AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DE ALFACES (Lactuca sativa) COMERCIALIZADAS EM UM MUNICÍPIO DA FRONTEIRA OESTE, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

Documentos relacionados
ANÁLISE DE ENTEROPARASITAS EM AMOSTRAS DE ALFACES

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA ALFACE (Lactuca sativa) COMERCIALIZADA EM JOÃO PESSOA-PB

Enteroparasitas em alfaces (Lactuca sativa) comercializadas na cidade de Guarapuava (PR)

ANÁLISE PARASITÓLOGICA DE HORTALIÇAS DE SUPERMERCADOS E HORTAS EM TERESINA-PI

OCORRÊNCIA DE ENTEROPARASITOS EM AMOSTRAS DE ALFACE (LACTUCA SATIVA) COMERCIALIZADAS EM CAXIAS DO SUL, RS

PARASITAS HUMANOS E DE OUTROS ANIMAIS ENCONTRADOS EM ALFACES LACTUCA SATIVA COMERCIALIZADAS EM MUNICÍPIOS DA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL 1

Avaliação parasitológica de alfaces (Lactuca sativa) comercializadas no município de

Contaminação parasitária de alfaces e sua relação com enteroparasitoses em manipuladores de alimentos

ANÁLISE DA QUALIDADE PARASITOLÓGICA DE ALFACES ORGÂNICAS COMERCIALIZADAS EM UMA REDE DE SUPERMERCADOS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO-SP

PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITAS EM HORTALIÇAS NA CIDADE DE SANTOS SP BRASIL

INTERFERÊNCIAS SAZONAIS NA CONTAMINAÇÃO PARASITOLÓGICA DE ALFACES EM ARAXÁ (MG), BRASIL

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM

Verificação e identificação de formas parasitárias em culturas de alface (Lactuca sativa) na Estância Turística de São Roque

Parasitos em hortaliças comercializadas no sul do Rio Grande do Sul, Brasil

FREQÜÊNCIA DE ENTEROPARASITOS EM AMOSTRAS DE ALFACES (LACTUCA SATIVA) COMERCIALIZADAS EM FEIRAS LIVRES NA CIDADE DE IPATINGA, MINAS GERAIS

PESQUISA DE PARASITOS EM ALFACE E COUVE PROVENIENTES DE FEIRAS DA REGIÃO CENTRAL E SUAS MEDIAÇÕES NA CIDADE DE ANÁPOLIS-GO

do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino da Universidade Federal de Pernambuco, UFPE.

PARASITOS EM ALFACE-CRESPA (Lactuca sativa L.), DE PLANTIO CONVENCIONAL, COMERCIALIZADA EM SUPERMERCADOS DE CUIABÁ, MATO GROSSO, BRASIL

CONTAMINATION STUDY BY PARASITES IN GEOPONIC AND HYDROPONIC WATERCRESS AT EAST ZONE OF SÃO PAULO

PESQUISA DE PARASITAS INTESTINAIS EM AMOSTRAS DE ALFACE (LACTUCA SATIVA) COMERCIALIZADAS NA FEIRA LIVRE DO CONJUNTO ITATIAIA DE GOIÂNIA, GOIÁS, BRASIL

TÍTULO: AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA EM HORTALIÇAS FOLHOSAS COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE FERNANDÓPOLIS, SP

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA E PARASITOLÓGICA DE HORTALIÇAS COMERCIALIZADAS NA BAIXADA FLUMINENSE, RIO DE JANEIRO

AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA EM AMOSTRAS DE ALFACES (Lactuca sativa var. crispa) COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE QUATÁ, SÃO PAULO, BRASIL

AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DE ALFACES CRESPAS COMERCIALIZADAS EM FEIRAS E SUPERMERCADOS NO MUNICÍPIO DE SÃO MIGUEL DO OESTE, SC

PARASITOS INTESTINAIS EM ALFACES (Lactuca sativa, L.) DAS VARIEDADES CRESPA E LISA COMERCIALIZADAS EM FEIRAS LIVRES DE NITERÓI-RJ

AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DE ALFACES (Lactuca sativa) VARIEDADE LISA COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE MANHUAÇU-MG

AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DE PLANTAS MEDICINAIS DE HORTAS COMUNITÁRIAS DE PALMAS-TO, BRASIL

ANÁLISE PARASITOLÓGICA DE ALFACES (Lactuca sativa) COMERCIALIZADAS EM UM FEIRÃO DO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ, RONDÔNIA

Estudo da incidência de parasitas intestinais em verduras comercializadas em feira livre e supermercado de Londrina

Ocorrência de enteroparasitos em morangos (Fragaria vesca) comercializados na. cidade de Goiânia-GO

v. 9, n.3-4, 2015 PREVALÊNCIA DE PARASITOS EM ALFACES (LACTUCA SATIVA) DE SUPERMERCADOS DE UMA CIDADE NO SUL DO BRASIL

DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO DE HORTICULTURES NO MONITORAMENTO DA CONTAMINAÇÃO PARASITÁRIA EM AMBIENTES RURAIS

LEVANTAMENTO DA CONTAMINAÇÃO DE ENTEROPARASITAS NA ALFACE (LACTUCA SATIVA) VENDIDAS NA CIDADE DE IJUI/RS¹ 1

RESUMOS COM RESULTADOS ARTIGOS COMPLETOS (RESUMOS)

Palavras-chave: Lycopersicon esculentum Mill., Lactuca sativa L., comercialização.

OCORRÊNCIA DE ANCYLOSTOMA SPP. EM CÃES NA ROTINA DO LABORATÓRIO DE ENFERMIDADES PARASITÁRIAS DOS ANIMAIS DA FMVZ, UNESP, CÂMPUS DE BOTUCATU

PREVALÊNCIA DE PARASITOS INTESTINAIS EM GATOS DOMÉSTICOS JOVENS COM DIARREIA PREVALENCE OF INTESTINAL PARASITES IN YOUNG DOMESTIC CATS WITH DIARRHEA

VALIDAÇÃO DE MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE PARASITOS EM AMOSTRAS DE POLPAS DE FRUTAS

LEVANTAMENTO DA CONTAMINAÇÃO DE ENTEROPARASITAS NA ALFACE (LACTUCA SATIVA) VENDIDAS NA CIDADE DE IJUI/RS 1

RESUMOS COM RESULTADOS RESUMOS DE PROJETOS

PERFIL PARASITOLÓGICO DE ALFACES COMERCIALIZADAS EM FEIRAS LIVRES DO DISTRITO FEDERAL

Artigo. Parasitological analysis in lettuce leaves sold in supermarkets in the city of Patos- PB

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITAS EM HORTALIÇAS COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE BAURU/SP E POTENCIAL DE TRANSMISSÃO

OCORRÊNCIA DE PARASITOS EM ALFACE-CRESPA (Lactuca sativa L.) EM HORTAS COMUNITÁRIAS DE TERESINA, PIAUÍ, BRASIL

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE HORTALIÇAS SERVIDAS NO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DA UFPEL, CAMPUS CAPÃO DO LEÃO. 1. INTRODUÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA GEORGE LUÍS DIAS DOS SANTOS

A alface (Lactuca sativa) como fonte de infecção por enteroparasitas em alguns municípios brasileiros RESUMO

FREQUENCIA DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE CINCO INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO DE PONTA GROSSA PR DURANTE OS ANOS DE 2014 A 2016

PREVENÇÃO DE ENTEROPARASITOS EM CRIANÇAS E MANIPULADORES DE ALIMENTOS NA CRECHE FABIANO LUCENA DA CIDADE DE JOÃO PESSOA-PB.

J. Health Biol Sci. 2017; 5(2): doi: / jhbs.v5i p

Revista Fasem Ciências

Distribuição de enteroparasitos em verduras do comércio alimentício do município de São Mateus, Espírito Santo, Brasil.

CONCEPÇÕES DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RELAÇÃO À CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS ATRAVÉS DA ÁGUA

v.7, n.1-2, 2013 PREVALÊNCIA DE PARASITOS EM ALFACE EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS NA CIDADE DE BEBEDOURO, SÃO PAULO

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA ALFACE (LACTUCA SATIVA) COMERCIALIZADA NA CIDADE DE PARÁ DE MINAS-MG

DETERMINAÇÃO DE ESTRUTURAS PARASITÁRIAS EM ALFACES (LACTUCA SATIVA) COMERCIALIZADAS NOS MAIORES SUPERMERCADOS NA CIDADE DE VIDEIRA - SC

Qualidade de hortaliças comercializadas no noroeste do Paraná, Brasil

Análise microbiológica de cebolinha (Allium fistolosum) comercializada em supermercado e na feira-livre de Limoeiro do Norte-CE

OCORRÊNCIA DE HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS EM IDOSOS

CONTAMINAÇÃO POR PARASITOS ZOONÓTICOS EM HORTALIÇAS COMERCIALISADAS EM ALGUNS MERCADOS POPULARES DO MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS, RJ *

AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA EM LACTUCA SATIVA (ALFACE) E BRASSICA OLERACEA L. (COUVE) PROCEDENTES DA CEASA NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS GO

Metodologias de Diagnóstico em Parasitologia

AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL POR PARASITAS EM UM ESPAÇO PÚBLICO DE LAZER DO MUNICÍPIO DE NOVO ITACOLOMI, PARANÁ, BRASIL

Revista MovimentaISSN: ; 10(2): ENTEROPARASITOS EM ALFACE CULTIVADAS NA REGIÃO CENTRAL DE GOIÁS

Bruno Barbosa PACIFICO, Otilio Machado Pereira BASTOS, Claudia Maria Antunes UCHÔA*

AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE PARASITOSE INTESTINAL EM INDIVÍDUOS ATENDIDOS EM UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS NA REGIÃO CENTRAL DE MOGI GUAÇU

Ingredy da Silva Barcelo 1, Izabel Bárbara Barcelos 1, Tiago Barcelos Valiatti 1, Rosineide Vieira Góis 2

Análises parasitológicas de olerícolas produzidas no Norte de Minas Gerais

PLANO DE ENSINO EMENTA

FACULDADE SÃO LUCAS CURSO DE LICENCIATURA E BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLOGICAS COM ÊNFASE EM BOTÂNICA ÂNDERSON ROBERTO DA SILVA

Avaliação parasitológica de alfaces (Lactuca sativa) comercializadas no município do Rio de Janeiro (RJ)

Uériton Dias de Oliveira 1 Simone Jurema Ruggeri Chiuchetta 2

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS EM ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE SÃO JOAQUIM, SC *

ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS E PARASITOLÓGICAS DE SALADAS

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO SANITÁRIAS E FÍSICAS DE ABATEDOUROS E MERCADOS PÚBLICOS MUNICIPAIS DA PARAÍBA, BRASIL

INQUÉRITO PARASITOLÓGICO NA CECAP * DISTRITO-SEDE DE BOTUCATU, ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL

ANÁLISE PARASITOLÓGICA DAS AMOSTRAS DE ALFACE (Lactuva sativa) COMERCIALIZADAS EM UM MUNICÍPIO DO NORDESTE BRASILEIRO

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJOS COMERCIALIZADOS NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE UNAÍ, MG, BRASIL

QUALIDADE HIGIÊNICO SANITÁRIA DE ALFACES (Lactuca sativa) COMERCIALIZADAS EM FEIRAS LIVRES NA CIDADE DE UBERLÂNDIA, MG, BRASIL

16º CONEX - Encontro Conversando sobre Extensão na UEPG Resumo Expandido Modalidade B Apresentação de resultados de ações e/ou atividades

HELMINTOS ENCONTRADOS EM LACTUTA SATIVA L. (ALFACE) CORMERCIALIZADA NA FEIRA LIVRE DE MISSÃO VELHA CE

nota Rafael Luiz da Silva Neves 1 e Cristiano Lara Massara 2 RESUMO

ENTEROPARASITOS EM AMOSTRAS DE ALFACE (Lactuva sativa var. crispa), NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS, GOIÁS, BRASIL

OCORRÊNCIA DE ENTEROPARASITAS EM COLORÍFICO COMERCIALIZADO EM VITÓRIA DA CONQUISTA BAHIA*

Doenças veiculadas por água contaminada

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DE MESAS DE MANIPULAÇÃO DE FRUTAS E HORTALIÇAS DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DO IFMG CAMPUS BAMBUÍ RESUMO

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE SANDUÍCHES NATURAIS COMERCIALIZADOS EM ARAPONGAS PARANÁ SILVA, M.C; TOLEDO, E

OCORRÊNCIA DE ENTEROPARASITOS EM ALFACES (LACTUCA SATIVA L.), NO MUNICÍPIO DE CARATINGA, MINAS GERAIS, BRASIL

FREQUÊNCIA DE PARASITOS INTESTINAIS EM CRIANÇAS E MANIPULADORES DE ALIMENTOS NO CREI SANTA CLARA (CASTELO BRANCO) NA CIDADE DE JOÃO PESSOA-PB.

Ocorrência de enteroparasitose na população do município de Goioerê, PR

AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DE HORTALIÇAS: DA HORTA AO CONSUMIDOR FINAL

AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE ESTRUTURAS PARASITÁRIAS NO RIO JACUTINGA NA REGIÃO DE CONCÓRDIA, SANTA CATARINA, BRASIL

ENTEROPARASITAS VEICULADOS EM FOLHAS DE ALFACES (Lactuca sativa) COMERCIALIZADAS NA FEIRA LIVRE DA CIDADE DE GOVERNADOR VALADARES, MINAS GERAIS

PREVALÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE TRÊS CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL EM TERESINA-PIAUÍ

FREQUÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE PONTA GROSSA PR

Artigo RESUMO ABSTRACT. Wesley Douglas da Silva Terto. Rebeca Gonçalves de Oliveira Marilene Maria de Lima. DOI: /vd.v2i3.

QUALIDADE FÍSICA, MICROBIOLÓGICA E PARASITOLÓGICA DE ALFACES (Lactuca sativa) de DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO 1

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA CARNE BOVINA COMERCIALIZADA IN NATURA EM SUPERMERCADOS DO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS-PR

PREVENÇÃO DE ENTEROPARASITOS EM CRIANÇAS E MANIPULADORES DE ALIMENTOS EM CRECHES DA CIDADE DE JOÃO PESSOA - PB - PROBEX 2012

Transcrição:

ARTIGO ORIGINAL doi:10.5216/rpt.v44i2.36646 AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DE ALFACES (Lactuca sativa) COMERCIALIZADAS EM UM MUNICÍPIO DA FRONTEIRA OESTE, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL Márcia Rósula Poetini Silva 1, Franciane Cabral Pinheiro 2, Mariane Trindade de Paula 3 e Marina Prigol² RESUMO O consumo da alface (Lactuca sativa) pode ser um importante meio de transmissão de várias doenças parasitárias. Assim, o controle parasitológico constitui um grande desafio quando se verifica a inclusão cada vez mais frequente de hortaliças na dieta da população mundial. O objetivo deste trabalho foi avaliar a contaminação por parasitos de interesse em saúde pública em alfaces (L. sativa) comercializadas no município de Itaqui, RS. No processo de amostragem, foram selecionados supermercados e produtores locais da cidade de Itaqui. Foram investigadas 60 amostras de alface (L sativa) da variedade crespa, sendo 30 de produtores locais e 30 dos mercados locais, todas adquiridas aleatoriamente. As amostras de alface foram acondicionadas em sacos de polietileno limpos e identificados. As folhas foram separadas uma a uma e lavadas em recipientes de vidro esterilizados com 250 ml de água destilada. A água resultante do processo de lavagem foi analisada utilizando-se três técnicas parasitológicas: exame direto, sedimentação espontânea (Lutz) e centrífugo-flutuação em sulfato de zinco a 33% (Faust). Para a caracterização morfológica dos parasitos, utilizou-se microscópio óptico. Das 60 amostras analisadas, 29 (48,3%) apresentaram algum tipo de parasito, das quais 19 (63,3%) eram procedentes de produtores locais e 10 (36,7 %), dos mercados locais. Foram encontrados ovos de Ascaris sp (5%) e cistos de Giardia lamblia (38%) e Entamoeba sp (13%). A verificação da presença de parasitos, sobretudo helmintos e protozoários, especialmente em hortaliças, é de grande interesse para a saúde pública, visto que fornece subsídios para o serviço de vigilância sanitária sobre o estado higiênico desses produtos. DESCRITORES: Parasitos; Lactuca sativa; hortaliças; contaminação. 1 Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Itaqui, RS, Brazil. 2 Laboratório de Biologia, UNIPAMPA, Itaqui, RS, Brasil. 3 Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Bioquímica, UNIPAMPA. Endereço para correspondência: Dra. Marina Prigol, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Campus Itaqui, Rua Luiz Joaquim de Sá Britto, s/n, CEP 97650-000 Itaqui, RS, Brasil. E-mail: marinaprigol@gmail.com Recebido para publicação em: 25/6/2014. Revisto em: 13/1/2015. Aceito em: 10/6/2015. Rev Patol Trop Vol. 44 (2): 163-169. abr.-jun. 2015 163

ABSTRACT Parasitological evaluation of lettuces (Lactuca sativa) marketed in a municipality of the western frontier, RS, Brazil The consumption of lettuce (Lactuca sativa) can be an important means of transmission of several parasitic diseases, so the increasing inclusion of vegetables in the diet of the world population presents an important challenge. The objective of this study was to evaluate the contamination of lettuce (L. sativa) marketed in the municipality of Itaqui (RS) by parasites of interest to public health. A sampling process was used, selecting supermarkets and local producers in the city of Itaqui. We investigated 60 samples of lettuce (L. sativa) of the curly variety, from 30 local producers and 30 local markets, all acquired at random. The lettuce samples were placed in clean plastic bags and identified. The leaves were separated and washed in a glass container with 250 ml of sterile distilled water. The wash water was analyzed using three parasitological techniques: direct examination, spontaneous sedimentation technique (Lutz) and flotation of zinc sulfate to 33% (Faust). The morphological features of the parasite were examined by means of an optical microscope. Of the 60 samples analyzed, 29 (48.33%) had some type of parasites. Of these, 19 (63.34%) were from local producers and 10 (36.66%) from local markets. Eggs were found of Ascaris sp. (5%) and cysts of Giardia lamblia (38%) and Entamoeba sp. (13%). Checking for the presence of parasites, particularly helminths and protozoa, especially in vegetables, has great interest for public health, because it supplements health surveillance on the hygienic condition of the goods. KEY WORDS: Parasites; Lactuca sativa; vegetable; contamination. INTRODUÇÃO O homem é vulnerável a um grande número de parasitos que lhe são transmitidos por vários mecanismos, sendo os alimentos e a água as principais fontes de contaminação. As doenças parasitológicas podem ser responsáveis por lesões teciduais (no pulmão, fígado e coração), além de causar desnutrição, anemia, diarreia, obstrução intestinal e má absorção (Evangelista, 2008). Entre as doenças parasitárias, as enteroparasitoses são as mais comuns. Elas são adquiridas pela ingestão das formas infectantes de helmintos e/ou protozoários (ovos, larvas ou cistos) contidas em alimentos ou na água contaminada. As hortaliças consumidas cruas e mal higienizadas podem servir como meio de transmissão dessas formas parasitárias (Vollkopf et al., 2006). A alface (Lactuca sativa) é uma hortaliça da família Asteraceae, originária da Ásia e trazida para o Brasil pelos portugueses no século XVI. É uma das hortaliças mais consumidas no Brasil em razão do baixo custo, sabor agradável e fácil cultivo, podendo ser cultivada o ano inteiro com variedades adaptadas ao clima de cada região. Destacam-se entre as diversas variedades a alface lisa, a americana, a romana, a crespa e a roxa (Philippi et al., 2006). No Brasil, a alface da variedade crespa é considerada a hortaliça folhosa mais consumida pela população (EMBRAPA, 2010). Um dos benefícios do consumo de alface é o aumento da capacidade de absorção de vitaminas e minerais, já que é ingerida crua (EMBRAPA, 2010). Todavia, o alimento cru ou in natura é associado com a microbiota e com os 164 Rev Patol Trop Vol. 44 (2): 163-169. abr.-jun. 2015

contaminantes que ocorrem durante o manuseio, processamento e armazenamento dos produtos (Chitarra & Chitarra, 2005). Em hortaliças, além de microrganismos provenientes do solo, outras fontes de contaminação são a água de irrigação, os utensílios e manipuladores. Além disso, os microrganismos deteriorantes e patogênicos ao homem podem permanecer por várias semanas nos produtos, mesmo quando armazenados sob refrigeração (Chitarra & Chitarra, 2005). A higienização correta de hortaliças e frutas é essencial para garantir a qualidade desses alimentos, já que relatos de doenças infecciosas associadas a eles têm despertado interesse das agências de saúde pública e dos consumidores, preocupados com a segurança dos alimentos (Moreti, 2007). Por esta razão, o diagnóstico de parasitos em hortaliças é de extrema importância para a saúde pública, pois fornece dados para vigilância sanitária e para a população sobre o real estado higiênico do produto e permite um possível controle dos alimentos disponíveis ao consumidor (Almeida Filho, 2008). O presente trabalho objetivou verificar a presença de parasitos na alface (L sativa) da variedade crespa comercializada em supermercados e produtores locais do município de Itaqui (região oeste do Rio Grande do Sul), visando analisar a segurança alimentar desta hortaliça. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi realizado entre os meses de julho e setembro de 2013, abrangendo cinco supermercados e quatro produtores da cidade de Itaqui-RS. Foram analisadas amostras de alface (L sativa) da variedade crespa. Os pesos e medidas não foram determinados porque cada amostra foi utilizada como unidade amostral, sendo desprezadas as folhas e os talos deteriorados. As coletas foram realizadas em dias determinados aleatoriamente. Cada amostra, constituída de um espécime de alface, foi acondicionada em saco de polietileno fornecido pelo próprio produtor ou pelo supermercado, sem contato manual dos participantes do estudo durante a aquisição do produto. Depois de etiquetadas e identificadas, foram levadas ao Laboratório Multidisciplinar da Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui (RS) e mantidas sob refrigeração, a 4 C, por um período máximo de 48 horas. Para a desfolhação manual de cada espécime de alface, utilizaram-se luvas de procedimento. As folhas foram separadas uma a uma e lavadas com fricção manual em recipiente de vidro esterilizado com 250 ml de água destilada. A água utilizada nesse processo foi filtrada em tamis coberto com gaze, dobrada quatro vezes, e dividida em três alíquotas que foram analisadas pelas técnicas de Lutz (1919), análise direta, e de Faust et al. (1938). A técnica de Lutz (1919) utiliza o princípio da sedimentação espontânea objetivando uma maior sensibilidade na obtenção de ovos maiores e mais pesados, como os de nematódeos e trematódeos. A técnica de Faust et al. (1938) utiliza solução de sulfato de zinco a 33% para visualizar ovos, cistos e oocistos. Foram Rev Patol Trop Vol. 44 (2): 163-169. abr.-jun. 2015 165

confeccionadas três lâminas por técnica parasitológica. A leitura das lâminas foi feita em microscópio óptico com objetiva de 10X e 40X. Todas as estruturas parasitárias (ovos e cistos) identificadas foram comparadas e confirmadas utilizando-se uma referência de diagnóstico em parasitologia clínica (De Carli, 2008). Para a finalização, foi conduzida uma análise exploratória dos resultados, resumindo-se as informações por meio do cálculo de percentuais. RESULTADOS E DISCUSSÃO No presente trabalho, verificou-se que, das 60 amostras analisadas, 29 (48%) apresentavam algum tipo de contaminação por parasitos. Valores semelhantes foram encontrados por Ono et al. (2005) que observaram um índice de 50% de contaminação em alfaces comercializadas em Guarapuava-PR, ao passo que Melo et al. (2011) constataram, em seu estudo em Parnaíba-PI, que 40,9% das alfaces estavam contaminadas com larvas de Strongyloides spp. e cistos de protozoários. Diversos estudos têm demonstrado um elevado grau de contaminação de alfaces por parasitos, helmintos e protozoários (Osaki et al., 2010; Takayanagui et al.,2007; Santos et al., 2009). Conforme Germano & Germano (2011), isso reforça a atenção pública para as contaminações de produtos vegetais por enteroparasitos no Brasil. A Tabela 1 apresenta a frequência de contaminação por parasitos das alfaces comercializadas em supermercados e produtores locais. A Tabela 2 apresenta a mono e multicontaminação por parasitos nas amostras de alface analisadas. Os helmintos e protozoários encontrados nas 29 amostras contaminadas foram: Giardia lamblia (38%), Entamoeba sp (13%) e Ascaris sp (5%). Na Tabela 3, é possível observar a comparação das frequências dos parasitos em alfaces contaminadas provenientes dos supermercados e produtores locais. Tabela 1. Frequência de contaminação por parasitos das alfaces comercializadas em supermercados e por produtores locais de Itaqui (RS) no período de julho a setembro de 2013 Estabelecimentos Amostras positivas N amostras N positivos % Supermercados 30 10 36,6 Produtores locais 30 19 63,3 Tabela 2. Frequência de alfaces com contaminação por mono ou multiparasitos comercializadas em supermercados e produtores locais de Itaqui-RS no período de julho a setembro de 2013 Estabelecimento Mono Multi % Amostras positivas N N % Supermercados 9 30,0 1 3,3 Produtores Locais 16 53,3 3 10,0 166 Rev Patol Trop Vol. 44 (2): 163-169. abr.-jun. 2015

Tabela 3. Comparativo da frequência de parasitos em alfaces provenientes dos supermercados em relação àquelas adquiridas dos produtores locais de Itaqui-RS PARASITOS SUPERMERCADOS (n 30) PRODUTORES LOCAIS (n 30) N % N % Ovos de Ascaris sp 1 3,3 2 6,6 Cistos Giardia lamblia 5 16,6 18 60,0 Cistos de Entamoeba sp 5 16,6 3 10,0 No presente estudo, foram encontrados parasitos em 10 amostras (36,66%) provenientes de mercados e em 19 (63,34%) amostras provenientes de produtores locais, sendo ovos de Ascaris sp, Giardia lamblia e Entamoeba sp. Resultados semelhantes foram demonstrados por Osaki et al. (2010), que encontraram o índice de 34,6% de contaminação entre as amostras analisadas, tendo sido identificada uma ou mais estruturas parasitárias como cistos de Giardia spp. (7,7%), de Entamoeba spp. (11,5%) e de Balantidium coli (3,8%), oocistos de coccídios (7,7%) e ovos de Capillaria spp. (3,8%). Os percentuais elevados de contaminação apontam para deficiências na cadeia produtiva desta hortaliça. No presente estudo, foram evidenciados níveis mais elevados de contaminação nas hortaliças adquiridas de produtores locais (63,3%), o que está de acordo com os dados obtidos por Santos et al. (2009), que encontraram 100% de contaminação em hortaliças comercializadas em Salvador-BA. Segundo Cantos et al. (2004), a causa dessa situação é atribuída ao fato de que, nos supermercados, as hortaliças usualmente recebem prévia higienização antes de serem comercializadas. As doenças ou danos pós-colheita em frutas e hortaliças têm, em grande parte, origem no campo e são disseminadas principalmente pelo ar, pela água de irrigação e/ou pela chuva, por insetos, falta de higiene, equipamentos, operários e caixas de coleta/transporte. Os produtos também podem ser contaminados com fungos, bactérias, vírus, parasitos como Ascaris sp., Giardia lambia, Entamoeba histolytica e outros por meio da água de irrigação. Se não houver uma sanitização adequada, alguns desses parasitos não são eliminados. Além disso, a água de irrigação contaminada também veicula agentes de algumas doenças como hepatite A ou cólera (Vibrio cholerae) (Chitarra & Chitarra, 2005). Os dados obtidos sugerem que da falta de fiscalização e/ou da contaminação da água utilizada para irrigação das hortas da cidade decorre a situação das hortas municipais. Tais hipóteses exigem a realização de outros estudos epidemiológicos locais e regionais para determinação de fatores de risco (Neres et al., 2011). A existência do sistema de fiscalização das hortas e a presumível conscientização dos produtores quanto às condições higiênicas não foram capazes de evitar a elevada frequência de contaminação bacteriológica e parasitológica encontrada no trabalho de Takayanagui et al. (2007). Rev Patol Trop Vol. 44 (2): 163-169. abr.-jun. 2015 167

Ante os resultados obtidos neste estudo, ressalta-se a importância da manutenção de um sistema rigoroso de vigilância sanitária com foco nos comerciantes e produtores de verduras do município. Tal ação visa alcançar uma melhor condição higiênico-sanitária das hortaliças oferecidas à população. Além disso, também são necessárias campanhas de conscientização dirigidas aos consumidores quanto à higienização correta desta hortaliça. CONCLUSÃO Conclui-se que as amostras de alface (Lactuca sativa) comercializadas no município de Itaqui-RS apresentaram elevados níveis de contaminação por parasitos, com destaque para o protozoário Giardia lamblia, o que pode indicar contaminação pela água utilizada para a irrigação, pelo adubo orgânico utilizado ou pelo transporte desta hortaliça até seu destino final. Com base nos resultados encontrados neste estudo, recomenda-se a intensificação da fiscalização por parte do serviço de vigilância sanitária, além da conscientização dos produtores e comerciantes sobre a importância de executar boas práticas no cultivo desde as etapas de produção até a comercialização desta hortaliça. Vale ressaltar ainda a necessidade de um maior conhecimento destas medidas pelo produtor e do incremento de orientações ao consumidor sobre a importância da correta higienização das hortaliças. AGRADECIMENTOS À Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), campus Itaqui-RS, que viabilizou o uso do Laboratório Multidisciplinar, equipamentos, reagentes e às agencias de fomento, FAPERGS, CNPq e CAPES, pela bolsa PBDA (2013) extensão concedida para a realização deste trabalho. Suporte Financeiro: Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), campus Itaqui-RS, Brasil, FAPERGS, CNPq e CAPES. CONFLITO DE INTERESSE Os autores declaram não haver nenhum tipo de conflito de interesse no desenvolvimento do estudo. REFERÊNCIAS 1. Almeida Filho PC. Avaliação das condições ambientais e higiênico-sanitárias na produção de hortaliças folhosas no núcleo hortícola suburbano de Vargem Bonita, Distrito Federal. 2008. Dissertação (Mestrado em Planejamento e Gestão Ambiental) - Universidade Católica de Brasília, Brasília. 2. Cantos GA, Soares B, Maliska C, Gick D. Estruturas Parasitárias Encontradas em Hortaliças Comercializadas em Florianópolis, Santa Catarina. Newslab 66: 154-163, 2004. 3. Chitarra MIF, Chitarra AB. Pós-colheita de frutas e hortaliças, Fisiologia e Manuseio. 2ª edição revisada e ampliada, Lavras: UFLA, 2005. p. 600-605. 4. De Carli GA. Parasitologia Clínica. Seleção de métodos e técnicas de laboratório para o diagnóstico das parasitoses humanas. 2ª ed. São Paulo: Atheneu; 2008. 5. Empresa Brasileira de Pecuária e Agricultura - EMBRAPA (2010). Novos rumos na produção de hortaliças. <http://www.cnph.embrapa.br/public/textos/texto1.html>. Acessado em 14 de agosto 2013. 168 Rev Patol Trop Vol. 44 (2): 163-169. abr.-jun. 2015

6. Evangelista J. Tecnologia de Alimentos. São Paulo: Editora Atheneu, 2008. p. 231. 7. Faust EC, D`Antonio JS, Odom V, Miller MJ, Peres C, Sawitz W, Walker JH. A critical study of clinical laboratory techniques for the diagnosis of protozoan cysts and helminth eggs in feces. Am J Trop Med Hyg 1: 169-183, 1938. 8. Germano PML, Germano MIS. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos. 4ª edição revisada e ampliada, Barueri, SP: editora Manole, 2011. 9. Lutz AO. Schistosomum mansoni e a Schistosomose segundo observações feitas no Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 11: 121-155, 1919. 10. Melo ACFL, Furtado VLF, Ferro TC, Bezerra KC, Costa DCA, Costa LA, Da Silva LR. Contaminação parasitária de alfaces e sua relação com enteroparasitoses em manipuladores de alimentos. Rev Tróp Cienc Agr Biol 5: 47, 2011. 11. Moreti CL. Manual de processamento mínimo de frutas e hortaliças. Brasília, Embrapa Hortaliças e SEBRAE, 2007. p. 103-120. 12. Neres AC, Nascimento AH, Lemos KRM, Ribeiro EL, Leitão VO, Pacheco JBP, Diniz DO, Aversi- Ferreira RAGMF, Aversi-Ferreira TA. Enteroparasitos em amostras de alface (Lactuca Sativa var. crispa), no município de Anápolis, Goiás, Brasil. Bioscience Journal 27: 336-341, 2011. 13. Ono LM, Zulpo DL, Peretti J, Garcia JL. Ocorrência de helmintos e protozoários em hortaliças cruas comercializadas no município de Guarapuava, Paraná, Brasil. Semina: Ci Agr 26: 283, 2005. 14. Osaki SC, Moura AB, Zulpo DL, Calderon FF. Enteroparasitas em alfaces (Lactuca sativa) comercializadas na cidade de Guarapuava, PR. Ambiência 6: 89-96, 2010. 15. Philippi ST. Nutrição e Técnica Dietética. 2ª edição revisada e atualizada. Barueri, SP: Editora Manole, 2006. 16. Santos NM, Sales EM, Santos AB, Damasceno KA, Thé TS. Avaliação parasitológica de hortaliças comercializadas em supermercados e feiras livres no município de Salvador/BA. Rev Ci Méd Biol Salvador 8: 146-152, 2009. 17. Takayanagui OM, Capuano DM, Oliveira CAD, Bergamini AMM, Okino MHT, Castro e Silva AAMC, Oliveira MA, Ribeiro EGA, Takayanagui AMM. Avaliação da contaminação de hortas produtoras de verduras após a implantação do sistema de fiscalização em Ribeirão Preto, SP. Rev Soc Bras Med Trop 40: 239-241, 2007. 18. Vollkopf PCP, Lopes FMR, Navarro IT. Ocorrência de enteroparasitos em amostras de alface (Lactuca sativa) comercializadas em Porto Murtinho-MS. Arq Ciênc Vet Zool Unipar 9: 37-40, 2006. Rev Patol Trop Vol. 44 (2): 163-169. abr.-jun. 2015 169