Licenciatura em Ciências Biológicas Disciplina Ecologia Aplicada Formações Vegetais no Brasil Prof. Ernani Lopes Possato
Formações Vegetais Umidade Temperatura Radiação solar Formação Vegetal Física e química do solo Relevo Seleção Natural
Formações Vegetais Fonte: Manual Técnico Florestal, v.1, 1986
Agrupamento da Vegetação em 13 Regiões Fitoecológicas 1. Região Fitoecológica da Savana 2. Região Fitoecológica da Estepe (Caatinga e Campanha gaúcha) 3. Região Fitoecológica da Savana-Estépica 4. Região Fitoecológica da Campinarana 5. Região Fitoecológica da Floresta Ombrófila Densa 6. Região Fitoecológica da Floresta Ombrófila Aberta 7. Região Fitoecológica da Florestal Ombrófila Mista
Agrupamento da Vegetação em Regiões Fitoecológicas ou Características específicas 8. Região Fitoecológica da Floresta Estacional Semidecidual 9. Região Fitoecológica da Floresta Estacional Decidual 10. Áreas das Formações Pioneiras 11. Áreas de Tensão Ecológica 12. Refúgios Ecológicos 13. Disjunçoes Ecológicas
Vegetação Brasileira Classificação da vegetação brasileira considerando as características fitogeográficas Classe Estrutura / formas de vida Subclasse Clima/Déficit hídrico Grupo Fisiologia/transpiração e fertilidade Subgrupo Fisionomia Formações Ambiente/relevo Subformações Fisionomia específica Fonte: Veloso, 1992 apud Martins, 2010
Classe de formação (estrutura fisionômica) Floresta: fisionomia com predominância de árvores formando um dossel contínuo ou descontínuo Estepe: é a classe de formação na qual a forma de vida predominante são as ervas e alguns arbustos Savana: classe de formação onde convivem simultaneamente árvores e arbustos espalhados sobre um estrato graminoso, sem formação de um dossel contínuo
Subclasse de formação (parâmetros do clima): Florestas ombrófilas: temperatura alta precipitação elevada e bem distribuída Florestas estacionais: temperatura: em média 22 C presença de estação seca (4 a 6 meses) ou de frio intenso (média de 18 C e, pelo menos, 3 meses com média inferior a 15 C)
Grupo de formação: Tipo de transpiração estomática higrófita ou xerófita Fertilidade do solo álicos (saturação por alumínio (m) > 50%) distróficos (saturação por bases (V) < 50%) eutróficos (V > 50%)
Subgrupo de formação: Alguns conceitos Deciduidade: refere-se ao grau de retenção das folhas dos elementos arbóreos e arbustivos encontrada em determinada formação e época. Outros conceitos: árvore caducifólia: são aquelas que perdem suas folhas em períodos desfavoráveis (frio ou seca) árvore perene: matem as folhas durante todo o ano.
Subgrupo de formação: Florestas perenefólias (sempre-verdes): São aquelas que no conjunto não apresentam caducidade foliar ou esta é inferior a 20% das árvores do dossel Florestas semideciduais: 20 a 50% das árvores com queda foliar Florestas deciduais: 50% ou mais de árvores caducifólias
Formação florestal: alto-montana montana submontona terras baixas Aluvial
Vegetação Brasileira Esquema da classificação da vegetação florestal brasileira Classe Estrutura / formas de vida Floreta Subgrupo Fisionomia Densa Aberta Mista Formações Ambiente/relevo Aluvial Terras baixas Submontana Montana Alto-montana Terras baixas Submontana Montana Aluvial Submontana Montana Alto-montana Subformações Fisionomia específica Dossel uniforme Dossel emergente Com palmeiras Com cipó Com bambu Com sororoca Dossel uniforme Dossel emergente Fonte: Veloso, 1992 apud Martins, 2010
Vegetação Brasileira Esquema da classificação da vegetação florestal brasileira Classe Estrutura / formas de vida Subclasse Clima/Déficit hídrico Formações Ambiente/relevo Subformações Fisionomia específica Aluvial Terras baixas Submontana Floreta Estacional Aluvial Terras baixas Submontana Montana Dossel uniforme Dossel emergente Aluvial Terras baixas Submontana Montana Fonte: Veloso, 1992 apud Martins, 2010
Vegetação Brasileira Esquema da classificação da vegetação florestal brasileira Classe Estrutura / formas de vida Subclasse Clima/Déficit hídrico Formações Ambiente/relevo Subformações Fisionomia específica Campinarana Ombrófila Relevo tabular e/ou depressão fechada Com palmeira Sem palmeira Savana Planaltos tabulares e/ou planícies - Savana-Estépica Estacional Depressão interplanáltica nordestina e/ou depressões com acumulações recentes - Fonte: Veloso, 1992 apud Martins, 2010
Floresta Ombrófila Floresta ombrófila densa Floresta ombrófila aberta Floresta ombrófila mista
Floresta Ombrófila Densa: ocorre em áreas de alta temperatura (25 C de média) e pluviosidade (< 60 dias secos) Domínio amazônico: dossel de 30-40 m com árvores emergentes de 60 m castanheira (Bertholettia excelsa); mogno (Swietenia macrophylla); sumaúma (Ceiba pentandra) Domínio da mata atlântica: litoral áreas com alta pluviosidade e alta umidade condicionadas pelo relevo cedro (Cedrela fissilis); guapuruvu (Schyzolobium parahyba); palmito-juçara (Euterpe edulis); jacarandá (Dalbergia nigra)
Floresta Ombrófila Densa Fonte: rbma.org.br Fonte: verde.br.msn.com
Floresta Ombrófila Aberta: Vegetação de transição entre a floresta amazônica e as áreas extra-amazônicas 2 a 4 meses de estação seca Quatro fisionomias específicas com formações de clareiras ocupadas por: palmeiras (terras baixas); cipós (submontona encostas dos planaltos de serras da Amazônia); bambus; (submontana dos estados AM e AC) ou sorocabas (submontana da bacia do médio rio Xingu)
Floresta Ombrófila Aberta Fonte: rbma.org.br
Floresta Ombrófila Mista: presença das gimnospermas Araucaria angustifolia e Podocarpus lambertti consorciadas com as angiospermas Ilex paraguariensis (erva-mate), cedro, Ocotea porosa, dentre outras. áreas com clima úmido em todo ano e temperaturas baixas no inverno, com possibilidades de geadas ocorre no sul do país e em regiões de elevada altitude de SP, RJ e MG (Serra do Mar e da Mantiqueira) o estrato emergente é composto por árvores de araucária (30 40 m) e o dossel (15 20 m) também é composto por outras espécies
Floresta Ombrófila Mista Fonte: rbma.org.br Fonte: klickeducacao.com.br
Floresta Estacional: duas estações definidas Floresta Estacional Decidual Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Decidual: maior parte das árvores do dossel perde as folhas devido ao estresse hídrico (6 a 9 meses sem chuva) ou frio intenso (hibernação) podem ocorrer em regiões mais chuvosas quando estas possuem solos rasos com baixa capacidade de retenção hídrica Dossel pode alcançar de 20 a 30 m jatobá (Hymenaea courbaril); ipês (Tabebuia sp.); angico (Anadenanthera colubrina); braúna (Schinopsis brasiliensis)
Floresta Estacional Decidual Fonte: rbma.org.br barriguda: Cavanillesia arborea Fonte: arboretto.bolgspot.com
Floresta Estacional Semidecidual: estende-se continuamente em boa parte do PR, SP e MG, além de estar presente em outros estados parte das árvores do dossel perde as folhas devido ao estresse hídrico, enquanto que outras mantêm sua folhagem dossel irregular (15 20 m) contendo árvores emergentes de até 30 m perobas (Aspidosperma sp.); ipês (Tabebuia sp); jequitibás (Cariniana sp.)
Floresta Estacional Semidecidual Foto de Evandro Rodney Silva Fonte: rbma.org.br Fonte: abril.com.br
Campinarana Florestada: desenvolve em solos de baixa fertilidade, ricos em ácidos húmicos de bacias de rios pretos da região amazônica por serem solos arenosos = estresse hídrico dossel com cerca de 20-30 m, contendo árvores finas e de copa pequena espécies endêmicas de palmeiras: açai-chumbinho (Euterpe catinga); jará (Leopoldina pulchra)
Campinarana Floresta Fonte: ppbio.inpa.gov.br
Savana Florestada (Cerradão): estratos: arbóreo; arbustivo e herbáceo árvores tortuosas e com ramificações irregulares pequizeiro (Caryocar brasiliense); copaíba (Copaiba langsdorffii); pimenta-de-macaco (Xylopia aromatica)
Savana Florestada Fonte: agencia.cnptia.embrapa.br
Savana-Estépica Florestada (Caatinga): designa 3 áreas distintas: sertão árido nordestino, campos de RR e os chacos no MS e RS árvores decíduas de 5 a 7 m, troncos grossos e muito ramificadas contendo espinhos ou acúleos gêneros comuns: Cavanillesia, Ceiba, Schinopsis, Acacia
Savana-Estépica Florestada Fonte: senado.gov.br
Formações Pioneiras: recebe este nome a vegetação que ocupa áreas de solo de deposição recente (instáveis) diferenciam-se quanto a influência de formação: marinha (Restinga) fluviomarinha (Manguezais) fluvial e, ou, lacustre (lagos) (comunidades aluviais)
Formações Pioneiras com Influência Marinha (Restinga) comunidades vegetais que recebem influência direta da água do mar ambiente composto por fatores limitantes como a salinidade, instabilidade do solo e inundações
Formações Pioneiras Restinga Fonte: overmundo.com.br
Formações Pioneiras com Influência Fluviomarinha (Manguezais) ocorrem em áreas onde existem corpos d água costeiros abertos ao mar árvores de tronco fino com raízes grossas que servem de escoras. São adaptadas as condições salina e anaeróbica 3 espécies arbóreas: Rhizophra mangle; Lguncularia racemosa e Avicennia shaueriana
Formações Pioneiras Manguezal Fonte: not1.com.br
Formações Pioneiras com Influência Fluvial e, ou, lacustre (comunidades aluviais) comunidade vegetal que ocupa as depressões alagáveis ou áreas sujeitas a inundação devido à cheias dos rios que permanecem submersas boa parte do ano pantanal, veredas, vales do domínio amazônico
Formações Pioneiras Comunidades Aluviais Fonte: ufla.br Fonte: meuvelhochico.blogspot.com
Vegetação Brasileira Fonte: IBGE, 2006; MMA, 2009
Biomas