira Conferência Interamericana Extraordinária (Buenos Aires, 1967) aprovou a incorporação à própria Carta da Organização de normas mais amplas sobre os direitos econômicos, sociais e educacionais e resolveu que uma Convenção Interamericana sobre Direitos Humanos determinasse a estrutura, competência e processo dos órgãos encarregados dessa matéria; Convieram no seguinte:

PARTE I - DEVERES DOS ESTADOS E DIREITOS PROTEGIDOS Capítulo I - ENUMERAÇÃO DOS DEVERES Artigo 1º - Obrigação de respeitar os direitos 1. Os Estados-partes nesta Convenção comprometemse a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma, por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.

2. Para efeitos desta Convenção, pessoa é todo ser humano. Artigo 2º - Dever de adotar disposições de direito interno Se o exercício dos direitos e liberdades mencionados no artigo 1 ainda não estiver garantido por disposições legislativas ou de outra natureza, os Estados-partes comprometem-se a adotar, de acordo com as suas normas constitucionais e com as disposições desta Convenção, as medidas legislativas ou de outra natureza que forem necessárias para tornar efetivos tais direitos e liberdades.

Capítulo II - DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS Artigo 3º - Direito ao reconhecimento da personalidade jurídica Toda pessoa tem direito ao reconhecimento de sua personalidade jurídica. Artigo 4º - Direito à vida 1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente. 2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e em conformidade com a lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente.

3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido. 4. Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada a delitos políticos, nem a delitos comuns conexos com delitos políticos. 5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez. 6. Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou comutação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos. Não se pode executar a pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão ante a autoridade competente.

Artigo 5º - Direito à integridade pessoal 1. Toda pessoa tem direito a que se respeite sua integridade física, psíquica e moral. 2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. Toda pessoa privada de liberdade deve ser tratada com o respeito devido à dignidade inerente ao ser humano. 3. A pena não pode passar da pessoa do delinquente. 4. Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstâncias excepcionais, e devem ser submetidos a tratamento adequado à sua condição de pessoas não condenadas.

5. Os menores, quando puderem ser processados, devem ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal especializado, com a maior rapidez possível, para seu tratamento. 6. As penas privativas de liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados. Artigo 6º - Proibição da escravidão e da servidão 1. Ninguém poderá ser submetido a escravidão ou servidão e tanto estas como o tráfico de escravos e o tráfico de mulheres são proibidos em todas as suas formas.