UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ WELLINGTON FRANCIS DE OLIVEIRA

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ WELLINGTON FRANCIS DE OLIVEIRA SITUAÇÃO E POTENCIALIDADES DO TURISMO DE AVENTURA, ESPORTES E ATIVIDADES FÍSICAS NA NATUREZA NO LITORAL DO PARANÁ. MATINHOS 2013

Wellington Francis de Oliveira SITUAÇÃO E POTENCIALIDADES DO TURISMO DE AVENTURA, ESPORTES E ATIVIDADES FÍSICAS NA NATUREZA NO LITORAL DO PARANÁ. Artigo apresentado como requisito parcial para conclusão do Curso de Bacharel em Gestão Desportiva e do Lazer, do Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná. Orientador (a): Profº Dr. Marcelo Silva da Silva MATINHOS 2013

Situação e Potencialidades do Turismo de Aventura, Esportes e Atividades Físicas na natureza no Litoral do Paraná. Acad. Wellington Francis de Oliveira Prof. Dr. Marcelo Silva da Silva Resumo: Tendo em vista que a região do Litoral do Paraná tem um grande potencial para prática dos esportes de aventura e outros tipos de atividades relacionadas ao contato e integração com a natureza, este artigo teve como objetivo verificar os esportes de aventura, atividades físicas de aventura na natureza, Ecoturismo e Turismo de Aventura que são desenvolvidas por empresas especializadas em ecoturismo e/ou turismo de aventura com sede e atuação no Litoral do Paraná. Como metodologia, foram realizadas pesquisas por meio de levantamento bibliográfico, pesquisas em revistas, revistas cientificas, internet, guias turísticos do Litoral e folders entregues pelas empresas de ecoturismo e/ou turismo de aventura. Nessa pesquisa foram mapeadas as atividades de boia cross, canoagem, cavalgada, cicloturismo, flutuação, jeep safari, mergulho, montanhismo, natação, observação da vida selvagem, rafting, tirolesa e trekking. Concluímos que o grande centro dessas atividades fica em Morretes e também que a maioria das empresas encontradas trabalha com roteiros organizados para que as comunidades próximas às áreas visitadas sejam envolvidas, onde geram renda para as mesmas. Outra conclusão, é que na pesquisa feita não foram encontradas empresas especializadas em Ecoturismo e/ou turismo de aventura em Pontal do Paraná, Matinhos e Antonina, e no caso da ultima cidade, existem atividades que são realizadas no município, porém não tem nenhuma empresa especializada na mesma. Palavras-chave: Esportes de aventura; Ecoturismo; Turismo de Aventura; Litoral do Paraná. 1 - Introdução O presente artigo sistematiza a caminhada, desenvolvida ao longo do Curso de Gestão Desportiva e do Lazer, em especial, a partir do eixo curricular definido no Projeto Político Pedagógico do Setor Litoral (UFPR Setor Litoral), Projetos de Aprendizagem (PA), no qual cada estudante constrói seu Projeto de Aprendizagem, desde o primeiro ano do curso. Os PAs permitem que os alunos construam o seu conhecimento de maneira integrada, entendendo criticamente a realidade. Desde o início do curso busquei desenvolver um Projeto Aprendizagem relacionado com o tema do Turismo de Aventura e suas relações com o Litoral do Paraná. Assim, o trabalho que foi desenvolvido, buscou conhecer como e onde podia ser praticado o turismo de aventura no litoral do Paraná. Para tanto, foram feitos levantamentos sobre as atividades e os locais onde essas práticas podem ser realizadas.

Esse tema foi de extrema importância na trajetória de formação acadêmica, pois se conheceu mais a região do Litoral do Paraná e, sobretudo as áreas de Turismo e atividades relacionadas à natureza em cada localidade do litoral paranaense. Notou-se também que os impactos econômicos desse segmento não se limitam aos destinos turísticos, diversos envolvidos são diretamente impulsionados: fornecedores de equipamentos, seguradoras, além de outros produtos e atividades associadas, como por exemplo, serviço de gastronomia, hospedagem, artesanato local. E depois de todo o levantamento de dados, ficou a seguinte dúvida: o que fazer com todo esse material? Para simplesmente não abandonar esse trabalho que foi feito durante três anos, surgiu à ideia de sistematizá-lo nesse artigo, porém com algumas adequações que serão apresentadas ao longo do texto. A região Litorânea do Paraná tem um grande potencial turístico em diversas áreas, como por exemplo, diversas praias, parques ecológicos, cachoeiras, rios, corredeiras, morros, isto sem falar de toda a área verde que temos que é o principal chamariz para as práticas dos esportes de aventura e de atividades relacionadas à natureza em nosso Litoral. Com este trabalho, espera-se a divulgação e socialização dessas práticas do litoral paranaense. Além disso, entendemos que a prática dessas atividades na natureza e/ou esportes de aventura pode contribuir para a vida dos participantes, tanto para a saúde física, como para a qualidade de vida de forma mais ampla. Também amplia o campo de atuação do profissional de Esporte e Lazer e colaborará no aumento da produção do conhecimento nesta área. Esses espaços naturais apresentam-se como local de grande interesse para muitas destas pessoas, para a prática dos esportes de aventura e outros tipos de atividades relacionadas ao contato e integração com a natureza. Essas práticas, além de saudáveis, integram mais as pessoas durante os jogos, as caminhadas, os encontros em parques, as rodas de conversas, encontros de amigos e até mesmo possibilitam a formação de novas amizades. Em tempo de férias, é comum as pessoas buscarem por empresas especializadas em turismo de aventura para poderem fugir do convencional a testarem seus limites em meio a lugares quase desconhecidos pelo homem. A partir desta reflexão inicial, surgiu o presente trabalho, que teve como objetivo identificar os Esportes de Aventura, atividades físicas de aventura na natureza (AFANS), Ecoturismo e Turismo de Aventura que são desenvolvidas por empresas especializadas em ecoturismo e/ou turismo de aventura com sede e atuação no Litoral do Paraná.

Como objetivos específicos deste artigo podem-se destacar: Identificar os locais que são utilizados pelas empresas especializadas em Ecoturismo e/ou turismo de aventura; Saber se existe algum retorno das empresas para a comunidade; As atividades em potencial que poderiam ser exploradas na região. Alguns apontamentos metodológicos Quanto à metodologia utilizada para alcançar os objetivos, realizamos uma pesquisa exploratória, que procurou possibilitar algumas reflexões, por meio de levantamento bibliográfico, pesquisas em revistas, revistas cientificas, internet, guias turísticos do Litoral e folders entregues pelas empresas de ecoturismo e/ou turismo de aventura. A pesquisa referente aos dados bibliográficos e documentais foi realizada em bibliotecas, acervo próprio e acervo de terceiros. Devido à carência de produção acadêmica voltada para Esportes de aventura, AFANS, Ecoturismo e Turismo de Aventura na região do Litoral do Paraná, foi necessária a pesquisa via internet, principalmente para a obtenção de dados referentes empresas especializadas em Ecoturismo e/ou turismo de aventura que possuem sede e atuam no Litoral do Paraná e as atividades com potencial para a região. Já a pesquisa sobre as cidades do Litoral foram feitas no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nos sites das prefeituras das mesmas. Destacamos que a coleta dos dados referentes a esse estudo foi iniciada em 2010, mas os dados efetivamente considerados no estudo foram somente aqueles que conseguimos no período de 2012-2013 novamente localizar e confirmar suas informações. Para elaboração e organização do presente artigo, distribuímos o conteúdo da seguinte maneira: no primeiro momento, foi desenvolvida uma breve apresentação do Litoral do Paraná, falando sobre seus atrativos naturais e suas variedades turísticas; no segundo momento, foi apresentada uma revisão sobre alguns conceitos e definições de atividades em ambientes naturais e a abordagem de alguns segmentos que se utilizam destes meios para ocorrência; por sua vez, no terceiro momento, foi realizada uma análise, estabelecendo quais atividades ligadas à natureza são feitas no litoral paranaense e onde elas são praticadas a partir das empresas investigadas. Como forma de enriquecimento para o trabalho, exploramos o que poderia acontecer de atividades considerando o potencial da região; por último, apresentamos as considerações finais com os resultados particulares do trabalho.

2 - O Litoral do Paraná: composição e potencialidades Figura 1: Litoral do Paraná: Fonte: http://www.guiageo-parana.com/mapas/litoral-turistico.htm Acessado em: 11/09/2013. O Litoral do Paraná é composto por sete municípios: Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá, e Pontal do Paraná. Dentre os seus caminhos históricos, está a Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, construída pelo império há mais de cem anos, que corta a Serra do Mar através de túneis e viadutos, atravessando precipícios a todo instante. Outra estrada famosa é a Estrada da Graciosa que possui uma história mais antiga que a própria ferrovia, um caminho,

em sua maior parte de paralelepípedos, que desce a Serra em meio à vegetação, chegando a Morretes (por onde também passa a ferrovia), cidade histórica, onde se saboreia o barreado, prato típico do litoral paranaense. A cidade é também famosa pelo artesanato e por seus alambiques, que produzem cachaça de qualidade. Destaca-se também o centenário Caminho do Itupava, importante via de ligação entre o Litoral e o Planalto. O caminho cruza três unidades de conservação: a Área de Especial Interesse Turístico (AEIT) do Marumbi e os Parques Estaduais do Pico do Marumbi e Serra da Baitaca Berços da colonização do Estado, no litoral estão às cidades históricas como Guaraqueçaba, Morretes, Antonina e Paranaguá. Segundo o portal eletrônico da prefeitura da cidade de Antonina, a maioria dos aspectos históricos está na arquitetura da cidade e na população que conserva suas tradições culturais e religiosas. Paranaguá, a primeira cidade fundada no Estado, possui igrejas de estilo barroco, e também é possível conhecer um dos maiores portos do Brasil e o Santuário de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná. Guaraqueçaba, por sua vez, é quase inexplorada. Onde a preservação de seu meioambiente e as características físicas da região a tornaram como privilegiada na manutenção de suas reservas florestais e de seus ecossistemas, quase intactos, criando atrativos turísticos apreciados pelos adeptos do turismo ecológico. A cidade se encontra ao lado das baías de Paranaguá e Laranjeiras e pela elevação da Serra do Mar. Destacamos, que nessa breve introdução sobre o Litoral do Paraná, apontamos alguns aspectos positivos da região e não se aprofundou em um sentido mais amplo mostrando também as possíveis, fragilidades ambientais, sociais e políticas, pois esse aprofundamento exigiria a realização de um aprofundamento e descrição mais ampla, que não era o objetivo deste estudo, considerando que o foco deste trabalho foi o mapeamento das atividades relacionadas ao contato e integração com a natureza que são desenvolvidas por empresas especializadas em ecoturismo e/ou turismo de aventura com sede e atuação no Litoral do Paraná. 3 - Esportes de aventura, AFANS, Ecoturismo e Turismo de Aventura As atividades relacionadas ao contato e integração com a natureza reúne uma série de denominações, como ecoturismo, turismo de aventura, esportes de aventura, atividades de aventura, atividades físicas de aventura na natureza, entre outras. Vamos conceituar algumas

lembrando que a conceituação nessa área está em constante conflito e mutação. Iniciaremos antes pelos termos Turismo, Esporte e Turismo de Esporte para ter uma melhor compreensão dos segmentos estudados. 3.1 Turismo Como o turismo engloba uma grande variedade de setores econômicos e de disciplinas acadêmicas, há uma ausência de definições conceituais claras que delimitem a atividade turística e a distingam de outros setores. Por isso vamos usar duas como base a seguir. O Turismo é definido por Santos (2010. p. 12) como: Um sistema de serviços com finalidade única e exclusiva de planejamento, promoção e excursão de viagem. Mas é preciso que se tenha infraestrutura adequada para atender ao desejo e/ou necessidade da pessoa que adquiriu o serviço, a saber: a recepção, hospedagem, consumo e atendimento às pessoas e/ou grupos oriundos de suas localidades residenciais. Já a Organização Mundial de Turismo (OMT), em 1994, formulou um conceito de turismo que passou a ser referência para a elaboração das estatísticas internacionais. Vejamos: O turismo compreende as atividades que realizam as pessoas durante suas viagens e estadas em lugares diferentes ao seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras (OMT, 2001, p. 38). Segundo Santos (2010), o turismo constitui-se como um conjunto de técnicas baseadas em princípios científicos com o objetivo de oferecer uma série de serviços a pessoas que intencionam aproveitar o tempo livre para viajar. Ainda segundo Santos (2010), as atividades turísticas influenciam o comportamento da pessoa, na sua forma de ver o mundo, pois nessas viagens estreita-se a distância não só física, mas também cultural, possibilitando, assim, muitas vezes, a compreensão do lugar que o indivíduo ocupa no mundo. 3.2 Esporte O esporte pode ser analisado sobre duas perspectivas que se contrapõe consideravelmente em sua essência, chamadas como: a tese da continuidade e a tese da ruptura. Abordaremos a seguir as principais características de cada tese, com o fim de apresentar as diferenças existentes entre as duas teses. A tese da continuidade aponta que o esporte que analisamos contemporaneamente é o esporte moderno. Segundo Stigger (2005), os autores que defendem esta ideia, Allen Guttman (1978) e Richard Mandell (1986), fizeram comparações dos esportes praticados em diversos contextos históricos (esporte primitivo, esporte grego, esporte romano, esporte medieval e

esporte moderno) colocando-os em um mesmo patamar de análise. O objetivo desses autores visou encontrar semelhanças entre os diferentes períodos dos esportes. Portanto, o esporte teria passado por um processo de desenvolvimento contínuo, agrupando para si, tanto características próprias, regras ou formas de praticar, como características sociais, políticas e econômicas, até chegar a sua forma contemporânea, o esporte moderno. Ainda segundo Stigger (2005), a tese da ruptura do esporte tem como principais autores Norbert Elias e Eric Dunning (1987). Tendo como pressuposto o debate do processo civilizacional, os autores atrelaram a esse segmento o processo histórico do esporte. O esporte moderno teve sua origem na Inglaterra, em meados do século XIX e XX, denominado processo de esportivização dos passatempos populares. Esse processo de esportivização esteve associado a um desenvolvimento civilizatório da sociedade inglesa, que por sua vez facilitou a transformação dos passatempos em esportes. Para esses autores o que caracteriza o esporte que surgiu na Inglaterra são: regras escritas; presença de árbitros para conduzir as disputas; órgão centralizador de elaboração e fiscalização das regras. 3.3 Turismo de Esporte Segundo Brasil, (2006) o ato de viajar por pretextos esportivos e seus desdobramentos começam a ser tratado como segmento turístico particularmente no século XX. Ainda segundo Brasil, (2006) foi impulsionado pelo desenvolvimento da prática esportiva agregada à imagem de vida saudável, pelo pesado investimento da indústria de materiais esportivos e especialmente com o processo de globalização e culminando com a popularização mundial das grandes competições esportivas (Jogos Olímpicos, Copas do Mundo, Jogos de Inverno, etc). Sendo assim, considerando o movimento turístico motivado pelo esporte, estabelece- se que Turismo de Esportes compreende as atividades turísticas decorrentes da prática, envolvimento ou observação de modalidades esportivas. (BRASIL, 2006, pg. 23). 3.4 Atividades físicas de aventura na natureza (AFAN) São muitas as nomenclaturas designadas a este tipo de atividade. A mais divulgada pela mídia é Esportes de Aventura, outros nomes comuns são: Esportes em Integração com a Natureza, Esportes Radicais, Esportes de Aventura na Natureza, Esportes Californianos, Esportes em Liberdade, Esportes Selvagens, Atividades de Aventura e Sensação na Natureza, Atividades Esportivas de Diversão e Turísticas de Aventura, Esportes Tecnológicos e Novos

Esportes. Todas estas designações mostram alguma característica relacionada com as atividades desenvolvidas. Para este trabalho, o conceito das Atividades físicas de aventura na natureza (AFAN) é definido como: Atividades físicas de tempo livre que buscam uma aventura imaginária, sentindo emoções e sensações hedonistas fundamentalmente individuais e em relação com um ambiente ecológico ou natural (PEREIRA et al, 2011. p. 170). Assim as atividades são aquelas que trazem como experiência o risco (real ou imaginado) e a incerteza, encontradas em diferentes ambientes. Existe uma aproximação com a natureza devido à imprevisibilidade do meio. As AFANs surgiram na década de 1970, se firmaram na década de 1990 e estão sendo construídas numa sociedade contemporânea, que têm outros conceitos e realidade. Surgiram com a necessidade de aproximar o ser humano da natureza, onde pudesse se desenvolver contemplação das belezas naturais e buscar fugir da rotina do dia a dia. Por outro lado tem ocorrido, segundo Betrán (2003, p.166) a esportivização - no sentido da comparação de rendimentos - de algumas dessas AFANs, como por exemplo, a escalada, o mergulho, o rafting, a caminhada, entre outros. Além disso, Betrán (2003) aponta cinco classificações e/ou características das AFANs: Ambiente Físico: relacionado ao meio em que acontece a atividade, destacando as atividades de Ar, Terra e Água. Alguns exemplos seriam: Ar parapente, rope swing e bungee jump; Terra Caminhada e mountain bike; Água Rafting, canoagem e bóia cross. Ambiente Pessoal: relacionado às emoções, sensações e vivências durante a prática da atividade. Atividades: foram selecionadas trinta e duas atividades para representar cada grupo diferenciando-as pelos meios: ar, água e terra. Valorização Ético-Ambiental: estas são atividades que ocorrem no meio natural, ocorrendo uma troca entre o meio ambiente e as pessoas, causando um impacto ambiental. De acordo com as atividades, o número de participantes, a intensidade da prática, a duração naquele mesmo local, a estação do ano, o momento do dia, ao comportamento dos participantes e a fragilidade da fauna e flora local, que determinam o grau de impacto.

Ambiente Social: estas atividades têm um forte caráter individualista, portanto, é verificada a atitude individual do praticante para cooperar com o grupo ou não. 3.5 Ecoturismo O turismo em áreas naturais vai ao encontro do desejo de interação do turista com o meio ambiente. A ocorrência de uma atividade em áreas naturais propicia ao praticante desfrutar de um habitat diferente do que é usufruído no dia a dia, ou seja, a ideia do escapismo do que é vivido cotidianamente, além de possibilitar a ocorrência de situações não previstas, tais quais: encontro com animais silvestres, descobertas de espécies e de adversidades do clima. O segmento mais conhecido nesta esfera é o ecoturismo. O Ecoturismo é definido por Castro e Souto (2010. p. 17), Como um segmento de atividade turística que utiliza de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas. Pode ser caracterizado pelo contato com ambientes naturais, pela realização de atividades que possam proporcionar a vivência e o conhecimento da natureza e pela proteção dos espaços onde ocorrem estas atividades. Para que uma atividade possa ser considerada como de Ecoturismo, ela deve garantir: Conservação dos recursos naturais e culturais; Gerar benefícios para as comunidades receptoras; e garantir a Educação Ambiental (PEREIRA et al, 2011. p. 12). 3.6 Esportes de aventura Pode-se dizer que Esportes de aventura é um termo utilizado para designar esportes que envolvem alto grau de risco físico e praticado em condições extremas de altura, velocidade, clima e etc. Mas por se tratar de um fenômeno relativamente recente, os esportes de aventura ainda não apresentam uma conceituação consistente iremos usar a seguinte definição: Os esportes de aventura são considerados todos os esportes de ação na natureza utilizados pelos segmentos desportivo, turístico, ambiental, recreativo e empresarial como ferramentas para atingir os objetivos propostos por cada segmento. (JESUS, 2003, p. 76). Comparando o termo Esporte de Aventura com as AFANs podemos dizer que enquanto a primeira é voltada para o estimulo da competição, necessitando determinado nível de e habilidade capacidade física para sua prática, a segunda, termo utilizado por Betran (2003), não exige treinamento prévio para sua experimentação.

Como aponta Suassuna e Brito (2003), enquanto modalidade esportiva, os esportes de aventura também recebem diferentes nomenclaturas: esportes radicais, de ação, esportes extremos ou X-games, esportes em liberdade, esportes selvagens, esportes californianos, esportes tecno-ecológicos, esportes livres, lúdicos, esportes outdoors ou ainda novos esportes. No mapeamento que realizamos em trabalhos acadêmicos sobre o termo Esporte de Aventura, ela está associada como uma subdivisão dos esportes radicais, onde os esportes de aventura é uma variação e/ou subdivisão dos esportes radicais ou dizer que o termo Esporte Radicais é como um aglutinador dos Esportes de Aventura e Ação. Partindo da premissa que Esportes de aventura é uma subdivisão dos esportes radicais e adotando a ideia de englobar nos Esportes Radicais tanto as atividades que denominamos de Ação como as que consideramos de Aventura procurando identificar as diferenças entre as mesmas, com a finalidade de tentar separá-las, Pereira (2008, p.10-11) aponta uma classificação em termos de caracterização desses esportes: Esportes Radicais Característica Ação Aventura Habilidade Predomina a estabilização. Predomina a locomoção Capacidades Físicas Surgimento Etimologia Objetivo Local Predomina a força potente. A velocidade das manobras exige força e velocidade. Como atividade de lazer e uso do tempo livre. Amostra de força e energia, movimento, comportamento, e atitude. O lazer é o principal motivo. Às competições geram eventos de grande importância. Urbano e natureza Espaços construídos e eventos da natureza (onda, vento) A estratégia e as escolhas ganham importância. Predomina a resistência. Como expedição ou exploração (militar econômica ou científica) Experiências arriscadas, perigosas e imprevisíveis. Forte relação entre lazer e turismo. Usado como educação. Natureza e urbano. Espaços naturais (a meta é sair de um ponto e chegar a outro) Público Média entre 15 e 25 anos Média entre 25 e 35 anos Perigo Socorro mais próximo. Menor Socorro mais distante. Maior ação do ação do clima. clima. Organização Existem regras, associações e Existem regras, associações e formação de tribos. formação de equipes. Fonte: Pereira (2008) 3.7 Turismo de Aventura O conceito estabelecido de turismo de aventura fundamenta-se em aspectos que se referem à atividade turística e ao território em relação à motivação do turista, que implicam o respeito nas relações institucionais, de mercado, entre os praticantes e com o ambiente. Nesse

contexto, define-se que: Turismo de Aventura compreende os movimentos turísticos decorrentes da prática de atividades de aventura de caráter recreativo e não competitivo (BRASIL, 2006, pág. 39). Embora aparentemente simples, o conceito de Turismo de Aventura traz em si diversos termos que quando não compreendidos totalmente podem levar a errôneos entendimentos relativos ao segmento. Para compreender o conceito de Turismo de Aventura é preciso entender que movimentos turísticos são entendidos como os deslocamentos e estadias que presumem a efetivação de atividades consideradas turísticas; Atividades de aventura são definidas como experiências físicas e sensoriais recreativas que envolvem desafios e que podem proporcionar sensações diversas (CASTRO e SOUTO, 2010. p. 15); e Caráter recreativo e não competitivo significa que as atividades turísticas, mesmo que tendo origem nos esportes de aventura, são oferecidas comercialmente aos turistas por seu caráter recreativo, pois os movimentos turísticos decorrentes da prática de esportes, mesmo que de aventura, quando entendidas como competições, denominam-se modalidades esportivas e são tratadas no âmbito do segmento Turismo de Esportes. 3.8 Os conceitos e suas relações AFANS Ecoturismo Turismo de Aventura Esportes de aventura Figura 2 Em relação aos conceitos apresentados acima, organizados na figura 2, por mais que sejam segmentos diferentes, eles estão muito próximos um dos outros, fazendo deles segmentos muito mais parecidos do que diferentes um dos outros. Mesmo com todas essas definições, ainda sim, é difícil classificar uma atividade em turismo de aventura, ecoturismo, AFANS e esportes de aventura, pois uma mesma atividade pode ser classificada nos quatro segmentos acima.

Observando-se as conceituações usadas no trabalho, percebeu-se que não é a atividade em si que faz dela uma AFAN, esportes de aventura, turismo de aventura ou ecoturismo, mas sim a finalidade que é dada a atividade. Turismo de Aventura AFANS Atividade (finalidade) Ecoturismo Esporte de aventura Figura 3 Para compreender essa ideia de que a finalidade define a classificação, podemos observar o seguinte exemplo: A canoagem livre feita em um rio por si só é uma AFAN, pois existe um risco (mesmo que mínimo) e também existe o esforço físico. Agora se essa mesma canoagem em rio estiver organizada em forma de uma competição, seguindo as regras oficiais da modalidade, ela se torna um Esporte de Aventura. E se a canoagem for usada para garantir conservação dos recursos naturais e culturais, gerar benefícios para as comunidades e garantir a educação ambiental ela pode ter o caráter de uma atividade de Ecoturismo. 4. O Litoral do Paraná no contexto das atividades e práticas na Natureza No mapeamento que foi feito no Litoral do Paraná, oito empresas foram encontradas: Calango Expedições; Cooperguará Ecotur Cooperativa de Ecoturismo de Guaraqueçaba; Cormorano Ecoturismo & Aventura; Ecobikers Cicloturismo; Guará Ecoturismo; Kaiak Safari; Urutautour e Vela & Aventura - Ecoturismo e Passeios Náuticos. A seguir será mostrado, a partir das informações obtidas, o as empresas encontradas oferecem, estabelecendo quais atividades ligadas à natureza são feitas e onde elas são praticadas. Lembrando que algumas empresas não foram incluídas no trabalho, pois algumas

terceirizam outras empresas para oferecer atividades relacionadas à natureza, outras não estavam operando no momento da coleta e outras encerraram suas atividades. 4.1 As Empresas que operam no Litoral do Paraná 4.1.1 - Calango Expedições Situado na cidade de Morretes e segundo o site Ecoviagem(2013), a Calango Expedições promove o Ecoturismo Sustentável com desenvolvimento em base comunitária, ou seja, seus condutores locais e guias colocam em prática as normas e éticas em ambientes naturais e áreas remotas, respeitando a Fauna e a Flora. As atividades são organizadas para envolver as comunidades próximas às áreas visitadas, para que possam oferecer seus produtos durante os roteiros. Ainda segundo o site Ecoviagem (2013), a empresa opera na Floresta Atlântica, Serra do Mar, Morretes, Ilha do Mel, Ilha do Superagui, Antonina, Guaraqueçaba, Paranaguá e Praia de Guaratuba. Em relação às atividades ofertadas, o catalogo digital da Calango Expedições(2013) mostra que a empresa oferece sete tipos de atividades: Canoagem e observação da vida selvagem realizada no rio Nhundiaquara e com percurso de 3 km de rio, a atividade dura 1h30min de descida. Caminhadas (trekking) de curto e longo curso elas acontecem no Caminho Colonial do Itupava (Santuário Cadeado). Acontece também no Parque Estadual Marumbi, nos seguintes lugares: Rochedinho contendo 625 metros e com duração de 40 min. de caminhada; Cachoeira dos Marumbinistas, com duração de 40 min. de caminhada e nas Piscinas naturais do Rio Taquaral com 10 min. de duração. Ocorrem também no Salto da Fortuna que tem como atração, uma Cachoeira com 50 metros de queda possuindo uma grande piscina natural em sua base. E por último no Salto dos Macacos, onde é acessado por uma trilha fechada em meio a Mata Atlântica, cruzando vários rios, até se alcançar as duas cachoeiras, o Salto dos Macacos (70 m), Salto Redondo (40 m) e as piscinas naturais. Cicloturismo o percurso demora aproximadamente 3 h, contendo 30 km de estrada de terra, mas apenas 1,5 km possuem aclives. O roteiro tem como percurso, a Passagem pelos vilarejos de Morretes: Central, Ponte Alta, América de Cima, América de Baixo, Marumbi, Pantanal e Anhaia. Durante o percurso, a atividade passa por travessia de rios e riachos, bicas d água, locais com vista para montanhas, engenho de cachaça, piscinas naturais, cascata, lagos, bosque e ponte pênsil.

Montanhismo Essa prática é feita no Morro 7, onde possui atrações como a antiga casa de pedra construída na época da segunda guerra mundial, rios, Pico Paraná e conjunto Ibitiraquire, Serra da Farinha Seca, Maciço Marumbi, baia de Antonina e Paranaguá, São João da Graciosa, Porto de Cima e Morretes. E ocorre também no Parque Estadual Marumbi nos seguintes percursos: Abrolhos, com 1200 metros e com duração de 02h30min de caminhada; Ponta do Tigre, com 1400 metros e 03h00min de caminhada e o Olimpo com 1539 metros e 3h30min de caminhada. Rafting realizada rio Cachoeira. O percurso possui 3 km de rio e demora 01h30min de descida. Durante o trajeto é possível ver Paisagens de montanhas (Pico Paraná), passar por várias corredeiras e piscinas naturais, praticar surf com o bote na corredeira (Refluxo de água ao final da corredeira onde o bote recebe grande carga de água) e possui uma rica diversidade de espécies vegetais as margens do rio. Jeep Safari ou Turismo Fora de estrada 4x4 O percurso tem 30 km de estradas de Saibro e demora aproximadamente 3h. O roteiro tem como percurso, a passagem pelos vilarejos: Central, Ponte Alta, América de Cima, América de Baixo, Marumbi, Pantanal e Anhaia. 4.1.2 - Cooperguará Ecotur Cooperativa de Ecoturismo de Guaraqueçaba O site da Cooperguará Ecotur (Cooperguará Ecotur Cooperativa de Ecoturismo de Guaraqueçaba, 2013), aponta que a empresa organiza o ecoturismo, por meio da comercialização de roteiros que visam geração de renda para as comunidades e promovendo a conservação da natureza aos turistas que visitam a região. Ainda segundo o site da Cooperguará Ecotur (Cooperguará Ecotur Cooperativa de Ecoturismo de Guaraqueçaba, 2013) e o site Ecoviagem (2013), a empresa faz dois tipos de atividades, a observação da vida selvagem e o trekking. A atividade de observação da vida selvagem ocorre nas ilhas de Pinheiro e Pinheirinho que são integradas ao Parque Nacional da Ilha do Superagüi, na Reserva Natural Salto Morato e na Reserva Natural Serra do Itaqui. A atividade de Trekking ocorre na Ilha das Peças, na Reserva Natural Serra do Itaqui, Reserva Natural Salto Morato, Reserva Natural Morro da Mina, e no Morro do Quitumbê, localizado no perímetro urbano da cidade, onde possui cerca de 80m de altura e uma trilha e de fácil acesso, com duração de aproximadamente 25 minutos.

4.1.3 - Cormorano Ecoturismo & Aventura O portal Ecoviagem (2013) aponta que as atividades da empresa Cormorano se concentram na a região de Guaraqueçaba, mais especificamente nas Reserva Salto Morato, Parque Nacional da Ilha do Superagüi e principalmente na Reserva Ecológica do Sebuí. Segundo, a Cormorano (Reserva Ecológica do Sebuí - Cormorano Ecoturismo & Aventura, 2013) possui um projeto de educação ambiental voltado para o público escolar (ensino médio), chamado AULA VIVA, onde aborda através da ajuda de painéis visuais, vitrines e outros objetos midiáticos. O projeto aborda conhecimentos ecológicos para a compreensão dos fenômenos complexos da natureza: o funcionamento e a regeneração do ecossistema florestal, o papel dos manguezais face aos recursos marinhos, o rol da biodiversidade e o relacionamento do homem com o meio ambiente. Ainda segundo o site da empresa Cormorano (Reserva Ecológica do Sebuí - Cormorano Ecoturismo & Aventura, 2013), a empresa faz sete tipos de atividades nos seguintes lugares: A atividade de canoagem é ofertada com percursos de uma ou duas horas utilizando canoas e caiaques ao longo do rio Sebuí e rio Velho localizados na Reserva Ecológica do Sebuí. As atividades de natação, mergulho e flutuação em rios são realizadas ao longo do rio Sebuí e rio Velho localizados na Reserva Ecológica do Sebuí. A prática da observação da vida selvagem é feita com o auxílio de barcos. O roteiro atravessa canais de mangue e ilhotas na baía. Entre os destinos, está à visita ao Parque Nacional de Superagui, a Ilha dos Pinheiros, a barra da Ararapira e a praia de Marujá (São Paulo). A atividade tirolesa com 60 metros de percurso está instalada na cachoeira chamada Primeira Cachoeira da Reserva Ecológica do Sebuí. Ao final do percurso se mergulha nas águas da Primeira Cachoeira. A Cormorano organiza trekking na floresta da Reserva da Reserva Ecológica do Sebuí que possui aproximadamente cinco quilômetros de trilhas, entre elas estão: Trilha do Mangue; Trilha do Rio Velho; Trilha do Rio Sebuí e a Trilha das 4 Quedas. Ocorre também o trekking noturno ou Trilha Noturna. Trata-se de um evento de aventura no qual o participante percorre um trecho de aproximadamente 4,5 km durante a noite (duas horas) em absoluto silêncio no meio da floresta totalmente escura. E por último, ocorre o

trekking interpretativo ou trilha interpretativa, onde abrange o desenvolvimento de ações educativas levadas ao longo da trilha interpretativa da Reserva Ecológica do Sebuí. 4.1.4 - Ecobikers Cicloturismo O site Ecoviagem aponta que a Ecobikers Cicloturismo situa-se em Morretes, e também que promove passeios de bicicleta elaborados para diferentes tipos de aptidão física (Iniciante - Amador Profissional). Seus condutores locais e guias informam os integrantes de seus grupos, sobre a fauna e a flora. Os roteiros são organizados para que as comunidades próximas às áreas visitadas sejam envolvidas, para que possam oferecer seus produtos durante as paradas. A Empresa Ecobikers (Morretes e Microrregião Litorânea, 2013), oferece apenas a atividade de cicloturismo, nos seguintes roteiros: Circuito Ecológico, onde passa por estradinhas rurais de Morretes, rios, cascatas e vilarejos coloniais; Descida da Graciosa, onde é realizada em uma estradinha, através da Serra do Mar; Expedição Marumbi, começa subindo de trem por entre a Mata Atlântica até a estação Marumbi, depois uma caminhada por trilha (pavimentada) em meio à mata virgem até a estação Eng. Lange, e por último, uma descida de bicicleta através da estrada das prainhas margeando rios e corredeiras até Morretes; Volta Olímpica realizado em um circuito de 32 km de asfalto por entre a Mata Atlântica; e a visitação as cachoeiras. 4.1.5 - Guará Ecoturismo Situada em Guaratuba, a Guará Ecoturismo (Ecoviagem, 2013), aponta que promove passeios de ecoturismo de barco para o Salto Parati, observando a fauna e a flora riquíssima. Também possui roteiros dentro do município, para que as comunidades próximas aos roteiros visitados sejam envolvidas, para que possam oferecer seus produtos aos visitantes. 4.1.6 Kaiak Safari A empresa Kaiak Safari - Lazer Turismo Aventura (Kaiak Safari, 2013), se situa em Guaratuba, organiza expedições pelo interior da Baía de Guaratuba através de passeios de caiaque. Ainda no site da empresa (Kaiak Safari, 2013), aponta a oferta de quatro roteiros diferentes: O primeiro é na Ilha Sepultura, possuindo uma distância de 7 a 8 km e com duração de 02h30min á 03 horas.

O segundo é em Cabaraquara, com 10 km e distância e duração de 03h a 04h30min é um roteiro de média duração, pois é onde se encontra o Morro Cabaraquara, com 455 m de altura. O terceiro é o Mar da Sabelha, é um roteiro de longa duração, com 19 km de distância e com duração de 05 horas. O quarto roteiro é mais duradouro, com seus 32 km de Distância e com duração de até 08 horas, que é o Salto Parati. A navegação é feita em rios cheios de voltas, contorno de ilhas e ilhotas, e onde em mais da metade do percurso é feito dentro da Mata Atlântica. No site da Kaiak Safari (2013) encontramos que a mesma, possui uma parceria com a ENAMAR (Escola de Náutica e Marinharia de Guaratuba) que possui o Projeto Guará Náutico destinado á jovens com idade entre 10 e 16 anos, meninos e meninas, que estejam frequentando regularmente a escola, cuja finalidade principal é promover a inclusão de crianças e adolescentes à prática da atividade náutica e de marinharia, através das modalidades esportivas da vela, canoagem e marinharia. Os alunos também recebem informações sobre meio ambiente, oficinas de orientação profissional voltada para o segmento náutico, comercial e de turismo, viagens culturais e esportivas. 4.1.7 - Urutautour No site Ecoviagem (2013), encontramos a Urutautour, empresa de representação comercial que se encontra no município de Morretes e oferece duas atividades. A primeira é o boia cross no rio Nhundiaquara com um percurso de 02 horas de duração. E a segunda é a Cavalgada caminho do Itupava pelo caminho colonial da Graciosa com duração de 3 horas. 4.1.8 - Vela & Aventura - Ecoturismo e Passeios Náuticos A Vela & Aventura possui sede em Paranaguá e segundo o site da empresa (Vela & Aventura - Charter a bordo de veleiros, cursos, eventos empresariais e turismo ecológico, 2013), opera com 3 roteiros baseados em ecoturismo na região de Antonina. A empresa em si trabalha com a ideia de turismo sustentável, pois existe a participação de pescadores e moradores locais em todos os passeios. Tanto o site da empresa Vela & Aventura (Vela & Aventura - Charter a bordo de veleiros, cursos, eventos empresariais e turismo ecológico, 2013), quanto o site Ecoviagem (2013) aponta os seguintes roteiros: O primeiro roteiro é feito na Baía de Antonina, depois, segue-se até a Ilha do Corisco para conhecer o sistema de Mata Atlântica. Todo o trajeto leva em média 1 h e 30 min.

O segundo é na Vila do Cedro e com duração de um dia inteiro. O roteiro inclui navegação de barco pelos rios de mangue, apresentação da cultura caiçara e produção de farinha de mandioca, show de viola cabocla, almoço de comida típica, visitação da Cachoeira da Fazenda e café colonial. E por último, é a Cachoeira do Cedro, utilizando o dia inteiro, o percurso é feito por uma trilha de bicicleta, de 40 minutos (cerca de 4 km) e uma trilha de caminhada leve de 50 minutos (cerca de 3 km) pelo interior da Mata Atlântica até chegar à cachoeira. 4.2 - Algumas atividades em potencial no Litoral do Paraná Continuando nossa análise, apontamos algumas atividades em potencial para a região do Litoral do Paraná, considerando as características de cada município e as informações encontradas em sites e/ou portais de turísticos e preservação ambiental: Adetur Litoral - Agência de Desenvolvimento do Turismo Sustentável do Litoral do Paraná (2013); Ambientebrasil portal ambiental (2013); Turismo de Aventura - Caravana da Aventura (2013); EcoViagem Seu guia de viagem com dicas e fotos dos atrativos turísticos (2013). 4.2.1 - Canoagem Essa atividade pode ser feita em qualquer uma das cidades do litoral. Porém os quatro portais pesquisados indicam que as baias de Antonina e Paranaguá são lugares com potencial para a prática 4.2.2 - Cicloturismo Segundo o site Escola de Bicicleta (2013), o cicloturismo não tem regras nem definições rígidas, abrangendo desde pequenos passeios de alguns quilômetros até viagens com centenas ou milhares de quilômetros, que levam dias ou meses. Qualquer que seja à distância ou duração, o importante não é o lugar para onde você vai, mas o caminho percorrido e a satisfação que isso trará ao cicloturista. Levando em conta o que foi dito acima e o potencial da região, o cicloturismo pode ser realizado em qualquer uma das cidades do litoral paranaense. 4.2.3 - Escalada Essa atividade pode ser feita em Morretes, no Parque Estadual Pico do Marumbi, que conta com diversos picos de escalada, sendo o mais propício segundo os quatro sites usados como fontes, o ponto conhecido como o Parque do Lineu localizado no pé da Montanha dos Abrolhos. É uma parede com coloração alaranjada que pode ser vista nas fotos do Conjunto Marumbi.

Outro lugar que segundo o site Turismo de Aventura - Caravana da Aventura (2013) pode usar a escalada é na Ilha do Mel, nos Morros do Meio, da Gruta e da Baleia. 4.2.4 - Mountain-Bike Essa modalidade pode ser feita em Guaratuba no Morro Morretes, também conhecido como morro dos macacos e na trilha do Cabaraquara como aponta os portais e/ou sites usados como referencia. 4.2.5 - Mergulho Essa atividade pode ser feita em qualquer uma das cidades do litoral, porém o site Turismo de Aventura - Caravana da Aventura (2013) aponta que o melhor local é na Ilha do Mel, na Ponta do Caraguatá e na Ponta da Nhá Pina. 4.2.6 Rapel Alguns bons locais para a prática do rapel no litoral paranaense segundo os qua tro portais pesquisados são: no pico do Paraná, situado entre Antonina e Campina Grande do Sul; Morretes, no Pico do Marumbi, na cachoeira Véu da Noiva; e em Matinhos, no Morro do Boi. 4.2.7 - Stand Up Os quatro sites usados como fontes apontam que a atividade pode ser feita em qualquer uma das cidades do litoral paranaense e as modalidades de Kitesurf, e Windsurfe podem ser feitas em todas as cidades do litoral, com exceção de Morretes. 4.2.8 - Trekking Algumas cidades que podem explorar o potencial da região segundo os sites Adetur Litoral - Agência de Desenvolvimento do Turismo Sustentável do Litoral do Paraná (2013); Ambientebrasil portal ambiental (2013); Turismo de Aventura - Caravana da Aventura (2013); EcoViagem Seu guia de viagem com dicas e fotos dos atrativos turísticos (2013), as lugares em potencial são: Guaratuba: no Morro do Cabaraquara, na trilha da figueira gêmea que circula o morro. Também tem o Salto do Parati, que se dá a partir do Ferry-boat pela estrada que segue para Cabaraquara. Matinhos: Ilha das Tartarugas - também conhecida como Ilha do Farol; no Morro do Boi com seus 160 metros de altura; o Morro do Escalvado, que possui 262 metros de altura, com abundante vegetação nativa; Parque Florestal Rio da Onça - que possui 1660 hectares, sendo dotadas trilhas interpretativas, pontes suspensas, centro de visitantes e mirante; Salto do Tigre - é uma sequência de três quedas no curso do rio Cachoeirinha.

Pontal do Paraná; Existem três trilhas para percorrer, onde cada uma apresenta um ecossistema diferente. A trilha do Micuin (mangue), trilha do coruja (restinga) e a trilha da tartaruga e pescador (praia). 4.2.9 - Voo Livre No Litoral do Paraná existem diversos locais para essa prática como: Morro do Boi em Matinhos, na Ilha do Mel no Morro das Baleias e no Morro do Miguel e no Morro do Brejatuba em Guaratuba. Na região do litoral paranaense as atividades de rapel e voo livre já são exploradas, porém não são oferecidas por nenhuma empresa especializada. A prática dessas atividades é feita por praticantes especializados das modalidades, e por isso, entendemos que são práticas em potencial que acontecem, mas não são exploradas de forma comercial. Enfim, essas são algumas possibilidades, além delas, existem determinados eventos que acontecem uma vez ou algumas vezes ao ano como a Caminhada na Natureza promovida pela Anda Brasil e a UFPR Litoral, que acontece nos municípios de Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná, o campeonato de Mountain-Bike que acontece em Guaratuba e os vários encontros de paraquedistas que acontecem na Ilha do Mel. Lembrando que podem vir a surgir mais atividades na região que não foram citadas no trabalho. 5. Considerações finais Este capítulo remete-nos para as conclusões que, de um modo geral, concretizaram os objetivos que delinearam o nosso estudo. Nesse sentido, podemos apresentar algumas considerações para a síntese deste trabalho. Conforme foi possível observar ao longo da pesquisa, as atividades relacionadas ao contato e integração com a natureza, que são desenvolvidas por empresas especializadas em ecoturismo e/ou turismo de aventura com sede e atuação no Litoral do Paraná são canoagem, observação da vida selvagem, trekking, Cicloturismo, Montanhismo, Rafting, Jeep Safari, natação, mergulho, flutuação, tirolesa, boia cross, cavalgada e ecoturismo. De acordo com dados levantados na pesquisa, o grande polo dessas atividades fica em Morretes, seguido por Guaraqueçaba. Outros lugares identificados são: Caminho Colonial do Itupava, Salto dos Macacos, Salto Redondo, Salto da Fortuna, estradas rurais de Morretes, Serra do Mar, Mata Atlântica, os vilarejos: Central, Ponte Alta, América de Cima, América de Baixo, Pantanal e Anhaia, o Salto Parati, Ilha Sepultura, Cabaraquara, Mar da Sabelha, Vila

do Cedro, Baía de Antonina, rio Cachoeira, Parque Nacional da Ilha do Superagüi, as ilhas de Pinheiro e Pinheirinho, Reserva Natural Salto Morato, Reserva Natural Serra do Itaqui, Morro do Quitumbê e a Reserva Ecológica do Sebuí. Constatou-se também que a maioria das empresas encontradas informam nos seus meios de divulgação e nos sites de portais turísticos que trabalham com roteiros organizados para que as comunidades próximas às áreas visitadas sejam envolvidas, para que gerem renda para as comunidades locais. Somente duas delas trabalham com público escolar. A Cormorano Ecoturismo & Aventura trabalha com projeto de educação ambiental voltado para as escolas e a Kaiak Safari que possui uma parceria com a ENAMAR, que promove a inclusão de crianças e adolescentes à prática da atividade náutica e de marinharia, através das modalidades esportivas da vela, canoagem e marinharia. No que se refere às potencialidades de modalidades que poderiam acontecer considerando as características da região e as dicas de três sites e/ou portais turísticos e um portal ambiental, muitas atividades foram encontradas, sejam elas realizadas na água, terra e ar, contemplando as sete cidades do litoral do Paraná. Lembrando que podem vir a surgir mais atividades na região que não foram citadas no artigo. No estudo, obtiveram-se como principais potenciais, as atividades de voo livre, rapel, trekking, cicloturismo, canoagem, escalada, mountain-bike, mergulho, stand up, kitesurf e windsurfe. Outra consideração é que na pesquisa feita não foram encontradas empresas especializadas em Ecoturismo e/ou turismo de aventura em Pontal do Paraná, Matinhos e Antonina, muito embora, tenham muito a oferecer. E no caso de Antonina, existem atividades que são realizadas na cidade, porém não tem nenhuma empresa especializada na mesma. Outra informação interessante, é que a empresa Vela & Aventura - Ecoturismo e Passeios Náuticos possui sede em Paranaguá, mas os seus roteiros de ecoturismo são feitos em Antonina. E a cidade de Paranaguá por sua vez não é explorada pelas empresas. Também temos que salientar o quão difícil é o acesso as informações, pois muitas das empresas encontradas não possuem páginas na internet e que muitas delas funcionam dentro dos hotéis ou pousadas da cidade, dificultando a obtenção de mais informações. Este estudo contribuiu, de forma significativa para a compreensão de que existem muitas empresas e atividades sendo feitas no litoral paranaense, porém são muito pouco divulgados. E também contribuiu para conseguir diferenciar os esportes de aventura, AFANS, Ecoturismo, Turismo de Aventura e turismo de esportes.

Certamente, este é um tema que merece ser amplamente discutido e estudado, considerando que os esportes de aventura, AFANS, Ecoturismo e Turismo de Aventura são um potencial muito forte na região litorânea, devido à exploração de diversas atividades que podem ser feitas no litoral paranaense, além de ampliar o campo de atuação dos profissionais de Esporte e Lazer. Recomenda-se, para futuros estudos desta temática, serem analisadas as empresas que fecharam e as empresas que serão abertas, a divulgação das mesmas, como se escolhe as atividades a serem ofertadas e a região que vai ser usada. Espera-se que o presente artigo possa trazer contribuições para todos aqueles que se interessarem pelo tema e para a comunidade em geral. Referências BETRÁN, Javier. Rumo a um novo conceito de ócio ativo e turismo na Espanha: atividades físicas de aventura na natureza. In: MARINHO, Alcyane; BRUHNS, Heloisa. Turismo, lazer e natureza. Barueri: Manole, 2003. P. 157-202. BETRÁN, Javier Olivera. Dossier las atividades físicas de aventura em la natureza: análisis sociocultural. Barcelona: Revista Apunts: Educacion Física y Desportes, n 41, p. 8, jul.1995. BETRÁN, Javier Olivera. Proposta de una classificación taxonómica de las atividades físicas de aventura en la naturaleza. Apunts: Educacion Física y Deportes, 1995. BRASIL, Ministério do Turismo. Segmentação do Turismo: Marcos Conceituais. Brasília: Ministério do Turismo, 2006. BRASIL, Ministério do Turismo; ABETA, Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura. Perfil do Turista de Aventura e do Ecoturista no Brasil. 2009. CASTRO, Saskia Freire lima de; SOUTO, Wilken; TURISMO DE AVENTURA: Orientações Básicas. 3. ed. Ministério do Turismo: Brasília, 2010. CASTRO, Saskia Freire lima de; SOUTO, Wilken; ECOTURISMO: Orientações Básicas. 2ª Edição. 2. ed. Ministério do Turismo: Brasília, 2010. JESUS, G. M. A leviana territorialidade dos esportes de aventura: um desafio á gestão do ecoturismo. In: MARINHO, Alcyane e BRUHNS, Eloísa (org.). Turismo, Lazer e Natureza. Barueri: Manole, 2003.

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