ARTIGO PRELIMINAR CAPITULO I DEFINIÇÕES E OBJECTO DO CONTRATO CAPÍTULO II ÂMBITO DA COBERTURA E FRANQUIA



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Transcrição:

Seguro de INCÊNDIO

CONDIÇÕES GERAIS ARTIGO PRELIMINAR Entre a NOSSA NOVA SOCIEDADE DE SEGUROS DE ANGOLA, S.A., adiante designada por Seguradora e o Tomador de Seguro, identificado nas Condições Particulares, estabelece-se o presente contrato de seguro de Incêndio e Elementos da Natureza, que se rege pelas Condições Gerais, Especiais e Particulares desta Apólice, de harmonia com as declarações constantes da proposta que lhe serviu de base e da qual faz parte integrante. CAPITULO I DEFINIÇÕES E OBJECTO DO CONTRATO ART.º 1.º DEFINIÇÕES Para efeitos do presente contrato entende-se por: Seguradora A entidade acima indicada legalmente autorizada para a exploração do seguro de Incêndio e que subscreve com o Tomador do Seguro o presente contrato; Tomador de Seguro A pessoa ou entidade que celebra o presente contrato com a Seguradora, sendo responsável pelo pagamento dos prémios; Segurado A pessoa ou entidade que tem interesse em segurar os bens abrangidos pelo presente contrato ou no interesse da qual o contrato se celebra e que se encontra identificada nas Condições Particulares; Condições Gerais Conjunto de cláusulas que definem e regulamentam obrigações genéricas e comuns inerentes a um ramo ou modalidade de seguro; Condições Especiais Cláusulas que visam esclarecer, completar ou especificar disposições das Condições Gerais; Condições Particulares Documento onde se encontram os elementos específicos e individuais do contrato, que o distingue de todos os outros; Apólice Documento que titula o contrato celebrado entre o Tomador de Seguro e a Seguradora, que engloba a proposta subscrita pelo Tomador de Seguro ou pelo Segurado se for pessoa diferente, e as Condições Gerais, Especiais, se as houver, e Particulares acordadas; Acta Adicional Documento que titula a alteração da Apólice e da qual faz parte integrante; Capital Seguro Também designado por valor seguro ou limite de indemnização, é o valor máximo pelo qual a Seguradora responde em caso de sinistro coberto por esta apólice; Sinistro Qualquer acontecimento de carácter fortuito, súbito e imprevisto, susceptível de provocar o funcionamento das garantias do contrato; Franquia A importância que em caso de sinistro fica a cargo do Segurado, e cujo montante ou forma de cálculo se encontra estipulado no contrato; Objectos Seguros Também designados Bens Seguros, são os bens móveis e/ou imóveis garantidos pelo presente contrato e que se indicam nas Condições Particulares; Salvados Objectos seguros que em consequência de um sinistro fiquem danificados podendo o seu valor ser deduzido na indemnização a que o Segurado tiver direito; Prémio total Preço pago pelo Tomador de Seguro à Seguradora, pela contratação do seguro; Estorno Devolução ao Tomador do Seguro de uma parte do prémio do seguro já pago. ART.º 2.º OBJECTO DO CONTRATO O presente contrato tem por objecto os bens móveis e/ou imóveis designados nas Condições Particulares e destinados à actividade do Segurado. Podem, ainda, ser objecto deste contrato, outros bens, valores e/ou custos para o efeito expressamente discriminados nas Condições Particulares. A obrigatoriedade de discriminação valorizada, os limites de tolerância e as condições de existência e funcionamento dos bens seguros pelo presente contrato ficam, também, sujeitos ao disposto, para os respectivos efeitos, nas Condições Particulares e Especiais. CAPÍTULO II ÂMBITO DA COBERTURA E FRANQUIA ART.º 3.º COBERTURAS PRINCIPAIS No âmbito da cobertura dos riscos principais, o presente contrato garante os danos directamente causados aos bens seguros, identificados nas Condições Particulares, pela ocorrência de qualquer ou quaisquer dos riscos a seguir mencionados, desde que contratados pelo Tomador do Seguro e/ou Segurado e para o efeito expressamente indicados nas Condições Particulares: 1

SEGURO DE INCÊNDIO Incêndio, Acção Mecânica de Queda de Raio e Explosão Garantindo os danos causados aos bens seguros em consequência de incêndio ou meios empregues para o combater, calor, fumo ou vapor resultantes imediatamente de incêndio, acção mecânica de queda de raio, explosão e ainda remoções ou destruições executadas por ordem da autoridade competente ou praticadas com o fim de salvamento, se o forem em razão de qualquer dos factos atrás previstos. Para efeitos da garantia deste risco entende-se por: Incêndio Combustão acidental, com desenvolvimento de chamas estranhas a uma fonte normal de fogo, ainda que nesta possa ter origem, e que se pode propagar pelos seus próprios meios. Acção Mecânica de Queda de Raio Descarga atmosférica ocorrida entre a nuvem e o solo, consistindo em um ou mais impulsos de corrente que conferem ao fenómeno uma luminosidade característica (raio) e que provoque deformações mecânicas permanentes nos bens seguros. Explosão Acção súbita e violenta da pressão ou depressão de gás ou de vapor. ART.º 4.º COBERTURAS FACULTATIVAS 1. Conjuntamente com a cobertura dos riscos principais, poderão, mediante convenção expressa nas Condições Particulares e o pagamento do respectivo sobreprémio, ser objecto de cobertura pelo presente contrato outros riscos e/ou outros danos, de harmonia com o disposto nas respectivas Condições Especiais. Constituem riscos adicionais susceptíveis de serem contratados: a) Tempestades; b) Inundações; c) Fenómenos Sísmicos; d) Aluimento de Terras; e) Greves, Tumultos e Alterações da Ordem Pública; f) Actos de Vandalismo ou Maliciosos; g) Riscos Eléctricos. 2. Quando contratados, estes riscos e coberturas ficam subordinados à definição e exclusões constantes das Condições Especiais que lhes forem aplicáveis, para além das exclusões Gerais previstas no Art.º 6.º. 3. Quando não contratados e, como tal, não mencionados nas Condições Particulares, estes riscos e coberturas constituem exclusões, não ficando abrangidos pela garantia da presente apólice. 4. Danos em Bens de Terceiros Os bens de terceiros existentes no local de risco e que estejam confiados ou colocados à responsabilidade do Segurado para os fins inerentes à sua actividade, afectados por sinistro a coberto desta apólice, só estão garantidos quando sejam expressamente descritos e valorizados nas Condições Particulares da Apólice. ART.º 5.º FRANQUIA Em cada sinistro coberto pelo presente contrato, a Seguradora deduzirá ao valor da indemnização a pagar, o valor da franquia declarada nas Condições Particulares. ART.º 6.º EXCLUSÕES GERAIS Exclusões comuns a todas as Coberturas Não ficam garantidos, em caso algum, mesmo que se tenha verificado a ocorrência de qualquer risco coberto pela presente apólice, os prejuízos que derivem, directa ou indirectamente de: a) Guerra, declarada ou não, invasão, acto de inimigo estrangeiro, hostilidades ou operações bélicas, guerra civil, insurreição, rebelião ou revolução, bem como os causados acidentalmente por engenhos explosivos ou incendiários; b) Actos de Terrorismo, entendendo-se como tal todos e quaisquer actos, praticados por pessoas ou grupo de pessoas, actuando isoladas ou em nome ou ligação com quaisquer organizações, autoridades ou governos, com motivações políticas, religiosas, ideológicas ou étnicas e/ou com intenção de influenciar as autoridades ou governos e/ou lançar o pânico e/ou medo na população em geral ou em grupos delimitados, e seja qual for a forma ou grau de violência e/ou ameaça empregue, bem como seja qual for o meio de efectivação dessa violência ou ameaça; c) Actos de Sabotagem, entendendo-se como tal, um acto de destruição que impossibilite o funcionamento ou desvie dos seus fins normais, definitiva ou temporariamente, total ou parcialmente, meios ou vias de comunicação, instalações de serviços públicos ou destinadas ao abastecimento e satisfação de necessidades vitais da população, com a intenção de destruir, alterar ou subverter o Estado de direito constitucionalmente estabelecido, praticado por qualquer indivíduo ou conjunto de indivíduos; 2

CONDIÇÕES GERAIS d) Levantamento militar ou acto do poder militar legítimo ou usurpado; e) Confiscação, requisição, destruição ou danos produzidos nos bens seguros, por ordem do Governo, de direito ou de facto, ou de qualquer autoridade instituída, salvo no caso de remoções ou destruições previstas na alínea a) do Art.º 3.º; f) Explosão, libertação do calor e irradiações provenientes de cisão de átomos ou radioactivas e ainda os decorrentes de radiações provocadas pela aceleração artificial de partículas; g) Actos ou omissões dolosas do Tomador de Seguro, do Segurado ou de pessoas por quem estes sejam civilmente responsáveis; h) Extravio, furto ou roubo dos bens seguros, quando praticados durante, ou na sequência de qualquer sinistro coberto por este contrato; i) Qualquer tipo de poluição ou contaminação; j) Consideram-se, ainda, excluídos, seja qual for a causa que os determine, excepto se forem decorrentes de um dano material directo coberto pela apólice, os danos causados a componentes, programas, sistemas ou dados informáticos, nomeadamente: Perda, alteração ou danificação de dados, registos, informações, programas e dum modo geral quaisquer sistemas ou componentes habitualmente designados por «software»; Perda, redução ou modificação de funcionalidades, disponibilidade ou operacionalidade de computadores, «chips», programas e/ou sistemas informáticos; Toda e qualquer interrupção ou afectação de actividades decorrentes das situações previstas nas alíneas anteriores. CAPITULO III FORMAÇÃO, INÍCIO, DURAÇÃO, REDUÇÃO, RESOLUÇÃO, NULIDADE DO CONTRATO E VENDA OU TRANSMISSÃO DOS BENS ART.º 7.º FORMAÇÃO E INÍCIO DO CONTRATO 1. O presente contrato baseia-se nas declarações constantes da respectiva proposta, efectuadas pelo Tomador de Seguro e/ou Segurado, na qual devem ser mencionados, com inteira veracidade, todos os factos ou circunstâncias que permitam a exacta apreciação do risco ou possam influir na aceitação do seguro e estabelecer as suas condições de vigência, incluindo a determinação correcta do prémio aplicável. 2. A designação dos objectos seguros e as quantias indicadas nas Condições Particulares não implicam reconhecimento, por parte da Seguradora, da sua existência ou do valor que lhes é atribuído. 3. Desde que o prémio ou fracção inicial seja pago, o presente contrato produz os seus efeitos a partir das zero horas do dia seguinte ao da aceitação da proposta pela Seguradora, salvo se na mesma for indicada data de início posterior. 4. Se no prazo de 15 dias, a contar da data de recepção da proposta, a Seguradora não tiver notificado, por correio registado, ou por qualquer outro meio do qual fique registo escrito, o proponente (Tomador de Seguro) da sua recusa ou da necessidade de recolher elementos essenciais à avaliação do risco, a proposta considera-se aprovada nos termos do número anterior. ART.º 8.º DURAÇÃO DO CONTRATO 1. O presente contrato considera-se celebrado pelo período de tempo estabelecido nas Condições Particulares. 2. Caso o presente contrato seja celebrado por um período de tempo determinado, os seus efeitos cessam às 24 horas do último dia. 3. No caso de ser celebrado por um ano a continuar pelos seguintes, considera-se sucessivamente renovado por períodos anuais, excepto se qualquer das partes o denunciar por correio registado, ou outro meio do qual fique registo escrito, com a antecedência mínima de 30 dias em relação ao termo da anuidade. ART.º 9.º REDUÇÃO E RESOLUÇÃO DO CONTRATO 1. Tanto o Tomador do Seguro como a Seguradora podem, a todo o tempo, reduzir ou resolver o presente contrato mediante correio registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito enviado à contraparte, com antecedência mínima de 30 dias em relação à data em que a redução ou resolução produz efeitos. 2. Se o contrato for reduzido ou resolvido, o montante do prémio a estornar correspondente ao período inicialmente contratado e não decorrido será, após dedução das fracções já pagas, de 75% ou de 50% consoante a iniciativa 3

SEGURO DE INCÊNDIO da redução ou resolução tenha cabido à Seguradora ou ao Tomador de Seguro. 3. A redução ou resolução do contrato produzem os seus efeitos às 24 horas do próprio dia em que se verifiquem. 4. Caso a resolução sobrevenha a um sinistro em que o capital seguro fique reduzido e não reposto, o prémio a devolver, calculado nos termos dos números anteriores, deverá incidir somente sobre o capital assim reduzido. 5. À resolução do contrato por falta de pagamento do prémio aplica-se o disposto no n.º 7 do Art.º 17.º. 6. Sempre que o Tomador do Seguro não coincida com o Segurado identificado nas Condições Particulares, este deve ser avisado, no mínimo, com 15 dias de antecedência, da resolução ou não renovação do contrato. 7. Existindo privilégio credor sobre os bens que constituem objecto do seguro, a Seguradora obriga-se a comunicar por escrito à entidade credora declarada nas Condições Particulares, a redução ou resolução do contrato com a antecedência mínima de 15 dias em relação à data em que produz os seus efeitos. ART.º 10.º NULIDADE DO CONTRATO 1. Este contrato considera-se nulo e, consequentemente, não produzirá quaisquer efeitos em caso de sinistro, quando da parte do Tomador do Seguro e/ou Segurado tenha havido, no momento da celebração do contrato, declarações inexactas, assim como reticências de factos ou circunstâncias dele conhecidas, e que teriam podido influir sobre a existência ou condições do contrato, nomeadamente a recusa de aceitar a celebração, a manutenção ou renovação do contrato por parte da Seguradora. 2. Se as referidas declarações ou reticências tiverem sido feitas de má fé, a Seguradora terá direito ao prémio, sem prejuízo da nulidade do contrato nos termos do número anterior, bem como ao reembolso do montante de indemnizações entretanto liquidadas. ART.º 11.º VENDA OU TRANSMISSÃO DOS BENS 1. Ocorrendo a venda ou transmissão dos bens seguros, o Tomador de Seguro e/ou Segurado estão obrigados a, atempadamente, e por carta registada ou outro meio do qual fique registo escrito, comunicar tal facto à Seguradora. Nestes casos considera-se o contrato resolvido, salvo se o transmitente manifestar previamente a intenção de ceder a sua posição no contrato ao adquirente do bem seguro e este manifestar, por escrito, a sua intenção em o manter. 2. Quando o pedido de cessão da posição contratual lhe for transmitida, a Seguradora está obrigada a, no prazo de 15 dias contados a partir da recepção daquela comunicação, optar entre: a) A resolução do contrato, devendo avisar o Tomador de Seguro e/ou Segurado, por carta registada ou por qualquer outro meio do qual fique registo escrito; b) A manutenção do contrato com as mesmas ou novas condições, facto que deve comunicar ao adquirente da coisa segura; este dispõe de um prazo de 15 dias contados da comunicação da Seguradora, para, querendo, resolver o contrato. 3. Se o contrato for resolvido pelo Tomador de Seguro o montante do estorno será calculado nos termos do disposto no art.º 9.º. 4. Se a transmissão de propriedade dos bens seguros se verificar por falecimento do Segurado, a responsabilidade da Seguradora subsistirá para com os herdeiros, enquanto estes pagarem os respectivos prémios e assumirem todas as obrigações contratuais estabelecidas. 5. No caso de falência ou insolvência do Segurado, a responsabilidade da Seguradora subsistirá para com a respectiva massa falida, nas mesmas condições, pelo prazo de 60 dias. Decorrido este prazo, a garantia deste contrato de seguro cessa, salvo se a Seguradora, por acta adicional, tiver admitido o respectivo averbamento. CAPITULO IV MODIFICAÇÃO DO RISCO, CAPITAL SEGURO, CAPITAL VARIÁVEL, INSUFICIÊNCIA OU EXCESSO DE CAPITAL E COEXISTÊNCIA DE CONTRATOS ART.º 12.º MODIFICAÇÃO DO RISCO 1. O Tomador do Seguro e/ou Segurado estão obrigados, durante a vigência do contrato, a comunicar à Seguradora, por correio registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito, todos os factos ou circunstâncias susceptíveis de determinarem uma modificação do risco, nos 8 dias subsequentes ao do conhecimento da sua verificação. 2. Se os factos ou circunstâncias comunicadas à Seguradora: 4

CONDIÇÕES GERAIS a) Determinarem o agravamento do risco, a Seguradora disporá do prazo de 8 dias a contar da data de recepção da comunicação, para propor ao Tomador do Seguro as novas condições de vigência ou para lhe comunicar, por correio registado ou por qualquer outro meio do qual fique registo escrito e aviso prévio de 30 dias sobre a data de produção de efeitos, a resolução do contrato. b) Determinarem uma diminuição do risco e forem de natureza tal que possibilitem a fixação de condições mais vantajosas para o Tomador do Seguro, a Seguradora disporá do prazo de 8 dias a contar da data de recepção da comunicação, para propor as novas condições do contrato. 3. O Tomador do Seguro dispõe de igual prazo de 8 dias a contar da data de recepção da comunicação da Seguradora, para rescindir o contrato, caso não aceite as novas condições que lhe são propostas. 4. As alterações considerar-se-ão tacitamente aceites no caso de alguma das partes não se pronunciar em contrário dentro dos prazos previstos neste artigo. 5. Se o Segurado ou a Seguradora optarem pela resolução do contrato, o estorno será calculado nos termos do disposto no n.º 2 art.º 9.º. 6. No caso da falta da comunicação relativa a uma circunstância de agravamento do risco ou se, entre a data do agravamento do risco e a data de modificação do contrato ou da sua resolução, ocorrer um sinistro, o contrato produzirá efeitos, mas a indemnização devida reduzir-se-á proporcionalmente à diferença entre o prémio cobrado pela Seguradora e aquele que cobraria para o risco agravado, sem prejuízo do disposto no número seguinte. 7. Se o Tomador do Seguro ou o Segurado, intencionalmente, não comunicarem à Seguradora o agravamento do risco, ou se as suas omissões ou falsas declarações pudessem ter influído na manutenção do contrato, este considerar-se-á automaticamente resolvido, com efeitos, respectivamente, à data em que a comunicação deveria ter sido feita à Seguradora, ou àquela em que as falsas declarações foram prestadas, não havendo lugar a estorno de prémio. ART.º 13.º CAPITAL SEGURO A determinação do capital seguro, ou seja, do valor dos bens que constituem o objecto do presente contrato, é sempre da responsabilidade do Tomador de Seguro e/ou Segurado e deverá obedecer, tanto à data da celebração deste contrato como a cada momento da sua vigência, aos seguintes critérios: a) Seguro de Imóveis O capital seguro deverá corresponder ao custo da respectiva reconstrução, ou ao valor matricial no caso de edifícios para expropriação, demolição ou estado de degradação. À excepção do valor dos terrenos, todos os elementos constituintes ou incorporados pelo proprietário devem ser tomados em consideração para a determinação daquele capital, bem como o valor proporcional das partes comuns, nos seguros de fracções em regime de propriedade horizontal; b) Seguro de Mercadorias O capital seguro deverá corresponder ao preço corrente de aquisição para o Segurado ou, no caso de se tratar de produtos por ele fabricados, ao valor dos materiais transformados e/ou incorporados acrescidos dos custos de fabrico; c) Seguro de Mobiliário ou de Equipamento O capital seguro deverá corresponder ao custo em novo do equipamento, deduzido da depreciação inerente ao seu uso e estado; d) Outros capitais Para as coberturas de Condições Especiais contratadas e para as quais não seja aplicável o capital do contrato, como definido nas alíneas anteriores, serão considerados como capitais seguros os valores mencionados nas Condições Particulares, salvo se outro calculo for determinado na Condição Especial respectiva. ART.º 14.º CAPITAL VARIÁVEL As mercadorias, cuja existência fique sujeita a flutuações sensíveis poderão ser seguras em regime de capital variável, desde que tal modalidade seja contratada. ART.º 15.º INSUFICIÊNCIA OU EXCESSO DE CAPITAL 1. Se, no momento do sinistro, o capital seguro pelo presente contrato não coincidir com o valor dos bens seguros, determinado nos termos dos artigos 13.º e 14.º, aplicarse-ão as seguintes regras: a) No caso do capital seguro ser inferior ao valor dos bens seguros, o Segurado responderá pela parte proporcional dos prejuízos, como se fosse segurador do excedente, salvo nos termos da condição especial de Actualização Convencionada de Capital, quando esta tiver sido contratada; b) No caso de o capital seguro exceder o valor dos bens seguros, a Seguradora indemnizará o prejuízo efectivamente causado, até ao limite do bem ou interesse seguro. 5

SEGURO DE INCÊNDIO 2. Se o objecto do presente contrato for constituído por diversos bens seguros, devidamente discriminados por verbas, e quantias designadas separadamente, os preceitos do número anterior, são aplicáveis a cada um deles, como se fossem contratos de seguro distintos. ART.º 16.º COEXISTÊNCIA DE CONTRATOS 1. O Tomador do Seguro e/ou o Segurado ficam obrigados a participar à seguradora, sob pena de responderem por perdas e danos, a existência de outros seguros com o mesmo objecto e garantia. 2. Se à data do sinistro existir mais do que um contrato de seguro, com o mesmo objecto e cobertura, considera-se que todos eles foram celebrados na mesma data, devendo cada Seguradora pagar a parte proporcional da indemnização correspondente ao respectivo capital nela seguro, sem que, no seu conjunto, possa ser ultrapassado o valor total do prejuízo verificado. CAPITULO V PRÉMIOS ART.º 17.º PAGAMENTO DE PRÉMIOS 1. O prémio ou fracção inicial é devido na data de celebração do contrato, pelo que a eficácia deste depende do respectivo pagamento. 2. Os prémios ou fracções seguintes são devidos nas datas estabelecidas na apólice. 3. Admite-se o fraccionamento do pagamento de prémios de apólices que vigorem pelo prazo de um ano e seguintes, quando tal modalidade seja expressamente contratada e sem prejuízo do disposto nos números anteriores. 4. A Seguradora encontra-se obrigada, até 30 dias antes da data em que o prémio ou fracção é devido, a avisar, por escrito, o Tomador de Seguro, indicando essa data, o valor a pagar, e a forma de pagamento. 5. Na falta de pagamento do prémio ou fracção na data indicada no aviso, o Tomador de Seguro constitui-se em mora e, decorridos que sejam 30 dias após aquela data, o contrato será automaticamente resolvido, sem possibilidade de ser reposto em vigor. 6. Durante o prazo referido no n.º 5 o contrato mantém-se plenamente em vigor. 7. De qualquer forma, o Tomador do Seguro continua obrigado a pagar o prémio ou fracções em dívida, correspondente ao período em que o contrato esteve em vigor, acrescido de uma penalidade de 50% da diferença entre o prémio devido para o período de tempo inicialmente contratado e as fracções eventualmente já pagas, tudo acrescido dos respectivos juros de mora calculados nos termos legais em vigor. 8. O seguro considera-se em vigor sempre que o prémio enha sido pago pelo Tomador de Seguro ao mediador durante o período indicado no n.º 5 e o recibo tenha sido entregue ao Tomador de Seguro por mediador com poder de cobrança. 9. Em caso de sinistro, a Seguradora reserva-se o direito de cobrar, ou descontar, na indemnização, o pagamento dos prémios eventualmente em dívida e das fracções vincendas. ART.º 18.º ALTERAÇÃO DO PRÉMIO Não havendo alteração no objecto ou garantia do contrato, qualquer alteração do prémio apenas poderá efectivar-se no vencimento anual seguinte, mediante aviso ao Tomador de Seguro com a antecedência mínima de 30 dias. CAPÍTULO VI OBRIGAÇÕES EM CASO DE SINISTRO, DA SEGURADORA, DO TOMADOR DE SEGURO E DO SEGURADO ART.º 19.º OBRIGAÇÕES DA SEGURADORA EM CASO DE SINISTRO Em caso de ocorrência de sinistro coberto pelo presente contrato, constituem obrigações da Seguradora: a) Efectuar com adequada prontidão e diligência as averiguações e peritagens necessárias ao reconhecimento do sinistro e à avaliação dos prejuízos, sob pena de ter que responder por perdas e danos; b) Liquidar a indemnização logo que concluídas as averiguações e peritagens necessárias ao reconhecimento do sinistro e à fixação do montante dos danos, sem prejuízo de efectuar pagamentos por conta, sempre que se reconheça que devam ter lugar; c) A indemnizar ou reparar os danos no prazo de 30 dias sobre o apuramento dos factos referidos no número ante- 6

CONDIÇÕES GERAIS rior, sob pena de, quando não cumpra esta sua obrigação por causa não justificada ou que lhe seja imputável, incorrer em mora, vencendo a indemnização juros à taxa legal em vigor; d) A intervenção da Seguradora em operações de salvamento e de conservação dos bens seguros, não implica o seu reconhecimento de responsabilidade pelo pagamento de qualquer indemnização ao abrigo do contrato. ART.º 20.º OBRIGAÇÕES DO TOMADORDO SEGURO E DO SEGURADO EM CASO DE SINISTRO Em caso de sinistro coberto pelo presente contrato, constituem obrigações do Tomador de Seguro e/ou Segurado: a) Obrigações cujo incumprimento pelo Tomador de Seguro e/ou Segurado, os fazem responder por perdas e danos: I) Participar o sinistro à Seguradora, com a maior brevidade possível, por escrito e num prazo máximo de 8 dias, a contar do dia da sua ocorrência, ou da data em que dele tiver conhecimento. Tal participação deve conter a indicação do dia e hora, causa conhecida ou presumível, natureza e montante provável dos prejuízos, bem como quaisquer outros elementos necessários à boa caracterização da ocorrência e que sejam ou devam ser do seu conhecimento; II) Empregar todos os meios ao seu alcance para reduzir ou evitar as consequências do sinistro e salvar os bens seguros. As despesas resultantes do cumprimento de tal obrigação são da responsabilidade da Seguradora, independentemente dos resultados obtidos, sempre que não sejam feitas de forma desproporcionada ou inconsciente, e desde que acrescidas à indemnização não ultrapassem o limite do capital seguro; III) Não remover ou alterar, nem consentir que sejam removidos nem alterados, quaisquer vestígios do sinistro, sem acordo prévio da Seguradora; IV) Fornecer à Seguradora todos os elementos de prova solicitados, bem como todos os relatórios ou outros documentos de interesse que possuam ou venham a obter, preenchendo com verdade e completamente os documentos que para o efeito lhes forem solicitados e apresentados pela Seguradora; V) Colaborar com a Seguradora no apuramento da causa do sinistro ou na conservação, beneficiação ou venda dos salvados; VI) Cumprir as prescrições de segurança que sejam impostas pela lei, regulamentos legais, ou cláusulas deste contrato; VII) Apresentar imediatamente queixa às autoridades competentes dos furtos ou roubos de que sejam vítimas, fornecendo à Seguradora documento comprovativo, bem como promover todas as diligências conducentes à descoberta dos objectos subtraídos e dos autores do crime; VIII) Não assumir qualquer obrigação perante terceiros, nomeadamente qualquer pagamento ou oferta, ou praticar algum acto tendente a reconhecer a responsabilidade da Seguradora sem a sua expressa autorização; IX) Informar a Seguradora no momento da participação, da existência de outro(s) seguro(s) sobre os mesmos bens e contra os mesmos riscos, relativamente a cada um dos quais possam reclamar qualquer indemnização; X) Avisar a Seguradora, no prazo de 24 horas, nos casos de recuperação de todos ou de parte dos objectos furtados ou roubados, quando tal se verifique. a) Obrigações cujo incumprimento intencional do Tomador do Seguro e/ou do Segurado, liberta a Seguradora de efectuar a indemnização a que estaria obrigada: I) Causarem intencionalmente o sinistro; II) Agravarem voluntariamente as consequências do sinistro ou dificultarem intencionalmente o salvamento dos bens seguros; III) Subtraírem, sonegarem, ocultarem ou alienarem salvados; IV) Impedirem ou dificultarem, voluntariamente, a actuação da Seguradora no apuramento da causa e consequência do sinistro; V) Usarem de fraude, simulação, falsidade ou de quaisquer outros meios dolosos, bem como de documentos falsos para justificar a reclamação. CAPITULO VII INDEMNIZAÇÕES ART.º 21.º DETERMINAÇÃO DE PREJUÍZOS 1. Em caso de sinistro, e ainda que o seguro produza efeitos a favor de terceiros, a avaliação dos bens seguros e dos res- 7

SEGURO DE INCÊNDIO pectivos prejuízos será feita entre o Segurado e a Seguradora que, para o efeito, observarão exclusivamente os critérios estabelecidos nos Artigos 13.º e 14.º para a determinação do capital seguro. 2. Se os prejuízos ocorrerem em edifícios, serão ainda aplicadas as seguintes normas: a) A Seguradora não indemnizará o Segurado pelo agravamento sofrido no custo da reparação ou reconstrução dos edifícios seguros, em consequência da alteração do alinhamento ou de modificações nas características da sua construção; b) A Seguradora, no caso de construções feitas em terreno alheio, destinará a indemnização à reparação ou reconstrução do imóvel no mesmo terreno onde se encontrava, pagando os trabalhos à medida da sua execução até ao limite do valor seguro; c) Caso se verifique, à data do sinistro, insuficiência ou excesso de capital seguro, aplica-se o disposto no Art.º 15.º. ART.º 22.º ARBITRAGEM 1. Nos litígios surgidos ao abrigo desta apólice poderá haver recurso à arbitragem para o que, cada uma das partes nomeará um perito-árbitro, os quais, em caso de necessidade designarão um terceiro perito-árbitro, que decidirá sobre os pontos em que houver divergências. 2. No caso de discordância quanto à designação do terceiro perito-árbitro, este será indicado pelo Juiz da Comarca do local da emissão da apólice. 3. A arbitragem incidirá apenas sobre a determinação dos valores, nunca implicando o reconhecimento por parte da Seguradora da obrigação de indemnizar, nem prejudicando a alegação de questões de direito, ou mesmo de facto, que não sejam de mera valorimetria. 4. Os peritos-árbitros são dispensados de formalidades judiciais, e a avaliação final é inatacável por qualquer uma das partes. 5. Cada uma das partes pagará os honorários do respectivo perito-árbitro, e metade dos honorários do terceiro peritoárbitro se o houver. ART.º 23.º ÓNUS DA PROVA Impende sobre o Segurado o ónus da prova da veracidade da reclamação e do seu interesse legal nos bens seguros, podendo a Seguradora exigir-lhe todos os meios de prova adequados e que estejam ao seu alcance. ART.º 24.º INTERVENÇÃO DA SEGURADORA 1. A Seguradora dispõe da faculdade de mandar proceder às remoções que julgar convenientes, vigiar o local do sinistro ou os salvados, bem como promover a sua beneficiação ou venda pelo melhor preço, e por conta do legítimo proprietário. 2. O Tomador de Seguro e/ou Segurado não podem eximir-se às suas obrigações, mesmo que a Seguradora manifeste a intenção de actuar ou actue de harmonia com as faculdades previstas no número anterior. ART.º 25.º FORMA DE PAGAMENTO DA INDEMNIZAÇÃO 1. A Seguradora reserva-se a faculdade de pagar a indemnização em dinheiro ou, em alternativa, substituir, repor, reparar ou reconstruir os bens seguros, destruídos ou danificados. 2. Sempre que a Seguradora opte por não indemnizar o Segurado em dinheiro, este deverá, sob pena de responder por perdas e danos, prestar-lhe a colaboração que seja razoável e abster-se da prática de quaisquer actos que impeçam ou dificultem desnecessariamente os trabalhos destinados à liquidação em espécie. ART.º 26.º REDUÇÃO AUTOMÁTICA DE CAPITAL SEGURO 1. Após a ocorrência de um sinistro, o capital seguro ficará, até ao final da anuidade em curso, automaticamente reduzido do montante correspondente ao valor da indemnização atribuída, sem que haja lugar a estorno do prémio. 2. No entanto podem, o Tomador do Seguro e/ou Segurado, reconstituir o capital seguro, para esse período de tempo, pagando o prémio complementar correspondente. 8

CONDIÇÕES GERAIS ART.º 27.º PAGAMENTO DE INDEMNIZAÇÃO A CREDORES 1. Quando a indemnização for paga a credores hipotecários, pignoratícios, ou outros em favor dos quais o contrato de seguro tenha sido celebrado, a Seguradora poderá exigirlhe, se assim o entender ainda que o contrato tenha sido por eles efectuado e em seu próprio benefício que o pagamento se faça em termos que validamente permitam o distrate ou a exoneração da dívida na parte relativa ao valor indemnizado. 2. Esta faculdade não constitui, porém, para a Seguradora uma obrigação, nem implica para ela qualquer responsabilidade. ART.º 28.º SUB-ROGAÇÃO 1. A Seguradora, uma vez paga a indemnização, fica subrogada até à concorrência da quantia indemnizada, em todos os direitos do Tomador de Seguro e/ou Segurado, contra os terceiros responsáveis pelo sinistro, obrigandose estes a praticar o que necessário for para efectivar esses direitos. 2. A Seguradora considera-se liberta do cumprimento da prestação a que se encontra obrigada, enquanto, por acto ou omissão meramente culposa do Tomador de Seguro e/ou do Segurado, a sub-rogação não se puder exercer. 3. Quando tal acto ou omissão do Tomador de Seguro e/ou do Segurado se traduza num comportamento doloso, a Seguradora terá direito a uma indemnização pelas perdas e danos sofridos. CAPITULO VIII DISPOSIÇÕES FINAIS ART.º 29.º INSPECÇÃO DO LOCAL DE RISCO 1. A Seguradora pode mandar inspeccionar, por representante credenciado e mandatado, os bens seguros e verificar se são cumpridas as condições contratuais, obrigando-se o Segurado a fornecer as informações que lhe forem solicitadas. 2. A recusa injustificada do Segurado ou de quem o represente, em permitir o uso da faculdade mencionada, confere à Seguradora o direito de proceder à resolução do contrato de seguro, mediante notificação por correio registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito, com antecedência mínima de 15 dias. 3. Nas circunstâncias previstas no número anterior, a Seguradora adquire o direito a 50% do prémio correspondente ao período de tempo que decorreria até ao vencimento do contrato. ART.º 30.º SEGURO DE BENS EM USUFRUTO 1. Salvo estipulação em contrário expressa nas respectivas Condições Particulares, o contrato de seguro de bens onerados com usufruto considera-se efectuado em proveito comum do proprietário e do usufrutuário, ainda que seja celebrado isoladamente por qualquer um deles, entendendo-se a todo o tempo da sua vigência, que ambos os interessados contribuíram para o pagamento do prémio. 2. Em caso de sinistro a indemnização será paga mediante recibo assinado por ambos. ART.º 31º COMUNICAÇÕES E NOTIFICAÇÕES 1. As comunicações ou notificações que, no âmbito do presente contrato, cada uma das partes faça à outra, só serão eficazes se forem efectuadas por meio de carta registada ou por outro meio do qual fique registo escrito, enviada para o último domicílio do Tomador de Seguro e/ou Segurado, constante do contrato ou para a sede social da Seguradora. 2. Todavia, a alteração de morada ou de sede do Tomador do Seguro e/ou do Segurado deve ser comunicada à Seguradora nos 30 dias subsequentes à data em que se verifiquem, por carta registada ou por outro meio do qual fique registo escrito, sob pena de as comunicações ou notificações que a Seguradora venha a efectuar para a morada desactualizada se terem por válidas e eficazes. 3. As comunicações ou notificações da Seguradora previstas nesta apólice consideram-se válidas e plenamente eficazes caso sejam efectuadas por correio registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito, para a última morada do Tomador do Seguro e/ou do Segurado constante do contrato, ou entretanto comunicada nos termos previstos no número anterior. ART.º 32.º EFICÁCIA EM RELAÇÃO A TERCEIROS As excepções, nulidades e demais disposições que, de acordo com o presente contrato ou com a lei, sejam oponíveis ao 9

SEGURO DE INCÊNDIO ART.º 33.º LEGISLAÇÃO APLICÁVEL 1. Todo o conflito que respeite à interpretação do presente contrato será decidido segundo a lei angolana. 2. Nos casos omissos no presente contrato, recorrer-se-á à legislação aplicável. ART.º 34.º FORO COMPETENTE O foro competente para qualquer pleito emergente deste contrato é o do local de emissão da Apólice. 10

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