Bancos de Dados Distribuídos

Documentos relacionados
Bancos de Dados Distribuídos. Gabriel Resende Gonçalves 4 de fevereiro de 2014

Alcides Pamplona

Universidade Federal do Maranhão

Aula 01 Conceito de Banco de Dados e SGBD

Modelagem de Dados MODELAGEM DE DADOS. Sistemas de Banco de Dados. Profa. Rosemary Melo

Arquitetura Genérica do SGBDD

Modelagem de Dados MODELAGEM DE DADOS. Sistemas de Banco de Dados. Profa. Rosemary Melo

Formação de DBAs SQL Server 2008

BANCO DE DADOS I/MODELAGEM DE DADOS Prof. Ricardo Rodrigues Barcelar

Introdução. descrever os tipos de interfaces e linguagens oferecidas por um SGBD. mostrar o ambiente de programas dos SGBD s

Aula 01 Revisão Geral Banco de Dados I Conceito de Banco de Dados e SGBD

Aula 02. Evandro Deliberal

Arquiteturas para SGBD. Laboratório de Bases de Dados Profa. Dra. Cristina Dutra de Aguiar Ciferri

Bancos de Dados Notas de Aula Introdução Prof. Dr. Daniel A. Furtado

Bancos de Dados Distribuídos. Lucas Henrique Samuel Queiroz

Banco de Dados Distribuído

Top. Esp em Banco de Dados

Sistemas de Bancos de Dados Distribuídos

Sistemas de Bancos de Dados Distribuídos

Aula 01. Evandro Deliberal

Bancos de Dados Distribuídos. Bancos de Dados Distribuídos. Conteúdo. Motivação. Motivação. Introdução aos BDs Distribuídos.

Conceitos e arquitetura do banco de dados. Andre Noel

04/03/12. Revisão: conceitos básicos de BD. MoAvação para distribuição. Processamento Distribuído. Arquitetura de um SBD Centralizado

Banco de Dados - Conceitos. Baseado no material da Profa. Vania Bogorny (UFSC)

Banco de Dados. SGBD - Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados Parte 2. Prof. Leonardo Vasconcelos

PROJETO DE BANCO DE DADOS

Banco de Dados. Aula 2 - Prof. Bruno Moreno 19/08/2011

Introdução a Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados

SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE BANCO DE DADOS - SGBD

ÍNDICE...1 LISTA DE FIGURAS...2 RESUMO...3 INTRODUÇÃO...4 OBJETIVOS DE UM BANCO DE DADOS HETEROGÊNEO...5

Bases de Dados Distribuídas

ara entender os Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados é importante conhecer

Introdução. Conceitos Básicos. Conceitos Básicos. Conceitos Básicos

Banco de Dados. SGBD - Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados Parte 1. Prof. Leonardo Vasconcelos

Matéria Introdutória. Banco de Dados Profa. Dra. Cristina Dutra de Aguiar Ciferri

Curso: Banco de Dados I. Conceitos Iniciais

Sistemas da Informação. Banco de Dados I. Edson Thizon

Parte SISTEMAS DE GERÊNCIA DE BANCO DE DADOS 2.1 CARACTERÍSTICAS DE UM BANCO DE DADOS

14/03/12. Formas Básicas de BD Distribuído. Integração de Banco de Dados. Abordagem Top-down. Abordagem Top-down (Distribuição de Dados)

BANCO DE DADOS AULA-01. Prof. Fabiano Papaiz IFRN

Introdução. O que é um Banco de Dados (BD)?

2. Conceitos e Arquiteturas de um SGBD

Banco de Dados. Aula 01. Prof. Diemesleno Souza Carvalho

AULA 1 INTRODUÇÃO A BANCO DE DADOS E VISÃO GERAL DO SQL CONCEITUANDO BANCO DE DADOS MODELO RELACIONAL

UERJ Oscar Luiz Monteiro de Farias 1. Bancos de Dados. Mestrado em Engenharia de Computação área de concentração Geomática

Banco de Dados I. Conceitos Básicos. Professora: Márcia Jani

Introdução. Conceitos Básicos. Conceitos Básicos. Conceitos Básicos

Introdução a B anco de Dados. INE5206 Introdução à Informática INE/CTC/UFSC Prof. Roberto Willrich

Banco de Dados I. Prof. Edson Thizon

Banco de Dados. Banco de Dados II. Característica fundamental de SGBDs. Abordagem SGBD x Processamento de Arquivos Tradicional

Banco de Dados. Perspectiva Histórica dos Bancos de Dados. Prof. Walteno Martins Parreira Jr

Aula 01. Introdução aos sistemas de informação Conceitos de banco de dados Modelos de BD Linguagens de Banco de Dados Usuários de um Banco de Dados

Banco de Dados. Professor: Marcelo Machado Cunha IFS Campus Aracaju

Aula 04. Evandro Deliberal

Banco de Dados I Curso: Sistemas de Informação

SISTEMAS DE BANCOS DE DADOS: CONCEITOS E ARQUITETURA

Modelagem Conceitual parte I

Modelagem Conceitual parte I

GBC053 Gerenciamento de Banco de Dados. Plano de Curso e Introdução. Ilmério Reis da Silva UFU/FACOM/BCC

PLANO DE ENSINO. PRÉ-REQUISITO: Modelagem e Programação Orientada a Objetos. PROFESSORA RESPONSÁVEL: Roberta Macêdo Marques Gouveia

Conceitos relativos a Banco de Dados & Modelos de Informação de Banco de Dados. Introdução

Modelagem Conceitos e arquitetura do SBD; Modelo de dados entidade-relacionamento modelo ER; Modelo de dados relacional; Mapeamento ER para o

Tecnologia da Informação

LINGUAGEM, TIPOS DE USUÁRIOS DE SGBD E MODELOS DE DADOS

Aula 2 BD Introdução. Profa. Elaine Faria UFU

Técnico em Informática. Banco de Dados. Profª Ana Paula Mandelli

Caracterização de Sistemas Distribuídos

Prof. Luiz Fernando. Unidade I ADMINISTRAÇÃO

BANCO DE DADOS. Araújo Lima. Fev / Araújo

Introdução a Banco de Dados. Adão de Melo Neto

CIn/UFPE Projeto Conceitual de BD - Prof. Robson Fidalgo 1/63

Prof. Fabiano Taguchi

Prof. Marcelo Machado Cunha

Arquiteturas de Sistemas de Informação Geográfica

Resolução dos exercícios da lista BD01

O PAPEL DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Introdução a Banco de Dados Prof. Msc Denival A. dos Santos

INE 5623 Projeto de Banco de Dados

BCD29008 Banco de dados

Arquitetura dos SBDs Características e Benefícios Visão Geral de Projeto de BD MER: Entidades e Atributos Atividade.

Aula 03. Evandro Deliberal

BANCO DE DADOS DISTRIBUÍDOS e DATAWAREHOUSING

MATA60 BANCO DE DADOS Aula 2- Sistema Gerenciador de Banco de Dados. Prof. Daniela Barreiro Claro

BANCO DE DADOS. Araújo Lima. Jan / Araújo

Introdução. Conceitos Básicos. Conceitos Básicos. Conceitos Básicos

BD e Aplicações em Negócios

Capítulo. 2. Conceitos Básicos. 2.1 Sistemas de Banco de Dados

Aplicações com Banco de Dados e Cliente-Servidor

Banco de Dados 08/08/2010

BCD29008 Banco de dados

Tópicos Especiais em Informática Fatec Indaiatuba

Sistemas de Banco de Dados

Banco de Dados II. Administrador de Banco de Dados - DBA. Portela

1 o Período Administração 24/11/2015

Projeto de Sistemas; Projeto Orientado a Objetos; Estruturação em Camadas; Projeto Orientado a Objetos em Camadas; Um Exemplo Ilustrativo.

Banco de Dados. Introdução e Definições

Fundamentos de Sistemas Operacionais de Arquitetura Aberta. CST em Redes de Computadores

Transcrição:

Bancos de Dados Distribuídos

O que é Sistema Gerenciador de Banco de Dados? Um sistema gerenciador de banco de dados (SGBD) é usado como sendo um sistema que permite o gerenciamento dos sistemas de bancos de dados. Faz a distribuição dos dados de uma forma transparente para o usuário Exemplos: Oracle, SQL Server, MySQL, PostgreSQL, Firebird

O que é Sistema de Banco de Dados? BD + SGBD

O que são Bancos de Dados Distribuídos? Segundo (Ozsu e Valduriez 1999), um banco de dados distribuído (BDD) é formado por uma coleção de múltiplos bancos de dados logicamente interrelacionados sobre uma rede de computadores.

Exemplo de Bancos de Dados Distribuídos Aracaju São Paulo Funcionários de São Paulo Projetos de São Paulo Projetos de Florianópolis BD Funcionários de Aracaju Projetos de Aracaju Projetos de São Paulo BD Manaus BD Rede de comunicaçã o Funcionários de Florianópolis Funcionários de São Paulo Projetos de Florianópolis Funcionários de Manaus Funcionário de Aracaju Projetos de Manaus Florianópolis BD

Quais os objetivos? Prover independência de dados num ambiente distribuído Transparência para o usuário que verá um único banco de dados como se não estivesse distribuído fisicamente Disponibilidade

Vantagens Reflete a estrutura organizacional Autonomia local: departamento pode controlar seus dados Melhor performance: dados mais próximos do local de maior demanda Economia de infraestrutura: menor custo de hardware para muitos computadores de médio desempenho do que para um computador de alto desempenho Modularidade: sistemas podem ser modificados, adicionados ou removidos sem alterar os outros módulos

Desvantagens Maior custo para desenvolvimento de software Maior possibilidade de bugs Overhead (aumento de armazenamento e processamento) Complexidade: trabalho extra para manter sistemas múltiplos diferentes, ao invés de um único grande Segurança: locais remotos devem ser seguros (conexão segura entre os lugares remotos) Difícil de manter a integridade: pode ser muito caro reforçar a integridade ao longo de uma rede.

Como o usuário vê? Aracaju São Paulo Manaus Banco de Dados Distribuído Florianópolis

BDD Homogêneos ou Heterogêneos? Homogêneos Bancos de dados iguais em todos os nós Utilizados quando um projeto inicia seu desenvolvimento, a partir do ponto zero Abordagem top-down (de cima para baixo) Heterogêneos Bancos de dados diferentes nos nós Utilizados quando há alteração ou migração de um projeto já desenvolvido Abordagem bottom-up (de baixo para cima)

Homogêneos Como em um SGBDD homogêneo todos os SGBDs locais oferecem interfaces idênticas, estes últimos usam, então, o mesmo modelo de dados, a mesma DDL e as mesmas DMLs. Logo, uma vez fixadas as interfaces locais, é natural que o SGBD global também ofereça estas mesmas interfaces. Assim, qualquer usuário, local ou global, poderá acessar tanto dados locais quanto dados remotos através da mesma DML.

Heterogêneos Em sistemas heterogêneos, os SGBDs locais potencialmente usam modelos de dados e DMLs diferentes. Uma opção seria o SGBD global oferecer ao usuário global, residente em um dado nó, uma visão do banco de dados distribuído no mesmo modelo de dados que o banco local, e permitir que este usuário acesse dados definidos nesta visão através da própria DML local. Esta opção é interessante pois não é necessário ensinar uma nova DML aos usuários residentes em um determinado nó para que possam acessar dados remotos. Nesta opção, o SGBD global possui, na verdade, uma interface diferente para cada nó.

Distribuição dos Dados Replicação Existe uma cópia de cada um dos dados em cada nó da rede, tornando as bases de dados iguais Exemplo: tabela de produtos de uma grande loja Vantagem: disponibilidade Desvantagem: overhead (aumento de armazenamento e processamento) Fragmentação Os dados são divididos em todo o sistema, portanto, há uma base de dados diferente em cada nó, se observarmos de forma local, porém, de forma global, é apenas uma base de dados

Replicação Síncrona Cada transação é concluída quando todos os nós confirmam que a transação local foi bem sucedida Assíncrona O nó principal executa a transação enviando confirmação ao solicitante e então encaminha a transação aos demais nós

Vertical Fragmentação

Horizontal Fragmentação

Desenvolvendo projetos Levantamento de Informações Análise de viabilidade Análise de Requisitos Projeto Implementação (desenvolvimento) Testes Implantação Manutenção

Desenvolvendo projeto de banco de dados Relacionamento 1:1 Um produto tem estoque. Modelo conceitual: Modelo lógico:

Desenvolvendo projeto de banco de dados Relacionamento 1:N Um departamento tem nenhum ou vários funcionários, mas um funcionário pode pertencer a somente um departamento. Modelo conceitual: Modelo lógico:

Desenvolvendo projeto de banco de dados Relacionamento N:N Um aluno tem aulas de nenhuma ou várias disciplinas e uma disciplina é cursada por nenhum ou vários alunos. Modelo conceitual: Modelo lógico:

Abordagem top-down Análise de Requisitos Requisitos do sistema (objetivos) Projeto conceitual Esquema conceitual global Informação de acesso Projeto de distribuição Esquema conceitual local Projeto lógico Definição do esquema externo Participação do Usuário Projeto Físico Correção Esquema físico Monitoramento Correção

Compreendendo a abordagem top-down Análise de requisitos, projeto conceitual, projeto lógico e projeto físico são etapas tradicionais da abordagem top-down Projeto de distribuição é específico de banco de dados distribuído Observe que o projeto físico é implementado depois do projeto de distribuição

Análise de requisitos Coleta de informações sobre os dados, suas restrições e seus relacionamentos na organização Realizada por meio de reuniões com os usuários onde se observa o funcionamento da organização Ao final, é gerado um documento contendo os requisitos de especificação

Projeto Conceitual Modelagem de dados e de seus relacionamentos, independente da estrutura de representação do sistema de banco de dados distribuídos (modelagem conceitual). Realizado por meio da análise dos requisitos de especificação Ao final, é gerado um diagrama (esquema) conceitual com as devidas restrições de integridade dos dados

Projeto Lógico Conversão do esquema conceitual para o esquema de um Sistema de Banco de Dados Distribuídos (esquema lógico) Realizado por meio da aplicação de regras de conversão, tradução para modelo relacional do banco de dados distribuído Ao final, é gerado um esquema lógico com tabelas, stored procedures, views, autorizações de acesso, etc

Projeto de Distribuição Definição de como os dados e programas deverão ser alocados, fragmentados nos diversos pontos da rede de computadores Em alguns casos, a própria rede de computadores é projetada e construída para atender as necessidades do projeto do banco de dados distribuído Esta etapa é a mais crítica no projeto de um banco de dados distribuído

Projeto Físico Definição do esquema lógico em um SBDD adequado ao modelo de dados Realizado através de instruções SQL O resultado é um esquema físico local em concordância com o estabelecido no projeto de distribuição dos dados Ao concluir o projeto físico de cada ponto de rede, o banco de dados distribuído estará pronto para ser usado Inicia-se o processo de monitoramento para descoberta de possíveis erros, que serão enviados aos responsáveis pelo projeto do banco de dados distribuído.

Resumindo É muito importante avaliar o ambiente organizacional da empresa detentora dos dados antes da implementação É necessário conhecer a função de cada ponto da rede, para melhor distribuição dos dados e criação dos esquemas locais Os objetos (views, stored procedures, etc) são criados de acordo com cada esquema físico local

Como os usuários acessam BDD? Aplicações locais Não requerem dados de outros lugares Aplicações globais Requerem dados de outros lugares