Ferramentas cadastrales : caso practico

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Transcrição:

A. INTRODUÇÃO Ferramentas cadastrales : caso practico Maria Joao Cancela de Amorim Seica Neves O presente documento consiste numa proposta com vista à Informatização do Cadastro Geométrico da Propriedade Rústica dos Concelhos das Ilhas da Madeira e Porto Santo permitindo uma futura evolução no sentido da sua manutenção e actualização pelos departamentos responsáveis e a caracterização dos acessos à informação relevante para a actividade dos vários departamentos da Direcção Regional de Geografia e Cadastro da MADEIRA, utilizadores dessa informação. Serão alvo deste trabalho os concelhos onde existam em formato analógico os dados cadastrais geométricos, na forma de folhas com secções cadastrais e respectiva informação descritiva dos prédios, na forma de fichas em suporte papel. A proposta que se apresenta tem como base de estimativa a existência em papel de cerca de 1585 secções cadastrais desenhadas em folhas com suporte cartográfico e respectivas fichas prediais descritivas, manuscritas em papel. Considerou-se um valor médio de referência de 300 prédios por secção, num total próximo dos 480 000 prédios rústicos. Este trabalho será constituído essencialmente pelos seguintes aspectos:. estruturação das bases de dados onde serão armazenados e mantidos os dados cadastrais geométricos e descritivos;. digitalização em formato vectorial dos dados geométricos do cadastro,. digitalização em formato alfanumérico dos dados existentes nas fichas de cadastro,. construção de mecanismos informáticos auxiliares de validação, consulta, análise, saídas gráficas e relatórios elementares,. formação dos técnicos da DRGC A base tecnológica que suportará os trabalhos os trabalhos referidos será constituída por um conjunto de suportes informáticos na área das Bases de dados e dos Sistemas de Informação Geo-espacial. As ferramentas de software a usar serão variadas e de filosofia de desenvolvimento aberta, sendo ao produtos da linha GeoMedia os que formarão a plataforma sobre a qual os trabalhos se desenrolarão. A digitalização dos dados de cadastro deve ser efectuada a partir de elementos que pelas suas características permitam a melhor interpretação possível, de modo a minimizar erros. Assim devem evitar-se fotocópias e outros materiais não originais, sempre que isso seja possível. É provável que este aspecto determine que grande parte dos trabalhos de digitalização tenham que ser realizados nas instalações da DRGC. Para tal pode ser necessário alocar espaço e outros recursos específicos para estas tarefas. Resumidamente, designaremos este trabalho por Informatização do Cadastro Predial Rústico da Madeira.

A Direcção Regional de Geografia e Cadastro da MADEIRA possui informação cadastral de base, relativa à Região Autónoma da Madeira, em estágios de evolução, origens e actualização diferentes. È contudo possível criar condições para que a sua utilização seja facilitada e que os formatos em que actualmente se encontram, evoluam gradualmente para uma plataforma comum e para procedimentos que permitam a recepção e envio para outros organismos relacionados com os dados de Cadastro da Região. Através da definição da estrutura de Warehouses, caracterização de acessos e esquemas de segurança, manutenção de mecanismos de informação sobre os dados usados (metadados), divulgação de regras de utilização e de conteúdos pelos vários departamentos potencialmente beneficiários da informação georeferenciada, é possível atingir níveis de utilização e de qualidade da informação elevados. Para tal é necessário estabelecer um conjunto de requisitos a cumprir pelo sistema de modo a optimizar as várias componentes de informatização do Cadastro. A Direcção Regional de Geografia e Cadastro da Madeira possui como informação cadastral de base, um conjunto de secções cadastrais e plantas topo-cadastrais. As secções/plantas topo-cadastrais correspondem à quase totalidade do território das Ilhas da Madeira e do Porto Santo. Os trabalhos que nos propomos realizar nesta fase cobre apenas a informação representada nas secções cadastrais, podendo em fase posterior ser estabelecido um plano de trabalhos dedicado à conversão das plantas topo-cadastrais. A conversão para formato digital da informação relativa ao cadastro geométrico da propriedade rústica, bem como do cadastro predial, está descrita respectivamente, nas especificações técnicas do IGP e no regulamento do cadastro predial. Atendendo à dimensão do trabalho, bem como à especificidade do mesmo, será pormenorizado na metodologia a seguir, a(s) fase(s) de trabalho propostas. B. METODOLOGIA A metodologia que pensamos ser adequada para a Informatização do Cadastro Predial Rústico da Madeira deverá ser suportada por uma abordagem faseada, constituída por blocos de actividades, divididos em tarefas elementares. Propomos a divisão do trabalho em 3 fases: Fase1-Conversão para formato digital do Cadastro Rústico existente nas secções Cadastrais. Fase2-Conversão para formato digital do Cadastro Rústico existente nas plantas Cadastrais. Fase3-Gestão e Manutenção do Cadastro Rústico. As fases anteriormente referidas podem ser sequenciais no tempo, ou planeadas de modo a se desenvolverem em sobreposição. Por exemplo, algumas das actividades a implementar para a Gestão e Manutenção do Cadastro Predial/Rústico podem ser realizadas em simultâneo com a Fase 1. Contudo algumas das actividades podem ser suprimidas ou novas actividades englobadas, em função da forma como as várias tarefas se inter -relacionarem. 2

Na presente proposta, abordamos apenas o indicado como fazendo parte da Fase 1 Conversão para formato digital do Cadastro Predial/Rústico existente nas Secções Cadastrais. Embora se tenham ideias claras sobre a planificação das Fases seguintes, pensamos ser mais eficaz planeá-las posteriormente, beneficiando com a experiência entretanto adquirida na Fase 1. A especificidade das secções cadastrais disponíveis na área objecto deste trabalho, permitem-nos poder encarar como alternativa à execução total de toda a área coberta, a execução da digitalização do cadastro tendo por base a unidade administrativa do Concelho. De acordo com a metodologia referida, os trabalhos serão organizados em Blocos de Actividades, nos quais serão realizadas Tarefas complementares com objectivos definidos. Apresenta-se seguidamente o conjunto de Blocos de Actividades que constituem o Projecto de Conversão para Formato Digital do Cadastro Predial/Rústico: Bloco A- Estruturação de Base de Dados/Warehouse. Neste bloco de actividades será analisado, desenhado e construído o Modelo de Dados de suporte à informação cadastral, de modo a serem correctamente interligadas as componentes alfanumérica e gráfica (desenvolvido pela DRGC). Bloco B- Rasterização e Geo-referenciação das Secções Cadastrais. Rasterização/scannerização das secções cadastrais para ficheiros matriciais contínuos a cores. Georeferenciação das secções cadastrais no sistema de coordenadas actual de referência, e no sistema de coordenadas em que foram produzidas as secções cadastrais(desenvolvido pela DRGC). Bloco C- Vectorização. Digitalização em formato vectorial dos elementos cadastrais constantes das secções cadastrais. Bloco D- Controlo de Qualidade da Vectorização. Validação da componente gráfica, resultante do processo de digitalização, com controlo do número de prédios e parcelas vectorizadas. Validação da componente gráfica, resultante da ligação de secções cadastrais adjacentes. (desenvolvido pela DRGC). Bloco E- Tratamento e Edição da Informação Gráfica. Validação da informação gráfica e cálculo de valores das áreas da secção, dos prédios e das áreas sociais finais. Bloco F- Introdução dos Dados das Fichas Prediais. Preparação manual das Fichas e carregamento da informação constante das fichas prediais para a base de dados de cadastro. Bloco G- Controlo de Qualidade Prédios/proprietários. Verificação da existência de relações correctas entre prédios e proprietários e entre fracções e proprietários com base em validações a efectuar sobre os processos realizados em actividades anteriores. (desenvolvido pela DRGC) 3

Bloco H- Ligação entre Componente Gráfica e Alfanumérica. Associação da informação alfanumérica resultante das fichas prediais com a informação gráfica resultante da digitalização das secções cadastrais. Esta Associação será realizada com base na unidade freguesia. Neste Bloco de actividades será calculada e carregada a informação respeitante às áreas das secções cadastrais. Bloco I Controlo de Qualidade Final. Verificação dos valores de áreas calculadas e comparação com as áreas introduzidas a partir das Fichas. Correcção de erros grosseiros detectados. Validação final sobre os processos descritos nos pontos anteriores. (desenvolvido pela DRGC) Bloco J Aplicação para Visualização e Consulta da Informação Cadastral. Construção de uma Aplicação simplificada que permita a visualização da informação cadastral e a pesquisa da mesma baseada em diversos critérios. (desenvolvido pela DRGC) Bloco K Aplicação para Obtenção de Saídas Gráficas e Relatórios Padrão. Construção de uma Aplicação que permita a criação de diversas saídas gráficas previamente configuradas sobre localização de prédios ou outros elementos cadastrais; obtenção de relatórios préformatados e de Fichas cadastrais. (desenvolvido pela DRGC) Bloco L Formação. Formação especifica orientada para a utilização do Software de base, das aplicações desenvolvidas e sobre os fluxos de trabalho implementados a partir do Sistema de Informação Cadastral construído. A implementação e manutenção de informação num sistema de informação geo-referenciada, como o descrito neste trabalho de Informatização do Cadastro Rústico da Madeira, é um processo dinâmico, que vai evoluindo ao longo do tempo e que sofrerá ajustamentos aos novos objectivos e ao surgimento de inovações na tecnologia. É, por isso, um processo que deverá evoluir de modo equilibrado e enquadrado por fases bem caracterizadas de desenvolvimento. Não se pretende com este documento abordar de forma exaustiva toda as fases possíveis num processo deste tipo, mas sim descrever um primeiro conjunto de actividades relacionadas com informação cadastral que podem também servir de base para futuros desenvolvimentos. C. ACTIVIDADES Apresenta-se em seguida, um conjunto de aspectos que caracterizam e descrevem os Blocos de Actividades que introduzimos no capítulo anterior e que se propõe efectuar nesta fase de trabalho de Informatização do Cadastro Predial/Rústico da Madeira : PROJECTO DE CONVERSÃO PARA FORMATO DIGITAL DO CADASTRO RÚSTICO. Bloco A- Estruturação de Base de Dados/Warehouse Neste conjunto de actividades será realizado o trabalho de criação do modelo de dados na warehouse que servirá de base aos trabalhos de informatização do cadastro. O modelo de dados terá em conta não só a componente gráfica e alfanumérica, mas também esquemas de acessos, segurança e previlégios, bem como as regras de utilização e a configuração e arquitectura do sistema a usar nas várias fases do 4

projecto. Serão criadas os símbolos, tipos e dimensões de elementos gráficos complementares a usar. O modelo de dados contemplará os elementos cadastrais constantes das secções cadastrais, tais como os prédios, as parcelas, as construções as áreas sociais e outros. Outros elementos a considerar fazem parte das fichas prediais, tais como elementos sobre os proprietários, fracções, áreas, etc. A criação do modelo de dados terá como referência orientadora as especificações técnicas de conversão para o formato digital da informação cadastral do IGP, sendo alvo de ajuste e adaptações de acordo com a especificidade da tecnologia, que entretanto evolui, com as características próprias da Direcção Regional de Geografia e Cadastro. Serão definidos e estruturados os elementos cartográficos que servirão de base aos trabalhos, tais como Sistemas de Coordenadas, Datum, Escalas de trabalho, qualidade aceitável de documentos a usar, informação existente com utilidade para incorporação no projecto, etc. A unidade de agrupamento de trabalhos e de organização de warehouse deverá ser a freguesia, de modo a permitir uma quantidade de informação a manipular com uma dimensão adequada. O modelo de dados será suportado inicialmente pela base de dados Access. Deve contudo pensar-se numa evolução tão rápida quanto possível para motores de Bases de Dados mais robustos como Oracle ou SQL Server da Microsoft. Bloco B Rasterização e Geo-referenciação das Secções Cadastrais Neste bloco de actividades, será realizada a rasterização ( scannerização ) das secções cadastrais. O resultado deste processo são ficheiros matriciais contínuo a cores. A resolução utilizada pelo processo será de 300 dpi (pontos por polegada). Este processo de rasterização realizado pelos técnicos da Direcção Regional de Geografia e Cadastro da MADEIRA. Neste bloco de actividades, será também realizada a geo-referenciação das secções cadastrais, apoiada num conjunto de pontos de controlo de coordenadas conhecidas. Os sistemas de referência a ser utilizados serão o actual sistema local de referência das secções cadastrais e o actualmente utilizado. Assim proceder-se-á a uma transformação de coordenadas para apoio ao processo de geo-referenciação. O processo de geo-referenciação será executado através da aplicação IRAS/C e será realizado pelos técnicos da Direcção Regional de Geografia e Cadastro da MADEIRA. Poderá ser necessário a deslocação de técnicos da DRGC da Madeira ao terreno para efectuar alguma recolha de informação topográfica de relevante importância para o processo de geo-referenciação, caso os elementos disponibilizados para esse trabalho não sejam suficientes. Bloco C Vectorização 5

Nesta fase do trabalho serão digitalizadas em formato vectorial, utilizando a Microstation, MRClean e o NGXis, as entidades que constituem os elementos geométricos do cadastro, constantes nas secções cadastrais. Serão respeitadas as metodologias, precisões e tolerâncias permitidas pelas condições dos documentos de base, nomeadamente no que respeita às suas potenciais deformações geométricas. A informação gráfica, bem como a toponímia a recolher são constituídas por todos os elementos cadastrais inscritos nas secções cadastrais. Será realizado um fluxo de vectorização dedicado especificamente ao registo dos Marcos de propriedade ou extremas da prédios. A definição e nomenclatura das secções cadastrais, assim como a numeração dos prédios, parcelas, áreas sociais e construções, seguem as regras habitualmente usadas pela DRGC. A informação cadastral gráfica será entregue formato /GDS Microstation (DGN) seccionada por concelho, por freguesia ou no seu todo. Deverá também ser entregue em formato Microsoft Access (MDB), SQL Server ou Oracle. A Base de vectorização serão os ficheiros matriciais contínuos a cores resultantes do processo de rasterização/geo-referenciação atrás descrito. O processo de vectorização será efectuado por técnicos exteriores à DRGC, sob supervisão de técnicos da DRGC, e posteriormente alvo de ajustamentos de pormenor para detecção de incorrecções na interpretação dos dados constantes das secções cadastrais. Em algumas das situações será necessário contar com o apoio dos elementos cadastrais originais ( ou cópia ) para efeitos comparativos com originais raster difíceis de interpretar. Bloco D Controlo de Qualidade da Vectorização O controlo de qualidade correspondente a este bloco, será executado sobre o resultado do processo de vectorização. Fazem parte do controlo de qualidade, as verificações dos totais de prédios e de parcelas, bem como a identificação de falta ou duplicados que se detectem, número de prédios e parcelas coincidentes, correspondência na identificação de prédios deslocados e suprimidos, entre outras. O processo de controlo de qualidade será efectuado de modo a garantir o ajuste de secções cadastrais contíguas. Em algumas situações será necessário contar com o apoio dos elementos cadastrais originais (ou cópia) para efeitos comparativos com originais raster difíceis de interpretar. Bloco E - Tratamento e Edição da Informação Gráfica Neste bloco de actividades será efectuado o cálculo de verificação das áreas de cada secção, dos respectivos prédios, áreas sociais e construções. Serão feitos ajustamentos e comparações com os valores registados na marginália de cada secção cadastral. No tratamento dos ficheiros de informação gráfica deverão ser testadas as intersecções, criados ou eliminados os vértices definidores dos polígonos constituintes da geometria dos prédios, de forma a criar a rede de polígonos indispensável à definição dos prédios, parcelas e construções como entidades 6

de superfície. Bloco F Introdução dos Dados das Fichas Prediais Neste bloco de actividades, será realizada a preparação manual das fichas cadastrais de modo a organizar os vários grupos de fichas por secção para posterior introdução na base de dados através de formulário respectivo. O processo de carregamento da informação alfanumérica, será suportado por um conjunto de automatismos que permite a optimização do tempo despendido nesta actividade. O formato de entrega dos dados alfanuméricos e listagens será em Microsoft Access (MDB), ou alternativamente numa outra base de dados a definir, SQL Server ou Oracle. O processo de Introdução dos Dados das Fichas Prediais será realizado por técnicos exteriores à DRGC, sob supervisão de técnicos da DRGC, nas instalações da DRGC, por forma a que os elementos base não sejam retirados das instalações da DRGC nem seja necessário preparar esquemas especiais para obtenção de cópias. Para realização destas actividades nas instalações da DRGC deverá ser considerada a necessidade de dispor de recursos ( espaço, equipamento e condições operacionais) de modo que equipas, eventualmente a funcionar em turnos, possam estar localizadas na DRGC. Bloco G Controlo de Qualidade Prédios/Proprietários Após a fase de introdução serão validados alguns aspectos técnicos, tais como, se todos os prédios tem proprietários e vice-versa, se as fracções têm proprietários, etc. Será registado o conjunto de anomalias. Bloco H Ligação entre Componente Gráfica e Alfanumérica Nesta actividade será efectuada a ligação entre a informação alfanumérica resultante do processo de introdução da informação das fichas prediais com o informação gráfica resultante do processo de digitalização vectorial das secções cadastrais. A ligação referida consistirá essencialmente em processos de link ou join entre tabelas maioritariamente gráficas e tabelas maioritariamente alfanuméricas. A ligação gráfica/alfanumérica terá como unidade base de trabalho a freguesia. A validade e coerência da informação será verificada. Será efectuado o carregamento das áreas calculadas. O tem previsto para esta actividade é de 10 dias, considerando um universo de 1580 secções cadastrais. Bloco I Controlo de Qualidade Final 7

O controlo de qualidade final abrange as actividades descritas anteriormente, visando entre outros: precisão da informação gráfica, integridade da informação alfanumérica/gráfica, ligação da informação gráfica/alfanumérica, correcção na determinação de áreas por comparação das áreas calculadas com as áreas introduzidas a partir das fichas cadastrais. Desta comparação resultará uma listagem de anomalias significativas e a correcção de erros grosseiros. Bloco J Aplicação para Visualização e Consulta da Informação Cadastral Construção de Aplicação simplificada que permita a visualização da informação cadastral e a pesquisa da mesma baseada em diversos critérios. Esta aplicação será desenvolvida principalmente ao nível da configuração de interfaces de diálogo que torne intuitiva a forma de consultar a informação cadastral básica. Esta aplicação poderá mais tarde, em outras fases do processo, vir a ser complementada com funcionalidades dedicadas a fluxos de edição e manutenção de dados do cadastro, pelo que será desenvolvida de modo a permitir essa evolução, que agora não é objectivo desta aplicação. Será elaborado um Guia de Utilização desta Aplicação. Bloco K Aplicação para Obtenção de Saídas Gráficas e Relatórios Padrão Será então construída uma aplicação que permitirá a criação de diversas saídas gráficas previamente configuradas sobre localização de prédios ou outros elementos cadastrais; obtenção de relatórios préformatados e de Fichas Cadastrais. Esta aplicação agora desenvolvida, poderá ser posteriormente complementada com um conjunto mais alargado de relatórios e saídas gráficas padrão, orientados para as actividades de edição e manutenção do cadastro. Nesta fase ela contemplará um conjunto básico de funcionalidades e templates adequados à fase 1 indicada no início deste documento. Será elaborado um Guia de Utilização desta Aplicação. Bloco L Formação A formação dos técnicos da DRGC a envolver nos vários momentos de execução deste projecto e na subsequente fase de manutenção e operacionalidade do sistema, deve ser pensada de modo a dar resposta às necessidades de vários tipos de utilizadores, de funções e de fases de evolução do projecto. Assim, quanto à formação, ela poderá ser orientada para a aprendizagem dos produtos usados, para a aprendizagem dos fluxos de trabalho implementados, para a aprendizagem de consultas esporádicas ou para a administração do sistema. Quanto aos perfis de formando em relação à forma de interacção com o sistema, deverão ser considerados principalmente os seguintes: gestores do sistema do ponto de vista informático, administradores do sistema do ponto de vista da informação e operacionalidade cadastral, técnicos utilizadores do sistema, técnicos operadores e pessoas que consultam esporadicamente a informação do Sistema de Informação Cadastral construído no âmbito deste projecto. A formação a realizar, será sempre na forma de formação dedicada aos técnicos da DRGC, tanto 8

quando orientada para produtos como quando orientada para fluxos de utilização. ANEXO MODELO DE ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE CONVERSÃO PARA O FORMATO DIGITAL DA INFORMAÇÃO RELATIVA AO CADASTRO GEOMÉTRICO DA PROPRIEDADE RÚSTICA. 1 - DEFINIÇÃO DO TRABALHO Estas especificações técnicas respeitam à conversão para o formato digital da informação relativa ao cadastro rústico da Região Autónoma da Madeira (RAM). 2 - CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO 2.1 - ESCALA DAS SECÇÕES CADASTRAIS A escala das secções é de 1/500,1/1000;.1/2000; 1/5000 2.2 - ÁREA A DIGITALIZAR A área a digitalizar é cerca de 700 hectares. 2.3 - TRABALHOS A EXECUTAR 2.3.1 - Aquisição em modo numérico vectorial da informação planimétrica cartográfica/cadastral pelo método seguinte: - vectorização dos ficheiros matriciais contínuos das secções - transformação da informação gráfica de sistema de coordenadas locais para sistema de coordenadas UTM. 2.3.2 Numerização da informação alfanumérica correspondente a cada uma das secções a partir das respectivas fichas de prédio. 2.4 - CADASTRO PREDIAL EM SUPORTE ANALÓGICO E DIGITAL O produto final deverá ser apresentado do seguinte modo: - Gráfico da zona na escala 1:10 000 com a representação das secções correspondentes aos trabalhos objecto de cada entrega. - Informação cadastral descritiva por secção em ficheiros alfanuméricos, conforme especificado na cláusula 13. - Listagens dos ficheiros alfanuméricos conforme especificado na cláusula 14. 9

- Informação cadastral cartográfica por secção, em ficheiros gráficos formato IGDS- DGN, conforme especificado na cláusula 13. - Saídas gráficas conforme especificado na cláusula 14. 3 - ELEMENTOS A FORNECER PELA DRGC 3.1 - Para a execução do trabalho a DRGC fornecerá os elementos seguintes: - Gráfico da zona onde será executada a numerização; - Gráfico de ligação de secções; - Ficheiros matriciais contínuos a cores; - Listas de coordenadas ou ficheiros dos vértices geodésicos; - Lista com os códigos administrativos (DICOFRE) das freguesias da zona de trabalho; - Bibliotecas de células e de fontes, ficheiro semente e tabelas de cores a usar nos ficheiros gráficos; - Um ficheiro em formato DGN, denominado EXEMPLO.DGN, elucidativo da colocação dos identificadores (sem códigos de elementos); - Um ficheiro em formato DGN, denominado EX-CODI.DGN, exemplificando a informação codificada; - Secções cadastrais das zonas limítrofes do trabalho ; - Serviços de transformação de coordenadas. 3.2 A DRGC para os efeitos necessários ao desenvolvimento do trabalho, possibilita a consulta das matrizes originais das secções. 4 - ELEMENTOS A ENTREGAR PELA ENTIDADE CONTRATADA 4.1 - Listagens da informação cadastral descritiva respeitante a cada secção. 4.2 - Informação cadastral descritiva em ficheiros alfanuméricos organizados por secção. 4.3 - Informação cadastral cartográfica, por secção, em ficheiros gráficos. 4.4 - Saídas gráficas, em película transparente, dos ficheiros gráficos. 4.5 Quadro comparativo, em Microsoft Excel e por secção, entre as áreas dos prédios calculadas e as constantes das fichas de prédio. 4.6 - Todos os elementos fornecidos pela DRGC e quaisquer outros que tenham sido utilizados 10

na preparação dos trabalhos. 5 - MEIOS HUMANOS E TÉCNICOS 5.1 - A entidade contratada deve empregar no projecto, pessoal experiente nas diferentes tarefas a executar e deve usar técnicas, equipamentos e materiais que sejam capazes de garantir as precisões e requisitos especificados para o produto final. 5.2 A DRGC poderá inspeccionar directa ou indirectamente o trabalho em curso em qualquer altura e pode exigir relatórios escritos sobre as técnicas, equipamentos e pessoal empregues no projecto, em particular poderão ser exigidos certificados de aferição dos equipamentos de medida. 6 - REFERENCIAÇÃO DO LEVANTAMENTO 6.1 Secções cadastrais em formato analógico: sistemas de re ferência: - Local sistema de coordenadas: - Local 6.2 Secções cadastrais em formato digital: sistemas de re ferência: - Local sistema de coordenadas: - Local e UTM 7 METODOLOGIAS, PRECISÕES E TOLERÂNCIAS 7.1 Os objectos não poderão ter um erro de posicionamento, relativamente ao correspondente objecto contido no respectivo ficheiro matricial contínuo já rectificado e geo-referenciado, superior a metade da espessura da linha ou ponto que os define, com excepção dos vértices geodésicos e da cercadura que deverão ser implantados pelas respectivas coordenadas. 7.2 A precisão da informação planimétrica resultante do processo de digitalização deverá ser de σ = ± 0.36 mm 7.3. A vectorização deverá ser feita de acordo com a codificação e características gráficas do IGP 8 - CONTEÚDO DA INFORMAÇÃO 8.1 - A INFORMAÇÃO ALFANUMÉRICA É CONSTITUÍDA POR: - Código de Distrito, Concelho e Freguesia (DICOFRE). - Nomenclatura da secção cadastral. - Data (data do termo da informatização). - Tipo de suporte cartográfico. 11

- Número do prédio. - Nome do prédio. - Endereço do prédio (local do ). - Área do prédio em hectares com aproximação ao metro quadrado (medida). - Área do prédio em hectares com aproximação ao metro quadrado (constante da ficha de prédio). - Área social do prédio (medida). - Área social do prédio (constante da ficha de prédio). - Áreas sociais da secção (medidas). - Área de cada uma das construções (medida). - Nome do proprietário e/ou seu representante. - Morada (Lugar ou Rua, Nº de polícia, Localidade e Código postal). 8.2 - A INFORMAÇÃO GRÁFICA É CONSTITUÍDA POR: - Marcos geodésicos e de triangulação cadastral com os respectivos textos identificadores. - Limites administrativos (Distrito, Concelho e Freguesia). - Marcos de freguesia/concelho. - Estremas dos prédios. - Marcos de propriedade. - Números dos prédios, das áreas sociais e das construções. - Identificadores auxiliares das áreas sociais e das construções. - Parcelas representativas de áreas sociais e serventias de passagem (caminhos). - Construções definidas pelos seus limites. - Representação dos limites de leitos de curso de água. - Representação dos limites de secção. - Nomes de capitais de distrito - sedes de concelho - sedes de freguesia - cidades - Toponímia < - vilas - lugares - ruas rios - dos cursos de água < ribeiras - dos lagos, canais - Designações oficiais das vias de comunicação (AE, IP, IC, EN, EM, CM) com os respectivos números de identificação. - Coordenadas (M,P) do canto sudoeste de cada secção. - Quadrícula. - Informação marginal. 12

8.3 - RECOLHA DA TOPONÍMIA Durante a digitalização/edição deverá ser recolhida a toponímia indicada em 8.2 a incluir no ficheiro *. TOP. Os topónimos deverão ser representados nas reproduções da cartografia digital a preto e centrados relativamente às zonas ou aos pormenores topográficos que identificam, de acordo com as convenções gráficas do IGP Devem estar ortográficamente correctos em língua portuguesa e deve haver uma correspondência exacta entre os topónimos representados nos ficheiros gráficos e os registados nos ficheiros alfanuméricos. 9 - NOMENCLATURA DAS SECÇÕES E NUMERAÇÃO DOS PRÉDIOS 9.1 - DEFINIÇÃO E NOMENCLATURA DAS SECÇÕES CADASTRAIS As secções cadastrais são plantas topográfico-cadastrais, sem referências altimétricas, que abrangem conjuntos de prédios representados sem seccionamento. Estes conjuntos estão, sempre que possível, implantados numa folha com a área útil de 60 x 80 cm. A nomenclatura é a de uma sequência numérica ou alfabética dentro de uma freguesia. No caso dos ficheiros digitais a nomenclatura será a seguinte: Freguesia_designação da secção.cad Freguesia_designação da secção.top 9.2 - NUMERAÇÃO DOS PRÉDIOS, PARCELAS, ÁREAS SOCIAIS E CONSTRUÇÕES Dentro de cada secção deverá ser respeitada a numeração dos prédios já existente. As áreas sociais da folha serão designadas pelo símbolo S precedido da numeração sequencial com início em 1, sem supressões ou repetições em cada folha. Exemplo: 3 S designa a área social com o número 3 numa dada folha. (No ficheiro DGN o símbolo S está no nível 61 e o número 3 no nível 10) Estas áreas, de uma forma geral, não se encontram totalmente definidas nas secções, devendo proceder-se à sua completa definição em cada uma das secções. As parcelas de área social do prédio serão designadas pelo símbolo SP, precedido pelo número de ordem de cada parcela e seguido pelo número do prédio onde se situam. Exemplo: 1 SP15 designa a parcela 1 do prédio 15. (No ficheiro gráfico DGN o símbolo SP15 está no nível 61 e o número de ordem no nível 2) As construções serão numeradas em cada prédio de modo sequencial com início em 1, sem supressões ou repetições (o número deverá ser representado no centro da construção). 13

As parcelas de leito de curso de água, LCA, não terão qualquer designação nos ficheiro gráficos. Na colocação dos identificadores deverá ser aplicado o seguinte: - Quando o identificador tiver dimensões superiores à área a identificar deverá a sua altura ser reduzida para TX=0.1 e continuar a ser posicionado no centro da área, colocando-se um elemento place note (tipo 33 e nível 61), conforme exemplificado no ficheiro EXEMPLO.DGN. - Nas áreas sociais do prédio e nas construções deverão ser colocados identi-ficadores auxiliares com a seguinte forma: área social do prédio XXXSPXXXX construções XXXCTXXXX XXX é o nº de ordem XXXX é o nº do prédio onde a área social ou a construção se situam O posicionamento e características destes elementos estão indicados no ficheiro EXEMPLO.DGN. 10 - REPRESENTAÇÃO PLANIMÉTRICA 10.1 - PRECISÃO PLANIMÉTRICA NAS SAÍDAS GRÁFICAS A quadrícula das saídas gráficas em película poliester transparente deve ser representada com erro máximo de 0,3 mm. Desde que as condições de armazenamento deste material sejam de cerca de 20 graus centígrados e 50% de humidade relativa, as películas devem manter as suas dimensões dentro de + ou - 0,3 mm de deformação por metro. 11 - MEDIÇÃO DE ÁREAS 11.1 - As áreas prediais, sociais e das construções deverão ser medidas a partir das coordenadas dos ficheiros gráficos definitivos depois de corrigidos, de todos os defeitos próprios da digitalização. 11.2 - No campo respeitante à área social deve figurar a área obtida pela soma das áreas das parcelas de área social situadas no interior do prédio, com aproximação ao metro quadrado. 11.3 - A área social da folha será medida e compreenderá a soma das áreas sociais de toda a folha, que forem designadas com identificadores tipo 1S, 2S,..., ns. 11.4 - Serão também medidas as áreas das construções. 12 - APRESENTAÇÃO DAS SECÇÕES 12.1 - DIMENSÕES DAS SECÇÕES CADASTRAIS 14

As dimensões exteriores, mais usuais, das folhas de suporte das secções cadastrais serão de 90 cm x 70 cm. A superfície útil das folhas será rectangular de dimensões 80 cm (em M) por 60 cm (em P). Poderão existir folhas cadastrais constituídas por mais do que uma folha de suporte com as dimensões referidas. Neste caso em que a folha cadastral tem dimensões superiores à superfície útil de 80 x 60 cm será, apenas para as saídas gráficas, dividida utilizando o elemento DIVISÃO DE FOLHA, devendo ser colocado junto à nomenclatura da folha o respectivo índice, (1) na primeira folha, (2) na segunda folha, etc. 12.2 - QUADRÍCULA As folhas ou ficheiros gráficos deverão conter quadrícula representada, em intervalos de 10 centímetros, por cruzes formadas pela intersecção a meio de segmentos de 1 centímetro, orientados segundo as linhas norte-sul e este-oeste. 12.3 - INFORMAÇÃO MARGINAL A informação marginal conterá os elementos seguintes: - Designação : - RAM, Região Autónoma da Madeira, - SRES, Secretaria Regional do Equipamento Social e Transportes, - DRGC, Direcção Regional de Geografia e Cadastro - Designações dos Distritos ou Regiões Autónomas, Concelhos e Freguesias; - Escala numérica; - Ano e mês da digitalização; - Número de prédios; - Área dos prédios e área social da folha; - Nomenclatura da secção; 13 - INFORMAÇÃO DIGITAL A informação digital será fornecida sem qualquer falha ou redundância entre ficheiros e com formato e estrutura por forma a ser integrada num sistema de informação. Em complemento poderá ser proposta pela DRGC a entrega em formato suportado (ou proprietário) por um sistema de informação. Cada ficheiro de dados deverá corresponder a uma folha cadastral e deverá existir uma perfeita ligação entre os dados contidos nos ficheiros correspondentes a folhas adjacentes. Antes da entrega dos ficheiros provisórios deverá ser fornecida, no formato estabelecido, uma amostra representativa dos dados digitais, que será testada e devolvida com correcções, duas semanas após a entrega. 13.1 - FORMATO E ESTRUTURA DA INFORMAÇÃO CADASTRAL DESCRITIVA No fornecimento da informação cadastral descritiva deverá observar-se que: 15

Os dados deverão ser entregues em formato Access ou tabelas Oracle. A informação alfanumérica é registada em maiúsculas. 13.2 - FORMATO E ESTRUTURA DA INFORMAÇÃO CADASTRAL CARTOGRÁFICA A informação cadastral gráfica será entregue em formato IGDS (DGN), em ficheiros 2 D com unidades principais designadas por metro (mt), cada unidade principal com 100 subunidades designadas por centímetro (cm) e cada subunidade com uma posição unitária de 1 cm. Para cada folha existirão dois ficheiros com as designações seguintes: Freguesia_designação da secção.cad Freguesia_designação da secção.top em que Freguesia_designação da secção representa a nomenclatura da folha. O ficheiro Freguesia_designação da secção.cad será o ficheiro relativo à informação cadastral com excepção da toponímia. O ficheiro Freguesia_designação da secção.top é o ficheiro relativo à toponímia. A estrutura dos elementos dos ficheiros e as características métricas a utilizar seguirão as especificações do IGP. 13.3 - TRATAMENTO E EDIÇÃO DA INFORMAÇÃO GRÁFICA Atendendo a que a informação cadastral gráfica deverá ser integrada num sistema de informação, os dados digitais que forem obtidos por digitalização deverão ser submetidos a processos de verificação e correcção de falhas, lacunas e sobreposições. No tratamento dos ficheiros de informação gráfica deverão ser testadas todas as intersecções, criados ou eliminados os nós necessários, apagadas as linhas duplicadas e/ou de comprimento zero e os arcos que não tenham ligação, de forma a criar a rede de polígonos indispensável à definição dos prédios, parcelas e construções como entidades de superfície. Nas operações anteriores deverão ser consideradas as aproximações e tolerâncias seguintes: Precisão das coordenadas digitalizadas -------------------- 0,01 metros Distância para a execução do teste de intersecção ------- 0,2 metros Distância para a eliminação/selecção de nós -------------- 0,2 metros Em troços sem intersecções intermédias só devem ser criados os nós inicial ou final que os definem isto é, não se admitem nós supérfluos. O mesmo é válido para os vértices que definem os segmentos de um troço, não se admitindo vértices supérfluos. 16

Todas as intersecções entre entidades cartográficas do tipo linear, com perímetros de unidades superficiais, dão origem a nós e por consequência geram troços. Todos os marcos de propriedade deverão fazer parte dos ficheiros, não podendo ser eliminados na fase de tratamento da informação. 14 - LISTAGENS E SAÍDAS GRÁFICAS 14.1 LISTAGENS As listagens dos ficheiros alfanuméricos deverão ser executadas segundo o modelo do IGP. 14.2 - SAÍDAS GRÁFICAS As secções cadastrais serão representadas nas saídas gráficas na cor preta, usando a simbologia do IGP e em suporte de película poliester transparente com a espessura de 0,05 mm (0,002 polegadas). 14.3 - SUPORTES DA INFORMAÇÃO Os ficheiros serão todos entregues no mesmo tipo de suporte, devendo ser usado o seguinte: - CD-ROM com 5,25 polegadas. 15 - CONTROLO DE QUALIDADE E FISCALIZAÇÃO 15.1 - ASPECTOS A AVALIAR Na verificação da qualidade da informação serão analisados os aspectos: - Precisão planimétrica da informação gráfica - Integridade da informação alfanumérica - Precisão na determinação de áreas - Integridade e estruturação da informação digital - Ligação entre ficheiros adjacentes - Qualidade de desenho das saídas gráficas 15.2 - CRITÉRIOS DE VERIFICAÇÃO/FISCALIZAÇÃO 1 - Quando confrontados os ficheiros gráficos com os resultados da amostragem, todos os marcos, pontos de estrema dos prédios, bem como os restantes pormenores, exceptuando os vértices geodésicos e a quadrícula, deverão estar implantados com erro médio quadrático definido no ponto 7 e apresentarem uma distribuição normal, não sendo admissíveis erros superiores a 0.6 mm em mais de 10%. 17

2-95% do conteúdo das listagens da informação alfanumérica principal deverá ter sido recolhida e estar correcta, devendo haver uma correspondência exacta entre os ficheiros gráficos e alfanuméricos respectivos. 3 - As áreas prediais calculadas pela entidade contratada deverão corresponder exactamente aos polígonos representados nas saídas gráficas. 4-100% da informação dos ficheiros de informação digital deverá estar de acordo com a estruturação e os atributos definidos no Caderno de Encargos. 5 - As saídas gráficas deverão estar totalmente de acordo com o que está definido no Caderno de Encargos. 6 - Os ficheiros ou folhas que embora contenham erros, satisfaçam as condições referidas em 1, 2, 3, 4 e 5 deverão ser corrigidos pela DRGC, sendo o trabalho aceite na generalidade. Os ficheiros ou folhas que não satisfaçam as condições referidas em 1, 2, 3, 4 e 5 serão considerados defeituosos e serão devolvidos para correcção. 7 - Se mais de 20% das folhas da amostra escolhida não estiverem dentro de quaisquer dos parâmetros estipulados em 1, 2, 3, 4 e 5 o trabalho deverá ser totalmente devolvido para correcção. 8 Corrigidas todas as folhas defeituosas e entregues todos os elementos, se não forem detectadas mais folhas defeituosas proceder-se-á à aceitação provisória do trabalho. 18