2. Conceitos e Arquiteturas de um SGBD

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Transcrição:

Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas Campus Assis Curso: Ciência da Computação Disciplina: Banco de Dados Prof(a): Alexandre Serezani Título: Apostila 2 APOSTILA 2 2. Conceitos e Arquiteturas de um SGBD 2.1. Modelos de Dados Uma das principais características da abordagem banco de, é que a mesma fornece alguns níveis de abstração de omitindo ao usuário final, detalhes de como estes são armazenados. Um modelo de é um conjunto de conceitos que podem ser utilizados para descrever a estrutura lógica e física de um banco de. Por estrutura podemos compreender o tipo dos, os relacionamentos e as restrições que podem recair sobre os. Os modelos de podem ser basicamente de dois tipos: alto nível: ou modelo de conceitual, que fornece uma visão mais próxima do modo como os usuários visualizam os realmente; baixo nível: ou modelo de físico, que fornece uma visão mais detalhada do modo como os estão realmente armazenados no computador. 2.2. Esquemas e Instâncias Em qualquer modelo de utilizado, é importante distinguir a descrição do banco de do banco de por si próprio. A descrição de um banco de é chamada de esquema de um banco de e é especificada durante o projeto do banco de. Geralmente, poucas mudanças ocorrem no esquema do banco de. Os armazenados em um banco de em um determinado instante do tempo formam um conjunto chamado de instância do banco de. A instância altera toda vez que uma alteração no banco de é feita. O SGBD é responsável por garantir que toda instância do banco de satisfaça ao esquema do banco de, respeitando sua estrutura e suas restrições. O esquema de um banco de também pode ser chamado de intensão de um banco de e a instância de extensão de um banco de. 1

2.3. A Arquitetura Três Esquemas A principal meta da arquitetura três esquemas (figura 2) é separar as aplicações do usuário do banco de físico. Os esquemas podem ser definidos como: nível interno: ou esquema interno, o qual descreve a estrutura de armazenamento físico do banco de ; utiliza um modelo de e descreve detalhadamente os armazenados e os caminhos de acesso ao banco de ; nível conceitual: ou esquema conceitual, o qual descreve a estrutura do banco de como um todo; é uma descrição global do banco de, que não fornece detalhes do modo como os estão fisicamente armazenados; nível externo: ou esquema de visão, o qual descreve as visões do banco de para um grupo de usuários; cada visão descreve quais porções do banco de um grupo de usuários terá acesso. Usuários Finais NÍVEL EXTERNO Visão Externa 1... Visão Externa n Mapeamento Conceitual Externo NÍVEL CONCEITUAL Esquema Conceitual Mapeamento Conceitual Interno NÍVEL INTERNO Esquema Interno Banco de Dados Armazenado Figura 2: Arquitetura Três Esquemas 2

2.4. Independência de Dados A independência de pode ser definida como a capacidade de se alterar um esquema em um nível em um banco de sem ter que alterar um nível superior (figura 2). Existem dois tipos de independência de : independência de lógica: é a capacidade de alterar o esquema conceitual sem ter que alterar o esquema externo ou as aplicações do usuário; independência de física: é a capacidade de alterar o esquema interno sem ter que alterar o esquema conceitual, o esquema externo ou as aplicações do usuário. 2.5. As Linguagens para Manipulação de Dados Para a definição dos esquemas conceitual e interno pode-se utilizar uma linguagem chamada DDL (Data Definition Language - Linguagem de Definição de Dados). O SGBD possui um compilador DDL que permite a execução das declarações para identificar as descrições dos esquemas e para armazená-las no catálogo do SGBD. A DDL é utilizada em SGBDs onde a separação entre os níveis interno e conceitual não é muito clara. Em um SGBD em que a separação entre os níveis conceitual e interno são bem claras, é utilizado uma outra linguagem, a SDL (Storage Definition Language - Linguagem de Definição de Armazenamento) para a especificação do esquema interno. A especificação do esquema conceitual fica por conta da DDL. Em um SGBD que utiliza a arquitetura três esquemas, é necessária a utilização de mais uma linguagem para a definição de visões, a VDL (Vision Definition Language - Linguagem de Definição de Visões). Uma vez que o esquema esteja compilado e o banco de esteja populado, usa-se uma linguagem para fazer a manipulação dos, a DML (Data Manipulation Language - Linguagem de Manipulação de Dados). 2.6. Os Módulos Componentes de um SGBD Um SGBD é um sistema complexo, formado por um conjunto muito grande de módulos. A figura 3 mostra um esquema da estrutura de funcionamento de um SGBD. 2.7. Classificação dos SGBDs O principal critério para se classificar um SGBD é o modelo de no qual é baseado. A grande maioria dos SGBDs conteporâneos são baseados no modelo relacional, alguns em modelos conceituais e alguns em modelos orientados a objetos. Outras classificações são: 3

usuários: um SGBD pode ser mono-usuário, comumente utilizado em computadores pessoais ou multi-usuários, utilizado em estações de trabalho, mini-computadores e máquinas de grande porte; localização: um SGBD pode ser localizado ou distribuído; se ele for localizado, então todos os estarão em uma máquina (ou em um único disco) ou distribuído, onde os estarão distribuídos por diversas máquinas (ou diversos discos); ambiente: ambiente homogêneo é o ambiente composto por um único SGBD e um ambiente heterogêneo é o ambiente compostos por diferentes SGBDs. 4

Usuários usuários simples programadores de aplicações usuários ocasionais DBA programas de aplicação chamadas de rotina consultas esquema de banco de pré-compilador da linguagem de manipulação de processador de consultas compilador da linguagem de definição de código objeto dos programas de aplicação gerenciador do banco de SGBD gerenciador de arquivos arquivo de Memória de Disco dicionário de Figura 3: Estrutura de um Sistema Gerenciador de Banco de Dados 5