Analise comparativa em redes sem fio utilizando padrões IEEE n e IEEE ac

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Transcrição:

Analise comparativa em redes sem fio utilizando padrões IEEE 802.11n e IEEE 802.11ac Jefferson Silva Gomes de Souza Faculdade de Tecnologia Ibratec jeffersonsinho@hotmail.com Abrahão Camelo Orientador abrahao.camelo@unibratec.edu.br Thiago José de Almeida Mendonça Faculdade de Tecnologia Ibratec Thiagojosem@hotmail.com Dayvidson Bezerra Orientador dayvidsonbezerra@gmail.com ABSTRACT This article was developed with the purpose of showing the evolution of the IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) 802.11 standards, popularly known as wireless or wireless networks. The IEEE 802.11 standard normalizes the use of the connectivity of the wireless networks and their equipment in the world, following the evolution, improving and optimizing costs, potentiating new equipment to supply the need for wireless technology growth in the corporate and personal environment. Faced with this advance, it is well known that the number of technological equipment and also electronic wireless, has been growing rapidly. Keywords: IEEE 802.11, Wireless, Electronic. Technological, RESUMO Este artigo foi desenvolvido com a finalidade de mostrar a evolução dos padrões IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos) 802.11, popularmente conhecido como redes sem fios ou Wireless. O padrão IEEE 802.11 normaliza o uso da conectividade das redes sem fios e seus equipamentos no mundo, acompanhando a evolução, melhorando e otimizando custos, potencializando novos equipamentos para suprir a necessidade de crescimento da tecnologia Wireless no ambiente corporativo e pessoal. Diante desse avanço, é notório que o número de equipamentos tecnológicos e também eletrônicos sem fios, vem crescendo rapidamente. Palavras chave: IEEE 802.11, Wireless, Tecnológico, Eletrônico. 1.INTRODUÇÃO O crescimento da telecomunicação vem possibilitando o nascimento de diversas novas tecnologias que vem com o intuito de atender com mais precisão a necessidade de seus usuários. Segundo [1], nos últimos anos, o meio de comunicação sem fio vem ganhando espaço bastante significante nas tecnologias de transmissão de dados, agora não só existindo nas comunicações de longa distância, mas também em ambientes locais. Desenvolvido em 2012 o padrão 802.11ac tem como maior característica a possibilidade de transferência de dados com largura de banda de até 1.3 Gbps, ou seja, uma conexão mais veloz comparada a tradicional. Segundo [2] existem cinco características que marcam esse novo padrão: velocidades gigabit - o triplo da velocidade do 802.11n, melhor cobertura, confiabilidade, qualidade e compatibilidade. 2. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS 2.1 Justificativa Este artigo tem como finalidade mostrar a evolução dos equipamentos (roteadores e receptores) e suas novas tecnologias nas redes sem fio, que tendem a acompanhar o crescimento da rede wireless, tomando como tal o padrão IEEE 802.11ac, comparando com o padrão anterior IEEE 802.11n. 2.2 Objetivo Geral Comparar através de testes de laboratório características de desempenho entre equipamentos que utilizam padrões IEEE 802.11N E IEEE 802.11 AC. 2.3 Objetivos Específicos Descrever o padrão IEEE 802.11n; Descrever o padrão IEEE 802.11ac; Realizar testes em laboratório com dispositivos dos padrões 802.11n e 802.11ac em um cenário indoor, analisando os fatores de intensidade de sinal, latência e throughput; Analisar os resultados dos testes e confrontá-los com a literatura e normas técnicas pesquisadas. 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste ítem veremos a descrição dos padrões de rede WI- FI IEEE 802.11ac e 802.11n, detalhando suas principais mudanças e uma breve história de seus surgimentos. 3.1 Redes sem fio IEEE 802.11 De acordo com [2], o padrão IEEE 802.11, iniciado na década de 1990, pode trabalhar em modo infraestrutura onde existe uma estação-base, que é mais conhecido como ponto de acesso ou Access Point (AP), onde os

clientes (Notebooks e dispositivos móveis) se conectam para se comunicarem. Um outro modo é o denominado rede ad hoc, nesse modo os clientes se comunicam diretamente entre si, mas, é um modo utilizado ocasionalmente. 4.3 ESS A arquitetura Extended Service Set (ESS) é constituída por um ou mais pontos de acessos, utilizando o mesmo nome que identificador da rede, e consiste em estender a rede além do limite de abrangência. [3] Uma ESS é um grupo constituído por várias BSS s, onde os pontos de acessos disponíveis formam uma única rede. Figura 1: Rede sem fio com AP, Rede Ad hoc Fonte: [3] Há outros padrões derivados do 802.11 denominados 802.11a, 802.11b e 802.11g utilizam o protocolo Carrier sense multiple access with collision avoidance (CSMA/CA), onde a estação verifica se o canal está ocupado antes de fazer qualquer transmissão. [3] explica que no meio sem fio podem ocorrer colisões quando existir transmissões múltiplas, para evitar esse tipo de problemas o CSMA/CA entra em ação. 4 ARQUITETURAS IEEE 802.11 A tecnologia 802.11 é dividida em três arquiteturas: IBSS, BSS e ESS. 4.1 IBSS Conhecida como Ad-hoc a Independent Basic Service Set possui a estrutura de uma rede sem fio a partir de seus hosts onde pode-se definir a identificação e a senha da rede sem a necessidade de um equipamento concentrador. 4.2 BSS A arquitetura Basic Service Set (BSS) é constituída por um ou mais hosts e um ponto de acesso, para que exista comunicação entre os hosts é necessário que todos estejam conectados no access point que fará a interconexão entre eles. Figura 3: Arquitetura ESS Fonte: Autoria própria, 2017 5 PADRÃO IEEE 802.11N Em meados do ano 2003, um grupo de pesquisadores da IEEE trabalhava em busca de criar algo que atendesse melhor a demanda de largura de banda na tecnologia 802.11, iniciaram o desenvolvimento de um mais novo padrão realizando apenas algumas mudanças nas camadas física de enlace (camada MAC). A intensão seria obter melhorias relacionadas ao desempenho no trafego de dados, este padrão estava sendo desenvolvido com o objetivo de atingir pelo ao menos a taxa de 100Mb/s. [4] 5.1 PRINCIPAIS MUDANÇAS NA CAMADA FÍSICA Para chegar a tais resultados foi utilizada a técnica de multiplexação espacial, utilização da tecnologia Multiple-Input-Miltiple-Output (MIMO), as mudanças também contaram com a inserção de canais com largura dobradas chegando a 40Mhz. De acordo com [4] a técnica MIMO consiste na utilização de múltiplas antenas com o intuito de diminuir a quantidade de erros e aumentar a capacidade de transmissão, para obter este resultado a técnica faz uso da multiplexação espacial, que por sua vez divide a transmissão em diversos pedaços que são chamados de (streams), que são transmitidos por antenas diferentes, porém, no mesmo canal e na mesma frequência. Na Figura 4 observa-se o funcionamento do sistema utilizando a técnica MIMO para transmissão e recepção. Figura 2: Representação de uma arquitetura BSS Fonte: Autoria própria, 2017 Figura 4: Transmissão e recepção utilizando MIMO Fonte: [4]

5.2 PRINCIPAIS MUDANÇAS NA CAMADA MAC Para que as mudanças da camada física resultassem em uma taxa de transmissão com mais eficiência foram primordiais a realização de algumas mudanças na camada MAC. [4] O intervalo de tempo entre frames foi uma das principais mudanças, se esse intervalo for muito longo poderá causar uma sobrecarga, pois o canal ficará inativo por muito tempo, se caso for muito curto, é provável ter perdas. [5] A ideia de introduzir canais de 40 Mhz seria uma forma simples de dobrar a taxa de transmissão, porém para obter canais com essa largura foi utilizada uma técnica chamada channel Bonding, que consiste em unir dois canais vizinhos de 20 Mhz duplicando assim a sua capacidade. Os padrões anteriores trabalham com intervalos da ordem de 16 microssegundos denominado Short InterFrame Spacing (SIFS). 6 PADRÃO IEEE 802.11 AC Segundo [2], no ano de 2007, apesar do padrão 802.11n estar em pleno funcionamento e atendendo as necessidades dos usuários, em maio do mesmo ano foi criado o grupo de estudos pela IEEE 802.11, chamado de Very High Throughput (VHT), este grupo tinha a intenção de elevar as taxas de transmissão maior que 600Mbs, para isso o grupo tinha que ser aprovado pelo Pedido Autorização Projeto (PAR), para que o projeto fosse levado a frente. Em setembro de 2008 foi aprovado o PAR, que dava autorização para que as pesquisas fossem iniciadas, em dezembro de 2012 foi lançado o padrão 802.11ac. 6.1 CANAIS MAIS AMPLOS O padrão 802.11ac usa dois canais de transmissão, são eles: canais de 80MHz e de 160MHz, usa 256 QAM, aumentando a velocidade de transmissão fazendo uso de bloco único de 160MHz ou dividindo em dois blocos de 80MHz cada. [2] 6.2 BEAMFORMING (FILTRAGEM ESPACIAL) É um processo pelo qual o transmissor remetente direciona suas forças para o dispositivo receptor que deseja atingir, há também uma conversa entre ambos dispositivos envolvidos na transmissão e recepção fazendo troca de informações sobre o meio no momento da transmissão, havendo necessidade os quadros enviados pode ser modificados para melhor adaptasse ao canal no momento da transmissão, recebendo o sinal que lhe interessa e desprezando as interferências por isso é chamado de antena inteligente. [2] Figura 5: Terminologia e processo beamforming 6.3 MULTI-USER MIMO (MU- MIMO) Para obter maior desempenho o 802.11ac faz uso de 256QAM de codificação que exige canais mais amplos e limpos, por isso o uso da frequência de 5GHz, esse padrão divide seus canais em sub-portados OFDM. O padrão 802.11ac dobrou o tamanho do canal em relação à o padrão anterior, fazendo uso de canais de 80 MHz ou 160 MHz, o mesmo faz uso de canais primários e secundários, a modulação e codificação usada é Modulation and Coding Set (MCS), conduz maior gama de velocidade. A Figura mostra uma comparação do MIMO simples e MIMO multiusuário. [2] Figura 6: Comparação MIMO Single e multi-user 6.4 ENQUADRAMENTO PHY Os designers do projeto de arquitetura de protocolos do padrão 802.11ac, fizeram adaptação na camada física para que o novo padrão suportasse o aumento dos fluxos espaciais e a nova largura de canais sem esquecer que deveria ser compatível com os padrões 802.11 anteriores, para isso foi inserido novo cabeçalho da camada física que pudesse ativar vários dispositivos receptores para receber seus quadros simultaneamente. 6.5 CAMPOS DO QUADRO VHT NON-HT (Short Training Field (STF) e NÃO-HT (Long Training Field (LTF): Esses campos são os mesmos usados no 802.11a, eles consistem em uma sequência de 12 símbolos OFDM. NO-HT CAMPO DE SINAL (L-SIG): usado no padrão 802.11a para descrever a taxa de dados e compartilhamento em bytes.

VHT curto campo de treinamento (VHT- STF): Este campo tem a finalidade de ajudar a sintonizar o receptor no sinal. VHT longa campo de treinamento (VHT- LTF): Nesse campo de comprimento de formação VHT, consiste de uma sequência de símbolos de configurações chamados DEMOD. Campo de dados: Nesse campo existem pacotes de protocolos de camadas superiores, ou quadro agregado contendo múltiplas camadas. Se não houve campo de dados na camada física são chamados de pacotes de dados nulo PDN. Campo de sinais VHT: É um campo de sinal para descrever a carga útil do quadro da camada física. Sinal do campo VHT: Esse campo de sinal vem na frente do quadro, podendo assumir uma forma de único usuário como mostra a Figura. GI CURTA (1 BIT): Neste campo se o intervalo de 400ns curto de guarda for usado ele será igual 1. GI CURTO DESAMBIGUAÇÃO (1 BIT): Se o intervalo de guarda curto for usado, possivelmente necessite de um símbolo extra. CODING (1 BIT): Esse código será igual a 0 quando a codificação convolucional é usada para proteção do campo de dados. LPDC SÍMBOLO ADD (1 BIT): Quando este campo for igual a 1, haverá necessidade de um símbolo de OFDM extra, MCS (4 bits). Nesse campo é encontrado o valor do índice do MCS. BEAMFORMED (1 BIT): Se uma matriz de formação de feixe for aplicada, este bit será ajustado para 1, caso contrário será 0. CRC (8 BITS) O: Cyclic Redundancy Check (CRC) permite que o receptor do quadro da camada física detecte erros no sinal de campo. TAIL (6 BITS): São 6 zeros inseridos para encerrar o código convolucional esse código exige uma rampa de zeros a direita para funcionar corretamente. Figura 7: VHT Signal A field (single-user format) 6.6 COMPONENTES DO SINAL São usados bits para representar e completar as necessidades de funcionamento do padrão 802.11ac, como veremos suas principais características de atuação abaixo. LARGURA DE BANDA: Nesse campo são utilizados 2 bits para indicar a largura de banda do canal a ser utilizado em uma transmissão de dados no padrão 802.11ac. ID DE GRUPOS (6 Bits): O identificador de grupos usa o número 0 se a carga de dados for nano-usuário e a representação 63 se for multiusuário. NÚMERO DE ESPAÇO TEMPO DE CORRENTES (3 bits): São usados 3 bits que indicam o número de espaço de tempo decorrente baseado em Zero. AUXÍLIO PARCIAL (9 BITS): São usados os últimos 9 bits do Basic Service Set Identifier (BSSID), para o cliente é um identificador que combina o Id á BSSD do AP TRANSMISSOR DE ECONOMIA DE ENERGIA PROIBIDA (1 BIT): O AP de uma rede permite que os dispositivos de usuários desliguem o aparelho quando não está transmitindo, evitando o consumo de energia desnecessário. Figura 8: VHT Signal B field (single-user format) 6.7 TAXAS DE DADOS 802.11AC A velocidade de transmissão de do 802.11ac, dependem de vários fatores para o mesmo atingir a velocidade esperada, como largura do canal, modulação, codificação, número de fluxos espaciais e intervalo de guarda e TAXA DE DADOS DE MATRIZ 802.11AC) existe outra maneira de observar as velocidades do padrão 802.11ac, verificando a velocidade de linha de base. Tabela 1. Taxa de dados 802.11ac 6.8 ÚNICA OPERAÇÃO FLUXO ESPACIAIS É uma transmissão de único fluxo e simplificar opções de modulação em 802.11AC o padrão 802.11ac não tem tantas opções para valores de MSC como no 802.11n, porque ele não inclui número de fluxos espaciais seu valor de MSC não estar ligado ao número de fluxos

espaciais, usa apenas modulação e código de conjunto e não cai mais na opção de modulação desigual. Na Tabela abaixo veremos possíveis taxas de dados de várias tecnologias sem fio. Tabela 2: Comparação da velocidade entre os diferentes padrões 802.11 6.9 TÓPICOS A SEREM INSERIDOS O Mac: Em relação aos padrões anteriores não houve grandes mudanças. FRAMES DE GESTÃO: São quadros de gerenciamento capazes de sinalizar o que pode ser construído em uma rede 802.11ac, as taxas básicas são as taxas suportadas por todos clientes conectados ao AP. Figura 10: Planta baixa do cenário onde foram realizados os testes Três pontos de coleta de dados (P01, P02 e P03): Com obstáculo (Parede) e sem obstáculo (Visada livre). 7.2 DESCRIÇÃO DOS DISPOSITIVOS UTILIZADOS Para realização de todos testes foi utilizado um roteador da TP-LINK modelo Archer C50, padrões IEEE a/b/g/n/ac apresentado na Figura 15, com conexões simultâneas nas frequências de 2.4 GHZ com througput máximo de 300Mbps e na frequência de 5 GHZ com througput máximo de 867Mbps, o equipamento possui uma porta WAN fast-ethernet 10/100 e quatro portas LAN fast-ethernet 10/100. Também foram utilizados um adaptador TP-LINK USB dual band 802.11 a/b/g/n/ac e um cartão Intel Dell wireless suportando os mesmos padrões. A figura 16 representa esses dispositivos. Figura 11 Fonte: [6] Figura 9: A-MPDU Agregação de eficiência 7 ESTUDO EM LABORATÓRIO 7.1 DESCRIÇÃO DO CENÁRIO Foram definidos três pontos de coleta de dados dos fatores latência, intensidade de sinal e throughput. Os testes foram realizados em um ambiente interno como mostra a Figura 14 em situações de visada livre, obstáculos e interferências causadas por outros dispositivos Wifi. Todos os testes foram efetuados evidenciando os padrões IEEE 802.11n e 802.11ac. Figura 12 Fonte: [7],[8] 7.3 DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS UTILIZADAS 7.3.1. Wi-fi tool - utilizado no teste de intensidade de sinal e beamforming Analisador de redes wifi, com visualização 2D e 3D; Localizador de canais em 2.4Ghz e 5.4.Ghz; Utilizado no Sistema Operacional Windows 10. 7.3.2 Iperf - utilizado no teste de throughput Ferramenta para medição de largura de banda; Suporta os protocolos TCP, UDP e SCTP com IPV4 e IPV6; Utilizado no sistema operacional Kali Linux. 7.3.3 Ping - utilizado no teste de latência Ferramenta que utiliza o protocolo ICMP para teste de conectividade;

Utilizado no sistema Operacional Windows 10. 8 DESCRIÇÃO DOS TESTES DE INTENSIDADE DE SINAL, BEAM- 8.1. FORMING E LATÊNCIA 8.1.1 Testes de intensidade de sinal Teste de intensidade - ponto 1 Neste ponto, com a finalidade de analisar o nível de sinal no padrão 802.11ac foi configurado o canal 48 com largura de 80MHZ e para o padrão 802.11n o canal 3 com largura de 40MHZ, onde foi utilizado um host com a ferramenta wifi tool para fazer a coleta do sinal. Pode-se observar conforme a Figura 17 mostra o resultado da coleta, no padrão 802.11n obteve-se um nível de sinal de -38dBm e no padrão 802.11ac nível de intensidade de - 53dBm, considerado que o ponto de coleta estava a uma distância de 19 metros e sem obstáculos. Figura 14: Amostra de sinal no ponto 2 802.11n obteve-se um nível de sinal de -52dBm e no padrão 802.11ac nível de intensidade de -67dBm, considerado que o ponto de coleta estava a uma distância de 15 metros com obstáculos de 2 paredes. Figura 15: Amostra de sinal no ponto 3 8.1.2 testes de intensidade de beamforming Figura 13: Amostra de sinal no ponto 1 do cenário, utilizando a ferramenta Wi-fi Tool Teste de intensidade - ponto 2 Neste ponto, com a finalidade de analisar o nível de sinal no padrão 802.11ac foi configurado o canal 48 com largura de 80MHZ e para o padrão 802.11n o canal 4 com largura de 40MHZ, onde foi utilizado um host com a ferramenta wifi tool para fazer a coleta do sinal. Pode-se observar conforme a Figura 18 mostra o resultado da coleta, no padrão 802.11n obteve-se um nível de sinal de -74dBm e no padrão 802.11ac nível de intensidade de - 71dBm, considerado que o ponto de coleta estava a uma distância de 32,5 metros com obstáculos de 1 parede. Teste de intensidade - ponto 3 Neste ponto, com a finalidade de analisar o nível de sinal no padrão 802.11ac foi configurado o canal 48 com largura de 80MHZ e para o padrão 802.11n o canal 4 com largura de 40MHZ, onde foi utilizado um host com a ferramenta wifi tool para fazer a coleta do sinal. Teste de Beamforming - ponto 1 Com a finalidade de analisar o funcionamento da tecnologia beamforming no padrão IEEE 802.11ac, foram utilizados os dispositivos descritos no item 3.2. O host definido para fazer a análise foi posicionado entre o AP e o host autenticado. O AP foi configurado no canal 48 e largura de 80MHZ, os mesmos foram escolhidos por estarem em condições de menor interferência com outros equipamentos. Neste ponto a distância do host de coleta ao AP foi de 19 metros sem obstáculos, após a autenticação obteve-se um ganho de -65dBm para - 45dBm, como mostra a Figura 15, confirmando a ação da tecnologia composta pelo padrão 802.11ac. Figura 16: Amostra de sinal (beamforming) no ponto 1 Teste de Beamforming - ponto 2 A topologia, as configurações e os dispositivos utilizados neste ponto foram os mesmos utilizados no ponto 1. Neste ponto a distância do host de coleta ao AP foi de 32,5 metros com obstáculo de 1 parede, após a autenticação o sinal obtido de -71dBm permaneceu sem nenhuma alteração.

Teste de latência - ponto 2 Neste ponto foi obtido uma média de latência de 73ms no padrão 802.11n com uma quantidade de 32 pacotes enviados e 14 perdidos, enquanto no padrão 802.11ac com uma quantidade de 37 pacotes enviados sem perdas, foi obtida uma média de 11ms. Figura 17: Amostra de sinal (beamforming) no ponto 2 Teste de Beamforming - ponto 3 A topologia, as configurações e os dispositivos utilizados neste ponto foram os mesmos utilizados no ponto 1. Neste ponto a distância do host de coleta ao AP foi de 15 metros com obstáculo de 2 paredes, após a autenticação o sinal de -67 dbm obteve uma perda para -68 dbm, como mostra a Figura 22, descartando a possibilidade de ação do beamforming nessas condições. Teste de latência - ponto 1 Figura 20: Amostra teste de latência no ponto 2 Teste de latência - ponto 3 Neste ponto foi obtido uma média de latência de 13ms no padrão 802.11n com uma quantidade de 32 pacotes enviados sem perdas, enquanto no padrão 802.11ac com uma quantidade de 36 pacotes enviados sem perdas, foi obtida uma média de 36ms. Figura 18: Amostra de sinal (beamforming) no ponto 3 8.1.1 Testes de latência As configurações e os dispositivos utilizados para este teste foram os mesmos utilizados nos testes anteriores. Para analisar a latência, ou seja, o tempo de resposta de um host a outro conectado a um AP 802.11n e 802.11.ac foram utilizados um host conectado na porta LAN 10/100 do roteador e um outro host conectado a interface WLAN através do adaptador TP-LINK T4U. No host conectado à WLAN foi utilizada a ferramenta PING na qual envia pacotes ICMP afim de reportar o tempo de resposta da entrega do pacote. Neste ponto foi obtido uma média de latência de 12ms no padrão 802.11n com uma quantidade de 33 pacotes enviados sem perdas, enquanto no padrão 802.11ac com uma quantidade de 48 pacotes enviados sem perdas, foi obtida uma média de 11ms como mostra a Figura 18. Figura 21: Amostra teste de latência no ponto 3 8.2 DESCRIÇÃO DO TESTE DE THROUGHPUT 8.2.1 802.11n - canal de 40mhz Para esse teste foi utilizado o AP TP-LINK Archer C50 no padrão 802.11n operando em um canal com largura de 40Mhz e a ferramenta IPERF para fazer análise de througput. Um host foi configurado como cliente e o outro como servidor em uma distância de 2,5 metros do AP. Foi obtida uma taxa máxima de 50.3 Mbits/s em um intervalo de tempo de 15 segundos Figura 19: Amostra teste de latência no ponto 1 Figura 22: Teste de Throughput no padrão 802.11n e canal de 40Mhz

8.2.2 802.11AC - CANAL DE 40MHZ Para esse teste foi utilizado o AP TP-LINK Archer C50 no padrão 802.11ac operando em um canal com largura de 40Mhz e a ferramenta IPERF para fazer análise de througput. Um host foi configurado como cliente e o outro como servidor em uma distância de 2,5 metros do AP. Foi obtida uma taxa máxima de 39.3 Mbits/s em um intervalo de tempo de 10 segundos. Tabela 5: Testes Ponto 2 Fonte: Próprios autores, 2017 Tabela 6: Testes Ponto 3 Fonte: Próprios autores, 2017 Figura 23: Teste de Throughput no padrão 802.11ac e canal de 40Mhz 8.2.3 802.11AC - CANAL DE 80MHZ Para esse teste foi utilizado o AP TP-LINK Archer C50 no padrão 802.11ac operando em um canal com largura de 80Mhz e a ferramenta IPERF para fazer análise de througput. Um host foi configurado como cliente e o outro como servidor em uma distância de 2,5 metros do AP. Foi obtida uma taxa máxima de 80.2 Mbits/s em um intervalo de tempo de 10 segundos. Figura 24: Teste de Throughput no padrão 802.11ac e canal de 80Mhz 8.2.4 RESUMO DOS TESTES REALIZADOS Segue nas tabelas 4,5, 6 e 7 resultados dos testes realizados no cenário proposto. Tabela 4: Testes Ponto 1 Fonte: Próprios autores, 2017 Tabela 7: Testes de Throughput Fonte: Próprios autores, 2017 9 CONCLUSÃO As análises feitas neste artigo mostram que o padrão 802.11ac tem capacidade de suprir as necessidades da demanda atual. O padrão 802.11n é usado atualmente em dispositivos de redes corporativas e domésticas que apresenta deficiências em atender a todas necessidades de serviços de redes wireless atuais, devido ao aumento de uso da mesma. Com a inclusão da tecnologia beamforming, de canais com largura de 80MHz e 160MHz, o aperfeiçoamento da tecnologia MIMO para o MU-MIMO, a modulação 64- QAM para 256-QAM e a restrição para frequência de 5GHz, trouxe diversas vantagens e desvantagens específicas. Nos ambientes sem obstáculos a intensidade de sinal do padrão 802.11ac apresentou melhor desempenho onde a tecnologia beamforming pôde ser observada, em situações com obstáculos perdendo potência mesmo com pouca interferência, o fato é explicado devido a frequência de 5GHz ser mais sensível a atenuação. Podese observar esses resultados nas Tabelas 4, 5 e 6 no fator intensidade e beamforming. Observou-se o fator latência, e o padrão 802.11ac obteve um melhor tempo de resposta, como mostra nas Tabelas 4, 5 e 6, devido a maior largura de canal e a frequência utilizada. A mesma análise se aplica ao fator throughput conforme resultados descritos na tabela 7. Na teoria o padrão IEEE 802.11ac, teria o objetivo de alcançar um throughput de 1,3Gbits/s, porém, devido as interfaces ethernet do roteador serem limitadas a 100Mbits/s, não foi possível atingir taxa máxima preposto pelo padrão.

10 REFERÊNCIAS [1] E. SIQUEIRA, Três momentos da história das telecomunicações no Brasil. Dezembro Editorial, 1999. [2] M. S. GAST, 802.11ac: Um Guia de Sobrevivência, 2013. [3] R. DE COMPUTADORES, Andrew tanenbaum, 5a edição, ed, 2011. [4] J. R. B. DE MARCA, Transporte eficiente de conteúdo de vídeo empregando agregação de quadros para transmissão de fluxos de vídeo escalável em redes IEEE 802.11 n, Tese, PUC-Rio, 2011. [5] C. REGINA, D. DOS SANTOS, L. MENEZES, M. PERDIGUEIRO, & R. FERREIRA, Redes wi-fi: O padrão ieee 802.11n, 2015, acessado em 02 de junho de 2017. [Online].Disponível: http://www.teleco. com.br/tutoriais/tutorialwifiiee/pagina_4.asp [6] TPLINK, acessado em 02 de junho de 2017. [Online]. Disponível: http://fonte: www.tpink.com.br/products/details/cat-9_archer- C50.html [7], acessado em 02 de junho de 2017. [Online]. Disponível: http://fonte: www.tplink.com.br/products/details/cat-11_archer-t4u.html [8] INTEL, acessado em 02 de junho de 2017. [Online]. Disponível: http://www.intel. com/content/www/us/en/wireless-products/dual-bandwireless-ac-7265.html