10 de Maio a 16 de Maio



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Transcrição:

Lição 7 10 de Maio a 16 de Maio Cristo, o Fim da Lei Sábado à tarde LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: Romanos 5:12-21; 6:15-23; 7:13-25; 9:30-10:4; Gálatas 3:19-24. VERSO ÁUREO: Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê. Romanos 10:4. UMA BEM CONHECIDA REVISTA PUBLICOU um anúncio de página inteira com um título que dizia: Alcance a Imortalidade! (É mesmo a sério.) Em certo sentido, não era muito a sério, porque o anúncio continuava, dizendo: Para descobrir como deixar em testamento um legado de caridade que fará para todo o sempre doações em seu nome, contacte-nos solicitando o nosso folheto grátis. Escritores, académicos, filósofos e teólogos, ao longo de milénios, têmse debatido com a questão da morte e do que a morte faz ao significado da vida. Daí que o anúncio fosse uma forma engenhosa, ainda que em última instância com pouco sucesso, de ajudar pessoas a enfrentarem a sua mortalidade. Em contrapartida, ao longo de todo o Novo Testamento, foi-nos mostrada a única maneira de se alcançar a imortalidade, e essa é através da fé em Jesus, em contraste com a tentativa de se obter a imortalidade pela guarda da Lei embora devamos observá-la. Na realidade, obedecer à Lei não cria nenhum conflito com a Graça; pelo

contrário, é exatamente o que se espera que façamos em resultado de recebermos a Graça. Durante esta semana continuaremos a analisar a Lei e a Graça. Ano Bíblico: II Crónicas 1-4. SOP: Educação (Livro), (Capítulo) Mistérios da Bíblia, (169)

ONDE O PECADO ABUNDOU (Romanos 5:12-21) Domingo, 11 de Maio. ONDE O PECADO ABUNDOU (Romanos 5:12-21) Embora nos aponte os pecados, a Lei é impotente para nos salvar deles. Essa impotência, porém, revela-nos a necessidade que temos de Jesus, a única solução para o pecado. Leia Romanos 5:12-21. Em que termos é a mensagem da Graça de Deus revelada nestes textos? Repare-se, nesta passagem, na constante associação entre o pecado e a morte. Vez após vez, surgem em relação imediata entre si. E é assim porque o pecado, a violação da Lei de Deus, conduz à morte. Agora leia Romanos 5:20. Quando a Lei veio, o pecado abundou, no sentido de que a Lei definiu claramente aquilo que era o pecado. Contudo, em vez de apresentar o resultado natural do pecado, que é a morte, o apóstolo acrescenta isto: mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça. Por outras palavras, por muito mau que seja o pecado, a Graça de Deus é suficiente para o cobrir naqueles que se apropriam, pela fé, das Suas promessas. Influenciadas pela tradução de I João 3:4 em algumas versões que dizem que o pecado é transgressão da lei, há muitas pessoas que limitam o pecado à violação dos Dez Mandamentos. Contudo, uma tradução mais literal será: o pecado é falta de conformidade com a Lei. Qualquer coisa que esteja contra os princípios de Deus é pecado. Daí que, embora

os Dez Mandamentos não tivessem ainda sido formalmente revelados quando Adão comeu o fruto proibido, ele violou um mandamento de Deus (Gén. 2:17) e ficou, consequentemente, culpado de pecado. Na verdade, é através do pecado de Adão que a maldição da morte passou a afetar todas as gerações da Humanidade (Rom. 5:12, 17, 21). Em contraste com a infidelidade de Adão, a lealdade de Jesus para com a Lei de Deus resultou na esperança da vida eterna. Embora tentado, Jesus nunca cedeu ao pecado (Heb. 4:15). Em Romanos, o apóstolo Paulo enaltece a justa obediência de Jesus, a qual resultou em vida eterna (Rom. 5:18-21) para todos aqueles que a aceitam. Jesus, como Segundo Adão, guardou plenamente a Lei e quebrou a maldição da morte. A Sua justiça pode agora tornar-se na justiça do crente. Uma pessoa condenada à morte por herdar o pecado do primeiro Adão pode agora aproveitar a dádiva da vida, aceitando a justiça do Segundo Adão Jesus. Ano Bíblico: II Crónicas 5-7.

LEI E GRAÇA (Romanos 6:15-23) Segunda, 12 de Maio. Um dos conceitos mais difíceis de entender pelos crentes Cristãos é o papel permanente da Lei para a pessoa que está salva por meio da Graça. Se um crente alcança a justiça pela aceitação da suficiência da vida e da morte de Jesus, por que razão é necessário ainda guardar a Lei? Esta interrogação dá mais uma oportunidade para se repetir um ponto-chave: nunca foi intenção de Deus ser a Lei a prover salvação; a sua função (após a Queda) foi a de definir o pecado. Contudo, a Cruz não nega a necessidade que a pessoa tem de seguir a Lei de Deus, tal como qualquer pessoa que tenha sido perdoada por violar o limite de velocidade não pode continuar agora a violar o limite imposto pelo código. De acordo com Romanos 6:12, 15-23, quais são as implicações de uma vida vivida sob a Graça? Veja de forma especial Rom. 6:12, 15, 17. Graça e Lei não são contraditórias; não se negam uma à outra. Em vez disso, encontram-se poderosamente ligadas. A Lei, porque não tem poder para nos salvar, mostra-nos a razão por que precisamos da Graça. A Graça não se opõe à Lei, mas sim à morte. O nosso problema não foi a Lei em si, mas a morte eterna que resultou da violação da Lei. O apóstolo Paulo adverte os Cristãos a serem cautelosos quanto a recorrerem à dádiva prometida da Graça como desculpa para pecarem (Rom. 6:12, 15). Dado que o pecado é definido por meio da Lei, quando o apóstolo diz aos Cristãos para não pecarem, está basicamente a dizerlhes: guardem a Lei, obedeçam aos mandamentos!

Paulo tinha sempre exaltado a lei divina. Tinha mostrado que na lei não há poder para salvar os homens do castigo da desobediência; que os pecadores precisam de se arrepender dos seus pecados e humilhar-se diante de Deus, em cuja justa ira incorreram ao transgredirem a Sua lei, e precisam também de exercer fé no sangue de Cristo como o único meio de perdão. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 279, Ed. P. SerVir. Por que razão é tão fácil ser-se apanhado na lógica errada que afirma que, porque não somos salvos pela Lei, já não temos de lhe obedecer? Ano Bíblico: II Crónicas 8 e 9.

MISERÁVEL HOMEM! (Romanos 7:21-25) Terça, 13 de Maio. Leia Romanos 7:13-25. Como devem ser entendidos estes versículos? Está o apóstolo a falar de um homem não convertido ou é esta a experiência dos convertidos? Que razões consegue apresentar para sustentar a sua resposta? Se, pessoalmente, não tiver bem a certeza de a quem é que estes versículos se referem, não está só nesta dúvida. Os teólogos debatemse há séculos com esta questão. A pessoa aqui descrita é alguém que se regozija na Lei de Deus (dificilmente soa como se se tratasse de um descrente), mas que parece estar escravizada pelo pecado (o que até não faz muito sentido, porque os Cristãos têm a promessa de poder sobre o pecado). O SDABC (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia), depois de analisar os argumentos de ambos os lados, refere: O principal propósito de Paulo nesta passagem parece ser o de mostrar a relação que existe entre a Lei, o Evangelho e a pessoa que tomou consciência das lutas contra o pecado na preparação que faz para a salvação. A mensagem de Paulo é a de que, embora a Lei possa servir para precipitar e intensificar o conflito, só o Evangelho de Jesus Cristo pode trazer vitória e alívio. SDABC (Comentário Bíblico ASD), vol. 6, p. 554. Como quer que se olhe para estes versículos, devemos lembrar-nos sempre de que a pessoa que se debate com o pecado continua a ser capaz de fazer escolhas acertadas. Se não fosse esse o caso, todas as promessas paulinas (e também de outros escritores bíblicos), a respeito do poder sobre o pecado, não teriam qualquer significado. Além disso, como se demonstra em Mateus 5, o pecado começa frequentemente antes de o ato ser cometido. Consequentemente, a pessoa está em violação da Lei simplesmente por pensar em qualquer coisa pecaminosa. De um modo geral, esta realidade poderia ser uma fonte

de frustração. Contudo, no contexto de Romanos 7, o indivíduo pode sentir-se desamparado e incapaz, mas não tem motivos para perder a esperança. Para a pessoa que vive no Espírito, a Lei sempre presente serve como lembrança constante de que a libertação da condenação vem por meio de Jesus (Rom. 7:24-8:2). Leia de novo os versículos para hoje. Em que aspetos colocam eles em paralelo a nossa própria experiência com o Senhor? Apesar das nossas lutas, como podemos ter a experiência da esperança que Paulo, não obstante, aqui expressou? Ano Bíblico: II Crónicas 10-13.

O PROPÓSITO DA LEI (Romanos 9:30-10:4) Quarta, 14 de Maio. O título da lição desta semana tem origem em Romanos 10:4 o fim da lei é Cristo. Muitos que têm sido pré-condicionados a pensar negativamente acerca da Lei interpretam automaticamente este texto como significando: Cristo tornou a lei obsoleta. No entanto, tal leitura vai contra muitas referências no livro de Romanos, e noutras partes do Novo Testamento, que referem a relevância permanente da Lei. Leia Romanos 9:30-10:4. Em que termos explica o apóstolo Paulo o modo como a salvação é pela fé e não pela Lei? Tal como no resto da epístola aos Romanos, o objetivo de Paulo nestes versículos é o de demonstrar a verdadeira fonte de justiça. A Lei é um indicador da justiça, mas é impotente para tornar justa qualquer pessoa. Daí que Paulo trace um paradoxo: as nações (os Gentios) que nem sequer se esforçaram em obter a justiça, obtiveram-na, enquanto Israel, que se esforçou por guardar a lei justa, não a obteve. O apóstolo não estava a excluir os Judeus da justiça; nem estava a afirmar que todos os não-judeus são justos. Está simplesmente a dizer que a Lei não traz justiça ao pecador, seja ele Judeu ou Gentio. Muitos Judeus eram sinceros no seu desejo de alcançar justiça, mas a sua busca era fútil (Rom. 10:2). Eram zelosos quanto a servir Deus, mas queriam fazê-lo segundo os seus próprios termos. Tinham pegado num objeto da revelação de Deus (a Lei) e confundiram-no com a Fonte da sua salvação. Por muito boa que seja a Lei, não é suficientemente boa para salvar seja quem for. De facto, em vez de tornar justa a pessoa, a Lei realça a pecaminosidade do indivíduo; amplia a necessidade que tem de obter justiça. É por este motivo que Paulo descreve Cristo como

o fim da Lei. Ele não é o fim no sentido de terminar com a Lei, mas no sentido de ser o objetivo da Lei, Aquele para Quem a Lei aponta. A Lei conduz o indivíduo a Cristo como pecador arrependido que olha para Ele em busca da salvação. A Lei lembra a todos os Cristãos que Cristo é a nossa justiça (Rom. 10:4). As pessoas que levam a Lei a sério correm sempre o perigo de cair no legalismo, de pretenderem criar a sua própria justiça pessoal. Ao procurarmos obedecer à Lei de Deus, como podemos ser cautelosos de modo a não cairmos no que pode ser um ardil muito subtil? Ano Bíblico: II Crónicas 14-16.

O DISCIPLINADOR (Gálatas 3:19-24) Quinta, 15 de Maio. Em consonância com o livro de Romanos, Paulo tem o cuidado de especificar, em Gálatas, que o propósito da Lei é o de definir o pecado e não o de tornar justas as pessoas (Gál. 3:19, 21). Leia Gálatas 3:23 e 24. Que imagens utiliza o apóstolo Paulo para descrever o propósito da Lei? Na sua opinião, o que significam essas imagens? Dependendo da tradução, a Lei é identificada, no versículo 24, como aio, educador, tutor e pedagogo, entre outras designações. O termo grego refere-se a um escravo empregado por um indivíduo abastado para ser o educador de um filho seu. Era responsabilidade desse tutor assegurar que o filho do seu senhor aprendia a desenvolver a autodisciplina. Embora fosse um escravo, o tutor encontrava-se investido de autoridade para fazer o que fosse necessário para manter na linha o filho do senhor, mesmo que isso significasse aplicar castigos físicos. Quando o filho atingia a idade adulta, o tutor deixava de ter autoridade sobre ele. À luz da explicação sobre a função do tutor, qual é a sua opinião acerca do propósito da Lei para alguém que aceitou a salvação em Cristo? Embora o tutor deixasse de exercer autoridade sobre o filho adulto do

seu senhor, esperava-se que as lições que este tivesse aprendido o capacitassem a tomar decisões maduras. De igual modo, deixando o Cristão de estar sob o poder condenatório da Lei, como pessoa que chega à maturidade, deve dirigir os seus atos em conformidade com os princípios da Lei. Além da sua função como tutora, a Lei também atuou como uma zeladora que protegeu o crente até que viesse a fé (Gál. 3:23). Uma vez mais, vemos aqui que Cristo é o fim, o objetivo, da Lei. Paulo realça explicitamente este ponto quando afirma que a Lei nos conduziu a Cristo, de modo a que pela fé fôssemos justificados (v. 24). Leia com atenção Gálatas 3:21. O que diz o versículo, que devia para sempre pôr fim à ideia de que podemos ser salvos pela obediência à Lei? Que razão leva a que isto sejam boas-novas? Leve a sua resposta para a unidade de ação no dia de Sábado. Ano Bíblico: II Crónicas 17-20.

Sexta, 16 de Maio. ESTUDO ADICIONAL: A lei revela-nos o pecado, levando-nos a sentir a nossa necessidade de Cristo e a fugirmos para Ele em busca de perdão e paz mediante o arrependimento para com Deus e a fé no nosso Senhor Jesus Cristo.... A lei dos dez mandamentos não deve ser considerada tanto pela sua vertente proibitiva como pela sua vertente de misericórdia. As suas proibições são a segura garantia de felicidade na obediência. Recebida em Cristo, ela opera em nós a purificação do caráter que nos trará alegria através dos séculos da eternidade. Para os obedientes, ela é um muro de proteção. Contemplamos nela a bondade de Deus, que, revelando aos homens os imutáveis princípios da justiça, procura resguardá-los dos males que resultam da transgressão. Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, livro 1, pp. 234 e 235. PERGUNTAS PARA REFLEXÃO: Falem na unidade de ação sobre a maravilhosa esperança encontrada em Gálatas 3:21. De que modo é o Evangelho da Graça apresentado muito claramente neste texto? Que razão leva a que este texto seja um antídoto absoluto contra o legalismo? Viver piedosamente não é uma questão de opção por parte dos que se chamam a si mesmos filhos de Deus. Muitos indivíduos bemintencionados sublinham a necessidade que temos de alcançar a perfeição, se desejarmos entrar no Reino dos Céus. Infelizmente, não só aqueles que aceitam esta doutrina promovem a autossuficiência como o segredo da salvação, como também

ignoram a realidade da natureza humana pecaminosa. Os seres humanos têm de viver com tendências herdadas para o pecado e são constantemente bombardeados com a tentação. Ainda mais perturbador é o desânimo que pode surgir àqueles que, como barómetros da sua salvação, estão constantemente a olhar para si mesmos e para a forma como se estão a comportar bem. Comparados com a santidade de Deus e da Sua Lei, quem entre nós consegue alguma vez aproximar-se desse padrão? Então, como podemos ser cautelosos para que, ao mesmo tempo que procuramos viver piedosamente uma vida fiel, não nos deixemos enredar em qualquer teologia que coloca a nossa salvação em qualquer outra coisa que não seja a justiça de Cristo a revestirnos? Qual é o fim, ou o objetivo, da Lei? Ano Bíblico: II Crónicas 21-23.

Moderador Texto-Chave: Romanos 10:4. Com o Estudo desta Lição, o Membro da Classe Vai: Aprender: A compreender a relação entre a Lei e a graça. Sentir: A convicção da necessidade pessoal que tem de Jesus. Fazer: Procurar viver uma vida piedosa e fiel, embora sem cair no legalismo. Esboço da Aprendizagem: I. Aprender: A Lei Conduz-nos a Cristo A. Em Romanos 5, que razão leva o apóstolo Paulo a associar tão de perto o pecado e a morte? B. Como é que a relação do primeiro Adão com a Lei trouxe a morte enquanto a relação do segundo Adão com a Lei traz vida? C. De que modo pode a Lei servir como lembrança a todos os Cristãos de que Cristo é a nossa justiça? II. Sentir: Jesus É a Nossa Única Esperança de alcançarmos o Céu A. Depois de entrarmos em contacto com a Lei de Deus, por que razão devemos estar mais conscientes das nossas faltas e fracassos? B. Sentimos a Lei mais como um guarda-costas ou mais como um

polícia? Porquê? III. Fazer: Ser Piedoso Mediante a Graça A. Se eu me debato para fazer as coisas que sei ser meu dever fazer, significa isto que não estou convertido? Explique a sua resposta. B. Por que razão nunca conseguimos ser suficientemente bons para merecer o Céu através da guarda da Lei? Sumário: A obediência à Lei não está em conflito com a Graça. Ela é o que fazemos em resultado de recebermos a Graça. CICLO DA APRENDIZAGEM 1º PASSO MOTIVAR! Realce da Escritura: Romanos 10:4. Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: A Lei aponta-nos o nosso pecado e desperta em nós a necessidade de um Salvador.

Só para o Dinamizador: Desde os tempos do apóstolo Paulo que surgiram questões a respeito da relação entre a Lei e a Graça. Uma leitura superficial de alguns dos escritos de Paulo tem levado alguns a sugerirem que a obediência à Lei choca com a receção da Graça. Uma leitura mais atenta, porém, mostra-nos que, embora o apóstolo se oponha fortemente àqueles que procuram obter a salvação mediante uma rigorosa adesão à Lei, a obediência tem, de facto, uma parte central na vida Cristã. A Lei convence-nos do pecado e, depois, apontanos para Jesus. Após a conversão, vivemos a vida de acordo com a Lei, em resultado de termos recebido a Graça. Praticamente por todo o lado por onde Paulo andou e estabeleceu igrejas Cristãs, ele parece ter sido seguido por um grupo cuja intenção era desfazer a sua mensagem de salvação mediante Jesus Cristo. Esse grupo insistia numa rigorosa guarda da Lei como sendo o verdadeiro caminho para se ser salvo. Paulo reagiu energicamente contra este grupo e refere frequentemente a função da Lei e a da Graça, usando diferentes exemplos do mundo em que viviam os seus ouvintes. Durante esta semana, vamos analisar alguns dos seus principais escritos sobre este tópico. No dia 15 de outubro de 1492, foram oferecidas a Cristóvão Colombo folhas secas de tabaco, uma oferta de alguns índios americanos. Pouco tempo depois, alguns marinheiros trouxeram sementes de tabaco para a Europa, e a planta começou a ser cultivada em todo o continente. Uma das principais razões da crescente popularidade do tabaco na Europa foram as suas supostas propriedades curativas. Os Europeus acreditavam que o tabaco conseguia curar praticamente tudo, desde o mau hálito até ao cancro. Um médico espanhol, Nicolas Monardes, escreveu um livro sobre a história de plantas medicinais do novo mundo e foi ao ponto de afirmar que o tabaco podia curar 36 problemas de saúde. Inicialmente, o tabaco era mastigado. Mais tarde, em 1588, um homem chamado Thomas Harriet divulgou o hábito de se fumar o tabaco como um meio de se obter a respetiva dose diária. Apesar de o homem ter morrido com cancro no nariz (na época, os fumadores fumavam pelo nariz), as pessoas continuaram firmes na crença nos benefícios do tabaco.

Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), incluíam-se cigarros nas rações de combate distribuídas aos soldados, sendo aqueles considerados tão essenciais como a comida. Nos anos cinquenta do século passado, foram surgindo cada vez mais evidências indicando que o fumo do tabaco estava associado ao cancro de pulmão. Por fim, foram promulgadas leis regulamentando a publicidade nesta indústria, e as companhias tabaqueiras passaram a ter de avisar os consumidores nos maços de cigarros sobre o risco que correm ao fumar. Hoje, fumar em lugares públicos é ilegal em muitos países. Atividade de Abertura: Notem a breve história do fumo do tabaco acima referida e analisem a pergunta seguinte: havia pessoas a morrer de doenças relacionadas com o consumo do tabaco antes de haver leis a respeito dele? Consegue a legislação sobre o consumo do tabaco salvar vidas? Consegue essa legislação ajudar pessoas que são viciadas na nicotina? Uma Questão a Debater: Haverá pessoas que, não tendo conhecimento da Lei de Deus, estão a sofrer as consequências da violação da Sua Lei? Se sim, de que maneira? Até que ponto ajudará as pessoas o facto de terem consciência da Lei de Deus? 2º PASSO ANALISAR! COMENTÁRIO BÍBLICO

I. Salvação Além da Cruz (Recapitule com a Classe Levítico 16.) A salvação por meio da fé em Cristo está, para muitos Cristãos, centrada na Cruz. Eles seguem esta linha de pensamento: Jesus veio voluntariamente oferecer-se a Si mesmo como expiação pelos pecados da Humanidade; Ele sofreu e morreu na Cruz por todos nós, a seguir foi ressuscitado e após ter passado alguns momentos finais junto dos Seus discípulos ascendeu ao Céu. Fim da história. A Cruz tornou-se no ponto central da salvação, e assim devia ser. Contudo, o texto bíblico não fica por aí. A salvação não tem só a ver com a Cruz (e com a nossa resposta individual à Cruz), onde todos os pecados do mundo foram expiados: tem também a ver com o problema do pecado em si mesmo. O sistema sacrificial do Velho Testamento fornecia, na verdade, um palpite útil neste caso. Quando um pecador reconhecia a existência de um pecado na sua vida, trazia uma oferta apropriada ao Tabernáculo (ou, mais tarde, ao Templo). O pecador colocava as mãos sobre a cabeça do animal substituinte, antes de este ser abatido. O sangue do animal era recolhido, espalhado ao redor do altar e aspergido sobre a cortina do Lugar Santíssimo, no Santuário. Os restos do animal (ou algumas partes dele) eram queimados. Isso, porém, não era o fim da história. Devido à transferência do pecado, o Santuário requeria uma purificação, e a Lei de Deus exigia que a mesma tivesse lugar, simbolicamente, uma vez por ano, durante o ritual do Dia da Expiação (Levítico 16). Levítico 16:16 descreve o propósito dos sacrifícios e do manuseamento do sangue durante esse dia: Assim, [o sumo-sacerdote] fará expiação pelo santuário, por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os seus pecados: e assim fará para a tenda da congregação, que mora com eles, no meio das suas imundícias. Por fim, o pecado de toda a congregação era transferido para um bode, que era conduzido ao deserto de modo a que o Santuário ficasse purificado de todos os pecados que aí se tinham acumulado no decorrer do ano (Lev. 16:21 e 22, compare com o v. 30).

Pense Nisto: O complexo sistema sacrificial baseava-se em leis divinas. Que razão poderia ter levado Deus a querer que os filhos de Israel vivessem a experiência do ritual do Dia da Expiação, se eles já tinham oferecido um sacrifício pelos seus pecados? Que significado tinha toda essa ação? II. O Verdadeiro Cordeiro de Deus (Recapitule com a Classe as implicações que tem a designação de Jesus como o Cordeiro de Deus, em João 1:29.) Os autores do Novo Testamento compreenderam claramente que Jesus era o Cordeiro de Deus que haveria de carregar os pecados do mundo (João 1:29, 36; Atos 8:32; I Pedro 1:29; Apoc. 5:6). A seguir à crucificação e à ressurreição de Jesus, eles compreenderam as implicações do sacrifício de Jesus. O autor de Hebreus mostra-se plenamente consciente do elo entre a morte de Jesus, o ministério celestial e a lei sacrificial mais ampla no Velho Testamento. Em Hebreus 9:15 ele fala sobre o sacrifício expiatório de Jesus na cruz, o qual cobriu todas as transgressões. Alguns versículos mais adiante, o autor descreve a entrada de Jesus no Santuário Celestial (por outras palavras, no Santuário original, não no modelo terreno como é referido em Êxodo 25:9) e o Seu ministério aí levado a efeito (Heb. 9:24-26), o qual resultará na erradicação final do pecado. Cumprida essa tarefa, Jesus voltará, a fim de trazer a salvação àqueles que O estão a aguardar (Heb. 9:27 e 28).

Pense Nisto: Que implicações tem a designação de Jesus como o Cordeiro de Deus? III. Lições do Santuário Celestial (Recapitule com a Classe Daniel 8:14.) A Cruz é apenas um marco ao longo do caminho no Plano da Salvação. Para que fique claro, ela é o marco central da História, mas a salvação requer um trabalho suplementar relacionado com o Santuário Celestial e com a eliminação final do pecado. Se a morte de Cristo tivesse efetuado a abolição da Lei, por que motivo haveria a epístola aos Hebreus de realçar a importante atuação de Jesus como Sumo- Sacerdote? Parece claro que, para o autor bíblico, a Cruz e o Santuário Celestial não foram realidades que mutuamente se opuseram, mas foram, sim, elementos do mesmo Plano divino da Salvação, o qual teve de ser replicado numa pequena escala no Santuário terrestre e nos seus serviços. Esta importante realidade já tinha sido predita nos escritos proféticos do profeta Daniel, particularmente em Daniel 8, onde, no contexto das sucessivas potências mundiais, é descrito o poder da ponta pequena que iria atacar o Santuário e o seu serviço sacrificial (Dan. 8:9-11), procurando alterar os tempos e as leis (Dan. 7:25). A questão do tempo durante o qual o povo de Deus teria de suportar essa potência iníqua é esclarecida em Daniel 8:14: E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado. Esta cena do Julgamento no tempo do fim (compare-se também com Daniel 7) associa o Dia da Expiação com a solução final do problema do pecado. A Lei que descreve esta sequência não pode ser o problema.

Pelo contrário, o problema reside na nossa compreensão imperfeita da Lei divina que está subjacente ao Plano da Salvação e que é uma montra do caráter do Legislador. Ele reconhece o pecado como aquilo que é: comportamentos destruidores, aviltantes e egocêntricos e atitudes que nos separam do Criador e da Fonte da vida. Pense Nisto: Por que razão é tão importante o Santuário Celestial na teologia e na mensagem da Epístola aos Hebreus? O que o Santuário Celestial nos ensina sobre o Plano da Salvação e sobre a natureza do pecado? 3º PASSO PRATICAR! Perguntas para Reflexão: Em que aspetos é Cristo o fim da Lei (Rom. 10:4)? Qual é a definição preferível: O pecado é a transgressão da Lei ou o pecado é iniquidade? Qual é a diferença? Por que razão é tão difícil aos Cristãos compreenderem a função permanente da Lei, quando uma pessoa é salva pela Graça? Perguntas para Aplicação:

De que maneira se pode evitar confundir a Lei com a Fonte da nossa salvação? Como se pode olhar para os Dez Mandamentos não como uma lista de proibições, mas como um sinal do amor de Deus? Como podemos saber se nos estamos a tornar legalistas? 4º PASSO APLICAR! Atividade: Imagine-se um nadador-salvador vigilante numa grande piscina pública. Repara num rapazito que salta da prancha de mergulhos mais alta para o lado mais fundo da piscina e que começa a afogar-se. Como nadador-salvador, salta lá para dentro para o resgatar e o fazer voltar a si. No dia seguinte, o rapazito regressa à prancha e torna a saltar para dentro da piscina. Depois de o salvar uma vez mais, o rapaz diz-lhe: Eu sei que me vem salvar; por isso, não tenho de obedecer à regra que diz que só bons nadadores podem saltar da prancha de mergulhos. Qual seria a sua resposta? Até que ponto as respostas dos membros da Classe se aplicam também ao requisito de guardar a Lei depois de termos sido salvos?