Salário Mínimo: trajetória recente Elevação do SM: conquista das Centrais Sindicais aumentos expressivos em 2005, 2006 e 2007 e política de valorização a partir de 2008 (lei em 2011) Contrariamente à visão tradicional, o SM real cresceu muito sem crescimento do desemprego e da informalidade sem explosão inflacionária e com queda da relação dívida líquida / PIB A trajetória de aumento real do SM induziu a redução das desigualdades e a expansão do mercado consumidor interno
Evolução do Valor Real do SM Médias Anuais do Salário Mínimo - Município de São Paulo (inclui 13º salário) - em R$ de janeiro de 2014 2000 1800 1600 1.750,93 1.705,17 1.592,05 1400 1200 1000 800 942,48 758,45 774,91 Fonte: DIEESE 600 400 200 525,28 350,16 0 1940 1942 1944 1946 1948 1950 1952 1954 1956 1958 1960 1962 1964 1966 1968 1970 1972 1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 R$ de jan/14
Número mensal de cestas básicas que o salário mínimo pode comprar em São Paulo (capital) - julho de 1994 a janeiro de 2014 Fonte: DIEESE.
Ganhos (ou perdas) percentuais do valor real do SM na data de correção em relação à data de correção anterior pelo INPC-IBGE e pelo ICV-DIEESE (1º estrato) - Brasil - 2005 a 2014 Fonte: DIEESE.
A redução do ritmo dos ganhos No período mais recente, ocorre um arrefecimento dos ganhos reais do SM Decorre da diminuição do crescimento do PIB Em 2013, PIB cresceu pouco; baixas expectativas para 2014 e 2015. Perspectiva de ganhos pequenos para o SM O poder aquisitivo deixa de crescer de modo substancial O ritmo de queda da desigualdade de renda se dilui
Abrangência do Salário Mínimo no Mercado de Trabalho Quem ganha Salário Mínimo?
31 milhões pessoas (ocupados e segurados) recebem exatamente 1 SM Posição na ocupação Menos de 1 Salário Mínimo Igual a 1 Salário Mínimo Mais de 1 Salário Mínimo Empregado com carteira 567.846 5.256.153 31.821.392 Militar 20.086 35.854 296.404 Funcionário público estatutário 74.351 780.632 5.850.454 Outro empregado sem carteira 5.537.961 2.244.971 6.710.968 Trabalhador doméstico com carteira 51.260 744.655 1.115.079 Trabalhador doméstico sem carteira 2.895.826 572.850 1.073.403 Conta própria 7.027.662 1.094.280 11.561.644 Empregador 140.055 86.107 3.383.171 Total do mercado de trabalho 16.315.047 10.815.502 61.812.515 88.943.064 Beneficiários da Previdência 695.812 16.071.842 9.054.342 Beneficiários da Assistência 7.001 3.947.567 16 Beneficiários do seguro desemprego Total da Seguridade Social Total Geral - 239.792 412.029 Total 702.817 20.259.201 9.466.387 30.428.405 17.017.864 31.074.703 71.278.902 119.371.469 Fonte: IBGE. Pnad; MPS. Boletim da Previdência Social. MTE- Seguro desemprego Elaboração: DIEESE Obs.: Na elaboração não foram considerados o Trabalhador na produção para o autoconsumo, na autoconstrução, Não remunerado e os Sem informação
SM e Domicílios Estimativa do total de domicílios e do número médio de moradores nos domicílios com apenas um ocupado¹, segundo o grupo de rendimento² em todos os trabalhos. Brasil 2004 e 2012 2004 2012 Grupo de rendimento em todos os trabalhos dos ocupados no domicílio Nº de domicílios (em 1.000 unidades) Nº médio de moradores (em n os abs.) Nº de domicílios (em 1.000 unidades) Nº médio de moradores (em n os abs.) Menos de 1 SM 3.279 3,8 3.820 3,4 1 SM a menos de 2 SM 11.818 3,4 15.616 3,1 2 SM ou mais 5.076 3,1 4.473 2,8 Total 20.172 3,4 23.908 3,1 Fonte: IBGE. Pnad Elaboração: DIEESE Nota: (1) Inclui empregados, trabalhadores domésticos, militares e funcionários públicos estatutários (2) Não inclui os domicílios com um único ocupado sem rendimento ou sem declaração de rendimento
SM nos domicílios SM e domicílio em 2004 Em 15,1 milhões de domicílios, onde viviam 53 milhões de pessoas, foi registrado apenas um ocupado com rendimento, que era inferior a dois salários mínimos SM e domicílio em 2012 Em 19,4 milhões de domicílios, onde viviam 60 milhões de pessoas, foi registrado apenas um ocupado com rendimento, que era inferior a dois salários mínimos
Distribuição dos ocupados por faixas de rendimento no trabalho principal - Brasil - 2004 e 2012 Fonte: IBGE. Pnad Elaboração: DIEESE. Fonte: IBGE. Pnad. Elaboração: DIEESE Nota: O grupo sem rendimento inclui assalariados que declararam receber apenas benefícios na semana de referência
Distribuição dos assalariados por faixas de rendimento no trabalho principal Brasil 2004 e 2012 30,0 25,0 24,39 20,0 17,92 % 15,0 14,62 12,80 10,0 5,0 0,0 sem rend de 1 SM 1 SM + de 1 a 1,5 SM + de 1,5 a 2 SM + de 2 a 3 SM + de 3 a 5 SM + de 5 a 10 SM + de 10 SM sem decl Fonte: IBGE. Pnad Elaboração: DIEESE 2004 2012
A concentração entre 1 e 1,5 SM Tanto entre os ocupados quanto mais especificamente entre os assalariados, ocorreu um processo de concentração em 1 SM e, ainda mais, na faixa de mais de 1 a 1,5 SM Um quarto dos assalariados concentrava-se na faixa de mais de 1 a 1,5 SM em 2012 69,4% dos assalariados recebiam até 2 SM em 2012, segundo a Pnad-IBGE
O Salário Mínimo nas regiões Número ocupados por faixa de rendimento em todos os trabalhos por grandes regiões e Brasil Brasil - 2012 Regiões Faixas de salário Total Total mínimo Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Oeste (em mil) menos de 1 SM 26,72 34,33 9,37 10,32 9,58 17,04 15.255 1 SM 13,77 18,35 8,74 7,39 11,73 11,53 10.319 mais de 1 SM a 2 SM 35,43 30,02 41,79 41,82 39,80 38,23 34.218 mais de 2 SM 24,08 17,31 40,10 40,47 38,90 33,19 29.707 Total (em mil) 6.847 22.160 39.010 14.307 7.175 --- 89.499 Fonte: IBGE. Pnad Elaboração: DIEESE Obs.: Exclusive sem declaração e sem rendimento
Segundo a PNAD, cerca de 12% dos ocupados tinham rendimento de 1 SM no mercado de trabalho (setembro 2012) Nordeste e Norte 83% ganhavam até 2 SM no Nordeste. No Norte, nesta faixa, concentravam-se ¾ dos ocupados, em setembro de 2012 Sudeste, Sul e Centro Oeste Nos estados destas regiões, na faixa de até 2 Salários Mínimos concentravam-se 60% dos ocupados, em setembro de 2012
SM e Emprego A Taxa de Desemprego e a Formalização do Emprego
Taxa média de desemprego, segundo a PME- IBGE (% da população economicamente ativa ) Fonte: IBGE. PME
Evolução da taxa de desemprego total Distrito Federal e regiões metropolitanas selecionadas 1985 a 2013 30,0 % 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Belo Horizonte Distrito Federal Fortaleza Porto Alegre Recife Salvador São Paulo Fonte: DIEESE-SEADE, MTE/FAT e convênios regionais. PED
Evolução das proporções dos assalariados com carteira, dos assalariados sem carteira e dos autônomos em relação ao total de ocupados Região Metropolitana de São Paulo 1989 a 2012 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 2012 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 % Fonte: DIEESE-SEADE, MTE/FAT e convênios regionais. PED. prop sem cart prop auton prop com cart
Emprego e formalização Taxa de Desemprego em queda Expressivas e contínuas quedas da taxa média de desemprego (de 12,3%, em 2003, para 5,4%. em 2013) A queda das taxas de desemprego, neste período, são observadas nas diversas regiões do país Formalização em alta A partir de 2002, registrase um significativo crescimento dos empregos com carteira assinada, revertendo a forte informalização observada no mercado de trabalho nos anos 1990
O Salário Mínimo, o Salário Médio, a Mediana e o Gini O SM e a concentração da Renda
Evolução da relação entre o salário médio e o salário mediano (de assalariados com 40 horas ou mais de jornada) em relação ao SM Brasil 1995 a 2012 4,50 4,00 3,50 3,87 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 2,29 2,07 1,48 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 Média/SM Mediana/SM Fonte: IBGE. Pnad Elaboração: DIEESE
Coeficiente de Gini da distribuição da renda domiciliar per capita entre os indivíduos - Brasil - 1992 a 2012 Fonte: IBGE. Pnad Elaboração: DIEESE
Evolução do salário mínimo real (eixo à esquerda) e dos Índices de Gini da distribuição da renda domiciliar per capita e do rendimento dos ocupados no trabalho principal e dos assalariados no trabalho principal (eixo à direita) Brasil - 1992 a 2012 Fonte: PIBGE. Pnad; IPEADATA; DIEESE Elaboração: DIEESE
Nível e variação média anual do rendimento domiciliar per capita médio por quintos da renda - Brasil - 2004-2012 Fonte: IBGE. Pnad
A desigualdade Apesar da queda da desigualdade na distribuição da renda domiciliar e do ritmo acelerado desse processo no período recente, o Brasil ainda ocupa a 121ª posição (ordenada do menos desigual para o mais) numa lista de 133 países do PNUD/ONU
Os desafios para a nação O desafio do Brasil é, simultaneamente, fazer a economia crescer, reduzindo a desigualdade de renda Para isso, é necessário elevar o padrão de remuneração do país e escapar da armadilha da economia de baixos salários