Extrato de alho no controle in vitro e in vivo da antracnose da videira

Documentos relacionados
Resumos do VIII Congresso Brasileiro de Agroecologia Porto Alegre/RS 25 a 28/11/2013

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

EFEITO INIBITÓRIO IN VITRO DE EXTRATO VEGETAL DE ALLIUM SATIVUM SOBRE FUSARIUM sp. E CURVULARIA sp.


Avaliação do efeito fungicida e larvicida do óleo essencial do capim citronela

ÓLEOS ESSENCIAIS DE PLANTAS MEDICINAIS NO CONTROLE DO FUNGO Sclerotium rolfsii NA CULTURA DO TOMATE

EFICIÊNCIA DE APLICAÇÃO DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE MOFO- BRANCO NO ALGODOEIRO

AVALIAÇÃO DE EXTRATOS BOTÂNICOS PROMISSORES PARA A INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO FÚNGICO

USO DE EXTRATO DE CAPIM CIDREIRA E ÓLEO ESSENCIAL DE CRAVO DA ÍNDIA NO CONTROLE ALTERNATIVO DE Sclerotinia sclerotiorum

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS CURITIBANOS CURSO DE CIÊNCIAS RURAIS. Tatiane Forchezatto

B688 Boletim técnico cultura da mandioca/ Jana Koefender... [et al.]. - Cruz Alta/RS: Unicruz, p.

Universidade Federal do Espírito Santo SEAGRO: ANAIS DA SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE AGRONOMIA DO CCAE/UFES

Efeito de Diferentes Sanitizantes no Controle de Colletotrichum gloeosporioides em Manga

Influência de diferentes extratos aquosos de plantas medicinais no desenvolvimento de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliforme

EFEITO DA TEMPERATURA E DO FOTOPERÍODO NO DESENVOLVIMENTO in vitro E in vivo DE Aspergillus niger EM CEBOLA

CONTROLE DE TOMBAMENTO DE PLÂNTULAS E MELA DO ALGODOEIRO NO OESTE DA BAHIA

Manejo da Ferrugem Asiática da Soja Por Número de Aplicação De Fungicidas, Safra 2012/2013

EFEITO DE ÓLEOS ESSENCIAIS SOBRE O CRESCIMENTO MICELIAL IN VITRO DE Fusarium solani f.sp glycines

Efeito fungicida da própolis sobre o Pythium sp. na cultura do manjericão (Ocimum basilicum L.)

EFEITO DA TEMPERATURA E DO FOTOPERÍODO NA GERMINAÇÃO in vitro DE CONÍDIOS DE Aspergillus niger, AGENTE ETIOLÓGICO DO MOFO PRETO DA CEBOLA

Redução da taxa de infecção aparente de Oidium tuckeri em videiras cv. Festival sob cobertura plástica

Juliana Nunes de Andrade 1 ; Damiana D Avilla Bezerra dos Santos 1 ; Maria Angélica Guimarães Barbosa 2 ; Diógenes da Cruz Batista 3

ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO ÓLEO DE Carapa guianensis EM SEMENTES DE Bauhinia variegata

ANTAGONISMO IN VITRO DE BACTÉRIAS ENDOFÍTICAS CONTRA FUNGOS ASSOCIADOS À DOENÇAS DE TRONCO DE VIDEIRA

Avaliação da Severidade da Ferrugem Asiática em Diferentes Arranjos da População de Plantas de Soja

Efeito de fungicidas na inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum isolado de soja

EXTRATOS ORGÂNICOS DE PLANTAS NATIVAS DO CERRADO DOS GÊNEROS

Influência de diferentes metodologias de esterilização sobre a atividade antifúngica de extratos aquosos de plantas medicinais

UTILIZAÇÃO DE ÓLEO DE NEGRAMINA (Siparuna guianensis Aublet) E EUCALIPTO (Eucalyptus spp) NO CONTROLE DA MELA EM CULTIVARES DE FEIJÃO COMUM E CAUPI

CONTROLE ALTERNATIVO COM ÓLEOS ESSENCIAIS SOBRE A GERMINAÇÃO DOS ESCLERÓDIOS DO FUNGO Sclerotinia sclerotiorum

A1-422 Bioatividade de extratos vegetais sobre Plasmopara viticola.

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

ATIVIDADE DO ÓLEO DE COPAÍBA EM TRÊS ESPÉCIES FITOPATÓGENAS

05 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS PRINCIPAIS

CULTIVO in vitro DE EMBRIÕES DE CAFEEIRO: concentrações de meio MS e polpa de banana RESUMO

AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE DOENÇAS E VARIAÇÃO DA TEMPERATURA NA VIDEIRA CULTIVAR NIÁGARA ROSADA NO SISTEMA LATADA COM E SEM COBERTURA PLÁSTICA RESUMO

Efeitos de óleos essenciais na inibição in vitro dos patógenos pós-colheita de melão Fusarium pallidoroseum e Myrothecium roridum

Frequência De Patótipos De Colletotrichum lindemuthianum Nos Estados Brasileiros Produtores De Feijoeiro Comum

Controle Químico de Antracnose em Mudas de Pupunheira em Viveiro

Óleos essenciais de Alecrim pimenta e Capim citronela na germinação de sementes de beterraba (Early Wonder)

SELEÇÃO DE BACTÉRIAS ANTAGONISTAS COM POTENCIAL PARA O CONTROLE BIOLÓGICO DE PATÓGENOS HABITANTES DO SOLO.

COMPORTAMENTO DE LINHAGENS DE MAMONA (Ricinus communis L.), EM BAIXA ALTITUDE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 1

06 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE FUNGICIDA COM

INFLUÊNCIA DA IDADE DA FOLHA NA SUSCETIBILIDADE DE PLANTAS DE SOJA À INFECÇÃO POR PHAKOPSORA PACHYRHIZI

AVALIAÇÃO DE UM SISTEMA DE PREVISÃO PARA O MÍLDIO DA CEBOLA

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 300

Uso de fertilizante na semente do trigo

V Encontro Amazônico de Agrárias

DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CRESCIMENTO MICELlAL DE Bipolaris sorokiniana. Resumo

Efeito in vitro do óleo essencial de Eucalyptus globulus sobre o crescimento e desenvolvimento de Penicillium sp.

CRESCIMENTO MICELIAL DE RAÇAS DE Colletotrichum lindemuthianum EM DIFERENTES MEIOS DE CULTURA 1. INTRODUÇÃO

20º Seminário de Iniciação Científica e 4º Seminário de Pós-graduação da Embrapa Amazônia Oriental ANAIS. 21 a 23 de setembro

ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE EXTRATOS VEGETAIS NO CONTROLE DE COLLETOTRICUM MUSAE

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

EFEITO DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE PATÓGENOS EM SEMENTES DE ALGODÃO *

EXTRATOS DE ALECRIM ETANÓLICO E AQUOSO SOBRE O CRESCIMENTO MICELIAL DE Sclerotinia sclerotiorum 1

Effect of Mentha piperita L. (mint) oil as alternative for controlling Bipolaris oryzae (Breda de Haan) Shoemaker

NOTA. EFEITO INIBITÓRIO DE EXTRATOS VEGETAIS SOBRE Colletotrichum gloeosporioides - AGENTE CAUSAL DA PODRIDÃO DE FRUTOS DE MAMOEIRO

CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

CONCENTRAÇÕES DOS SAIS DO MEIO MS E EXTRATO DE CHIA NO CULTIVO DE EMBRIÕES DE CAFEEIRO in vitro RESUMO

CONTROLE BIOLÓGICO de Colletotrichum lindemuthianum POR BACTÉRIAS FIXADORAS DE N 2 NO FEIJOEIRO

EXTRATOS VEGETAIS NO CONTROLE DE PATÓGENOS EM SEMENTES DE CEBOLA

Avaliação de Doses e Fontes de Nitrogênio e Enxofre em Cobertura na Cultura do Milho em Plantio Direto

Comportamento produtivo de cultivares de uva para suco em diferentes porta-enxertos

Causas de GL IVE TMG PGER IVE TMG PGER

EFICIÊNCIA DE INSETICIDAS, EM TRATAMENTO DE SEMENTES, NO CONTROLE DO PULGÃO Aphis gossypii (HOMOPTERA: APHIDIDAE) NA CULTURA DO ALGODOEIRO

Circular. Técnica ISSN AVALIAÇÃO DE SEMENTES DE MILHETO NO CULTIVO DE TRICHODERMA SPP. Resumo

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

ATIVIDADE FUNGITÓXICA DO ÓLEO FIXO E DE EXTRATOS DE MAMONA EM Colletotrichum lindemuthianum

EFEITO DE DIFERENTES ÓLEOS ESSENCIAIS NO CONTROLE DA MANCHA DE BIPOLARIS NA CULTURA DO MILHO

CAPÍTULO I DOS ENSAIOS PRELIMINARES

Avaliação de Fungicidas para o Controle de Antracnose em Folhas de Pupunheira (Bactris gasipaes)

EFEITO DE TEMPERATURAS E HORAS DE MOLHAMENTO FOLIAR NA SEVERIDADE DA CERCOSPORIOSE (Cercospora beticola) DA BETERRABA

Impacto Ambiental do Uso Agrícola do Lodo de Esgoto: Descrição do Estudo

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 893

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1573

INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO IN VITRO

Avaliação da velocidade de reação do corretivo líquido na camada superficial de um Latossolo Vermelho distroférrico

o tratamento de sementes constitui uma das maneiras mais

Avaliação de óleos essenciais e controle com fungicidas no crescimento micelial e produção de escleródios em cultivo de Sclerotínia sclerotiorum

GERMINAÇÃO DE GRÃO DE PÓLEN DE TRÊS VARIEDADES DE CITROS EM DIFERENTES PERÍODOS DE TEMPO E EMISSÃO DO TUBO POLÍNICO RESUMO

FULLAND (FOSFITO DE COBRE): CONTROLE DE PHOMA E ANTRACNOSE DO CAFEEIRO.

CARACTERÍSTICAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE MILHO PARA SILAGEM EM SISTEMA DE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO SUL DE MG

Boletim de Pesquisa 213 e Desenvolvimento ISSN

Avaliação dos Fungicidas no Controle da Ferrugem Asiática da Soja, Safra 2012/2013

EXTRATO DE ALHO E ÓLEO VEGETAL NO CONTROLE DO MÍLDIO DA VIDEIRA 1

RESPOSTA DE MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis À ADUBAÇÃO, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

Avaliação de Pochonia chlamydosporia associado ou não com resíduo de uva no manejo da Rizoctoniose

Elisa Coser, André Luiz Graf Junior, João Batista Tolentino Junior, Adriana Terumi Itako.

UTILIZAÇÃO DE ÓLEOS VEGETAIS NO CONTROLE DA MANCHA DE Curvularia NA CULTURA DO MILHO.

Princípios ativos via tratamento de sementes industrial na cultura do milho após armazenamento

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

QUALIDADE FISIOLÓGICA E SANITÁRIA DE SEMENTES DE Bauhinia variegata TRATADAS COM ÓLEO ESSENCIAL DE CANELA

AVALIAÇÃO DE POPULAÇÕES DE SOJA DESTINADAS À ALIMENTAÇÃO HUMANA PARA O ESTADO DE MINAS GERAIS

OCORRÊNCIA DE MURCHA DE FUSARIUM EM MAMONA, LAGES SC* Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC, 2 EMBRAPA CPACT

INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO MICELIAL E GERMINAÇÃO DE Colletotrichum gloeosporioides NA SERINGUEIRA PELO ÓLEO DE NEEM (Azadirachta indica)

A1-423 Potencial de extratos de plantas espontâneas no controle de bacterioses do feijoeiro

CONTROLE BIOLÓGICO DA ANTRACNOSE POR BACTÉRIAS FIXADORAS DE N2 NO FEIJOEIRO

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FUNGITÓXICA DE EXTRATOS VEGETAIS SOBRE O CRESCIMENTO MICELIAL DE FITOPATÓGENOS

Transcrição:

556 Extrato de alho no controle in vitro e in vivo da antracnose da videira LEITE, C.D.; MAIA, A.J.; BOTELHO, R.V.; FARIA, C.M.D.R.*; MACHADO, D. Departamento de Agronomia, Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO), Rua Simião Varela de Sá, 3, CEP: 8504-080, Guarapuava-Brasil *cfaria@unicentro.br RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência in vitro e in vivo do extrato bruto de alho no controle da antracnose da videira (Elsinoe ampelina). No primeiro experimento in vitro, adicionaram-se doses de 0, 5, 10, 15, 20, 25 ou 30 ml L -1 de extrato bruto de alho em meio batata-dextrose-ágar (BDA) antes da esterilização em autoclave e em meio fundente. Após 3, 5, 7 e 9 dias de incubação a 24 ± 2ºC e fotoperíodo de 16 horas, mensurou-se o crescimento micelial de E. ampelina. No segundo experimento in vitro, repetiu-se a metodologia de adição de extrato em meio fundente acrescentando 2,5 ml L -1 de óleo vegetal e uma testemunha absoluta somente com BDA. Avaliação da germinação de E. ampelina foi realizada após duas horas e após quatro horas de incubação a 24ºC e luz constante. O delineamento experimental utilizado para os experimentos in vitro foi inteiramente casualizado, com quatro repetições e parcela experimental constituída por uma placa de Petri. No experimento a campo, logo após a poda da videira cv. Isabel pulverizou-se semanalmente, sobre as folhas da planta, as doses de extrato bruto de alho acrescida do óleo, exceto na testemunha absoluta (sem tratamento). A partir dos primeiros sintomas da antracnose da videira, avaliou-se a severidade que foi expressa em área abaixo da curva do progresso da doença (AACPD). O delineamento foi em blocos ao acaso com cinco repetições. Constatou-se que o extrato bruto de alho reduziu o crescimento micelial do patógeno, principalmente ao adicioná-lo em meio de cultura, antes da esterilização, quando expressou o máximo potencial antifúngico. Ao adicionar o óleo vegetal às doses de extrato, constatou-se inibição total nas doses de 25 ou 30 ml L -1. Este efeito aditivo entre esses compostos também foi constato no teste de germinação de E. ampelina. Em condições de campo, o extrato bruto de alho reduziu a AACPD em 83,59% na dose de 25 ml L -1. Palavras-chave: Allium sativum, Elsinoe ampelina, Vitis labrusca, produção orgânica ABSTRACT: Garlic extract in the in vitro and in vivo control of anthracnose of grapevine. The aim of this study was to evaluate the in vitro and in vivo efficacy of the crude extract of garlic in controlling anthracnose of grapevine (Elsinoe ampelina). In the first experiment in vitro, 0, 5, 10, 15, 20, 25 or 30 ml L -1 crude extract of garlic were added to potato-dextrose-agar medium (PDA) before autoclaving for sterilization and to melting media. After 3, 5, 7 and 9 days of incubation at 24 ± 2ºC and photoperiod of 16 hours, the mycelial growth of E. ampelina was measured. In the second experiment in vitro, we repeated the methodology of adding the extract to the melting medium plus 2.5 ml -1 of vegetable oil and an absolute control with PDA only. After two and four hours of incubation at 24ºC and constant light, germination of E. ampelina was assessed. The experimental design for in vitro experiments was completely randomized with four replicates and the experimental plot consisted of a Petri dish. In the field experiment, after pruning of the grapevine cv. Isabel, the levels of crude extract of garlic plus oil were weekly sprayed on the leaves of the plant, except on the absolute control (no treatment). From the first symptoms of anthracnose of grapevine, the severity that was expressed as area under the disease progress curve (AUDPC) was evaluated. The design was in randomized blocks with five replicates. The crude extract of garlic reduced the mycelial growth of the pathogen, especially when added to the culture medium prior to sterilization, when it expressed its maximal antifungal potential. When the vegetable oil was added to the extract levels, there was complete inhibition at the levels 25 or 30 ml L -1. This additive effect of these compounds was also noted for the germination test of E. ampelina. Under field conditions, the crude extract of garlic reduced the AUDPC by 83.59% at 25 ml L -1. Key words: Allium sativum, Elsinoe ampelina, Vitis labrusca, organic production Recebido para publicação em 02/03/2011 Aceito para publicação em 23/03/2012

557 INTRODUÇÃO A antracnose da videira, causada por Elsinoe ampelina Shear, é uma das principais doenças das regiões vitícolas do Brasil. Os sintomas podem ser observados a partir do início da brotação das gemas, podendo perpetuar por todo ciclo da cultura, atacando a parte aérea da planta (Amorim & Kuniyuki, 2005). Entre os diversos fatores a serem manejados para se obter a máxima produtividade de um vinhedo, o controle de doenças fúngicas é primordial. Usualmente, recomenda-se o emprego de fungicidas sintéticos, os quais podem ocasionar a seleção de raças patogênicas, contaminação do meio ambiente, intoxicações ao homem e aumento do custo de produção (Sobrinho et al., 2005). Desta forma, é necessário buscar estratégias mais sustentáveis de controle dessas doenças, destacando-se o emprego de compostos extraídos de plantas medicinais (Schwan-Estrada et al., 2003). O alho (Allium sativum L.) é utilizado principalmente como planta aromática e condimentar, porém, os constituintes ativos conferem-lhe propriedades medicinais favoráveis à saúde humana, ainda apresentando atividade contra patógenos e pragas de espécies vegetais de interesse agronômico, sendo empregado em muitos países como defensivo natural (Souza et al., 2007). Na composição fitoquímica ativa do alho, há mais de 100 compostos biologicamente ativos, destacando-se compostos sulfurados como a alicina, o ajoeno, o tiosulfinatos e o organosulfurados (Ledezma & Apitz-Castro, 2006). A ação biológica de extratos vegetais pode ser afetada por diversos fatores intrínsecos a cada planta medicinal, condimentar e aromática (Corrêa et al., 2008). O alho tem princípios antifúngicos termossensíveis evidenciado durante o processo de esterilização em autoclave em comparação a filtragem do extrato, como constatado sob o crescimento micelial de Fusarium solani (Venturoso et al., 2010) e de Colletotrichum lindemuthianum (Brand et al., 2010). Outra característica observada na literatura refere-se às diferentes formas de obtenção do extrato de alho no controle de fitopatógenos, sendo apresentados extratos aquosos hidroalcoólicos, etanólicos e óleos essenciais (Ribeiro & Bedendo, 1999; Morais 2004; Silva et al., 2009; Brand et al., 2010), entre outros. Na vitivinicultura, Botelho et al. (2009) confirmaram que produto comercial Bioalho, a base de alho, inibiu o crescimento micelial do agente causal da antracnose da videira (E. ampelina). Entretanto esses autores não validaram os resultados em condições de campo, inclusive em vinhedo orgânico, onde formas sustentáveis são necessárias para o controle de doenças da videira. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência de diferentes doses do extrato bruto de alho no desenvolvimento da antracnose da videira (E. ampelina) em campo. MATERIAL E MÉTODO Para o preparo do extrato bruto de alho, adquiriram-se comercialmente na região de Guarapuava-PR bulbos de alho junto a um produtor orgânico. Os bulbilhos frescos de alho foram descascados e triturados em extratora de suco tipo centrífuga doméstica com rendimento de 3:1 (p:v). O preparo do extrato bruto de alho foi feito no mesmo dia da utilização em temperatura ambiente. Os tratamentos foram doses crescentes de extrato de alho de 0, 5, 10, 15, 20, 25 ou 30 ml L -1 acrescidas ou não de 2,5 ml L -1 de óleo vegetal, composto de 930 ml L -1 óleo de soja (Natur l óleo, Stoller), como adjuvante. Quando foi acrescentado o óleo vegetal, foi considerado mais um tratamento testemunha, sem adição desse produto. Experimentos em condições de laboratório Isolou-se, identificou-se e purificou-se o fungo E. ampelina de ramos de videira cv. Isabel, com sintomas típicos da antracnose, coletados em vinhedos orgânicos na região de Guarapuava-PR. Duas metodologias de esterilização foram avaliadas utilizando somente as doses de extrato de alho (0, 5, 10, 15, 20, 25 ou 30 ml L -1 ). Na primeira, foram adicionadas as doses do extrato no meio de cultivo batata-dextrose-ágar (BDA) antes da esterilização em autoclave, durante 15 minutos a 120ºC, sob pressão de 1,1 kgf cm -2. Na segunda, adicionou-se o extrato em meio fundente (± 45ºC) ácido (0,1 M) logo após a esterilização. Os meios foram vertidos em placas de Petri de 90 mm, onde se repicou um disco de 8 mm de diâmetro da colônia fúngica por placa. Essas placas foram incubadas em câmara de crescimento (BOD) a 24 ± 2ºC e fotoperíodo de 16 horas de luz. Efetuaram-se avaliações aos 3, 5, 7 e 9 dias após a repicagem, mensurando-se o diâmetro das colônias, com auxílio de paquímetro digital. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com sete tratamentos, quatro repetições e parcela experimental constituída por uma placa de Petri. Os dados foram submetidos à análise da variância e de regressão polinomial. Repetiu-se a metodologia de esterilização utilizando o extrato bruto de alho em meio fundente acrescentando 2,5 ml L -1 de óleo vegetal, visto que havia o objetivo de utilizar as doses de extrato associada ao adjuvante em condições de campo. Com isso, obtiveram-se oito tratamentos com quatro repetições em delineamento experimental inteiramente casualizado. Para a variável germinação de E. ampelina,

558 preparou-se uma suspensão (6,85x10 6 esporos ml -1 ) a partir do isolado descrito anteriormente, cultivado em meio BDA com idade de 8 dias. Para isto, adicionou-se 10 ml de água destilada esterilizada com Tween 80 a 0,5% sobre o micélio fúngico, raspando-o com alça de Drigalski para a liberação dos esporos. Na sequência, a suspensão foi filtrada em duas camadas de gaze esterilizada, e então utilizada no experimento. Alíquotas de 40 µl da suspensão e das doses do extrato bruto de alho acrescido de óleo vegetal, exceto para o tratamento testemunha absoluta que foi constituído apenas de água destilada, foram colocadas em cavidades individuais de placas de teste ELISA (Regente et al., 1997). O delineamento experimental do teste de germinação de E. ampelina foi inteiramente casualizado, com oito tratamentos e quatro repetições. Transcorridas duas e quatro horas de incubação em câmara de crescimento a 24 ± 2ºC e luz constante, realizou-se a paralisação da germinação dos esporos acrescentando 20 µl do corante azul algodão de lactofenol em cada cavidade. Nessa ocasião quantificou-se 100 esporos aleatórios por repetição totalizando 400 esporos por tratamento, considerando germinado o esporo que apresentou qualquer emissão de tubo germinativo, independendo do tamanho. O experimento foi repetido duas vezes. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, regressão polinomial e as médias comparadas pelo Teste de Tukey ao nível de 5% probabilidade pelo programa estatístico SISVAR (Ferreira, 2008). Experimento em condições de campo Este experimento foi instalado em vinhedo comercial de videiras cv. Isabel, enxertadas sobre Paulsen 1103, com um ano de idade, conduzidas em espaldeira e espaçadas a 2,5 x 2,0 m, em sistema de produção orgânica. O vinhedo era situado em Guarapuava, com latitude de 25º23 36 S, longitude de 51º27 19 O e altitude de 1.120 m. O solo foi classificado como Latossolo Bruno distroférrico típico textura muito argilosa (Embrapa, 2006). Os tratamentos foram 0, 5, 10, 15, 20, 25 ou 30 ml L -1 de extrato bruto de alho acrescido de 2,5 ml L -1 de óleo vegetal. Incluiu-se uma testemunha absoluta, sem nenhuma aplicação. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com oito tratamentos, cinco repetições, sendo cada parcela experimental constituída por uma planta. Após a poda de inverno em 9 de setembro de 2008, iniciaram as pulverizações dos tratamentos a cada 15 dias, ou após o acúmulo de 30 mm de precipitação estendendo-se até o início da formação dos cachos, totalizando 10 aplicações. Estas aplicações foram feitas com pulverizador manual com o bico cone até o ponto de escorrimento (200 ml planta -1 ), nas horas mais frescas do dia (após as 17 horas). Com o aparecimento dos primeiros sintomas, em 08 de outubro de 2008, efetuou-se quatro avaliações semanais da severidade da antracnose da videira com auxílio de escala diagramática adaptada de Azevedo (1997). Todas as avaliações foram realizadas por dois avaliadores em três folhas do ápice, em dois ramos por planta, as quais foram previamente identificadas. Os dados da severidade foram transformados para área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), segundo metodologia de Shaner & Finney (1977) e submetidos à análise de variância, análise de regressão polinomial e comparados pelo teste de Tukey ao nível de 5% probabilidade pelo programa estatístico SISVAR (Ferreira, 2008). RESULTADO E DISCUSSÃO No experimento in vitro de crescimento micelial, constatou-se redução do diâmetro da colônia de E. ampelina em todas as doses de extrato bruto de alho (0, 5, 10, 15, 20, 25 ou 30 ml L -1 ) havendo significância para regressão em todas as avaliações realizadas (3, 5, 7 e 9 dias) (Figura 1 e Figura 2). Quando o extrato bruto de alho foi adicionado ao meio antes da esterilização houve redução drástica do efeito inibitório, o que evidencia a perda das propriedades antifúngicas quando submetidas às altas temperaturas (Figura 1). Esta característica foi evidenciada desde a primeira avaliação, sendo que no período de 9 dias a inibição do crescimento micelial foi de 27,41; 45,65; 49,39; 49,59; 51,27 e 100% para as doses crescentes de extrato (0, 5, 10, 15, 20, 25 ou 30 ml L -1 ), respectivamente (Figura 2A). Estes resultados evidenciados entre as duas metodologias de esterilização do extrato coincidem com aqueles obtidos por Venturoso et al. (2010), que confirmaram o efeito antifúngico do extrato aquoso de alho esterilizado por filtragem. Ou seja, esses autores, constataram inibição do crescimento micelial de Fusarium solani em 67% quando comparado com o extrato esterilizado por autoclavagem à 120ºC. Outro fator ressaltado por Yin & Tsao (1999), em relação à eficiência do extrato, deve-se a temperatura com o qual este foi extraído, pois ocorre a decomposição dos compostos antifúngicos. Neste trabalho, o extrato foi extraído à temperatura ambiente, atribuindo a esterilização como fator de redução de sua eficiência. Quando se adicionou o extrato de alho ao meio fundente, constatou-se completa inibição (100%) de E. ampelina na dose de 30 ml L -1 (Figura 2A), entretanto, quando este extrato foi submetido à temperatura elevada durante o processo de esterilização (autoclavagem), a redução foi de apenas 8,92%, para esta mesma dose (Figura 2B).

559 A 5 10 15 B 5 10 15 BDA BDA 20 25 30 20 25 30 FIGURA 1. Crescimento micelial, in vitro, de Elsinoe ampelina em meio de cultivo batata-dextrose-ágar (BDA) acrescido de 0, 5, 10, 15, 20, 25 ou 30 ml L -1 de extrato bruto de alho em (A) meio fundente e (B) antes da esterilização (autoclavagem) no último período de avaliação (9 dias). FIGURA 2. Crescimento micelial, in vitro, de Elsinoe ampelina em meio de cultivo batata-dextrose-ágar (BDA) contendo extrato bruto de alho em meio fundente (A) e antes da esterilização (autoclavagem) (B), em quatro períodos de avaliação (3, 5, 7 e 9 dias). **Significativo a 5% de probabilidade.

560 A redução no crescimento micelial proporcional ao aumento da doses de EA, evidenciada neste trabalho coincide com resultados de Souza et al. (2007) que, utilizando extrato hidroalcoólico de alho adicionado após a esterilização, verificaram supressão do crescimento micelial de F. proliferatum, destacando-se o tratamento com maior dose (10% de extrato). O potencial efeito fungitóxico do extrato bruto de alho no crescimento micelial também foi constatado em fungos causadores de antracnose em morangueiro (C. acutatum) (Almeida et al., 2009), em mamoeiro (C. gloeosporioides) (Ribeiro & Bedendo, 1999) e até mesmo no agente causal da antracnose da videira (E. ampelina) (Botelho et al., 2009), utilizando produto comercial à base de extrato de alho. Quando o óleo vegetal foi acrescido em meio de cultura também houve efeito de concentrações crescentes de extrato de óleo, mas houve inibição também para o tratamento apenas com o óleo vegetal (0 ml de extrato) quando comparado à testemunha absoluta (somente BDA) nos quatro períodos de avaliação (3, 5, 7 e 9 dias) (Figura 3). Foram observados efeitos quadráticos das doses de extrato bruto de alho na germinação dos esporos de E. ampelina nos períodos de avaliação (duas e quatro horas) (Figuras 4A e B). Ao comparar o percentual de germinação do patógeno, constatouse maior germinação no tratamento testemunha absoluta (somente água), com diferença significativa quando foi adicionado o óleo vegetal (Figuras 4A e B). No tratamento somente com óleo vegetal (0 ml L -1 extrato bruto de alho), ocorreu a maior redução na germinação expressa em 91,90 e 87,65% em relação à testemunha absoluta, nos períodos de duas e quatro horas de incubação, respectivamente (Figuras 4A e B). Takano et al. (2007) evidenciaram o efeito supressor do óleo vegetal da germinação de diferentes raças de F. graminearum nas doses de 200 e 300 ml L -1 de detergente de óleo de mamona, após 48 horas a 22ºC e 12 horas de fotoperíodo. Por outro lado, o efeito do extrato de alho pode ter sido favorecido com a adição do óleo vegetal (Figuras 4A e B), pois, isoladamente, o alho pode reduzir a germinação de esporos de alguns patógenos, como os resultados obtidos por Souza et al. (2007) na germinação de F. proliferatum em dose (0,5; 1; 2,5, 5 e 10%) de extrato de alho hidroalcoólico durante 6, 12, 18 e 24 horas de incubação a 25 ± 2ºC. Medice (2007) constatou que o extrato aquoso de alho a 2% inibiu em 100% a germinação do agente causal da ferrugem da soja (Phakopsora pachyrhizi). Em condições de campo, verificou-se efeito quadrático das doses crescentes do extrato bruto de alho sobre a AACPD da antracnose, sendo as concentrações de 20 e 25 ml L -1 as mais eficientes, pois inibiram em 83,59 e 72,28%, respectivamente, a severidade da doença, enquanto as demais doses não diferiram estatisticamente da testemunha absoluta (sem aplicação) (Figura 5). A dose mais eficiente de extrato bruto de alho estimada pela otimização da função foi de 14,43 ml L -1. Alves (2008), avaliando a estabilidade de extratos em função da concentração de inóculo de C. gloeosporioides, verificou que o extrato de alho apresentou a menor taxa de redução da eficiência do FIGURA 3. Crescimento micelial de Elsinoe ampelina submetido doses de extrato de alho acrescidas de 2,5 ml L -1 de óleo vegetal e uma testemunha absoluta (sem óleo) em quatro período de avaliação (A) 3 dias; (B) 5 dias; (C) 7 dias e (D) 9 dias. *Significativo a 5% de probabilidade. 1 Médias seguidas de letras distintas diferem pelo Teste de Tukey (p<0,05).

561 FIGURA 4. Germinação de Elsinoe ampelina durante duas horas (A) e quatro horas (B) submetido às doses do extrato bruto de alho acrescidas de 2,5 ml L -1 de óleo vegetal e testemunha absoluta (sem óleo). 1 Médias seguidas de letras distintas diferem pelo Teste de Tukey (p<0,05); ** Significativo a 1% de probabilidade. FIGURA 5. Área abaixo da curva do progresso da doença (AACPD) obtidos a partir de quatro avaliações de severidade de antracnose (Elsinoe ampelina) da videira cv. Isabel em Guarapuava, PR, submetido a doses do extrato bruto de alho acrescidas de 2,5 ml L -1 de óleo vegetal e uma testemunha absoluta (sem tratamento). 1 Médias seguidas de letras distintas diferem pelo Teste de Tukey (p<0,05) (Dados transformados x + 1); ** Significativo a 1% de probabilidade. controle da antracnose em frutos de pimentão. O óleo vegetal, em condições de campo, não apresentou efeito sobre a severidade da antracnose, pois quando aplicado isoladamente (dose 0 ml L -1 de extrato) não diferiu significativamente da testemunha absoluta, confirmando, neste caso, o efeito somente de adjuvante. Um aspecto importante na utilização do extrato bruto de alho no campo é que não existe relato de qualquer efeito prejudicial ao homem ou ao meio ambiente, além da preparação do extrato ser simples e não requerer equipamento sofisticado. CONCLUSÃO O extrato bruto de alho reduziu o crescimento micelial e a germinação dos esporos de E. ampelina, sendo que a concentração de 30 ml -1 apresentou os melhores resultados. O uso de óleo vegetal a 2,5 ml L -1 também teve efeito sobre o crescimento micelial e germinação de E. ampelina. O efeito isolado do óleo vegetal foi promissor no controle da antracnose in vitro, o que não foi observado em condições de campo. As doses de 20 e 25 ml L -1 de extrato bruto de alho associado a 2,5 ml L -1 de óleo vegetal foi efetivo no controle da antracnose da videira em condições de campo.

562 AGRADECIMENTO À Fundação Araucária/SETI, pela bolsa de mestrado concedida ao primeiro autor; à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nível Superior - CAPES, pela bolsa de mestrado concedida ao segundo autor. E, ao pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Lucas da Ressurreição Garrido, pelo apoio e sugestões. REFERÊNCIA ALMEIDA, T.F.; CAMARGO, M.; PANIZZI, R.C. Efeito de extratos de plantas medicinais no controle de Colletotrichum acutatum, agente causal da flor preta do morangueiro. Summa Phytopathologica, v.35, n.3, p.196-201, 2009. ALVES, K.F. Controle alternativo da antracnose do pimentão com extratos vegetais. 2008. 47p. Dissertação (Mestrado em Fitopatologia) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife. AMORIM, L.; KUNIYUKI, H. Doenças da videira. In: KIMATI, H. et al. Manual de fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. 4.ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. p.639-51. AZEVEDO, L.A.S. Manual de quantificação de doenças de plantas. São Paulo: Luiz Antonio Siqueira de Azevedo, 1997. 114p. BOTELHO, R.V. et al. Efeito do extrato de alho na quebra de dormência de gemas de videiras e no controle in vitro do agente causal da antracnose (Elsinoe ampelina Shear). Revista Brasileira de Fruticultura, v.31, n.1, p.96-102, 2009. BRAND, S.C. et al. Extratos de alho e alecrim na indução de faseolina em feijoeiro e fungitoxicidade sobre Colletotrichum lindemuthianum. Ciência Rural, v.40, n.9, p.1881-7, 2010. CORRÊA, A.D.; BATISTA, R.S.; QUINTAS, L.E.M. Plantas medicinais do cultivo à terapêutica. 7.ed. Petrópolis: Vozes, 2008, 247p. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. 2.ed. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2006. 306p. FERREIRA, D.F. SISVAR: um programa para análises e ensino de estatística. Revista Symposium, v.6, p.36-41, 2008. LEDEZMA, E.; APITZ-CASTRO, R. Ajoene, el principal compuesto activo derivado del ajo (Allium sativum), un nuevo agente antifúngico. Revista Iberoamericana de Micología, v.23, p.75-80, 2006. MEDICE, R. Produtos alternativos no manejo da ferrugem asiática (Phokopsora pachyrhizi) da soja. 2007. 115p. Dissertação (Mestrado em Fitopatologia) - Universidade Federal de Lavras, Lavras. MORAIS, M.H.D. Análise sanitária de sementes tratadas. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PATOLOGIA DE SEMENTES, 8., 2004, João Pessoa. Resumos... João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2004. p.12. REGENTE, M.C. et al. A sunflower leaf antifungal peptide active against Sclerotinia sclerotiorum. Physiologia Plantarum, v.100, n.1, p.178-82, 1997. RIBEIRO, L.F.; BEDENDO, I.P. Efeito inibitório de extratos vegetais sobre Colletotrichum gleosporioides - agente causal da podridão de frutos de mamoeiro. Scientia Agricola, v.56, n.4, p.1267-71, 1999. SCHWAN-ESTRADA, K.R.F.; STANGARLIN, J.R.; CRUZ, M.E. Uso de plantas medicinais no controle de doenças de plantas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FITOPATOLOGIA, 36., 2003, Uberlândia. Anais... Uberlândia: SBF, 2003. p.54-6. SHANER, G.; FINNEY, R. The effect of nitrogen fertilization on the expression of slow mildewing resistance in Knox Wheat. Journal of Phytopathology, v.67, n.8, p.1051-6, 1977. SILVA, J.A. et al. Efeito de extratos vegetais no controle de Fusarium oxysporum f. sp tracheiphilum em sementes de caupi. Ciência e Agrotecnologia, v.33, n.2, p.611-6, 2009. SOBRINHO, C.A. et al. Indução abióticos. In: CAVALCANTO, L.S. et al. Indução de resistência em plantas a patógenos e insetos. Piracicaba: FEALQ, 2005. p.51-80. SOUZA, A.E.F.; ARAÚJO, E.; NASCIMENTO, L.C. Atividade antifúngica de extratos de alho e capimsanto sobre o desenvolvimento de Fusarium proliferatum isolado de grãos de milho. Fitopatologia Brasileira, v.32, n.6, p.465-71, 2007. TAKANO, E.H. et al. Inibição do desenvolvimento de fungos fitopatogênicos por detergente derivado de óleo da mamona (Ricinus communis). Ciência Rural, v.37, n.5, p.1235-40, 2007. VENTUROSO, L.R. et al. Influência de diferentes metodologias de esterilização sobre a atividade antifúngica de extratos aquosos de plantas medicinais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.12, n.4, p.499-505, 2010. YIN, M.; TSAO, S.M. Inhibitory effect of seven Allium plants upon three Aspergillus species. International Journal of Food Microbiology, v.49, n.1-2, p.49-56, 1999.