Lição 11 O altar aceitável por Deus Texto bíblico: Josué 22.10-34 Quando Deus ministrou as instruções iniciais que foram precedidas das leis, nelas estavam também incluída a construção do altar que deveria ser uma mesa consagrada aos sacrifícios religiosos. Tudo deveria ser preparado conforme as orientações divinas: o altar deveria ser feito de madeira, terra ou pedra, sobre o qual se oferecia o sacrifício (Êx 20.24; Dt 27.5). Os altares de madeira eram revestido de algum metal e tinham pontas (chifres) nos quatro cantos (Lv 4.25) 1. Fugitivos ficavam em segurança quando corriam e se agarravam a essas pontas (1Reis 2.28). Havia também o altar do incenso, que ficava no Santo Lugar (Êx 30.1-10). Não bastava que apenas as estruturas físicas estivessem rigorosamente conforme as determinações para o altar. Por ser um instrumento para servir ao culto e à adoração a Deus, aqueles que se apresentavam para este procedimento deveriam ter uma vida e atitudes aceitáveis por Deus. Os israelitas continuavam as tarefas de plena fixação nas terras concedidas por Deus. É natural que a construção de um altar precisava sempre estar ao nível de uma das principais prioridades. Não poderiam desprezar a preocupação que era imprescindível à aceitação divina para aquilo que seria um instrumento para a adoração quando cada um apresentaria diante de Deus a sua oferta para prestação de culto pessoal ou coletivo. O conceito de altar chegou ao nosso tempo com uma realidade ajustada. Naquele lugar onde está a tribuna ou o púlpito é considerado de forma especial como o altar. Certa senhora afirmou quanto ao púlpito, que aquele lugar é onde Deus fala de forma especial ao seu povo. Não é o único lugar que Deus fala, mas lembrando-nos do sermão que Esdras pregou em um púlpito construído especialmente para aquele momento, este mesmo sentimento devemos ter dos nossos púlpitos no conjunto do altar deste tempo, recordando que seus efeitos 1 Fonte de consulta: Dicionário da Bíblia de Almeida Kaschel Werner e Zimmer Rudi.
espirituais ficam relacionados à aceitação por Deus, porque Ele continua desejando falar também ao seu povo através dos púlpitos. Fonte de consulta: Dicionário da Bíblia de Almeida Kaschel Werner e Zimmer Rudi. 1. Não pode ser resultado de conflitos A interrogação de Deus através do profeta Amós foi: Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo? (Am 3.3). Reconhecemos a resposta pelas diversas experiências vividas, que é impossível andar junto quando não há entendimento recíproco. O altar deveria incluí-los, mas estava afastando-os. Havia dois grupos distintos com visões diferentes sobre o mesmo assunto, havia uma evidente divisão entre o povo de Deus. De um lado, estavam os filhos de Rúben, os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés e em posição contrária, os filhos de Israel. As incompreensões chegaram ao nível insustentável e os filhos de Israel chegaram a cogitar a ideia de resolver as diferenças através de uma guerra. Jesus disse, através do evangelista Lucas:... todo reino dividido contra si mesmo será assolado; e a casa dividida contra si mesma cairá (Lc 11.17). Nesta situação, se a guerra acontecesse não haveria vencidos e nem vencedores, todos seriam derrotados. Quando há qualquer forma de conflito o altar não pode ser aceito por Deus, porque na maioria das situações, o conflito tem sua origem na mudança do foco. Foi exatamente o que aconteceu naquela situação entre o povo. O altar nunca pode dividir o povo de Deus, mas deve ser um precioso instrumento para unir todos em torno de Deus, que deve ser sempre a única motivação para o nosso louvor e adoração. 2. Transmite a certeza da presença de Deus Deus sempre pode usar servos com sentimento conciliador. Naquela ocasião, o sacerdote Finéias foi o instrumento usado por Deus. Ele usou de sabedoria ouvindo ambas as partes, antes de encaminhar para uma solução. Nesse contexto foi muito significativo a sua sensibilidade. Nessas circunstâncias é muito importante que as partes envolvidas estejam sensíveis para receber uma palavra que ajude na solução.
Possivelmente os filhos de Israel estavam mais inflexíveis e prontos a caminhar para a solução que consideravam mais adequada. Não temos os detalhes daquilo que foi orientado pelo sacerdote Finéias, mas cremos que ele se preparou para transmitir uma palavra de sabedoria vinda de Deus. Enquanto povo de Deus, precisamos estar alertas para não nos deixarmos tomar decisões pelo impulso inicial, pois muitas situações podem nos conduzir para resultados que depois iremos lamentar. Agora que o povo de Israel estava de posse da terra prometida, o relacionamento de cada israelita com Deus precisava ser colocado em níveis que todos se sentissem especialmente abençoados. O altar precisava ser tratado com muita espiritualidade por aquilo que deveria representar para todo o povo. O oficiante das celebrações não era o que deveria atrair as atenções de todos. Sua participação na condução do culto e da adoração tinha sua importância, principalmente se ele estivesse bem preparado quanto ao seu relacionamento com Deus para conduzir o povo ao mesmo nível espiritual. Mas o mais importante é a presença de Deus. Quando o altar é aceitável a Deus, ele transmite a certeza da divina presença. O ser aceitável depende da maneira como cada adorador se apresenta diante do altar. Finéias assim se expressou: Hoje sabemos que o Senhor está no meio de nós, porquanto não cometestes transgressões contra o Senhor (Js 22.31). Quando nos reunimos diante do altar em nossas Igrejas, precisamos oferecer a nossa especial participação, para que sobre o nosso ambiente também possa ser dito: o Senhor está no meio de nós. 3. É instrumento para o louvor do Povo de Deus O altar passa a receber o trato que Deus espera dos seus filhos. O reconhecimento começa a surgir no coração dos filhos de Deus. Agora na terra prometida, desfrutando plenamente das promessas de Deus, que foram integralmente cumpridas, a melhor forma de reconhecimento por tudo quanto Deus fizeram para o seu povo, era louvá-lo, louvá-lo, louvá-lo... Deus usou poderosamente o sacerdote Finéias para estabelecer quanto ao altar aquilo que todos deveriam pensar. Deixava de haver posições divergentes entre os filhos de Rúben, filhos de Gade, meia tribo de Manassés e
os filhos de Israel. E por isso Finéias podia agora confiadamente declarar: E pareceu a resposta boa aos olhos dos filhos de Israel, e os filhos de Israel louvaram a Deus (Js 22.33). O altar aceitável para Deus é aquele que é instrumento para o louvor do povo de Deus. Dependia de cada Israelita fazer daquele ambiente um lugar em que Deus se agrada de estar presente. Os filhos de Israel estavam quebrantados pela maneira como acontece a ação de Deus entre o seu povo. Agora eles reconhecem que o altar poderia conduzi-los naturalmente ao sentimento espiritual de louvor ao Senhor de diferentes maneiras. E Deus, que conhece o coração de todos, estava pronto para receber o louvor do seu povo especial. Desfrutamos ainda no Brasil do privilégio de ter os nossos templos com seus respectivos altares. Nossa participação não pode ser meramente mecânica ou artificial. Precisamos ter a devida sensibilidade espiritual para oferecer diante do altar de Deus o nosso sincero louvor. 4. Serve de testemunho Os filhos de Israel já haviam adotado uma posição de humildade ao recuar em seus projetos de guerra, para reconhecerem e praticar o louvor a Deus diante do altar. Quanto aos filhos de Rúben e os filhos de Gade, assim se expressa o texto bíblico: e os filhos de Rúben e os filhos de Gade puseram no altar o nome de Eder para que seja testemunho entre nós que o Senhor é Deus (Js 22.34). Dessa maneira ficou perpetuado para aquela geração que o Senhor é Deus. Houve dificuldades entre irmãos por causa do altar que parecia de difícil solução, mas o nome que eles colocaram no altar mostrava a sólida confiança que o Senhor é Deus, que não permitiu uma luta entre irmãos e restaurou a certeza de que todos poderiam expressar sua adoração diante do altar, porque agora eles estavam unidos pelo principal: o Senhor que é o Deus de todo Israel. Podemos até pensar diferente dos nossos irmãos, mas conservemos o nosso Eder, o testemunho de que todos servimos e adoramos ao Deus vivo. Para pensar e agir - Deus está podendo falar através do altar de nossa Igreja?
- Andarão dois juntos se não estiverem de acordo? - Quando há qualquer forma de conflito, o altar não pode ser aceito por Deus. - O nosso coração tem podido ser um altar para Deus? - Por que o sacerdote Finéias pode ser chamado de conciliador? - O altar de nossa Igreja transmite a certeza da presença de Deus? - Temos a verdadeira sensibilidade espiritual para expressarmos o perfeito louvor? - Servimos e adoramos ao Deus vivo. Leitura diária Segunda-feira: Deuteronômio 10.17; 1Reis 8.39 Terça-feira: Jó 10.7; Salmos 44.21 Quarta-feira: Jeremias 11.13; 2Coríntios 11.11,31 Quinta-feira: Deuteronômio 18.19; 1Samuel 29.16 Sexta-feira: Gênesis 31.48; Deuteronômio 12.5-6 Sábado: Levítico 26.11; 2Crônicas 15.2 Domingo: Deuteronômio 12.13; Josué 22.34.