RECOMENDAÇÕES REUNIÃO DAS AUTORIDADES CENTRAIS E OUTROS PERITOS EM ASSISTÊNCIA JURÍDICA MÚTUA EM MATÉRIA PENAL

Documentos relacionados
EN FR PT - SP RECOMENDAÇÕES DA SEGUNDA REUNIÃO DAS AUTORIDADES CENTRAIS E OUTROS PERITOS EM ASSISTÊNCIA MÚTUA EM MATÉRIA PENAL E EXTRADIÇÃO

Cooperação no campo de assistência jurídica mútua entre os estados membros da OEA

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES DA SEGUNDA REUNIÃO DOS MINISTROS DA JUSTICIA OU DE MINISTROS OU PROCURADORES-GERAIS DAS AMÉRICAS

REUNIÃO DE MINISTROS DA JUSTIÇA OU OUTROS MINISTROS OU PROCURADORES- PENAL/doc.29/09 rev. 1 GERAIS DAS AMÉRICAS 2 abril 2009 Original: espanhol

RECOMENDAÇÕES DA QUINTA REUNIÃO DO GRUPO DE TRABALHO SOBRE ASSISTÊNCIA MÚTUA EM MATÉRIA PENAL E EXTRADIÇÃO DAS REMJA

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

RESUMO DA REUNIÃO I. ANTECEDENTES

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

R E M J A VIII lia,, Brasil

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

AG/RES (XL-O/10) REUNIÃO DE MINISTROS DA JUSTIÇA OU DE OUTROS MINISTROS OU PROCURADORES-GERAIS DAS AMÉRICAS

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

PROPOSTA DE GUIA LEGISLATIVO: ELEMENTOS BÁSICOS SOBRE ASSISTÊNCIA RECÍPROCA

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES DA REMJA-VII *

AG/RES (XXXVIII-O/08) REUNIÃO DE MINISTROS DA JUSTIÇA OU DE OUTROS MINISTROS OU PROCURADORES-GERAIS DAS AMÉRICAS

QUARTO PERÍODO ORDINÁRIO DE SESSÕES 28 a 30 de janeiro de 2004 CICTE/DEC. 1/04 rev. 3 Montevidéu, Uruguai 4 fevereiro 2004 Original: espanhol/inglês

- 1 - AG/RES (XXXVI-O/06) REUNIÃO DE MINISTROS DA JUSTIÇA OU DE MINISTROS OU PROCURADORES-GERAIS DAS AMÉRICAS (REMJA)

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

MECANISMO DE ACOMPANHAMENTO OEA/Ser.L/XXIII.4.

REUNIÕES DE MINISTROS DA JUSTIÇA OU DE OEA/Ser.K/XXXIV OUTROS MINISTROS OU PROCURADORES-GERAIS DAS AMÉRICAS 30 novembro 2009 Original: inglês

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

ANEXO II A. APRESENTAÇÃO

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

RELATÓRIO FINAL DA SEXTA REUNIÃO DE MINISTROS DA JUSTIÇA OU DE MINISTROS OU PROCURADORES-GERAIS DAS AMÉRICAS

PROJETO DE CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES DE MEDIDAS CONCRETAS PARA FORTALECER O MESICIC *

TENDO VISTO o Relatório apresentado pela Presidente do Grupo Especial

Tratado entre os Estados Unidos e Austrália sobre Assistência Jurídica Mútua em Matéria Penal. Data de entrada em vigor: 30 de junho de 1992

- 1 - AG/RES (XXXIV-O/04) REUNIÃO DE MINISTROS DA JUSTIÇA OU DE MINISTROS OU PROCURADORES-GERAIS DAS AMÉRICAS

38/22. Ano Internacional da Juventude: Participação, Desenvolvimento e Paz

RESOLUÇÃO ADOTADA PELA ASSEMBLEIA GERAL. [sobre o relatório do 3 o Comitê (A/54/595)] 54/120. Políticas e programas envolvendo os jovens

A COOPERAÇÃO HEMISFÉRICA CONTRA A CORRUPÇÃO: Desenvolvimentos no âmbito da OEA

DECLARAÇÃO. Tendo em conta o supracitado e, Reconhecendo:

B. QUADRAGÉSIMO PRIMEIRO PERÍODO ORDINÁRIO DE SESSÕES DA ASSEMBLEIA GERAL DA ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS

ESTATUTO DO COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE) Capítulo I NATUREZA, PRINCÍPIOS E PROPÓSITOS

40/14. Ano Internacional da Juventude: Participação, Desenvolvimento e Paz

- 1 - AG/RES (XXXIV-O/04) MODIFICAÇÕES AO ESTATUTO DO COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO

- 1 - AG/RES (XLVII-O/17) PLANO DE AÇÃO DA DECLARAÇÃO AMERICANA SOBRE OS DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS ( ) 1/2/

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

43 a sessão plenária. 3 de novembro de A Assembleia Geral,

UNIÃO AFRICANA PROTOCOLO RELATIVO AO FUNDO MONETÁRIO AFRICANO

1. A instituição da Unidade de Cooperação Jurídica Internacional (ILCU - International Legal Co-operation Unit)

O Governo da República Portuguesa e o Governo da República Oriental do Uruguai, adiante denominados «as Partes»:

Tratados internacionais em matéria penal assinados pela Nicarágua. assinatura

COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL

OEA/Ser.P AG/RES (XXIX-O/99) 7 junho 1999 Original: espanhol COOPERAÇÃO HEMISFÉRICA PARA PREVENIR, COMBATER E ELIMINAR O TERRORISMO

Anexo N Convenções multilaterais 2. Viena, 20 de dezembro de Convenções bilaterais: Lei 492 de 1999

MECANISMO DE ACOMPANHAMENTO. INTERAMERICANA CONTRA A CORRUPÇÃO 1 abril 2004 Original: espanhol

Resolução adotada pela Assembleia Geral. [sobre o relatório do 3 o Comitê (A/56/572)] 56/117. Políticas e programas envolvendo a juventude

COMISSÃO INTERAMERICANA CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

RELATÓRIO FINAL DA QUARTA REUNIÃO DE MINISTROS DA JUSTIÇA OU DE MINISTROS OU PROCURADORES-GERAIS DAS AMÉRICAS

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

Jornal Oficial da União Europeia L 322/33. (Actos adoptados em aplicação do título VI do Tratado da União Europeia)

Rede Judiciária Europeia em matéria civil e comercial (RJE)

CONTRA A CORRUPÇÃO 9 agosto e 9 de julho de 2004 Original: espanhol Manágua, Nicarágua

36/28. Ano Internacional da Juventude: Participação, Desenvolvimento e Paz

35/126. Ano Internacional da Juventude: Participação, Desenvolvimento e Paz

55 o CONSELHO DIRETOR

ATA DE CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

DECLARAÇÃO DE LISBOA

SÉTIMA REUNIÃO DE MINISTROS DA JUSTIÇA OU OUTROS MINISTROS OU PROCURADORES-GERAIS DAS AMÉRICAS 30 abril 2008 Original: espanhol REMJA-VII

O PROCEDIMENTO DE EXTRADIÇÃO NA GUATEMALA

AG/RES (XXXII-O/02) CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA O TERRORISMO. (Aprovada na primeira sessão plenária, realizada em 3 de junho de 2002)

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA E O GOVERNO DA FEDERAÇÃO DA RÚSSIA NO DOMÍNIO DO COMBATE À CRIMINALIDADE.

DIREITOS HUMANOS. Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos: Instituições. Comissão Interamericana de Direitos Humanos - Parte 1.

B. IMPLANTAÇÃO DA ESTRATÉGIA MUNDIAL E DO PLANO DE AÇÃO SOBRE SAÚDE PÚBLICA, INOVAÇÃO E PROPRIEDADE INTELECTUAL

A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho,

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL SOBRE A COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO POLICIAL

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL SOBRE A COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO POLICIAL. Preâmbulo

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

ACORDO DE COOPERAÇÃO INTERINSTITUCIONAL ENTRE O MINISTERIO PÚBLICO FISCAL DA REPÚBLICA ARGENTINA E A PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA PORTUGUESA

Mecanismo de monitorização. Convenção do Conselho da Europa relativa à Luta contra o Tráfico de Seres Humanos

INTRODUÇÃO À COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL

Convenção No. 182 VERSÃO LIVRE EM PORTUGUÊS VERSÃO OFICIAL EM INGLÊS VER:

O Espaço Ibero-Americano a comunidade de todos

FOLHETO O CICV E O DIÁLOGO COM AS FORÇAS POLICIAIS

Carta aberta ao Ministério dos Direitos Humanos sobre Recomendações ao Brasil feitas no III Ciclo do Mecanismo de Revisão Periódica Universal (RPU)

STJ NO MERCOSUL: AS FRONTEIRAS DA COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEA

*** PROJETO DE RECOMENDAÇÃO

Nove áreas temáticas do programa

Ações Reunião realizada nos dias 13 a 16 de outubro de 2014

CONSELHO PERMANENTE DA OEA/Ser.G. 21 maio 2009 COMISSÃO DE ASSUNTOS JURÍDICOS E POLÍTICOS PROJETO DE RESOLUÇÃO

R E M J A VIII. 24, 25 e 26 de fevereiro de 2010

Decreto-Lei n.º 228/2000, de 23 de setembro

DECLARAÇÃO SOBRE COOPERAÇÃO EM COMÉRCIO E INVESTIMENTO E PLANO DE AÇÃO OS ESTADOS DA AELC OS ESTADOS MEMBROS DO MERCOSUL

MECANISMO DE ACOMPANHAMENTO DA SG/MESICIC/doc.171/06 rev. 2 IMPLEMENTAÇÃO DA CONVENÇÃO 31 março 2006

ACORDO QUADRO DE COOPERAÇÃO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA.

Que a experiência da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) como doadora de cooperação técnica é de interesse do MERCOSUL;

(Resoluções, recomendações e pareceres) RECOMENDAÇÕES CONSELHO

OITAVA CÚPULA DAS AMÉRICAS 13 e 14 de abril de 2018 CA-VIII/doc.1/18 Lima, Peru 14 abril 2018 Original: espanhol COMPROMISSO DE LIMA

ACORDO DE AMIZADE E COOPERAÇÃO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A UCRÂNIA

ACORDO DE COOPERAÇÃO JURÍDICA E JUDICIÁRIA ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU, DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

Transcrição:

MINISTROS DA JUSTIÇA OU DOS MINISTROS OEA/Ser.K.XXXIV OU PROCURADORES GERAIS DAS AMÉRICAS PENAL/doc. 1/03 3 setembro 2003 Reunião das Autoridades Centrais e outros Peritos Original: inglês em Assistência Jurídica Mútua em Matéria Penal 30 abril 2 maio de 2003 Ottawa, Canada RECOMENDAÇÕES REUNIÃO DAS AUTORIDADES CENTRAIS E OUTROS PERITOS EM ASSISTÊNCIA JURÍDICA MÚTUA EM MATÉRIA PENAL

RECOMENDAÇÕES REUNIÃO DAS AUTORIDADES CENTRAIS E OUTROS PERITOS EM ASSISTÊNCIA JURÍDICA MÚTUA EM MATÉRIA PENAL 1/ As autoridades centrais e outros peritos em assistência jurídica mútua em matéria penal dos Estados membros da OEA reuniram-se em Ottawa, Canadá, entre os dias 30 de abril e 2 de maio de 2003, conforme as recomendações adotadas na IV Reunião dos Ministros da Justiça ou dos Ministros ou Procuradores Gerais das Américas (REMJA-IV) realizada em Port of Spain, Trinidad e Tobago, em março de 2002, e endossadas pela resolução AG/RES. 1849 (XXXII-O/02) da Assembléia Geral da OEA O objetivo da reunião foi de desenvolver recomendações para fortalecer e consolidar a assistência jurídica mútua em matéria penal entre os Estados das Américas a fim de combater o crime organizado transnacional, a lavagem de dinheiro e o terrorismo. Após concluir as deliberações, a reunião adotou as seguintes recomendações a serem apresentadas na V Reunião dos Ministros da Justiça ou dos Ministros ou Procuradores Gerais das Américas (REMJA- V): 1. Que os Estados que ainda não o fizeram, devem, o mais rápido possível, tomar as medidas necessárias para alcançar os seguintes objetivos: a) Assinar e ratificar, ratificar, ou aprovar, conforme for apropriado, a Convenção Interamericana sobre Assistência Mútua em Matéria Penal e seu Protocolo Opcional. b) Adotar a legislação e outras medidas necessárias dentro da estrutura legal de cada um dos Estados para facilitar e assegurar a aplicação dos tratados de assistência jurídica mútua em matéria penal e prestar assistência efetiva, eficiente e diligente. 2. Que os Estados, se ainda não o fizeram, tomem as medidas necessárias para estabelecer e tornar oficial as autoridades centrais para assistência jurídica mútua em matéria penal, e assegurar que elas possam realizar seus mandatos de forma efetiva, eficiente e diligente. Tendo em conta esse objetivo, recomenda-se, em particular, que os Estados: a) Estabeleçam uma autoridade única central que possa assumir suas obrigações internacionais, de acordo aos tratados pertinentes em vigor, para transmitir e receber os pedidos de assistência jurídica mútua. b) Transmitam as informações necessárias sobre uma pessoa contato da autoridade central para as outras autoridades centrais e as agências conexas, conforme exigido pelo tratado ou acordo. 1. Este documento foi aprovado durante a sessão plenária realizada em 2 de maio de 2003, dentro do esquema da reunião das autoridades centrais e outros peritos em assistência jurídica mútua em matéria penal que teve lugar entre os dias 30 de abril e 2 de maio de 2003, em Ottawa, Canadá.

- 2 - c) Atribuam às autoridades centrais os recursos humanos, materiais e financeiros, incluindo treinamento, necessários para a execução de suas funções de forma efetiva, eficiente e diligente. d) Facilitem, dentro do esquema de seus procedimentos constitucionais, canais diretos de comunicação e um contato permanente entre as autoridades centrais, além da cooperação técnica entre as mesmas. e) Assegurem que o uso de outros meios, tais como diplomáticos ou judiciais, exigidos pelo esquema de seus procedimentos constitucionais, sejam efetivos, eficientes e diligentes. 3. Que os Estados adotem medidas, conforme necessário, para acelerar o processo e reduzir ou eliminar os fatores que contribuem ao atraso na transmissão e execução de pedidos, e também para assegurar que a assistência jurídica mútua em matéria penal seja mais efetiva e eficiente. A fim de alcançar esse objetivo, recomenda-se que os Estados tomem as seguintes medidas, se ainda não o fizeram: a) Eliminação das formalidades ou procedimentos burocráticos não essenciais. b) Estabelecimento de listas de controle e outras medidas para assegurar que os pedidos de assistência preparados pelos Estados tenham toda a informação necessária, e especialmente suficiente informação para estabelecer um vínculo entre o alegado crime e as medidas de investigação solicitadas. c) Estabelecimento de prioridades para a execução de pedidos urgentes e justificados de assistência jurídica mútua, especialmente visando os pedidos referentes a crime organizado transnacional, lavagem de dinheiro e terrorismo. d) Estabelecimento de sistemas de cadastramento de arquivos referentes aos pedidos de assistência jurídica mútua enviados ou recebidos, a fim de facilitar o seguimento dos ditos arquivos. 4. Que os Estados adotem medidas para assegurar, conforme seus procedimentos constitucionais e tratados pertinentes, a disponibilidade de uma grande gama de medidas relativas à assistência jurídica mútua em matéria penal. Para esse fim, recomenda-se que os Estados tomem, entre outras, as seguintes medidas, se ainda não o fizeram: a) Contemplar adotar, dentro da estrutura de seus procedimentos judiciários, as reformas legais necessárias para capacitar o Estado a tomar uma ampla gama de medidas relativas à assistência, incluindo: i. Obrigar a tomada de depoimentos de testemunhas e apresentação de documentos; ii. Tomar depoimentos por meio de vídeo-conferências ao vivo;

- 3 - iii. Obter amostras de substâncias corpóreas ou resultados de análise do DNA ou outra análise científica de tais amostras, unicamente para os fins especificados no pedido; iv. Obrigar a preservação diligente de dados eletrônicos; e v. Transferir as pessoas em detenção para ajudar numa investigação ou processo. b) Eliminar ou reduzir, conforme apropriado, as exigências de criminalidade dupla relativas à assistência jurídica mútua na luta contra o crime, especialmente quando se trata de crime organizado transnacional, lavagem de dinheiro e terrorismo. c) Proporcionar medidas mais amplas de assistência jurídica mútua em matéria penal na identificação, localização, congelamento, apreensão e confisco da renda ou instrumentalidades do crime, incluindo delitos de terrorismo. Os Estados também devem considerar tomar as medidas necessárias para a execução de ordens estrangeiras de congelamento, apreensão e confisco de tal renda e instrumentalidades. d) Tomar as medidas apropriadas, incluindo a elaboração de acordos bilaterais ou multilaterais, sempre que necessário, para permitir a partilha com outros Estados membros de propriedades confiscadas. e) Executar o pedido na forma especificada pelo Estado solicitante, a fim de facilitar seu uso e admissibilidade no Estado solicitante. 5. Em conformidade com os mandatos da III Cúpula das Américas, das recomendações da REMJA-IV e da resolução AG/RES. 1781 (XXXI-O/01) da Assembléia Geral da OEA, e levando em conta a sua utilidade e importância, deve-se continuar a consolidar e aprimorar a rede de intercâmbio de informação que trata de assistência jurídica mútua em matéria penal. Para esse fim, recomenda-se particularmente o seguinte: a) Que sob a liderança do grupo inicial de trabalho que lida com essa rede, ou seja, a Argentina, Bahamas, Canadá e El Salvador, e com o apoio da Secretaria Geral da OEA todas as atividades relevantes para a expansão da rede em todos os Estados das Américas sejam levadas em consideração sem demora. b) Que, para alcançar o objetivo acima, os Estados que ainda não o fizeram, identifiquem uma pessoa contato para esse fim e forneçam as informações necessárias a serem divulgadas no site web público da rede, dentro do período de execução estabelecido pelo Grupo de Trabalho. c) Que se continue a incluir no site web público, as informações adicionais sobre outras áreas relacionadas à assistência jurídica mútua em matéria penal.

- 4 - d) Que uma rede privada e segura seja estabelecida temporariamente para o intercâmbio de informação a respeito da assistência jurídica mútua em matéria penal entre as autoridades centrais, e que se implemente uma fase piloto que permita avaliar os resultados. 6. Que as autoridades centrais dos Estados membros e outros peritos em assistência jurídica mútua em assuntos criminais continuem a reunir-se periodicamente, pelo menos uma vez entre as REMJAs, a fim de considerar a implementação das recomendações da REMJA, avaliar as medidas relativas ao fortalecimento da cooperação, e propor recomendações adicionais que possam ser necessárias. Por essas razões, recomenda-se que, dentro do esquema das reuniões futuras, as seguintes questões, inter alia, sejam consideradas: a) Seguimento do progresso na implementação da rede de intercâmbio de informação sobre a assistência jurídica mútua em matéria penal. b) Atenção às áreas especiais onde se deveria considerar abordagens comuns em nível hemisférico para a aprimoração da assistência jurídica mútua em matéria penal, incluindo as áreas relacionadas às exigências de criminalidade dupla e à partilha de propriedades confiscadas, e também às rendas ou instrumentalidades provenientes do crime organizado transnacional, da lavagem de dinheiro e dos crimes de terrorismo. c) Definição de um glossário hemisférico comum de termos a serem utilizados em relação à assistência jurídica mútua em matéria penal, baseado na informação proporcionada pelos Estados para esse fim. d) Consideração de eventuais propostas para a reforma dos instrumentos jurídicos hemisféricos existentes ou de modelos de legislação para facilitar e fortalecer a assistência jurídica mútua em matéria penal. e) Estudo de maneiras para assegurar que não se façam pedidos desnecessários de assistência jurídica mútua. f) Preparação de formulários-modelo ou formulários-padrão para facilitar e acelerar o processo de pedidos de assistência jurídica mútua em matéria penal. g) Identificação de critérios comuns para determinar, interpretar e processar os pedidos de assistência jurídica mútua considerados urgentes. h) Análise dos tipos de problemas relativos à execução dos pedidos de assistência jurídica mútua em matéria penal, e desenvolvimento das melhores práticas para resolver tais problemas.

- 5 - i) Participação, no Estado solicitante, das autoridades judiciais, dos promotores públicos e outros, na execução dos pedidos de assistência jurídica mútua em matéria penal. j) Consideração para projetos de cooperação técnica ou outras iniciativas tais como o treinamento do pessoal das autoridades centrais e outras agências de execução, e facilitação para intercâmbio de informação e consenso sobre as melhores práticas a serem utilizadas nesse campo. k) Coordenação dos progressos nesse campo, dentro do processo da REMJA, com os que ocorrem em outros órgãos tais como o Mercosul, Caricom, a Comunidade Andina, o Sistema de Integração Centroamericana, o Commonwealth, as Associações Iberoamericanas dos Ministros da Justiça e dos Ministérios Públicos e as agências das Nações Unidas. 7. Que a Secretaria Geral da OEA continue a oferecer apoio técnico às reuniões hemisféricas das autoridades centrais e outros peritos em assistência jurídica mútua em matéria penal. 8. Que, congruente com as recomendações acima e conforme as recomendações da REMJA-IV, medidas adicionais sejam tomadas no futuro para fortalecer a cooperação jurídica hemisférica em outras áreas, tais como a extradição, e adiantar o plano de ação hemisférico sobre a cooperação jurídica e judiciária na luta contra o crime organizado transnacional, a lavagem de dinheiro e o terrorismo. Ottawa, Canadá, 2 de maio de 2003 MJ00247P01