08:59 1. Ligantes de construção cimento, cal, gesso, betume, asfalto (hidrófobos)

Documentos relacionados
CAL AÉREA E CAL HIDRÁULICA

LIGANTES HIDRÓFILOS. Hidráulicos. Aplicações argamassas e betões. resistem à água. - cal hidráulica - cimento. aéreos. não resistem à água

LIGANTES E CALDAS BETÃO

AGLOMERANTES. Definição: 22/2/2011

8/2/2011 AGLOMERANTES. Definição: Exemplos: Aglomerantes. Nomenclatura. Relação Pega x Endurecimento. Propriedades. Argila Gesso Cal Cimento Betume

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana. Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil.

ARGAMASSAS E CONCRETOS RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

Cimento Portland Fabricação Composição química Propriedades

MCC I Cal na Construção Civil

ADIÇÕES OU SUBSTITUTOS PARCIAIS DO CIMENTO PORTLAND

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CAL

ELEMENTOS CONSTITUINTES DO CONCRETO

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I AULA 01: AGLOMERANTES

Materiais de Construção Civil. Aula 06. Aglomerantes e Cal

Aglomerantes para construção civil

Diego Eugênio Bulhões de Oliveira MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA REACTIVIDADE DE UMA POZOLANA

PRINCIPAIS COMPONENTES DO CRÚ E DO CLÍNQUER PORTLAND

Cimento Portland CIMENTO CLÍNQUER. Sumário CIMENTO PORTLAND

Instituto Federal da Bahia Campus Feira de Santana Materiais de Construção I Professora Moema Castro, MSc. T E C N O L O G I A D O C O N C R E T O

Materiais de Construção

Estas condições técnicas especiais dizem respeito a cal aérea.

Hidratação do Cimento

Elementos de Introdução ao Betão Estrutural

AGLOMERANTES. FMC Profª Bárbara Silvéria

Materiais constituintes do Concreto. Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira

Sumário. Conceitos. Conceitos Produção e consumo Tipos e aplicações Composição química Características dos compostos Leitura obrigatória

Sumário. Conceitos. Conceitos Produção e consumo Tipos e aplicações Composição química Características dos compostos Leitura obrigatória

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS AGRONOMIA CURSO DE CONSTRUÇÕES RURAIS E AMBIÊNCIA

ARGAMASSAS E CONCRETOS ADIÇÕES

4 CAL AÉREA E CAL HIDRÁULICA

CIMENTOS ESPECIAIS. Cimento Supersulfatado. Constituição. Finura: m 2 /kg. Deteriora-se rapidamente em ambientes humidos.

ARGAMASSAS E CONCRETOS AGLOMERANTES

Aglomerantes são produtos empregados na construção civil para fixar ou aglomerar materiais entre si.

AULA 4 AGLOMERANTES. Disciplina: Materiais de Construção I Professora: Dra. Carmeane Effting. 1 o semestre 2014

Construções Rurais. Prof. Amison de Santana

1. FUNÇÕES, TIPOS E FORMAS DE FORNECIMENTO DAS ARGAMASSAS Argamassa - definição

HIDRATAÇÃO. Hidratação e microestrutura

Ensinamentos a Retirar do Passado Histórico das Argamassas. 1º Congresso Nacional de Argamassas Industriais

ARGAMASSAS E CONCRETOS CIMENTOS

ARGAMASSAS. Prof. Amison de Santana

DECIV EM UFOP Aglomerantes Cimento Portland

Gesso de Construção FATEC SP. Aglomerante Aéreo

APLICAÇÕES DO CIMENTO

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO AGLOMERANTES. Introdução 18/03/2019. Os materiais de construção se dividem em grupos da seguinte maneira:

PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DOS CIMENTOS

Argamassas mistas. Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira

A Nova Cal Hidráulica Natural na Reabilitação

Prof. Marcos Valin Jr. Aglomerantes

Cimento Portland composto

Revestimentos de Argamassa Conceitos P R O M O Ç Ã O

Curso: Engenharia Civil

ESTUDO DO EFEITO POZOLÂNICO DA CINZA VOLANTE NA PRODUÇÃO DE ARGAMASSAS MISTAS: CAL HIDRATADA, REJEITO DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CIMENTO PORTLAND

Fornos tradicionais do Alentejo: processo de fabrico da cal. Maria Goreti Margalha

Escolha do Aglomerante

Eng. Marcelo Cândido

CIMENTO PORTLAND F M C P R O F ª B Á R B A R A S I L V É R I A

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO

DESENVOLVIMENTO DE LIGANTES HIDRÁULICOS A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS

Cimento PROFº TALLES MELLO MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL I

Aglomerantes. Cimento Adições Cal Gesso

Materiaisde Construção. UCP Engenharia Civil

WORKSHOP 2 CONSERVAÇÃO DE REVESTIMENTOS E SUPERFÍCIES ARQUITECTÓNICAS (exteriores)

Construção. e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes. IST - DECivil. Total de páginas: Sumário. da aula. Terminologia

Sumário MINERCAL CH-I - DESCRIÇÃO... 1 MINERCAL CH-I - INSTRUÇÕES... 1 MINERCAL CH-III - DESCRIÇÃO... 2 MINERCAL CH-III - INSTRUÇÕES...

Presa. Difícil de determinar o instante em que se dá a passagem do estado líquido ao estado sólido

Estudo da influência de cargas leves nas propriedades de uma argamassa bastarda. Lisboa, 24 de Novembro 2005

ROCHA ARTIFICIAL PRODUZIDA COM PÓ DE ROCHA E AGLOMERANTE POLIMÉRICO AGUIAR, M. C., SILVA. A. G. P., GADIOLI, M. C. B

Materiais cerâmicos. Introdução. Princípios gerais. Estruturas cristalinas. J. D. Santos, FEUP

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

Soluções SecilArgamassas. Barreiro

Alvenaria: caracterização

Materiais de Construção. Gesso e Cal de Construção. Augusto Gomes Ana Paula Ferreira Pinto João Bessa Pinto

Cimento Portland comum

Argamassas com Base em Cal Aérea e Cinzas de Casca de Arroz para Conservação do Património Construído

Apostila De Materiais de Construção CIMENTO PORTLAND DEFINIÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES

'A Cal Hidráulica Natural, o ligante de eleição na Reabilitação'

Em meio aquoso sofrem dissociação liberando íons na água, o que torna o meio condutor de corrente elétrica.

Argamassas de cal hidráulica natural e pozolanas artificiais Avaliação laboratorial

Adições Minerais ao Concreto Materiais de Construção II

Argamassa TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES ARGAMASSA. Elizeth Neves Cardoso Soares 2016

Cal Hidráulica Um ligante para a reabilitação

INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS METALÚRGICOS. Prof. Carlos Falcão Jr.

O FENÔMENO DA EFLORESCÊNCIA

Materiais de Construção Argamassa. Profª MSc. Dayane Cristina

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I PROGRAMA

9/10/2012. Análise termogravimétrica Princípios, potencialidades e exemplos. Estrutura da apresentação. Princípios. Modos de TGA

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

fct - UNL ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I 4 DURABILIDADE Válter Lúcio Mar

APOSTILA - CIMENTOS. 1. História. 2. Empregos e Economia. 3 Definição

Gina Matias, Isabel Torres, Paulina Faria

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

A especificação do betão segundo a NP EN Paulo Cachim Universidade de Aveiro

Rodovia Presidente Dutra, km 163 Nº total de Centro Rodoviário Vigário Geral

Tecnol. Mecânica: Produção do Ferro

Reciclagem de Resíduos. 3 Materiais: síntese, processamento, descarte, reciclagem e destinação final. Agosto, 2017

Linha de Produtos. para o Mercado de Refratários. Aluminas Calcinadas e Hidratos

ANÁLISE DE ARGAMASSAS COM RESÍDUO DE CORTE DE ROCHAS ORNAMENTAIS

Transcrição:

Materiais de Construção I Ligantes: Tipos de Ligantes: 1) Ligantes aéreos (Cal aérea e Gesso) ) Ligantes Hidráulicos (Cal Hidráulica e Cimento). Cimento portland: Definição Composição da matéria-prima Fabricação, transporte e armazenamento Hidratação do cimento portland 08:59 1 Ligantes No estado inicial devem ser fluidos Devem molhar os materiais a ligar Depois de algum tempo devem endurecer A ligação com os inertes (areias, godos, pedra britada, etc.) deve permanecer solida mesmo depois do endurecimento do ligante Ligantes de construção cimento, cal, gesso, betume, asfalto (hidrófobos) Ligantes técnicos: ligantes fosfatados, vidro líquido, etc Ligantes de construção: Hidraulicos presa e endurecimento ao ar e endurecimento na agua ex: Cal hidráulica, Cimento. Aereos endurecem ao ar por acção Quimica ex: cal aérea e gesso Cimentos- Silicioso (CPN e derivados) CS, CS, C4AF, CA) Aluminoso CA Outros 08:59 de ferro, de cromio, etc 1

Cal Aérea É o ligante resultante da calcinação/decomposição, a cerca de 900 o C, de calcários, com teor em carbonato de cálcio, ou de cálcio e magnésio não inferior a 95%. O produto obtido pela cozedura destes calcários designa-se cal viva (óxido de cálcio) que, por reacção com água (extinção), fornece a cal apagada (ou cal hidratada). A reacção para obtenção da cal viva é: CaCO + 4,5 calorias CaO + CO (g) 08:59 A cais aéreas derivadas de calcários quase puros, com teores de carbonato não inferiores a 99%, são consideradas gordas e; as cais aéreas provenientes de calcários com teores de argila e outras impurezas compreendidos entre 1 a 5%, denominam-se magras. Quando o teor em Oxido de Magnesio, associado ao de cálcio, é superior a 07%, A cal designa-se dolomítica. 4

Antes de aplicada, a cal viva tem de ser extinta por imersão ou aspersão com água, produzindo-se a seguinte reacção: CaO +H O (l) Ca (OH) + 15,5 calorias O produto final: cal em pó e leite de cal 08:59 5 O processo do endurecimento da cal aerea passa pela combinação com o dióxido de carbono da atmosfera, a reacção é: Ca(OH) + CO CaCO + H O (g) + 4,5 calorias A cal aérea pode ser aplicada no fabrico de blocos siliciosos; no fabrico de estuques misturada com o gesso; na execução de argamassas misturadas com areia siliciosa ou calcária; em argamassa adicionada ao cimento portland e/ou cal hidráulica; usada na caiação de muros e certas paredes sob forma de leite de cal. 08:59 6

Gesso O gesso é um ligante aéreo que é obtido a partir da calcinação parcial ou total da gipsita (pedra natural do gesso - sulfato de cálcio desidratado). Depois da extração, a pedra e desintegrada e submetida ao tratamento termico convertendo-se em sulfato de cálcio hemihidratado (gesso de presa rapida) ou anidrico (gesso de presa lenta). Por fim, o produto final e moido. CaSO 4.H O CaSO 4 + H O O gesso pode ser aplicado em alvenaria (confecção de argamassas simples ou compostas, construção de muros, tabiques e pilares, pavimentos, arcos e abóbadas, tectos lisos, etc., assim como para rebocos e estucagem); na fabricação de pedras artificiais e pré-fabricados (ladrilhos e blocos, mosaicos, placas entalhadas para tectos falsos, paredes, muros, etc.); em decoração (artesanato, tectos, etc.). 08:59 7 Gesso Propriedade Gesso Presa rápida Gesso presa lenta Gesso anidrico Densidade.60-.7.9.9 Baridade 0.8-1.1 0.9-1. 0.8-1.1 Tamanho partícula 10-5% >0.mm 15% >0.09mm Inicio presa 4-8 minutos -5 horas 1-5 horas Fim de presa 15-40 minutos 6-8 horas -8 horas (max. 0) Agua de amassadura Resistência Compressão 5-80% 5-5% 5-5 07-10 MPa 7dias 5-15 MPa 8 dias 10-0 MPa 8 dias 10-5 MPa Variação de volume na presa Expansão 0.1-1% Em volume Ligeira retração Ligeira retração ou expansão segundo activador 08:59 8 4

Cal Hidráulica Quando o calcário que se sujeita a acção da temperatura (neste caso, entre 100 e 1500 o C) tem quantidades de argila compreendidas entre 5 a 0%, além da formação do óxido de cálcio, há combinação de sílica e alumina com este, formando-se silicatos e aluminatos de cálcio, semelhantes aos que se formam do CPN (excepto CS) que, hidratandose, dão origem a produtos que endurecem tanto na água como ao ar são denominadas por cais hidráulicas. A calcinacao da cal hidráulica é feita em fornos verticais ou rotativos, com revestimento refractário, seguida de desintegracao sem apagamento. Tendo em conta as suas características de resistência mecânica, as cais hidráulicas são utilizáveis na alvenaria corrente, betão em massa sujeito a tensões moderadas, fundações, rebocos, etc.. 08:59 9 Cimento É um material inorgânico finamente moído, que convenientemente amassado com água forma uma pasta que, devido a reacções de hidratação, sofre presa e endurece ao ar, permanecendo estavel mesmo na água. O cimento aplica-se, basicamente combinado com outros materiais, na confecção de aglomerados, especialmente, argamassas e betões. O ligante hidráulico mais importante de todos é o Cimento Portland. 08:59 10 5

Cimento Portland O nome portland derivou do facto de do cimento produzido se obtinha uma massa pétrea semelhante em cor, solidez e durabilidade a uma rocha que ocorre na ilha de Portland. Definição É uma mistura devidamente proporcionada de calcário (carbonato de cálcio), argila (silicatos de alumínio e ferro) e, eventualmente, outras substâncias apropriadas ricas em sílica, alumina ou ferro, reduzida a um pó muito fino que se sujeita a acção de temperaturas da ordem de 1450 o C, obtidas geralmente em grandes fornos rotativos. 08:59 11 Composição da matéria-prima (Cimento Portland) A mistura das matérias-primas, calcário e argila, é doseada de tal modo que, depois de perder a água e o dióxido de carbono, devido à elevada temperatura atingida no forno, tenha uma composição química (centesimal) dentro dos limites seguintes: CaO 60 a 68% SiO 17 a 5% Al O a 9% Fe O 0,5 a 6% Para além destes compostos principais, a matéria-prima contém ainda metais alcalinos, magnésio, manganês, titânio, fósforo, e, eventualmente, sulfatos: MgO 0 a % K O e Na O 0,5 a 1,5% 08:59 1 6

Com o fim de obter produtos com a necessária regularidade de composição e de propriedades, é preciso que entre os óxidos elementares existam certas relações, denominadas módulos. Módulo Hidráulico SiO CaO Al O Fe O (1,7 Módulo Silícico Módulo de Fundentes SiO Al O Fe O AlO Fe O a 1,5 a,5 Grau de Saturação em Cálcio,8SiO CaO 1,18Al O 0,65Fe O 0,90 a 0,98 08:59 1 Fabricação, transporte e armazenamento do cimento portland O processo de fabricação do cimento portland consiste essencialmente em etapas básicas: Preparação da mistura Cozedura Moagem No preparo da mistura, esta deve ficar homogénea e dividida, com elevada superfície para permitir um maior contacto entre os componentes, de modo que a proporção entre os constituintes surge como factor básico da sua qualidade, procurando-se respeitar determinadas relações entre as percentagens de CaO, SiO, Al O e Fe O (módulos). 08:59 14 7

Há dois processos de fabrico do cimento: um em que a matéria-prima é moída e homogeneizada dentro da água (via húmida) e outro em que a moedura e homogeneização é feita a seco (via seca). Na cozedura as temperaturas atingidas no interior do forno (1400-1500 o C) e o posterior arrefecimento são também de grande importância, para permitirem a formação dos compostos do clinquer (material duro e granulado com dimensões variáveis entre mm e 0 mm), que apresenta a composição característica do cimento. 08:59 Vista parcial de um forno rotativo para fabricação de cimento. 15 O arrefecimento do clinquer a saída do forno é rápida (até 180 a 15 o C) e usa-se, correntemente, um dispositivo chamado planetário constituído por vários tubos arrefecedores que envolvem o forno. Armazenado, o clinquer arrefece até temperaturas ambientes. Na fase de moagem, dentro de um moinho de bolas procede-se à transformação do clinquer em pó (como se apresenta no nosso quotidiano), onde se controla a finura e a superfície específica conforme a qualidade do cimento pretendida, e se adiciona gesso ( a %) para regular a presa. Daí o cimento passa para grandes silos, onde é homogeneizado e depois distribuído, a granel ou em sacos. Sendo que cerca de 70 a 80% da matéria-prima é o calcário, normalmente a fabrica de cimento situa-se junto de uma formação calcária, ou preferencialmente, de calcário margoso. 08:59 16 8

Pelo facto de o cimento ser um produto que não suporta grandes despesas de transporte (em geral não mais do que 100 km) é recomendável que a fabrica se situe próxima dos centros consumidores. No transporte e armazenamento do cimento, é necessário ter em conta a protecção contra a humidade e sobreposição de sacos com vista a evitar a respectiva presa antecipada e a perda de qualidade. 08:59 17 Hidratação do cimento portland Para se obter, a partir do cimento, um sólido com resistência necessária, é preciso misturá-lo com água, fazendo com que os sais minerais que o compõem reajam dando origem a um novo sistema de compostos hidratados estáveis que cristalizam, emaranhando-se e colando-se uns aos outros, o que confere ao conjunto uma resistência notável. A precipitação dos produtos da reacção dos componentes do clinquer com a água permite a dissolução de nova quantidade dos componentes anidros e assim sucessivamente, continuando a reacção até haver água suficiente para transformação integral do sistema anidro em hidratado. 08:59 18 9

Na passagem ao estado sólido da mistura de cimento com água (pasta de cimento) distinguem-se dois períodos: a presa e o endurecimento. A presa consiste na perda progressiva da consistência pastosa da mistura de cimento com água. O instante em que a massa começa a perder a sua consistência pastosa é o início de presa. O instante em que a massa deixa de ser deformável, transformando-se numa massa rígida, é o fim da presa e o início do endurecimento. O endurecimento é o aumento de rigidez ao longo do tempo. Refere-se ao desenvolvimento de todas as características necessárias para que o material desempenhe o seu papel na construção. 08:59 19 10