Mercado de trabalho regional continua enfrentando desafios

Documentos relacionados
Agropecuária cria vagas na RARP

Região Administrativa de Ribeirão Preto cria vagas em Janeiro de 2017

Setor de Serviços cria postos de trabalho em Fevereiro de 2016

Comércio fecha vagas no fim do ano de 2016

Setor de Serviços tem o melhor desempenho na RARP

Regiões apresentam redução no volume de demissões em Outubro de 2016

Construção Civil registra grande volume de demissões

O Comércio é o único setor que apresenta saldo positivo em novembro de Indústria apresenta grande volume de demissões

RARP e municípios analisados destroem vagas em Junho de 2017

A Construção Civil destrói postos de trabalho em Setembro de 2016

Agropecuária é o setor que mais contratou em maio de 2016, favorecida pela sazonalidade. RARP cria postos de trabalho em maio de 2016

Ano IV Out./2016. Construção Civil tem o pior desempenho entre os setores em Agosto de 2016

Comércio é o único setor que apresentou saldo positivo em âmbito nacional

Comércio cria postos de trabalho no estado de SP, RARP e município de RP

Ano IV Mar./2015. Comércio destrói vagas no Brasil e na maioria das regiões analisadas

Ano V Nov./2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai, Henrique Hott e Ingrid Nossack. Setor da Indústria tem o melhor desempenho na RARP e no Brasil

Indústria registra o pior desempenho na criação de emprego dos últimos 11 meses

Ano VI Abr./2018. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai, Giulia Coelho e Ingrid Nossack

RARP cria vagas em Abril de 2017

Índice de Confiança do Comércio recua, refletindo ritmo lento da atividade econômica. Brasil volta a registrar destruição de postos de trabalho

Serviços tem o melhor desempenho entre os setores em agosto de 2017

Índice de Confiança da Indústria estabiliza e reforça incertezas. Indústria e Comércio voltam a apresentar demissões em nível nacional

Incertezas prejudicam o mercado de trabalho

Brasil e SP fecharam postos de trabalho em todos os setores da economia

Serviços foi o único setor com contratações em âmbito nacional

Serviços puxam criação de vagas formais e Comércio registra o pior resultado

Setor de Serviços continua sendo o destaque, apresentando o melhor desempenho em 2019

Comércio é o único setor a registrar novas contratações

Setor de Serviços continua apresentando o melhor desempenho na criação de emprego formal

Indústria e Comércio comprometem o desempenho da RARP em setembro de 2015

Ano IV Fev/ é marcado por forte retração do mercado de trabalho

Trabalho. Mercado BOLETIM. Ribeirão Preto/SP. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Gabriel Tamancoldi Couto e Jenifer Barbosa

Criação de emprego - Brasil. Acumulado outubro-12 a setembro-13

Mercado. Trabalho BOLETIM. Ribeirão Preto/SP. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Gabriel Tamancoldi Couto e Jenifer Barbosa

Mercado. Trabalho BOLETIM. Ribeirão Preto/SP. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Gabriel Tamancoldi Couto e Jenifer Barbosa

Criação de emprego - Brasil

Criação de emprego - Brasil. Acumulado Dezembro-12 a Novembro-13

Criação de emprego - Brasil. Acumulado setembro-12 a agosto-13

Mercado de trabalho enfrentou cenário difícil durante todo o ano de 2015

Criação de emprego - Brasil. Acumulado agosto de 2012 a julho de 2013

Brasil - Criação de emprego acumulado Jan-Out (CAGED)

Criação de empregos Brasil

EMPREGO INDUSTRIAL ABRIL DE 2013

Criação de emprego - Brasil. Acumulado out/11 a

DEPECON Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos. Cenário Econômico e Desempenho Mensal da Indústria

Foi divulgado no dia 21/11/2018 pelo Ministério do Trabalho os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED do mês de outubro.

DEPECON Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos. Cenário Econômico e Desempenho Mensal da Indústria

Criação de empregos - Brasil. Acumulado

EMPREGO INDUSTRIAL SUMÁRIO EXECUTIVO EMPREGO FEVEREIRO DE Eego industrial FEVEREIRO DE 2013

Criação de emprego - Brasil. Acumulado julho- 12 a junho-13

EMPREGO INDUSTRIAL SUMÁRIO EXECUTIVO EMPREGO MAIO DE 2013 A INDÚSTRIA FOI O SETOR QUE MAIS CONTRATOU EM MAIO E NO ACUMULADO DO ANO.

Brasil criação de empregos Acumulado fev/12 a jan/13

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 4º Trimestre/2016

Emprego industrial 25 de Fevereiro de 2014 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Indústria Janeiro/2014

Elaboração: Economia Pesquisa & Mercado. Divulgada Pesquisa Mensal do Comércio Out.16

EMPREGO INDUSTRIAL EMPREGO JUNHO DE º SEMESTRE DE 2012

ÍNDICE. 1. Desempenho Estadual Desempenho por Atividade Desempenho por Região Melhores e Piores Regiões...

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS - ABRIL/2015

ÍNDICE. 1. Desempenho Estadual Desempenho por Atividade Desempenho por Região Melhores e Piores Regiões...

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 3º Trimestre/2017

ECONOMIA. Autosserviço mantém crescimento estável em Confiança do supermercadista está em alta

EMPREGO INDUSTRIAL Dezembro de 2013

Conjuntura Econômica do Brasil Abril de 2013

Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Francielly Almeida e Lorena Araujo

INDX registra alta de 0,41% em outubro

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 1º Trimestre/2017

Ano III Dez/2015. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai André Ribeiro Cardoso, Jaqueline Rossali e Guilherme Perez

Ano IV Mai/2016. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Matheus Anthony de Melo e Jaqueline Rossali

EMPREGO INDUSTRIAL Maio de 2014

O setor de Serviços foi o maior gerador de empregos formais no mês de julho (1.372 postos), seguido da Construção Civil (564 postos).

Indicadores da Economia Brasileira: Emprego e Rendimento Observatório de Políticas Econômicas 2016

Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Francielly Almeida e Lorena Araujo

Emprego Industrial em Mato Grosso do Sul

Pesquisa Mensal de Comércio - PMC

PESP PESQUISA DE EMPREGO NO COMÉRCIO VAREJISTA DE SÃO PAULO

ÍNDICE INDÚSTRIA LIDEROU CRESCIMENTO DE VAGAS FORMAIS OCUPADAS EMPREGO FORMAL... 03

COMENTÁRIOS comércio varejista comércio varejista ampliado

EMPREGO INDUSTRIAL Novembro de 2013

Ano VII Abr./2019. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Eduardo Carvalho Silva e Lorena Araujo

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 2º Trimestre/2017

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS (CAGED) Lei N. º 4.923/65 Sumário Executivo Dezembro de 2018

Vendas do varejo caem 0,5% entre julho e agosto 11/10/2017

Emprego Industrial em Mato Grosso do Sul

SUMÁRIO. Empresas no Simples. Inadimplência. Síntese. Inflação PIB. Crédito. Empreendedorismo. Juros. Expediente. Emprego. Confiança.

SANTA CATARINA REGISTRA O SEGUNDO MENOR SALDO DE EMPREGOS PARA O MÊS DE JUNHO DESDE 2002

INDX registra queda de 1,66% em março

Pesquisa Mensal de Comércio - PMC

Coordenação de Serviços e Comércio COSEC 07/2017

Criação de empregos Brasil

ANÁLISE DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA - JULHO/2015

Tabela 1 - Evolução do Emprego - Espírito Santo e Brasil - Abril 2018

Boletim Mensal de Emprego Formal do Estado de São Paulo Fevereiro de 2016

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Agosto/2017

Emprego Industrial em Mato Grosso do Sul

Emprego Industrial em Mato Grosso do Sul

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 3º Trimestre/2016

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS - AGOSTO/2018

DEPECON Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos. Cenário Econômico e Desempenho Mensal da Indústria

Foi divulgado no dia 20/06/2018 pelo Ministério do Trabalho os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED do mês de maio.

Transcrição:

Comércio cria vagas para as festas de final de ano em Novembro de 2016 Os dados de Novembro de 2016 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) continuaram exibindo cenário desfavorável em nível nacional, estadual e regional. O país como um todo e o estado de São Paulo destruíram vagas pelo vigésimo mês consecutivo, mostrando baixo desempenho persistente no mercado de trabalho. Entre as regiões analisadas, somente os municípios de Ribeirão Preto, Sertãozinho e Campinas criaram novas vagas em Novembro de 2016. Ainda assim, o município de Ribeirão Preto criou menos vagas no período em comparação com o número de contratações registrado no mesmo mês do ano anterior. O Comércio destacou-se entre os setores, exibindo saldo positivo de contratações em todas as regiões analisadas. Os segmentos que mais contrataram no setor foram Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios, Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios (Hipermercados e Supermercados) e Comércio Varejista de Calçados e Artigos de Viagem. O aumento de contratações no setor de Comércio pode ser explicado pelas festas de final de ano, em que os comerciantes esperam aumento das vendas do Natal e aumento de compras de artigos de viagem para o período de férias escolares e contratam mais funcionários temporários como resposta ao aumento esperado de demanda. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, essa expectativa foi materializada por meio de um aumento de 2% no volume de vendas do Comércio Varejista no mês de Novembro de 2016 em comparação com o mês anterior. A Indústria, o setor de Serviços e a Construção Civil foram setores com elevado número de demissões. A Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE, indicou redução na produção física industrial no estado de São Paulo, tanto em comparação ao mês anterior quanto em comparação com o mesmo mês do ano anterior e no acumulado em doze meses. Na análise do acumulado entre Dezembro de 2015 e Novembro de 2016, o país como um todo e os municípios de Ribeirão Preto, Sertãozinho e Franca registraram destruição de vagas em montante inferior aos registrados entre Dezembro de 2014 e Novembro de 2015. As demais regiões analisadas neste boletim (estado de São Paulo, RARP e municípios de Campinas e São José do Rio Preto) apresentaram pior desempenho nos últimos doze meses do que nos doze meses imediatamente anteriores, com aumento no número de vagas destruídas. Mercado de trabalho regional continua enfrentando desafios Em nível nacional, o mercado de trabalho registrou o fechamento de 116.747 vagas líquidas formais em Novembro de 2016, montante inferior às 130.629 demissões registradas no mesmo mês do ano anterior. Entre os setores, somente o Comércio criou vagas, resultado principalmente do

desempenho nos segmentos de Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios, Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios (Hipermercados e Supermercados) e Comércio Varejista de Calçados e Artigos de Viagem. A Indústria, por sua vez, exibiu o pior desempenho, sendo a Fabricação de Açúcar em Bruto o segmento com maior número de demissões líquidas no período, seguido pela Fabricação de álcool. No acumulado entre Dezembro de 2015 e Novembro de 2016, todos os setores registraram destruição líquida de vagas. No entanto, o montante de demissões registrado manteve-se inferior registrado entre Dezembro de 2014 e Novembro de 2015. Setorialmente, a Indústria e a Construção Civil conseguiram reduzir o montante de vagas destruídas nos últimos doze meses quando comparados aos doze meses imediatamente anteriores. Criação de emprego Brasil Indústria -80.213-607.617-56.335-406.483 Comércio 52.592-222.303 58.961-232.125 Serviços -25.454-300.399-42.385-451.154 Construção civil -55.585-443.447-50.891-381.339 Agropecuária -21.969-11.085-26.097-34.104 Total -130.629-1.584.851-116.747-1.505.205 O estado de São Paulo registrou 39.675 demissões líquidas em Novembro de 2016, montante superior aos 32.291 desligamentos que ocorreram em Novembro de 2015. Entre os setores, a exemplo do cenário nacional, somente o Comércio criou postos líquidos de trabalho. Os segmentos que mais contribuíram para o desempenho do setor, de forma semelhante ao nível nacional, foram Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios, Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios (Hipermercados e Supermercados) e Comércio Varejista de Calçados e Artigos de Viagem. Por outro lado, a Indústria foi o setor que mais demitiu. A Fabricação de Açúcar em Bruto foi o segmento mais importante para este resultado, seguido pela Fabricação de álcool. No saldo acumulado de Dezembro de 2015 a Novembro de 2016 foram contabilizadas 455.602 demissões, montante superior às 450.107 demissões registradas entre Dezembro de 2014 e Novembro de 2015. Entre os setores, Serviços, Construção Civil e Agropecuária exibiram pior desempenho nos últimos doze meses em comparação com os doze meses imediatamente anteriores. A Indústria e o Comércio, por outro lado, reduziram o montante de demissões líquidas. Criação de emprego estado de São Paulo Indústria -26.224-217.713-23.413-140.532 Comércio 13.048-71.908 16.853-64.066 Serviços -3.522-88.264-9.435-141.572

Construção civil -11.388-76.656-10.783-84.984 Agropecuária -4.205 4.434-12.897-24.448 Total -32.291-450.107-39.675-455.602 A Região Administrativa de Ribeirão Preto (RARP) encerrou o mês de Novembro de 2016 registrando 2.517 desligamentos líquidos, montante superior às 2.275 demissões líquidas contabilizadas no mesmo mês do ano anterior. Entre os setores, o Comércio também apresentou o melhor desempenho, seguido pela Construção Civil, sendo os dois únicos setores responsáveis pela criação de vagas líquidas. A Indústria, por outro lado, exibiu o pior desempenho, seguida pela Agropecuária e pelo setor de Serviços. Os segmentos que mais demitiram na Indústria foram Fabricação de Açúcar em Bruto e Fabricação de álcool e o segmento que mais realizou desligamentos na Agropecuária foi o Cultivo de Cana-De-Açúcar. No acumulado entre Dezembro de 2015 e Novembro de 2016, foram registradas 8.986 demissões, montante superior às 8.155 demissões registradas entre Dezembro de 2014 e Novembro de 2015. Os setores de Serviços e Agropecuária apresentaram desempenho desfavorável nos últimos doze meses em comparação com os doze meses imediatamente anteriores. Os demais, por outro lado, reduziram o montante de demissões líquidas. Criação de emprego Região Administrativa de Ribeirão Preto Indústria -2.330-4.444-1.762-3.674 Comércio 134-3.763 611-778 Serviços 155-669 -602-2.578 Construção civil -161-1.846 83-1.662 Agropecuária -73 2.567-847 -294 Total -2.275-8.155-2.517-8.986 O município de Ribeirão Preto, por sua vez, criou 184 vagas líquidas em Novembro de 2016, montante inferior às 383 vagas criadas em Novembro de 2015. Note, contudo, que ambos os meses registraram criação líquida de vagas, diferentemente dos casos discutidos anteriormente. Entre os setores, o Comércio registrou o maior volume de contratações, com 436 vagas líquidas criadas. O Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios foi o segmento mais expressivo do setor. A Construção Civil, por sua vez, foi o setor que mais demitiu no período, sendo a Construção de Edifícios o segmento com o maior número de demissões. Porém, note que em montante inferior ao registrado no mesmo mês do ano anterior. No acumulado entre Dezembro de 2015 e Novembro de 2016 foram registradas 4.124 demissões líquidas, montante inferior às 6.289 demissões contabilizadas entre Dezembro de 2014 e Novembro de 2015. Entre os setores, somente Serviços teve desempenho desfavorável nos últimos doze meses em comparação com os doze meses imediatamente anteriores, aumentando as demissões líquidas. Nos demais, note que ou

houve redução das demissões, ou aumento da criação de vagas líquidas (no caso da Agropecuária). Criação de emprego município de Ribeirão Preto Indústria -148-1.350-135 -962 Comércio 179-2.669 436-644 Serviços 529-783 114-1.579 Construção civil -183-1.496-211 -992 Agropecuária 6 9-20 53 Total 383-6.289 184-4.124 O município de Sertãozinho criou vagas líquidas em Novembro de 2016, registrando 422 contratações líquidas, montante superior às 139 contratações contabilizadas em Novembro de 2015. Entre os setores, a Construção Civil foi o que mais contratou no período, seguido pela Indústria. A Montagem de Instalações Industriais e de Estruturas Metálicas contribuiu com 178 novas vagas para o setor de Construção Civil, enquanto a Fabricação de Máquinas e Equipamentos para as Indústrias de Alimentos, Bebidas e Fumo foi responsável pela criação de 102 postos de trabalho. O setor de Serviços, por sua vez, exibiu o pior desempenho, com 133 demissões líquidas. Somente o Transporte Rodoviário de Carga contribuiu com 60 desligamentos para o setor. Na análise do acumulado entre Dezembro de 2015 e Novembro de 2016 foram registradas 1.470 demissões, montante inferior às 2.451 vagas destruídas entre Dezembro de 2014 e Novembro de 2015. Somente os setores de Serviços e Agropecuária apresentaram desempenho negativo nos últimos doze meses em comparação com os doze meses imediatamente anteriores. Nos demais, nota-se uma mudança que indica melhora do mercado de trabalho local. Criação de emprego município de Sertãozinho Indústria 106-1.255 181-1.120 Comércio 65-715 112 57 Serviços -68-102 -133-384 Construção civil -13-472 305 54 Agropecuária 49 93-43 -77 Total 139-2.451 422-1.470 O município de Franca registrou 1.414 demissões em Novembro de 2016, montante também inferior às 1.860 demissões registradas em Novembro de 2015. A Indústria destacou-se entre os setores pelo desempenho negativo, com 1,393 demissões líquidas, em partes explicado pelo segmento de Fabricação de Calçados de Couro, responsável por 1.155 desligamentos no setor. A

Agropecuária, por outro lado, registrou o maior montante de contratações entre os setores, resultado explicado pelas 54 contratações no segmento de Cultivo de Café. O saldo acumulado entre Dezembro de 2015 e Novembro de 2016 contabilizou 2.170 demissões, montante inferior às 4.269 vagas destruídas entre Dezembro de 2014 e Novembro de 2015. Entre os setores, somente o Comércio e a Construção Civil apresentaram desempenho desfavorável no acumulado em doze meses, com elevação dos desligamentos líquidos. Os demais apresentaram reversão que sugerem melhora do mercado de trabalho. Criação de emprego município de Franca Indústria -1.734-3.568-1.393-1.964 Comércio 16-813 32-816 Serviços -99 507-10 926 Construção civil -16-318 -86-481 Agropecuária -27-77 43 165 Total -1.860-4.269-1.414-2.170 O município de Campinas registrou 99 contratações líquidas em Novembro de 2016, reversão positiva frente às 305 demissões registradas no mesmo mês do ano anterior. Entre os setores, o Comércio apresentou o melhor desempenho, com 521 contratações líquidas, sendo os segmentos mais expressivos para o setor o Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios e o Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios (Hipermercados e Supermercados). A Indústria, por sua vez, foi o setor que mais demitiu, seguida pela Construção Civil e pelo setor de Serviços. Na Construção Civil, o segmento de Construção de Edifícios foi o que mais demitiu no período, registrando 122 desligamentos. Na análise do acumulado entre Dezembro de 2015 e Novembro de 2016 foram registradas 16.792 demissões, montante superior às 16.491 demissões registradas entre Dezembro de 2014 e Novembro de 2015. Entre os setores, no entanto, somente Comércio e Serviços apresentaram aumento no volume de demissões nos últimos doze meses em comparação com os doze meses imediatamente anteriores. Os demais apresentaram variações que sinalizam redução das demissões e até mesmo reversão para contratações líquidas (no caso da Agropecuária). Criação de emprego município de Campinas Indústria -560-4.406-236 -1.571 Comércio 516-2.924 521-3.687 Serviços -102-3.901-33 -9.323 Construção civil -185-5.227-163 -2.213 Agropecuária 26-33 10 2 Total -305-16.491 99-16.792

Por fim, o município de São José do Rio Preto destruiu 265 vagas em Novembro de 2016, montante superior às 122 demissões registradas em Novembro de 2015. Entre os setores, a Construção Civil exibiu o pior desempenho, resultado decorrente do elevado montante de demissões nos segmentos de Construção de Edifícios e Construção de Rodovias e Ferrovias. O Comércio, por sua vez, foi o que mais contratou no período (186 vagas líquidas), sendo o segmento de Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios responsável pela criação de 145 novas vagas. No saldo acumulado entre Dezembro de 2015 e Novembro de 2016 foram registradas 5.943 demissões, montante superior aos 2.456 desligamentos contabilizados entre Dezembro de 2014 e Novembro de 2015. Somente a Indústria e a Agropecuária apresentaram redução de vagas líquidas destruídas, embora ambas tenham preservado saldo de demissões. Criação de emprego município de São José do Rio Preto Indústria -399-2.383-55 -1.738 Comércio 350-180 186-1.620 Serviços -4 416 31-1.531 Construção civil -70-247 -443-997 Agropecuária 1-62 16-57 Total -122-2.456-265 -5.943 Os dados apresentados nesta edição do boletim Mercado de Trabalho do CEPER-FUNDACE continuam reforçando a percepção de redução das demissões líquidas no país, ou seja, muito embora as demissões continuem sendo superiores às admissões, esta diferença têm se dado em ritmo menos intenso. De fato, desde maio de 2016 o mercado de trabalho tem registrado demissões líquidas em ritmo menor do que o registrado no mesmo mês do ano anterior, mas somente em novembro de 2016 as demissões líquidas acumuladas em doze meses (ou seja, entre Dezembro de 2015 e Novembro de 2016) foram inferiores às demissões líquidas registradas nos doze meses imediatamente anteriores. De modo a contextualizar estes resultados com outros indicadores, segundo a PNAD contínua do IBGE, a taxa de desocupação do trimestre móvel de setembro a novembro de 2016 foi de 11,9%, a mais elevada desde o início da série, em 2012. Contudo, esta taxa permaneceu estatisticamente estável em relação à taxa do trimestre móvel de junho a agosto de 2016, de 11,8%. Em relação ao mesmo trimestre de 2015 houve alta de 2,9 pontos percentuais. A população desocupada no período chegou a 12,1 milhões de pessoas, o maior contingente da série histórica, mantendo estabilidade estatística em relação ao trimestre móvel de junho a agosto de 2016 e crescendo 33,1% em relação ao mesmo trimestre de 2015, o

que equivale a 3,0 milhões de pessoas a mais em busca de trabalho. A população ocupada, estimada em 90,2 milhões, ficou estável em relação ao trimestre de junho a agosto de 2016 e recuando 2,1% em comparação com igual trimestre do ano passado (92,2 milhões de pessoas), o que representa uma redução de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas ocupadas. Por fim, ainda segundo o IBGE, o rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas (R$ 2.032) ficou estável frente ao trimestre de junho a agosto de 2016 (R$ 2.027) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.041).