Processos de Soldagem. Valter V de Oliveira

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1 Processos de Soldagem Valter V de Oliveira

2 Introdução Processos de junção são empregados para unir dois ou mais componentes, de forma que estes passem a apresentar um movimento de corpo rígido. O termo processo de junção é utilizado para definir um conjunto de métodos empregados para união de duas ou mais peças, tais como os diversos tipos de soldagem, rebitagem, fixação por parafusos e com o uso de adesivos.

3 Objetivo Nesta aula serão estudados os fundamentos e os procedimentos da soldagem oxiacetilênica, capacitando o aluno a compreender as características e procedimento de preparação antes e durante a soldagem, caracterizando os equipamentos e a qualidade da solda para reparos e união de peças.

4 Soldagem Definição: processo empregado para a união de dois ou mais componentes de um sistema mecânico ou estrutural, conservando a continuidade física do material e portanto suas propriedades físicas e químicas. Aplicações: componentes mecânicos, estruturas navais e oceânicas, tubulações, vasos de pressão, chassis e carrocerias de automóveis entre outros.

5 Etapas do Processo de Soldagem

6 Importância da soldagem: projetos de uniões simplificadas; redução do peso da estrutura soldada em relação ao peso de estruturas rebitadas e parafusadas; obtenção de estruturas estanques; eficiência mecânica da junta.

7 Classificação do Processo Segundo o processo físico: toma-se por base o mecanismo físico envolvido na soldagem: Soldagem por fusão: processo no qual as partes são fundidas por meio de energia elétrica ou química, sem aplicação de pressão; Soldagem por pressão: processo no qual as duas partes são coalescidas e pressionadas uma contra a outra; Brasagem: processo no qual as partes são unidas por meio de uma liga metálica de baixo ponto de fusão, não havendo fusão do metal base.

8 Classificação do Processo Soldagem por fusão: A gás; A arco elétrico (MIG/MAG/TIG). Soldagem por pressão: Solda ponto; atrito; Ultra-sônica. Brasagem: Brasagem; Solda fraca.

9 Soldagem a Gás A soldagem a gás é um processo no qual um gás combustível é misturado ao oxigênio e, pela queima da mistura assim formada, consegue-se coalescer o metalbase e o metal de enchimento, executando-se a soldagem.

10 Soldagem a Gás Os gases mais empregados são acetileno, propano e hidrogênio, sendo o primeiro o mais aplicado, neste caso, o método é conhecido como soldagem oxiacetilênica.

11 Tipos de Chama Oxiacetilênica As características da chama oxiacetilênica variam com a relação da mistura de oxigênio e acetileno, sendo classificada em três tipos: Carburizante ou carbonetante, Neutra e Oxidante.

12 Tipos de Chama Oxiacetilênica

13 Soldagem Oxiacetilênica Os equipamentos básicos para a soldagem oxiacetilênica constituem-se de maçarico de soldagem, garrafas de oxigênio e acetileno, mangueiras, reguladores de pressão e manômetros.

14 Soldagem Oxiacetilênica

15 Operação de Soldagem Limpeza das superfícies de união; Preparação da peça; Pré-aquecimento; Soldagem (EPIs); Resfriamento e limpeza da peça.

16 Segurança no Processo de Soldagem Uso de EPIs; Exaustores; Ter cuidado com os cilindros de oxigênio e acetileno. Bom senso.

17 Inspeção da Solda

18 Características da Soldagem Oxiacetilênica Capacidade do processo: O processo é basicamente manual, sendo portátil, e economicamente atrativo para lotes de reduzido número de peças. Aplicável na soldagem de um grande número de materiais metálicos, tais como aço carbono, níquel, cobre, bronze, latão e ferro fundido. Como o método dispensa o uso da energia elétrica, este é muito empregado em trabalhos de campo, principalmente em atividades de reparo.

19 Características da Soldagem Oxiacetilênica As temperaturas atingidas em uma chama neutra são inferiores àquelas atingidas na soldagem a arco elétrico, bem como a concentração da chama é menor. A velocidade de soldagem deve ser mais baixa, podendo causar grandes distorções nas peças soldadas. Utiliza-se de material de enchimento, que pode ser revestido, para fornecer proteção adicional à poça de fusão.

20 Brasagem União onde o material de adição é diferente do material de base. O material de adição tem sempre a temperatura de fusão menor do que a temperatura de fusão do material de base. Não é um processo que garante a continuidade das propriedades do material de base. A união se da apenas por um processo de aderência em que o metal de adição vai se moldar a superfície do metal de base.

21 Razões da utilização da brasagem Possui um ponto de fusão mais baixo, potência de chama mais baixa e consequentemente uma maior economia em relação à soldagem. Não necessita de mão de obra especializada. As tensões são menores devido ao pequeno aquecimento. Em casos em que não interessa muito uma grande resistência, mas apenas o contato elétrico. Em casos onde a soldagem é muito difícil A brasagem pode ser facilmente desmontada, aquecendo a solda União de diferentes materiais.

22 Classificação Brasagem Fraca: a temperatura do metal de adição é menor que 600ºC, é utilizado o ferro de soldar como fonte de aquecimento. São conhecidos no comércio três tipos de brasagem fraca. 1 - Solda de bombeiro 2 - Solda de rádio 3 - Solda de funileiro Brasagem Forte: na brasagem forte a temperatura do material de adição é superior a 600 ºC. é usada um maçarico para a fonte de calor. Podemos dividir a brasagem forte em:

23 Brasagem Forte por capilaridade Processo de brasagem que utiliza como metal de adição uma vareta de liga de prata que funde entre 618 C a 870 C. Esse processo recebe nome de solda prata é uma liga ternária de prata, cobre e zinco. Aplicações: Fixação de pastilhas de metal duro. Equipamentos de ar condicionado. Equipamentos para industria aeronáutica. Utensílios domésticos Equipamentos elétricos

24 Brasagem (solda de bronze) É feita com material de adição sob forma de varetas com liga de cobre e zinco. Estas varetas possuem usualmente a seguinte combinação 60% de cobre e 40% de zinco, podem conter também a adição de estanho, ferro, manganês e silício em proporções menores.

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