Folha Sertaneja - Paulo Afonso - BA 16/01/2015-15:24 A energia de Paulo Afonso muda a história do Nordeste há 60 anos Trabalho intenso de chesfianos pioneiros e atuais Antônio Galdino - reeditada em 15/-1/2015 O canal ESPECIAIS, deste site, oferece aos internautas a oportunidade de fazerem suas pesquisas sobre assuntos regionais. Ali já estão vários textos e muitas fotos. Agora chega este sobre a história da energia da Chesf mudando o Nordeste. Em breve outros temas como os 128 anos do município de Glória, a história de Delmiro Gouveia, a história de Água Branca, Santa Brígida, Jeremoabo e de outros municípios da região além de homens e de mulheres que fizeram história por estas terras sertanejas. Pedimos apenas que não alterem os textos para que não mudem o seu contexto assim como que identifiquem sempre a fonte, quando os reproduzirem em seus trabalhos escolares. Abs. Prof. Galdino A energia de Paulo Afonso muda a história do Nordeste há 60 anos Apesar dos dias incertos nesse começo do ano de 2015, os chesfianos atuais e aqueles pioneiríssimos dos idos de 1948 até o final de 1954 e início de 1955 e depois nas décadas seguintes, num total de quase 50 anos de obras ininterruptas têm todo o direito de se alegrar pela bela história que ajudaram a construir na região, cavando túneis, construindo barragens, brigando com o rio impetuoso para gerar e transmitir a energia elétrica que foi, aos poucos mudando a face de toda a região Nordeste. É mais que justo se afirmar com todas as letras que há dois nordestes: o de antes e de depois da Chesf. Há sessenta anos, quando estes heróicos pioneiros recebiam o presidente da República e as maiores autoridades do país para inaugurar oficialmente a Usina de Paulo Afonso, também Brasil vivia momentos de crise política. Ano de 1954 O segundo semestre do ano de 1954 ficou marcado na história do Brasil e do Nordeste como um período de
O fechamento do rio São Francisco, vitória da engenharia brasileira história do Brasil e do Nordeste como um período de fortes emoções. No Nordeste os engenheiros e operários da Companhia Hidro Elétr ica do São Francisco Chesf - exultavam com o desvio do rio São Francisco o que permitiria o enchimento da barragem Delmiro Gouveia e o funcionamento da primeira máquina da Usina Paulo Afonso, a pioneira na região. No dia 25 de Julho de 1954, o evento mereceu grande festa e missa campal. No Brasil, no final de agosto, um mês depois desse acontecimento marcante para a engenharia brasileira, um clima de comoção nacional invadiu o país com o suicídio do Presidente Getúlio Vargas, seguido de intensa crise política. Assim, Getúlio Vargas, que assinou os Decretos-Leis 8031 e 8032, em outubro de 1945 para a criação da Chesf e esteve em Paulo Afonso acompanhando o andamento das obras de construção da Barragem Delmiro Gouveia e da primeira Usina de Paulo Afonso não pode ver o funcionamento desta primeira usina da Chesf, em 1º de dezembro de 1954, levando luz e progresso para o Recife e depois para Salvador e para todo o Nordeste brasileiro. Em janeiro de 1955 a Usina foi oficialmente inaugurada pelo presidente Café Filho. Em 15 de janeiro de 1955 o então Distrito de Paulo Afonso recebeu dezenas de autoridades do país, que acompanhavam o presidente da República, João Café Filho. Eram ministros de estado, governadores, senadores, deputados federais e estaduais para um grande evento nacional: a inauguração oficial da primeira usina hidrelétrica da Chesf. A histórica começou muitos anos antes A segunda guerra Revista O Cruzeiro mundial havia acabado em 1945 e o governo brasileiro mostrou-se muito preocupado com a produção de energia elétrica utilizando-se as águas do rio São Pres. Dutra e comitiva na Cachoeira de Paulo Afonso em Julho de 1947 Francisco, na Cachoeira de Paulo Afonso, como havia feito o cearense Delmiro Gouveia em 1913, ao construir Angiquinho. Esse assunto chegou a ser considerado grande problema de segurança nacional, o que fez com que o Presidente Eurico Gaspar Dutra viesse à região ainda em Julho de 1947 com grande comitiva e representantes da imprensa nacional. Revista O Cruzeiro 12 de Julho de 1947 A revista O Cruzeiro publicou longa matéria jornalística, assinada por Theófilo de Andrade, como fotos de Ângelo Regato com o título Energia para o Nordeste em sua edição de 12 de Julho de 1947.
A Chesf, embora criada pelos Decretos 8.031 e 8.032 assinados pelo presidente Getúlio Vargas e levados a ele pelo Ministro da Agricultura Apolônio Jorge de Farias Sales, pernambucano de Altinho, em Outubro de 1945, só foi organizada em 15 de Março de 1948. Getúlio fez o decreto, visitou a obra, mas não viu a sua força... No dia 22 de Junho de 1952 grande movimentação de chesfianos e de curiosos no aeroporto Todos esperando Getúlio - 26 de Junho de 1952 construído pela Chesf. O hangar era onde hoje está o prédio do Centro de Cultura Lindinalva Cabral e a pista era onde está a Avenida Apolônio Sales. Grandes faixas produzidas pela Chesf e estendidas em postes de madeira saudavam a visita do presidente Getúlio Vargas. Getúlio Vargas em Paulo Afonso Paulo Afonso, de braços abertos, recebe o presidente Getúlio Vargas. Getúlio chegou, esteve nos canteiros das obras, reuniu-se com os operários no Clube Operário e ainda fez uma visita à Igreja de São Francisco. Janeiro de 1955 é a festa oficial... Presidente Café Filho inaugura oficialmente a Usina Paulo Afonso (I) A inauguração da primeira Usina de Paulo Afonso em 1955, mereceu reportagens de revistas de grande circulação nacional como O Cruzeiro e Manchete, que mostravam a grande importância dessa obra do governo federal para o desenvolvimento de toda região Nordeste. Getúlio Vargas, na Igreja de São Francisco em Paulo Afonso Na inauguração da Usina de Paulo Afonso, a Revista Manchete em sua edição Nº144, de 22 de janeiro de 1955 trazia grande matéria com o seguinte título: Paulo Afonso Redenção do Nordeste. Mas, se a usina foi inaugurada oficialmente, com pompas e circunstâncias, em Janeiro de 1955, os grandes feitos da engenharia e da operação dos sistemas aconteceram antes, como o fechamento do rio, em Outubro e o giro da primeira máquina e a transmissão da energia para Recife e Salvador em 1º de Dezembro de 1954....mas a geração de energia começou um mês e meio antes...
Por isso, o engenheiro Flávio Mota e sua equipe da Gerência Regional de Paulo Afonso resolveram e em consonância com a agenda do Diretor de Operações da Chesf, Mozart Bandeira trazer esses feitos à memória das novas gerações e reencontrar os pioneiros em um encontro dos mais significativos para a história que aconteceu no dia 12 de Dezembro no pátio da Usina Paulo Afonso I, agora a Praça dos Pioneiros, para se falar dos 60 anos da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco. Ali estavam Luiz Fernando Motta Nascimento que já foi diretor de Suprimento e diretor de Construção da Chesf, Fernando Ferro, ex-deputado federal e chesfiano, o atual diretor de Operação da empresa, Mozart Bandeira, há doze anos no cargo, que vieram do Recife para esse encontro histórico que reuniu também pioneiros pauloafonsinos como - José Gomes Teixeira (Tuzé), José Vitorino Diniz, Manoel Izídio Carvalho, todos dos primeiros tempos da construção da Usina Paulo Afonso I e alguns outros que a todo instante lembravam de histórias dos primeiros tempos da Chesf. José Vitorino, Tuzé, Manoel Izidio viram tudo começar... Tuzé, de 84 anos de idade, lembrou de diretores, engenheiros e encarregados desses primeiros momentos da construção da Barragem Delmiro Gouveia e da Usina de Paulo Afonso. E se emocionava cada vez que a memória o conduzia a estes cenários. Tuzé (de verde) lembrando dos velhos tempos de pioneiro José Vitorino, que em Setembro de 2014 completou 90 anos, fala com orgulho de ter sido o coringueiro que colocou a primeira carrada ou coringada de pedras para o fechamento do rio e também falou das referências que seus avós e tios fazia da profecia de Padre Cícero Romão Batista que dizia que as pessoas ainda iam passar de pé enxuto pelo leito do rio, levantando poeira. E ele assegura ter sido um dos primeiros a passar a pé pelo leito original do rio, logo depois que ele foi desviado. José Vitorino, sentado, rodeado por Luiz Fernando, o filho Antônio Diniz e Mozart Bandeira Hermes Benzota - lembranças das telecomunicações que o fizesse sair... Hermes Benzota de Carvalho, que atuou durante mais de 30 anos na empresa, trabalhando na área de telecomunicações e foi até presidente da Câmara Municipal do município de Glória/BA, também falou da sua alegria em ter acompanhado e contribuído para o desenvolvimento da região nestes anos na Hidrelétrica do São Francisco. Viajei a serviço pelo Nordeste inteiro e a gente via nas pessoas uma alegria imensa pela chegada da energia em suas cidades e até nos povoados. Era sempre uma grande festa. Jorge Pio, fez 50 anos de Chesf e não houve incentivo Entre os muitos emocionados e muito festejados, todos aposentados da Chesf destacava-se o
chesfiano Jorge Freire Feitosa (Jorge Pio), que vem resistindo a todos os programas de incentivo à aposentadoria oferecidos pela hidrelétrica e já completou 50 anos de trabalho na Chesf e orgulha-se de ter tido o pai e todos os seus filhos trabalhando na Chesf. Quando os chesfianos orgulhosos o ex-diretor de Construção e de Suprimento (duas diretorias) Luiz Fernando Motta Nascimento diz sempre em suas participações sobre a Chesf: há ex-funcionários da Chesf mas não há ex-chesfianos comemoram os sessenta ano do giro da primeira máquina da Usina Paulo Afonso, que mudou a história do Nordeste, é oportuno que se destaque este espírito de chesfiano de Jorge Pio. Jorge Pio (D) com o ex-diretor da Chesf Luiz Fernando Motta Nascimento JORGE FREIRE FEITOSA, conhecido como Jorge Pio, tem resistido aos muitos Programas de Demissão Voluntária apresentados pela hidrelétrica nestas muitas décadas e completou 50 anos de trabalho na Chesf no dia 17 de Novembro de 2014. Ele nasceu em Monteiro/PB em 23 de Abril de 1946 e foi admitido na Chesf em 17 de Novembro de 1964 e hoje, aos 68 de idade, que não aparenta, depois de atuar em em quase todas as usinas do complexo de Paulo Afonso, trabalha no Serviço de Manutenção da Usina de Xingó SPMX que tem como gerente Sebastião Alves de Sousa Júnior. É casado com Hilda N. S. Feitosa e tem três filhos: Jackeline Feitosa, Risoneide Feitosa e Erick Feitosa Silva. Para os colegas, que o homenagearam pelo cinquentenário na Chesf, ele continua sendo um exemplo de comprometimento, dedicação e disciplina na realização das atividades e contribuindo positivamente com o clima organizacional. Jorge Pio, como é conhecido por todos, orgulha-se muito de ter toda a família Feitosa, o pai, ele, ainda na ativa, e todos os outros oito irmãos trabalhado na Chesf Seu pai, José Freire de Melo (falecido), conhecido como "Pio", trabalhou de 1958 a 1975 nas Usinas Paulo Afonso I, II, III e IV e ainda na SE III Subestação da Usina PA III, na própria subestação, no escritório e na guarita. Seus irmãos, Antônio Freire Feitosa (falecido) e Manuel Freire Feitosa (falecido) trabalharam na Usina Paulo Afonso I cujo primeiro giro da máquina I começou em Dezembro de 1954, há 60 anos e foi inaugurada festivamente, pelo presidente João Café Filho e grande comitiva em 15 de Janeiro de 1955. Outro irmão de Jorge Pio, Paulo Freire Feitosa, também já falecido, trabalho na Usina PA II; José Freire Feitosa (aposentado), trabalhou na Usina PA III, assim como João Bosco Freire (aposentado) que também trabalhou na Usina Apolônio Sales, a UAS; Nesta UAS também trabalharam os outros irmãos, Joaquim Freire Feitosa, Sebastião Freire Feitosa e José Feitosa Freire, todos aposentados da Chesf Jorge Freire Feitosa, conhecido como Jorge Pio, é o único dos nove filhos do Sr. José Freire que permanece na ativa e tem feito, ao longo destes 50 anos de Chesf, o mesmo caminho percorrido por seu pai pois, como ele, já trabalhou nas Usinas Paulo Afonso II, III e IV e ainda na SE III Subestação da Usina PA III. Só não trabalhou na divulgação Jorge Pio sendo homenageado pelos colegas de Xingó Usina PA I mas, como boa parte dos seus irmãos também trabalhou na Usina Apolônio Sales e agora atua na Usina Hidrelétrica de Xingó.
Ao seu homenageado por seus colegas do SPMX, Jorge Pio disse: agradeço de coração a Chesf em ter acolhido a família Feitosa, trabalhando todos na carpintaria. Meu pai era feitor comandando a equipe." 12 de Dezembro de 2014 Entre os visitantes que voltavam a este cenário, Mozart Bandeira, lembrou das muitas visitas que já fez a Paulo Afonso e dos reencontros sempre muitos valiosos, que Chesfianos na homenagem aos 60 anos sempre me fazem da Usina Paulo Afonso (I) aprender alguma coisa, com estes pioneiros, os primeiros a trabalhar na construção desta grande empresa de que todos nos orgulhamos. Luiz Fernando Mozart Bandeira, Diretor de Operação da Motta Nascimento, Chesf ex-aluno das escolas da Chesf e do Ginásio Paulo Afonso, filho do Mestre Alfredo, que chegou com ele a Paulo Afonso em 1946 e acompanhou toda a vida desta empresa, da qual foi Diretor de Suprimento e depois, Diretor de Construção, lembrou de momentos marcantes e de orgulho para a engenharia brasileira como o sucesso do diretor técnico Engenheiro Marcondes Ferraz ao defender o seu projeto de fechamento do rio São Francisco, que acabou vitorioso, em reunião histórica realizada nos Estados Unidos. O Nordeste AC e DC (antes e depois da Chesf) O ex-deputado Fernando Ferro, também chesfiano Ex-diretor da Chesf Luiz Fernando Motta muito tempo, falou Nascimento da grande importância da Chesf para o desenvolvimento da região e lembrou que ninguém pode deixar de dizer sempre que o Nordeste tem duas histórias: o Nordeste AC e o Nordeste DC, ou seja de antes e de depois da Chesf, que proporcionou mudanças radicais e promoveu o desenvolvimento de Fernando Ferro
toda a região depois que a energia produzida nesta primeira Usina que agora faz 60 anos chegou ao Recife, em Dezembro de 1954, e dali se espalhou por toda a região nos anos seguintes. A importância da Chesf, na imprensa e nos livros Esta importância da Chesf para a região também foi abordado em página inteira do caderno de economia do Jornal do Commércio de Pernambuco em sua edição de domingo, 14 de dezembro de 2014, foi assunto de capítulo do livro Angiquinho, 100 anos de História Rio São Francisco, Delmiro Gouveia e a Chesf de autoria do também chesfiano, aposentado, Antônio Galdino da Silva, em parceria com João de Souza Lima e é o tema principal de novo livro de Antônio Galdino A Chesf e o Nordeste homens e mulheres que mudaram esta história, em fase de conclusão para lançamento em 2015. Sobre a importância da Chesf para o crescimento do Nordeste, um dos mais conceituados engenheiros da Chesf, hoje aposentado e diretor do Ilumina, Antônio Feijó, que quando a energia de Paulo Afonso chegava ao Recife tinha 18 anos, fala ao Jornal do Commércio que Antes de Paulo Afonso, a lâmpada de rua era apenas uma brasinha em vários bairros da capital. Em Jaboatão, a energia só ia até u quartel do 14º regimento de infantaria, no Socorro. As casas e as cidades ficaram mais iluminadas após a chegada da energia de Paulo Afonso. A primeira coisa que fiz foi comprar um liquidificador de presente para a minha mãe. Depois, adquiri uma geladeira. A matéria do JC, assinada pela jornalista Ângela Belfort, afirma que com a energia mais abundante ocorreu uma explosão de consumo no início de 1955. Segundo a reportagem do JC, o historiador Leonardo Dantas da Silva assegura que a industrialização do Nordeste começou em 1958 em decorrência de Paulo Afonso. Surgiu um clima de progresso na cidade e no Nordeste. A energia da Chesf no Nordeste elevou os índices de desenvolvimento humano em todos os seus estados, reduziu a mortalidade infantil, promoveu a diminuição do analfabetismo, trouxe as grandes e pequenas indústrias, as universidades, fez crescer o comércio, o turismo. Criou um novo Nordeste. A iniciativa desse encontro em Paulo Afonso para marcar os 60 anos do primeiro giro da máquina Nº 1 da Usina de Paulo Afonso, depois chamada de Usina I, quando foram construídas as outras usinas do complexo Chesf em Paulo Afonso, foi do engenheiro Flávio Motta e de sua equipe da Gerência Regional de Operação de Paulo Afonso, como foi dele a ideia de se criar a Praça dos Pioneiros e o espaço Memorial onde estão fotos históricas e peças originais das usinas e oficinas da Chesf. As usinas do Complexo Paulo Afonso podem gerar 84% de toda a energia da Chesf O engenheiro Flávio Motta gerencia todo o complexo de Operação da Chesf usinas e subestações o chamado Complexo Paulo Afonso, onde tudo começou com as pequenas Usina Angiquinho, a Usina Piloto e as grandes usinas em um raio de mais de 80 quilômetros. A sede do complexo é em Paulo Afonso onde estão as usinas Paulo Afonso I, II, III e IV e Usina Apolônio Sales, em terras de Delmiro Gouveia/AL somando-se a estas as gerações das usinas Luiz Gonzaga, em Petrolândia/PE e Usina Hidrelétrica de Xingó, em Canindé do São Francisco/SE. Elas, juntas, têm a capacidade de geração de cerca de 84% de toda a energia produzida pela Chesf, inclusive a termoelétrica de Camaçari, na Bahia. Ao jornal Folha Sertaneja Flávio Mota disse: É muito
Engenheiro Flávio Motta - Gerente Regional de Operação da Chesf em Paulo Afonso desenvolvimento de toda a região. importante que se mostre ao mundo esses primeiros e difíceis tempos da construção da Chesf e a sua importância para o desenvolvimento do Nordeste. E, para nós, da Operação da Chesf, esse primeiro giro da máquina 1 da primeira usina tem uma força muito grande. Representa a vitória da engenharia brasileira. E esta importância trouxe a Paulo Afonso o presidente da República, Café Filho, muitos ministros, muitos governadores, senadores, deputados para a inauguração oficial da Usina em 15 de Janeiro de 1955, quando Recife e Salvador já se alegravam com a chegada da energia elétrica e começaram a surgir as oportunidades de Flávio Mota acrescentou: Ficamos sempre emocionados quando vemos aqui pioneiros, aqueles homens e mulheres que ajudaram a começar tudo isso, como Tuzé, Manoel Izídio, José Vitorino e tantos outros, também eles emocionados ao verem quanta coisa mudou no Nordeste nesses 60 anos de vida das nossas usinas hidrelétricas. Nesse encontro de pioneiros e dos novos empregados chesfianos de Paulo Afonso, a Praça dos Pioneiros ganhou outros velhos equipamentos como um grande torno, ainda dos tempos de D. Pedro II, que funcionou dezenas de anos nas Oficinas Mecânicas da Chesf, gerenciadas muito tempo pelo saudoso Nicolson Chaves. Chesfianos pioneiros e atuais na calçada da entrada da Usina PA I Também o Espaço Memorial, no Salão da entrada da Sala de Comando da Usina I recebeu novas peças e fotos daqueles anos iniciais para que todos que agora trabalham ou visitam a usina já digitalizada conheçam como tudo começou. Uma foto com os pioneiros e atuais funcionários, com o diretor Mozart, semelhante a outra feita quando o diretor era Marcondes Ferraz, registrou esse momento histórico: 60 anos da Usina Paulo Afonso, a primeira da Chesf, que gerava apenas 180 megawatts de energia. Hoje, a Chesf tem a capacidade instalada para gerar mais de 10 mil megawatts ou 10.612.131 Kilovatts de energia, a maior parte hidrelétrica e apenas pouco mais de 343 mil Kilovatts nas usinas termoelétricas de Camacari. Do total de energia da Chesf, 8.923.201 Kv de Killovattes é a capacidade instalada das máquinas do Complexo de Paulo Afonso onde estão as Usinas Paulo Afonso, I, II, III e IV, em Paulo Afonso/BA e a Usina Apolônio Sales, no município de Delmiro Gouveia/AL e ainda as Usinas Luiz Gonzaga, em Petrolândia/PE e a Hidrelétrica de Xingó, em Canindé do São Francisco/SE. Usina Piloto 2.000 Kv Usina Paulo Afonso I 180.001 Kv Usina Paulo Afonso 1I 443.000 Kv Usina Paulo Afonso 1II 794.200 Kv Usina Paulo Afonso 1V 2.462.400 Kv Usina Apolônio Sales 400.000 Kv Usina Luiz Gonzaga 1.479.600 Kv
Hidrelétrica de Xingó 3.162.000 Kv Total do complexo Paulo Afonso 8.923.201 Kv Outras usinas da Chesf Araras 4.000 Kv Boa Esperança 237.300 Kv Curemas 3.520 Kv Funil 30.000 Kv Pedra 20.007 Kv Sobradinho 1.050.300 Kv Camaçari (TE) 343.803 Kv Total das outras usinas da Chesf 1.688.930 Kv (fonte:www.chesf.gov.br) http://folhasertaneja.com.br/ www.inovsi.com.br