Construção dos Navios. Seção B LIGAÇÃO DAS PEÇAS DE CONSTRUÇÃO

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Transcrição:

Construção dos Navios Seção B LIGAÇÃO DAS PEÇAS DE CONSTRUÇÃO

Juntas permanentes Solda Pressão JUNTAS Exemplo: ligação de uma camisa em um cilindro Contração Quando se aquece uma peça antes de forçar a outra Juntas não permanentes Parafusos Pinos e chavetas

JUNTAS Juntas provisórias de montagem Parafusos Solda ponteada Juntas de metais dissimilares Aço e alumínio Transição do convés para a superestrutura Solda por explosão (processo especial de soldagem) A união por explosão é um processo de solda por pressão no qual os filmes superficiais contaminados, prejudiciais ao estabelecimento de ligações metalúrgicas, são plasticamente expulsos do metal de base através da alta pressão resultante da colisão das superfícies.

Processos de Soldagem Soldagem é a união localizada de partes metálicas pela aplicação de calor ou pressão, ou pela combinação dos dois Processos de soldagem: Solda por pressão Solda por fusão

Solda por Pressão Quando duas partes a ligar são coalescidas e pressionadas uma contra a outra, sem utilização de metal de solda Processos de solda por pressão: Soldagem por resistência elétrica É o mais utilizado na área naval Soldagem por forjamento Soldagem a gás por pressão Soldagem por atrito Soldagem por explosão Soldagem por indução de alta freqüência Soldagem por ultra-som

Solda por Pressão Soldagem por resistência elétrica É muito empregada para: Chapas finas Tubos de aço Alumínio, etc...

Solda por Pressão Neste processo a solda é obtida aproximando-se as peças e fazendo passar por elas uma corrente elétrica muito intensa e de curta duração. A resistência de contato provoca uma fusão local e a pressão aplicada efetua a solda diretamente

Solda por Pressão

Solda por Pressão

Solda por Fusão As partes a ligar são fundidas por: Reação química Chama Energia elétrica São unidas sem a aplicação de pressão Geralmente existe a participação de um metal de adição

Solda por Fusão Existe um grande número de processos de soldagem nesta classe. Entre eles citamos: Soldagem termite (Reação química) Soldagem a chama Soldagem por arco elétrico Soldagem por eletroescória Soldagem por eletrogás Soldagem por feixe de elétrons Soldagem a laser Soldagem a plasma Mais utilizados área Naval na

Solda termite É empregado principalmente para o reparo de fundições pesadas de ferro e aço e união de tubos

Solda a Chama

Solda a Chama Temperatura da chama 3000 C Funde uma vareta de (metal de adição) e as paredes da junta Pode ser empregado na ligação de quase todos os tipos de metal É muito usado para: Chapas finas Tubos Estruturas de aço em geral Utensílios de alumínio Peças de cobre e níquel Reparo de peças fundidas

Solda a Chama

Solda por arco elétrico

Solda por arco elétrico Tem como fonte de calor o arco voltaico formado entre um eletrodo (consumível ou não) e a peça a ser soldada Temperatura entre 3000 C e 5000 C Processos mais usuais na construção naval: Eletrodo revestido MAG (Metal Active Gas) MIG (Metal Inert Gas) Arame tubular TIG (Tungsten Inert Gas) Arco submerso

Muito usado na construção e no reparo naval devido: a sua versatilidade simplicidade do equipamento baixo custo qualidade da solda resistência da solda Eletrodo consiste de: Arame de material adequado (alma) Revestimento fundente Consumido pelo arco elétrico Forma o metal de solda depositado Processo com eletrodo revestido

Processo MAG Utiliza um gás de proteção ativo, normalmente contendo CO 2, O 2 ou N 2, para proteção da poça de fusão Um arame sólido consumível, alimentado continuamente como eletrodo

Processo MIG Semelhante ao MAG Utiliza um gás de proteção inerte, normalmente argônio ou hélio Um arame sólido consumível, alimentado continuamente como eletrodo

Processo MIG Pistola MIG/MAG Pistola para rôbos

Processo Arame tubular Utiliza um eletrodo consumível: capa externa de aço doce interior contém fluxo (fundente) que participa do metal de solda com elementos de liga Usa os mesmos equipamentos dos processos MIG/MAG Pode, em alguns casos, empregar uma proteção gasosa para a poça de fusão

Processo TIG O arco elétrico é formado entre um eletrodo não consumível de tungstênio e o metal de base Protegido por uma atmosfera de gás inerte (argônio ou hélio)

Processo TIG

Processo TIG O metal de adição em forma de vareta é fundido através do calor gerado pelo arco elétrico e introduzido na poça de fusão Em casos especiais, como na soldagem de chapas finas, este metal é dispensável Processo utilizado em: Materiais nobres Peças onde se deseja ótimo acabamento de solda

Processo TIG A sigla TIG corresponde às iniciais das palavras inglesas "Tungsten Inert Gas", que indica uma soldagem com gás inerte e eletrodo de tungstênio. A soldagem TIG pode ser utilizada em peças que requeiram uniões soldadas de altíssima qualidade e na soldagem de metais altamente sensíveis a oxidação (como p. ex.: titânio e alumínio). Seu uso mais freqüente é em aços resistentes ao calor, aços inoxidáveis e alumínio. As maiores vantagens do processo TIG são estabilidade e concentração do arco elétrico, o que significa poder utilizá-lo em todas as posições de soldagem e tipos de junta, além do bom aspecto do cordão de solda (acabamento suave e liso). Além disso, este método de soldagem se caracteriza também pela ausência de respingos e escórias (o que evita trabalhos posteriores de limpeza) e por sua aplicabilidade em espessuras mais finas (a partir de 0,3 mm). A soldagem TIG pode ser utilizada com ou sem material de adição.

Processo Arco Submerso

Processo Arco Submerso O arco elétrico gerado entre o arame sólido consumível (eletrodo) e o metal de base permanece sob uma camada de material fundente, chamada de fluxo, que tem como função principal proteger a poça de fusão dos efeitos deletérios da atmosfera É empregado na soldagem de chapas médias e grossas e tem alta produtividade Apresenta como restrição a posição de soldagem É normalmente usado em oficina

Processo Arco Submerso

Processo Arco Submerso

Processo Arco Submerso

Vantagens da Soldagem Produtividade: Podem ser empregados processos semioautomatizados e automatizados MIG, MAG, TIG e arco submerso Confiabilidade Economia de peso Estanqueidade Desnecessário o calafeto

Vantagens da Soldagem Simplicidade do projeto soldado Facilidade no combate à erosão pela simplicidade da junta Redução da resistência à propulsão do navio Possibilidade de obtenção de perfis variados com a utilização de processos de solda e corte Eliminação quase completa de peças intercostais Duas peças que se cruzam podem conservar a continuidade soldando-se a interseção