É"ca no telejornalismo

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DECRETO N.º DE 15 DE MAIO DE O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas disposições legais, e

Transcrição:

É"ca no telejornalismo

Por que é"ca no telejornalismo? Caracterís"cas da televisão: presente no assunto, instantaneidade, seleção de no>cias para serem apresentadas em meia hora, intelectualmente amoldável, narra"va falada, linguagem dramá"ca, espetáculo, relação com o entretenimento, ao vivo

Conceitos de É"ca No>cia, um produto à venda É"ca, sempre em construção Jornalismo crí"co, tradutor de diversidades e conflitos É"ca na mediação com a realidade (prever consequências e dar pluralidade às vozes)

Códigos 1900: primeiras discussões na Suécia 1918: França 1910: Kansas, EUA 1950: ONU Normas sobre liberdade de imprensa (1983) Hoje existe em mais de 70 países Códigos especiais para determinados assuntos (Manual de boas prá"cas)

Código Brasileiro 1985 Capítulo II Da conduta profissional do jornalista Art. 3º O exercício da profissão de jornalista é uma a"vidade de natureza social, estando sempre subordinado ao presente Código de É"ca. Art. 4º O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, razão pela qual ele deve pautar seu trabalho pela precisa apuração e pela sua correta divulgação. Art. 5º É direito do jornalista resguardar o sigilo da fonte. Art. 6º É dever do jornalista: I opor se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos; II divulgar os fatos e as informações de interesse público; III lutar pela liberdade de pensamento e de expressão; IV defender o livre exercício da profissão; V valorizar, honrar e dignificar a profissão; VI não colocar em risco a integridade das fontes e dos profissionais com quem trabalha; VII combater e denunciar todas as formas de corrupção, em especial quando exercidas com o obje"vo de controlar a informação; VIII respeitar o direito à in"midade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão; IX respeitar o direito autoral e intelectual do jornalista em todas as suas formas; X defender os princípios cons"tucionais e legais, base do estado democrá"co de direito; XI defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garan"as individuais e cole"vas, em especial as das crianças, dos adolescentes, das mulheres, dos idosos, dos negros e das minorias; XII respeitar as en"dades representa"vas e democrá"cas da categoria; XIII denunciar as prá"cas de assédio moral no trabalho às autoridades e, quando for o caso, à comissão de é"ca competente;

Código Brasileiro Art. 7º O jornalista não pode: I aceitar ou oferecer trabalho remunerado em desacordo com o piso salarial, a carga horária legal ou tabela fixada por sua en"dade de classe, nem contribuir a"va ou passivamente para a precarização das condições de trabalho; II submeter se a diretrizes contrárias à precisa apuração dos acontecimentos e à correta divulgação da informação; III impedir a manifestação de opiniões divergentes ou o livre debate de idéias; IV expor pessoas ameaçadas, exploradas ou sob risco de vida, sendo vedada a sua iden"ficação, mesmo que parcial, pela voz, traços osicos, indicação de locais de trabalho ou residência, ou quaisquer outros sinais; V usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime; VI realizar cobertura jornalís"ca para o meio de comunicação em que trabalha sobre organizações públicas, privadas ou não governamentais, da qual seja assessor, empregado, prestador de serviço ou proprietário, nem u"lizar o referido veículo para defender os interesses dessas ins"tuições ou de autoridades a elas relacionadas; VII permi"r o exercício da profissão por pessoas não habilitadas; VIII assumir a responsabilidade por publicações, imagens e textos de cuja produção não tenha par"cipado; IX valer se da condição de jornalista para obter vantagens pessoais.

Onde está a falta de é"ca? Monopólios, oligopólios Invasão da vida privada Fascínio do jornalista pelo poder, fama e pres>gio Impedimento do direito de resposta ou má fé Ausência da pluralidade de fontes Qualidade das pautas Tempo de produção Ausência, distorção ou manipulação de informações

Telejornalismo Uso de recursos: Edição Efeitos sonoros Tratamento de imagens Tom da narração Efeitos visuais

O caso Isabella

Incidências IV expor pessoas ameaçadas, exploradas ou sob risco de vida, sendo vedada a sua iden"ficação, mesmo que parcial, pela voz, traços osicos, indicação de locais de trabalho ou residência, ou quaisquer outros sinais; VIII respeitar o direito à in"midade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão; XI defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garan"as individuais e cole"vas, em especial as das crianças, dos adolescentes, das mulheres, dos idosos, dos negros e das minorias;

O caso Escola Base

Incidências Apuração Checagem Fontes Calúnia/difamação

O Caso Eloá

Incidências Art7 IV expor pessoas ameaçadas, exploradas ou sob risco de vida, sendo vedada a sua iden"ficação, mesmo que parcial, pela voz, traços osicos, indicação de locais de trabalho ou residência, ou quaisquer outros sinais; V usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime;

O Caso Eloá

O caso do arrastão

Sugestão de filmes Tudo pelo poder O quarto poder

Bibliografia Telejornalismo, audiência e é;ca: Alfredo Vizeu Jornalismo, é;ca e liberdade: Francisco Karam

Não existe uma é.ca específica do jornalista: sua é.ca é a mesma do cidadão. Cláudio Ábramo