CALDEIRA DE LEITO FLUIDIZADO X GRELHA

Documentos relacionados
Caldeiras de Leito Fluidizado

Maquinas Termicas - Fornalha

VIABILIDADE TÉCNICA DE COMBUSTÃO EM LEITO FLUIDIZADO DE CARVÃO MINERAL RESIDUAL PROVENIENTE DE LAVADORES DE CARVÃO TIPO JIGUE

SEMINÁRIO STAB FENASUCRO AGROIDUSTRIAL

Relatório Técnico. Visitas: Brandenburg Technische Universitat e à Planta Piloto de Demonstração 30 MW em Schwarzee Pump Alemanha

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

Ronald Schwanke Eng. Químico, MSc. Coord. Técnico Plataforma de Energia e Emissões Consultor em Eficiência Energética e Emissões Atmosféricas


Aproveitamento da Palha de Cana de Açúcar Planta CTC Palha Flex


CALDEIRAS PARA QUEIMA DE DIFERENTES TIPOS DE BIOMASSA

Susana Sequeira Simão

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

USINA TERMOELÉTRICA...

Máquinas Térmicas Turbinas a Gas. Jurandir Itizo Yanagihara

Fornalha. Aparelho de combustão Câmara de combustão. Atmosfera: Local onde se queima o combustível

Balanço de massa e energia da Caldeira de Recuperação 3 da Fíbria - Jacareí 24/05/12

PQI-2321 Tópicos de Química para Engenharia Ambiental I

Legado do Fundador. Tradição e Tecnologia. Uma longa relação com a geração de vapor e de soluções. Certificações

Votorantim Metais do niquel para o ácido sulfurico. Fernando Braghini - Vmetais FM Thomas Bartoneck - Combustion Solutions Mario Beer MB Consultores

S T A B F E N A S U C R O T E R C I O D A L L A V E C C H I A E J O Ã O S A N T O S

GERANDO VAPOR E SOLUÇÕES

Sumário. Apresentação... IX Prefácio... XI Minicurrículo do Autor... XIII

Sistemas de Queima. Sistemas de queima de. Combustíveis sólidos Combustíveis líquidos Combustíveis gasosos

Maquinas Termicas Geradores de Vapor

Máquinas Térmicas. Transferência de Calor na Caldeira

Cogeração na indústria: os benefícios e os ganhos energéticos

Secagem e Armazenagem de Grãos e Sementes Aula 06

Grupo Küttner Kuttner do Brasil

PRODUTOS.

Maquinas Termicas Geradores de Vapor

GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA DE ELÉTRICA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

Combustão é uma reação química de óxido-redução entre um combustível e um comburente, sendo obtido calor (energia) e sub-produtos.

O Sistema de Gestão encontra-se certificado pela Norma NP EN ISO 9001:2008 (Certificado ISO 9001:2008 VENTIL)

Recuperador de Ouro. T: (31) W:

Curso Engenharia de Energia

Análise do processo de transferência térmica na sinterização. Fornos utilizados para queima de produtos cerâmicos

XI Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente Certificação Ambiental e Responsabilização Social nas Organizações

Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos

PROJETO DE PLANTA DE PELETIZAÇÃO DE BIOMASSA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

Maior Segurança e Produtividade em suas Operações

SECADORES CEREAIS JOSCIL

COMBUSTÃO MISTA DE CARVÃO MINERAL E SERRAGEM EM LEITO FLUIDIZADO

Cooperação Brasil Alemanha Programa Energia

FUNDAMENTOS DA GERAÇÃO DISTRIBUIDA. Prof. Electo Eduardo Silva Lora

BIOMASSA LENHA PELLETS

Toda a indústria produtiva, como a automotiva,

Equipamentos de controle ambiental - ar

Facilidade de instalação. Ligações localizadas apenas na unidade interior. Redução até 80% do tempo de instalação. Conforto térmico elevado

Descrição Resumida do processo

Geração de Energia Elétrica

6 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

Soluções em Eficiência Energética

Biomassa e Energia Raízen CTBE

Conceitos, fontes de energia, a questão energética no futuro e o caso brasileiro

Determinação da eficiência elétrica das usinas brasileiras para produção exclusiva de açúcar e/ou etanol (Revisão 0 17/05/2010).

DISPONIBILIDADE, CARACTERIZAÇÃO, COLETA E PRÉ-TRATAMENTO DA BIOMASSA 13

A Questão do Meio Ambiente na Cadeia Produtiva dos Biocombustíveis no Brasil

Estudo e Levantamento das Melhores Soluções Técnicas para uma Unidade de Valorização de Biomassa como Combustível

MC Bomba Multiestágio Segmentada de Alta Pressão

Equipamentos e Técnicas de Pré, Pós-Aquecimento e Tratamento Térmico

Outra vantagem apresentada, é por exemplo o facto dos gases ácidos e as partículas que ficam nos filtros e assim não contaminam a atmosfera.

Caldeiras. Notas das aulas da disciplina de EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS. Equipamentos Industriais 1

Aproveitamento Energético de Resíduos e Biomassa. Eng Rogério C. Perdoná

USINA TERMOELÉTRICA DO NORTE FLUMINENSE,MACAE, RIO DE JANEIRO

PNEUMÁTICA PNEUMÁTICA COMPARAÇÃO DESVANTAGENS VANTAGENS: Preparação; Compressibilidade; Potência; Escape de ar; Custo;

Propriedades da madeira para fins de energia. Poder Calorífico

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Londrina Operações Unitárias na Indústria de Alimentos. Profa. Marianne Ayumi Shirai

VISITA TÉCNICA #01 18 DE JULHO. Central de Incineração do SUCH, localizada no Parque de Saúde de Lisboa

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERMODINÂMICA

Composição. O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves, que, à temperatura ambiente e pressão atmosfé

MOTORES Flex. Tadeu Cordeiro, M.Sc., D.Sc. Consultor Senior CENPES/PDAB/DPM. UFRJ Dezembro de 2012

A maximização do uso de combustíveis alternativos

GERADORES DE VAPOR FOGOTUBULARES. Tecnologia

14º SBA A USINA DA SUPERAÇÃO

Injeção eletrônica de combustíveis

Máquinas Térmicas. Transferência de Calor na Caldeira

Máquinas Térmicas: Cogeração

Cogeração na Indústria Canavieira: Realidade e perspectivas

FILTRO INERCIAL FIRE GUARD

Recursos Energéticos e Ambiente. Aula 4. Organização da Aula. Energia Solar. Contextualização Parte 1. Instrumentalização. 1.

CALDEIRAS. Radiadores e Acessórios.

Catálogo

Tratamento Térmico de Resíduos. Uma Opção para a Destinação do Resíduo: Tratamento Térmico

WORKSHOP MODELAGEM CLIMÁTICA E A TERCEIRA COMUNICAÇÃO NACIONAL. Experiências de Estudos de Impactos das Mudanças de Clima nas Energias Renováveis

Comparação do Desempenho Ambiental. Ambiental

CASE UNIÃO ENERGIA ENERGIA DE BIOMASSA

Valorização Energética de. Lamas de ETAR. nos Fornos de Cimento

Impurezas e Qualidade de Cana-de-Açúcar

BIOGÁS de ETE PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. CASE da ETE RIBEIRÃO PRETO

A Energia solar. Fontes alternativas de energia - aproveitamento da energia solar 1

Fonte: O autor, 2015.

COMBUSTÍVEIS E COMBUSTÃO

Usinagem 2. Aula 4 Corte por Plasma

EN-2416 Energia, meio ambiente e sociedade

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

Introdução: O que é Poluição Atmosférica e quais os padrões nacionais de Emissão?

Transcrição:

CALDEIRA DE LEITO FLUIDIZADO X GRELHA 27/10/2016

AGENDA A GUARANI CALDEIRA DE LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE (BFB) DEMONSTRAÇÃO CALDEIRAS BFB E GRELHA COMPARATIVO BFB X GRELHA APRESENTAÇÃO GUARANI 2

A GUARANI

GUARANI 07 UNIDADES MOAGEM 21.000.000 t/ano PRODUÇÃO DE AÇÚCAR 1.700.000 t/ano PRODUÇÃO DE ETANOL 700.000 m³/ano VENDA DE ENERGIA 1.100 GWh/ano APRESENTAÇÃO GUARANI 4

CALDEIRA DE LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE (BFB)

LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE (BFB) Projetado para queimar resíduos de biomassa em um leito de areia fluidizada A velocidade de fluidização e o volume de fornalha devem ser adequados para completar a combustão na área livre acima do leito O controle da temperatura do leito é fundamental (760-870 C). É realizado por meio da regulagem do ar e/ou pela recirculação do gás de combustão A área do leito deve ser determinada para a maior umidade do combustível, que corresponde à maior velocidade de fluidização A combinação do ajuste da estequiometria do leito e da recirculação de gases permite uma faixa muito ampla de combustíveis úmidos que podem ser queimados e um elevado turndown da caldeira APRESENTAÇÃO GUARANI 6

LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE (BFB) O leito atua como um capacitor térmico, fornecendo uma grande quantidade de calor para combustíveis úmidos que absorvem por condução ou convecção dentro do leito e são rapidamente secos A rápida absorção de calor do leito de areia é capaz de secar combustíveis úmidos sem afetar a temperatura da fornalha, seu controle de tiragem ou a combustão no leito A queima no leito é sub-estequiométrica, sendo completada na região acima do leito com o ar secundário. Isto contribui para uma alta taxa de conversão com baixo teor de incombustos. APRESENTAÇÃO GUARANI 7

LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE (BFB) O leito pode ser projetado com fundo aberto Facilitar a renovação do material do leito e a remoção de cinzas pesadas APRESENTAÇÃO GUARANI 8

LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE (BFB) Chapas instaladas na parte central de cada bica para prevenir dreno preferencial pelo centro Caso não haja remoção de pedras e cinzas residuais pode haver interferência na fluidização do leito ocasionando perda de eficiência de combustão APRESENTAÇÃO GUARANI 9

LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE (BFB) Com a purga intermitente, as cinzas pesadas e materiais estranhos podem ser continuamente removidos, mantendo a temperatura do leito e a combustão eficiente O monitoramento das condições de operação do leito ajuda o operador a determinar a frequência de purga requerida Esta frequência depende da quantidade de pedras que vem com o combustível O material do leito é removido lentamente de modo que as bicas permanecem resfriadas não sendo requerido isolamento térmico Não é necessário resfriamento dos transportadores de cinzas VÁLVULA DE DRENO APRESENTAÇÃO GUARANI 10

LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE (BFB) O ar primário é alimentado a um sistema de bocais localizados na parte inferior da fornalha APRESENTAÇÃO GUARANI 11

LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE (BFB) Outros tipos de leito Fundo refrigerado a água Step-grid APRESENTAÇÃO GUARANI 12

LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE (BFB) Step Grid APRESENTAÇÃO GUARANI 13

LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE (BFB) Step Grid APRESENTAÇÃO GUARANI 14

LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE (BFB) Step Grid APRESENTAÇÃO GUARANI 15

DEMONSTRAÇÃO CALDEIRAS BFB E GRELHA

DEMONSTRATIVO CALDEIRA DE GRELHA APRESENTAÇÃO GUARANI 17

DEMONSTRATIVO CALDEIRA BFB APRESENTAÇÃO GUARANI 18

COMPARATIVO BFB X GRELHA

BFB x GRELHA Eficiência de combustão Eficiência de combustão de resíduos de biomassa em condições normais de operação BFB Grelha 99,5% 94 a 97% Eficiência ao PCI 91,2% 87% Excesso de ar 20% 40% Ganho final como redução de combustível 8 a 14% Cinza de bagaço de cana Queimado em BFB Cinza de bagaço de cana Queimado em combustor de Grelha APRESENTAÇÃO GUARANI 20

BFB x GRELHA Flexibilidade de combustíveis BFB Umidade admissível para queima 65% Grelha 53% (Máxima) Admite grandes variações na composição da biomassa Sim Não APRESENTAÇÃO GUARANI 21

BFB x GRELHA Manutenção Redução dos custos de manutenção pela menor quantidade de material circulante Desgaste por peças móveis e trabalho em alta temperatura BFB 12 g/kg Comb. Grelha 50 g/kg Comb. Não Sim (se grelha rotativa p/ peças móveis) Sem partes móveis e com bicos refrigerados por ar Sim Não Maior potencial de redução dos custos de manutenção Sim Não APRESENTAÇÃO GUARANI 22

BFB x GRELHA Emissões BFB Grelha Emissões de NOx <150 ppm >250 ppm Emissões de CO <100 ppm >200 ppm * Projeto considerando sistemas de controle de emissões similares APRESENTAÇÃO GUARANI 23

BFB x GRELHA Emissões NO x Particulados BFB Reduzidas devido às baixas temperaturas de combustão no leito e queima em estágios Queima mais completa (99,5%) resulta em maior eficiência da caldeira e menor arraste de incombustos Grelha Mais elevadas, acima de 250 ppm Eficiência de combustão de 97% resulta em menor eficiência da caldeira e maior arraste para o sistema de limpeza dos gases Cinzas pesadas Baixa % de carbono Alta % de carbono SO x Podem ser controladas através de adição de calcário no leito Não é possível controlar na fornalha, somente com FGD* - Dessulfurização * FGD Flue Gas Desulphurization APRESENTAÇÃO GUARANI 24

Vantagens operacionais da caldeira BFB Maior disponibilidade operacional da caldeira, pelo leito não estar sujeito às variações de granulometria e umidade Bagaço de cana com diferentes granulometrias Bagaço de cana proveniente de difusor Bagaço de cana proveniente de moenda APRESENTAÇÃO GUARANI 25

Vantagens operacionais da caldeira BFB Eliminação do risco de incêndio nas partes pós-caldeira pela não existência de não queimados e pelo CO sempre inferior a 50 ppm Redução da velocidade dos gases em virtude do excesso de ar inferior a 20% Redução de corrosão por cloretos, considerando o controle sobre a temperatura do metal do superaquecedor que a caldeira BFB permite APRESENTAÇÃO GUARANI 26

VANTAGENS OPERACIONAIS DA CALDEIRA BFB Redução de custo de investimento quando de instalação de precipitador eletrostático (ESP) ou filtro de mangas, pela não necessidade de uso de pré-coletor do tipo multiciclone APRESENTAÇÃO GUARANI 27

DESVANTAGENS DA CALDEIRA BFB Necessidade de queima de combustível auxiliar (etanol ou gás) Consumo de potência BFB Sim Maior (3,0 MW para uma caldeira de 150 t vapor/h a 65 bar / 520 C) Grelha Não Menor (1,5 MW para uma caldeira de 150 t vapor/h a 65 bar / 520 C) APRESENTAÇÃO GUARANI 28