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May - June 29 321 ECOLOGY, BEHAVIOR AND BIONOMICS Parasitóides (Hymenoptera: Braconidae) de Moscas-das-Frutas (Diptera: Tephritidae) no Estado de São Paulo: Plantas Associadas e Parasitismo CLÁUDIA F MARINHO 1, MIGUEL F DE SOUZA-FILHO 2, ADALTON RAGA 2, ROBERTO A ZUCCHI 1 1 Depto. de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola, ESALQ/USP, C postal 9, 13418-9, Piracicaba, SP 2 Instituto Biológico C. postal 7, 1312-97, Campinas, SP Editado por Sérgio Ovruski CIRPON Neotropical Entomology 38(3):321-326 (29) Parasitoids (Hymenoptera: Braconidae) of Fruit Flies (Diptera: Tephritidae) in the State of São Paulo, Brazil: Associated Plants and Parasitism ABSTRACT - A total of 3,8 braconid parasitoids in 26 species of fruit fly host plants were collected in 33 localities of São Paulo State. The majority of the braconids (96.2%) belonged to four Opiinae species, Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti), Opius bellus (Gahan) and Utetes anastrephae (Viereck), and the remaining 3.8%, a single species of Alysiinae, Asobara anastrephae (Muesebeck). Doryctobracon areolatus was collected on Anastrepha fraterculus (Wied), A. obliqua (Macquart) and A. amita Zucchi, and was found associated with the largest number of fruit fly host plant species (26), being recorded for the first time in fruits of Clausena lansium and Cryptocarya aschersoniana. This species was the most common, occurring in most of the sampled localities, totaling 77.5% of all parasitoids collected. Doryctobracon brasiliensis was associated only with A. fraterculus and recorded, for the first time, in Japanese plum (Prunus salicina). It was not possible to associate the remaining braconids to the fruit fly species. Opius bellus was also reared from larvae in C. aschersoniana. The natural parasitism percentage ranged from < 1% to 4%. KEY WORDS: Opiinae, Alysiinae, natural parasitism, distribution, Anastrepha RESUMO - Foram coletados 3.8 braconídeos em larvas/pupas de moscas-das-frutas em 26 espécies de frutos, distribuídos em 33 municípios paulistas. A maioria dos braconídeos pertencia a Opiinae (96,2%), representada por quatro espécies Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti), Opius bellus (Gahan) e Utetes anastrephae (Viereck) e os demais a Alysiinae (3,8%), representada apenas por Asobara anastrephae (Muesebeck). Doryctobracon areolatus foi atraída por mais frutos hospedeiros de moscas-das-frutas (26) e ocorreu na maioria dos municípios amostrados, totalizando 77,5% dos parasitóides coletados. Doryctobracon areolatus foi associada com Anastrepha fraterculus (Wied.), A. obliqua (Macquart), A. amita Zucchi e, pela primeira vez, em frutos de wampi (Clausena lansium) e em canela-batalha (Cryptocarya aschersoniana). Doryctobracon brasiliensis foi associada apenas com A. fraterculus e registrada, pela primeira vez, em larvas em ameixa-japonesa (Prunus salicina). Não foi possível associar as demais espécies de parasitóides às espécies de moscas-das-frutas. Opius bellus foi obtida de larvas em canela-batalha. A percentagem de parasitismo natural variou de <1% a 4%. PALAVRAS-CHAVE: Opiinae, Alysiinae, parasitismo natural, distribuição, Anastrepha Em diversos países da América, o uso de parasitóides pertencentes a Braconidae (Hymenoptera) tem sido intensificado devido às perdas na produção e comercialização de frutos pelos tefritídeos pragas (Ovruski et al 2, González et al 27). Na Costa Rica, Guatemala, México, e EUA (Flórida e Havaí), estão os maiores programas de liberação de himenópteros parasitóides em áreas com altas infestações de espécies de tefritídeos de importância quarentenária (Purcell 1998, Cancino & Montoya 24a). O controle biológico tem sido incorporado como alternativa válida dentro dos programas de manejo integrado de moscas-das-frutas (Ovruski et al 2, Walder 22, Malavasi et al 27), por causa da especificidade que os braconídeos possuem em parasitar a larva da mosca para completar seu ciclo de desenvolvimento (Carvalho et al 2). Entre as espécies de Opiinae, o parasitóide exótico Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) é a mais utilizada, a nível mundial, em liberações massivas para controlar moscasdas-frutas (Sivinski 1996, Ovruski et al 2, Montoya et al 2, Cancino & Montoya 24b). Esse parasitóide está

322 Marinho et al - Parasitóides (Hymenoptera: Braconidae) de Moscas-das-Frutas (Diptera: Tephritidae) no Estado... adaptado a várias espécies de tefritídeos de importância econômica (Montoya et al 2, Ovruski et al 2, Carvalho & Nascimento 22, Schliserman et al 23). No Brasil, após 5 anos de negligência, houve o ressurgimento e destaque da importância desses inimigos naturais como alternativa para o controle de moscas-dasfrutas (Canal & Zucchi 2). Nas últimas duas décadas, houve significativo aumento no número de trabalhos sobre braconídeos parasitóides de moscas-das-frutas, relacionados com identificação, distribuição e associação com tefritídeos e plantas hospedeiras em vários estados brasileiros. Como consequência, foi instalada a biofábrica Moscamed Brasil para a produção de D. longicaudata para o controle dos tefritídeos nos pólos de fruticultura do nordeste, um dos maiores exportadores de frutos brasileiros (Carvalho et al 2). Dentro desse escopo, este trabalho apresenta os resultados de distribuição e parasitismo de braconídeos obtidos em mais de cinco anos de coleta de frutos hospedeiros de moscas-dasfrutas, em 71 municípios do estado de São Paulo. Material e Métodos Os parasitóides foram obtidos de amostragens de frutos para coleta de moscas-das-frutas em 71 municípios do estado de São Paulo, de agosto/1997 a fevereiro/23. Os frutos foram coletados aleatoriamente nas árvores e no solo. Foi usado o método tradicional para obtenção de parasitóides (Leonel Jr et al 1996). A associação parasitóide/moscas-das-frutas foi estabelecida apenas quando emergiu espécie única de mosca e de parasitóide no mesmo frasco de Criação (Leonel Jr et al 1996). A identificação dos parasitóides foi baseada na chave taxonômica de Canal & Zucchi (2). Os espécimestestemunha foram depositados na coleção da ESALQ/USP (Entomologia). Foram determinadas as percentagens de parasitismo (Hernández-Ortiz et al 1994) e a intensidade de infestação de moscas-das-frutas (número de pupários dividido pela massa dos frutos em kg). Resultados Dos 71 municípios amostrados, em 33 deles (46%) foram obtidos frutos com larvas de moscas-das-frutas parasitadas por braconídeos (Fig 1). Foram coletados 42.134 frutos pertencentes a 26 espécies de plantas hospedeiras de moscasdas-frutas (Fig 2). Dos 38.75 pupários obtidos emergiram 21.452 tefritídeos 85,4% de espécies de Anastrepha e 14,6% de Ceratitis capitata (Wied). Foram coletados 3.8 parasitóides (2.894 opiíneos e 114 alisiíneos) sendo a maioria pertencente a Doryctobracon areolatus (Szépligeti) (77,5%). As percentagens de coleta dos demais opiíneos foram: Utetes anastrephae (Viereck) (8,8%), Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti) (7,6%) e Opius bellus (Gahan) (2,3%). Asobara anastrephae (Muesebeck) (Alysiinae) correspondeu a 3,8% dos parasitóides coletados. Doryctobracon areolatus, coletada na maioria das localidades amostradas (3 municípios) (Fig 1), foi associada ao maior número de hospedeiros de moscasdas-frutas (26 espécies) (Fig 2). Considerando-se em conjunto Jales Cosmorama Neves Paulista Pindorama Araraquara Franca Mococa Casa Branca Leme Conchal Cordeirópolis Campinas Monte Alegre do Sul Vargem Anhumas Assis Florínia Avaré Piracicaba Monte Mor Salto Valinhos Atibaia Mogi das Cruzes São Paulo São Bento do Sapucaí Ubatuba Pedreira Nazaré Paulista Juquiá Pariquera Açú Bertioga São Roque Fig 1 Municípios do estado de São Paulo onde foram obtidas amostras com parasitóides de moscas-das-frutas (agosto/1997 a fevereiro/23).

May - June 29 Neotropical Entomology 38(3) 323 7 A. anastrephae O. bellus U. anastrephae D. brasiliensis D. areolatus 6 5 4 3 2 1 Eugenia uniflora (3632) Citharexylum myrianthum (11356) Averrhoa carambola (1564) Eriobotrya japonica (775) Eugenia involucrata (536) Psidium cattleyanum (797) Solanum americanum (983) Prunus persica (199) Spondias purpurea (1215) Pouteria caimito (471) Syzygium jambos (544) Myrciaria cauliflora (2698) Eugenia pyriformis (1241) Plinia glomerata (865) Inga sp. (1448) Mangifera indica (183) Malpighia glabra (339) Psidium guajava (268) Cryptocarya aschersoniana (275) Prunus x Mume (397) Plinia edulis (172) Garcinia brasiliensis (786) Prunus salicina (19) Eugenia brasiliensis (83) Clausena lansiu (244) Campomanesia guaviroba (793) Fig 2 Espécies de parasitóides e número de frutos dos hospedeiros associados com moscas-das-frutas em 33 municípios do estado de São Paulo (agosto/1997 a fevereiro/23). as moscas e parasitóides coletados (24.46 exemplares), a sobrevivência das pupas das moscas foi de 63,1%. Discussão As cinco espécies de braconídeos coletadas são as mais frequentes no estado de São Paulo (Souza Filho 1999). Recentemente, comprovou-se que os exemplares identificados como Opius sp. aff. bellus (tíbias posteriores amareladas) pertencem a O. bellus (tíbias posteriores negras no ápice e na base) (Marinho 29). Além das espécies discutidas neste trabalho, também estão registradas no estado de São Paulo, D. longicaudata (espécie exótica), Doryctobracon fluminensis Lima e Asobara sp., totalizando oito espécies registradas no estado (Canal & Zucchi 2). Doryctobracon areolatus tem sido a espécie mais comum em várias regiões do Brasil (Canal & Zucchi 2), sendo recentemente registrada no Amapá (Silva & Silva 27). Neste estudo, D. areolatus foi associada com Anastrepha fraterculus (Wied), A. obliqua (Macquart) and A. amita Zucchi. Em dois municípios paulistas (Limeira e Piracicaba), D. areolatus havia sido associada com A. bistrigata Bezzi, A. fraterculus, A. obliqua, A. sororcula Zucchi e Ceratitis capitata (Wied) (Leonel Jr et al 1996). Entretanto, em levantamentos de moscasdas-frutas em 94 municípios, verificou-se o parasitismo de D. areolatus em apenas quatro espécies (A. amita, A. fraterculus, A. obliqua e C. capitata), em 16 espécies frutíferas (Souza Filho 1999). Neste trabalho, D. areolatus parasitou larvas nos frutos de quase todas as famílias, exceto em Prunus salicina (ameixa japonesa, Rosaceae), com mais emergência em Citharexylum myrianthum (pombeiro, Verbenaceae), Eugenia uniflora (pitanga, Myrtaceae) e Averrhoa carambola (carambola, Oxalidaceae). Entretanto, tem sido constatado que D. areolatus é mais atraída pelas mirtáceas, com elevados índices em Syzygium aqueum (63,4%), Eugenia dodoneifolia (44,6%), Psidium cattleyanum (42,8%), Eugenia sp. (34,8%) e Marlierea edulis (32,3%) (Souza Filho 1999). Leonel Jr et al (1996) observaram que D. areolatus ocorreu em 82,1% das fruteiras amostradas, sendo exclusiva em Psidium cattleyanum (araçá) e Eugenia pyriformis (uvaia). Doryctobracon brasiliensis foi associada, neste trabalho, apenas com A. fraterculus. Não foi possível relacionar outras espécies de hospedeiro, pois na mesma amostra emergiram mais de uma espécie de mosca e de parasitóide. Os registros de moscas-das-frutas e de parasitóides em wampi (Clausena lansium) e canela-batalha (Cryptocarya aschersoniana) são inéditos; entretanto, em wampi, foi constatado apenas o parasitismo por D. areolatus, sem a emergência de moscas-das-frutas (Fig 2). Em canela-batalha, A. fraterculus foi parasitada por D. areolatus e O. bellus. Em ameixa-japonesa (Prunus salicina), foi constatado o

324 Marinho et al - Parasitóides (Hymenoptera: Braconidae) de Moscas-das-Frutas (Diptera: Tephritidae) no Estado... Peso médio (g) 14 12 1 8 6 4 2 Peso médio Parasitismo (%) 45 4 35 3 25 2 15 1 5 Parasitismo (%) Plinia edulis (cambucá) Averrhoa carambola (carambola) Prunus persica (pêssego) Prunus salicina (ameixa-japonesa) Pouteria caimito (abiu) Syzygium jambos (jambo) Eriobotrya japonica (nêspera) Prunus x Mume (umê) Garcinia brasiliensis (bacupari) Cryptocarya aschersoniana (canela-batalha) Mangifera indica (manga) Psidium guajava (goiaba) Fig 3 Relação entre parasitismo de braconídeos e massa do fruto. Myrciaria cauliflora (jabuticaba) Psidium cattleyanum (araçá) Inga sp. (ingá) Spondias purpurea (seriguela) Eugenia pyriformis (uvaia) Solanum americanum (maria preta) Campomanesia guaviroba (guabiroba) Clausena lansiu (wampi) Eugenia involucrata (cereja-da-terra) Eugenia brasiliensis (grumixama) Plinia glomerata (cabeluda) Eugenia uniflora (pitanga) Citharexylum myrianthum (pombeiro) Malpighia glabra (acerola) parasitismo de A. fraterculus por D. brasiliensis (Fig 2). Nos 33 municípios, o parasitismo total das larvas/pupas de tefritídeos foi de 7,8%. Entretanto, quaisquer inferências sobre esses valores são prejudicadas pelo tamanho e regularidade das amostras, que dependiam da disponibilidade dos frutos. Por exemplo, o parasitismo total em wampi foi o mais alto, entretanto, houve apenas uma amostra com 244 frutos (,87 kg) e foram obtidos cinco pupários e dois parasitóides. Portanto, não é possível afirmar que o parasitismo nesse fruto foi alto, pois o número de amostras mascarou os resultados em Campo (Fig 3). Como verificado também por outros autores (Leonel Jr 1991, Souza Filho 1999), o parasitismo é muito variável nos municípios paulistas, em razão dos frutos hospedeiros, locais e épocas das amostras. Os frutos maiores tendem a apresentar infestação mais elevada por larvas, pelo maior volume e superfície para oviposição das moscas. A relação entre o índice de infestação e peso do fruto diminui, exponencialmente, com o aumento do peso do fruto (Malavasi & Morgante 198). Neste estudo, as maiores infestações de moscas foram obtidas em cereja-da-terra, pitanga, pombeiro, araçá, cabeluda, uvaia e maria preta, e as menores em wampi, bacupari, guabiroba e manga; entretanto, o parasitismo foi muito variável nessas plantas associadas (Fig 4). Com exceção da manga, os frutos mencionados acima são pequenos, portanto, além do tamanho, o parasitismo é dependente de outros fatores, como os voláteis dos frutos. O fruto hospedeiro é o fator que mais influencia o parasitismo das larvas por braconídeos, que são inicialmente atraídos pelos voláteis dos frutos (Greany et al 1977, Messing & Jang 1992, Eitam et al 23) Outros fatores também podem interferir no parasitismo, como a retirada de frutos do campo para levá-los ao laboratório (van Driesche 1983), a densidade de larvas nos frutos (Chua 1993) e as preferências dos parasitóides (Bautista & Harris 1997). Porém, a morfologia dos frutos atua diretamente no favorecimento ou não do parasitismo. Foi constatado que em frutos menores com polpa rasa, os índices de parasitismo são maiores do que em frutos grandes com polpa espessa (Sivinski et al 1997, Hickel 22). Neste trabalho, os frutos menores apresentarem as maiores percentagens de parasitismo, como por exemplo, pombeiro (,7 g; 18,6%) e pitanga (1,76 g; 14,8%). Nos frutos maiores, ocorreu o inverso, ou seja, as percentagens de parasitismo foram menores: manga (126,9 g; 4,5%), goiaba (62,2 g; 2,2%) e carambola (37,7 g; 9,6%) (Fig 3). Outros autores obtiveram resultados semelhantes (Sivinski 1991, Hernández-Ortiz et al 1994, Souza Filho 1999, Ovruski et al 24). Portanto, frutos menores e, consequentemente mais leves, favorecem o parasitismo pelos braconídeos. Na manga, o parasitismo foi maior que o da goiaba, provavelmente em razão da limitação que o caroço da manga impõe às larvas, deixando-as mais acessíveis ao ovipositor do parasitóide (Hernádez-Ortiz et al 1994, Sivinski et al 1997, Matrangolo et al 1998). Entretanto, de acordo com Hickel (22), a espessura da polpa (não o tamanho) atua como

May - June 29 Neotropical Entomology 38(3) 325 45 4 % Intensidade de infestação % Parasitismo % 35 3 25 2 15 1 5 Clausena lansiu (wampi) Pouteria caimito (abiu) Citharexylum myrianthum (pombeiro) Solanum americanum (maria preta) Eugenia uniflora (pitanga) Cryptocarya aschersoniana (canela-batalha) Psidium cattleyanum (araçá) Spondias purpurea (seriguela) Averrhoa carambola (carambola) Eugenia brasiliensis (grumixama) Eugenia involucrata (cereja-da-terra) Plinia glomerata (cabeluda) Prunus salicina (ameixa-japonesa) Myrciaria cauliflora (jabuticaba) Plinia edulis (cambucá) Garcinia brasiliensis (bacupari) Syzygium jambos (jambo) Mangifera indica (manga) Eugenia pyriformis (uvaia) Eriobotrya japonica (nêspera) Campomanesia guaviroba (guabiroba) Malpighia glabra (acerola) Psidium guajava (goiaba) Prunus x Mume (umê) Inga sp. (ingá) Prunus persica (pêssego) Fig 4 Intensidade de infestação de moscas-das-frutas e parasitismo por braconídeos. barreira ao parasitismo, pois em cajá-mirim (polpa com 3,39 mm) a infestação por moscas foi maior do que em café (polpa com 1,81mm), mas nesse hospedeiro o parasitismo foi maior. A polpa rasa do café facilita o parasitismo das larvas frugívoras. Em geral, frutos menores com polpa rasa resultam nas maiores percentagens de parasitismo pela facilidade que os braconídeos possuem em encontrar as larvas hospedeiras. Dependendo do tamanho do ovipositor, algumas espécies podem ser mais frequentes em determinados frutos hospedeiros de larvas. Os frutos menores atraem parasitóides com ovipositor curto, pois facilitam o encontro das larvas de moscas, ao passo que, parasitóides com ovipositores longos podem buscar larvas em frutos com polpas de diferentes espessuras. Por exemplo, parasitóides com ovipositores longos ( 6mm) ocorrem tanto em frutos pequenos como grandes e parasitóides com ovipositores menores ( 3mm) limitam-se ao parasitismo de larvas em frutos pequenos (Sivinski et al 1997). Assim, U. anastrephae, que possui ovipositor curto, apresentou maior emergência em frutos pequenos, por exemplo, em nêspera (Eriobotrya japonica) e pitanga (E. unifl ora). O parasitismo das larvas em manga (M. indica) e goiaba (P. guajava), respectivamente por U. anastrephae e O. bellus (ovipositores quase do mesmo tamanho) é dificultada pelas características desses hospedeiros (Matrangolo et al 1998). Por outro lado, D. areolatus (ovipositor longo) é comumente associado com manga. Essa característica (ovipositor longo) é um dos fatores que contribuem para que D. areolatus seja o parasitóide mais comum de larvas de moscas-das-frutas na área da sua distribuição natural. Agradecimentos À Coordenação de Aperfeiçoamento de Ensino Superior (CAPES) por ter concedido a bolsa de mestrado ao primeiro autor. Referências Bautista R C, Harris E J (1997) Effects of multiparasitism on the parasitization behavior and progenie development of oriental fruit fly parasitoids (Hymenoptera: Braconidae). J Econ Entomol 9: 757-764. Canal Daza N A, Zucchi R A (2) Parasitóides-Braconidae, p.119-126. In Malavasi A, Zucchi R A (eds) Moscas-das-frutas de importância econômica no Brasil. Conhecimento básico e aplicado. Ribeirão Preto, Holos Editora, 327p. Cancino J, Montoya P (24a) Controle biológico por aumento en moscas de la fruta. Folia Entomol Mex 43: 257-27. Cancino J, Montoya P (24b) Desirable attributes of mass reared parasitoids for fruit fly control: a comment. Vedalia 11: 53-58. Carvalho R S, Nascimento A S (22) Criação e utilização de Diachasmimorpha longicaudata para o controle de moscas-dasfrutas. p.165-179. In Parra, J P, Botelho P S, Corrêa-Ferreira B S, Bento J M S (eds) Controle biológico no Brasil: parasitóides e predadores. São Paulo, Editora Manole, 695p.

326 Marinho et al - Parasitóides (Hymenoptera: Braconidae) de Moscas-das-Frutas (Diptera: Tephritidae) no Estado... Carvalho R S, Nascimento A S, Matrangolo W J R (2) Controle bbiológico, p.113-117. In Malavasi A, Zucchi R A (eds) Moscasdas-frutas de importância econômica no Brasil. Conhecimento básico e aplicado. Ribeirão Preto, Holos Editora, 327p. Chua T H (1993) Pattern of parasitism in the carambola fruit fly, Bactrocera sp. (Malaysian A.) (Dipt. Tephritidae) by Biosteres vandenboschi (Fullaway) (Hym. Braconidae). J Appl Entomol 115: 287-291. Eitam A, Holler T, Sivinski J, Aluja M (23) Use of host fruit chemical cues for laboratory rearing of Doryctobracon areolatus (Hymenoptera: Braconidae), a parasitoid of Anastrepha spp. (Diptera: Tephritidae) Fla. Entomol 86: 211-212. Greany P D, Hawke S D, Carlysle T C, Anthony D W (1977) Sense organs in the ovipositor of Bioteres (Opius) longicaudatus, a parasite of the Caribbean fruit fly Anastrepha suspensa. Ann Entomol Soc Am 7: 319-321. 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