UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS- RIO CLARO

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Transcrição:

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS- RIO CLARO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA EFICIÊNCIA DOS INGREDIENTES ATIVOS TEFLUBENZURON E FLUFENOXURON PARA CONTROLE DO CUPIM SUBTERRÂNEO Coptotermes gestroi (Isoptera: Rhinotermitidae) Gabriele Luciana Saqui Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana. 2013

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS- RIO CLARO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA EFICIÊNCIA DOS INGREDIENTES ATIVOS TEFLUBENZURON E FLUFENOXURON PARA CONTROLE DO CUPIM SUBTERRÂNEO Coptotermes gestroi (Isoptera: Rhinotermitidae) Gabriele Luciana Saqui Orientadora: Fabiana E. Casarin dos Santos Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana. 2013

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 01 2. MATERIAIS E MÉTODOS... 05 2.1 Coleta de Cupins... 05 2.2 Ingredientes Ativos... 06 2.3 Preparo de soluções com ingredientes ativos... 07 2.4 Bioensaio de alimentação forçada... 08 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 09 4. CONCLUSÃO... 17 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 18

1 RESUMO Nas grandes cidades, os cupins são considerados uma das pragas urbanas mais severas, sendo responsáveis pelo ataque a madeiras estruturais e mobiliários. O cupim subterrâneo Coptotermes gestroi (Isoptera: Rhinotermitidae) é a principal espécie praga em áreas urbanas, na região sudeste. Segundo o Instituto de Pesquisa Tecnológico IPT, o custo envolvido no controle de cupins subterrâneos somente na cidade de São Paulo foi de R$ 7,9 milhões. Devido ao uso intensivo de inseticidas aplicado ao solo, os quais funcionam como uma barreira que apenas impede que os cupins forrageiros alcancem a residência, mas não elimina a colônia, a busca por métodos alternativos de controle tornou-se uma necessidade. O sistema de controle com iscas tem sido promovido como um método desejável de controle para cupins, por ser considerado ambientalmente correto, uma vez que utiliza uma quantidade muito pequena de inseticida. Adicionalmente, o mercado brasileiro é extremamente carente de produtos eficientes para as espécies pragas encontradas aqui. Deste modo, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a eficiência de dois reguladores de crescimento, Flufenoxuron e Teflubenzuron para o controle de cupins subterrâneos. Para tanto, foram realizados testes laboratoriais com diferentes concentrações, com ambos os ingredientes ativos, em busca da concentração efetiva contra C. gestroi. Para o ingrediente ativo teflubenzuron as concentrações 100, 1.000 e 10.000 ppm mostraram resultados satisfatórios no controle de cupins da espécie avaliada, contudo, concentrações entre 1.000 e 10.000 ppm poderão ser testadas, para encontrar a melhor relação mortalidade versus consumo. Para o ingrediente ativo flufenoxuron, as concentrações 10 e 25 ppm mostraram-se adequadas para utilização em iscas de controle. Contudo, mais estudos devem ser realizados para obter a concentração ideal do produto a ser utilizada nas iscas em campo. Palavras-chave: controle de cupins, iscas, análogo de hormônio juvenil

11 1. INTRODUÇÃO A Ordem Isoptera engloba indivíduos conhecidos como cupins, térmitas ou térmites. Os cupins diferem dos outros insetos sociais por apresentarem castas de ambos os sexos e serem diplóides. Estes insetos possuem desenvolvimento hemimetábolo e os ínstares jovens participam do trabalho colonial (KRISHNA, 1969; COSTA-LEONARDO, 2002). A ordem Isoptera é composta por aproximadamente 2.882 espécies descritas que se distribuem em nove famílias: Archotermopsidae, Hodotermitidae, Stylotermitidae, Stolotermitidae, Mastotermitidae, Kalotermitidae, Rhinotermitidae, Serritermitidae e Termitidae (GRASSÉ, 1986; CONSTANTINO, 2013). No Brasil há aproximadamente 327 espécies identificadas e, embora os cupins sejam mais conhecidos pelo seu potencial como praga, apenas 28 dessas espécies são consideradas pragas urbanas e/ou rurais (CONSTANTINO, 2013). A sociedade dos cupins é formada por indivíduos especializados em diferentes funções, os quais compõem três castas na colônia: reprodutores, soldados e operários (KRISHNA, 1969). Nos cupins subterrâneos, a casta dos operários é a mais numerosa na colônia e é formada por indivíduos cegos, ápteros e estéreis. Esta casta é responsável pela coleta de alimento, cuidados com jovens e ovos, alimentação de outros membros da colônia e a construção de ninhos e túneis (COSTA-LEONARDO et al., 2007). A casta dos reprodutores ou alados, conhecidos popularmente como siriris ou aleluias, é composta por indivíduos jovens ou ninfas, os quais passam por um período de maturação na colônia até o período da revoada, quando saem em busca de seus pares. Esse processo reprodutivo tem inicio na primavera. Assim, logo após a revoada, o casal real irá procurar um local adequado para a fundação de uma nova colônia (CAMARGO-DIETRICH & COSTA- LEONARDO, 2003). O casal de reprodutores é responsável pela geração de novos indivíduos e pela multiplicação da colônia (COSTA-LEONARDO et al., 2007). A casta dos soldados, assim como dos operários, possuem indivíduos ápteros, estéreis e cegos. Esta casta pode ser facilmente diferenciada das demais, por apresentar cabeça pigmentada (COSTA-LEONARDO et al., 2007). Eles são responsáveis pela defesa do ninho e proteção dos operários durante o forrageamento. Nos cupins subterrâneos, os soldados são mandibulados e quando

21 perturbados, liberam pela fontanela (um orifício à frente da cabeça) uma volumosa secreção esbranquiçada e viscosa (COSTA-LEONARDO, 2002) que ajuda a repelir predadores. Com relação às pragas urbanas, o cupim subterrâneo Coptotermes gestroi (Rhinotermitidae) é a principal espécie praga responsável por danos econômicos na região sudeste do Brasil. C. gestroi, cujo a sinonímia inicial foi Coptotermes havilandi (KIRTON & BROWN, 2003), é uma espécie nativa do sudeste da Ásia e Indonésia que foi introduzida no Brasil, hoje presente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará, Bahia, Para, Teresina, Paraná e Santa Catarina (COSTA-LEONARDO, 2002; FERRAZ, 2000). Alguns estudos realizados anteriormente apontam que essa espécie tenha chegado às cidades costeiras no sudeste do Brasil via navio, sendo os registros de Rio de Janeiro em 1923 e Santos em 1934 (ARAUJO, 1958). Um dos principais problemas para o controle de C. gestroi é que esse cupim constrói ninhos policálicos, ou seja, do ninho principal, partem túneis que estão conectados a ninhos satélites ou subsidiários, onde podem ser encontrados reprodutores de substituição, além de operários e soldados (COSTA-LEONARDO, 2002). Durante uma inspeção são encontrados geralmente os ninhos satélites sendo estes eliminados, porém não eliminam o ninho central, podendo ocasionar assim uma rápida reinfestação. Esses ninhos podem ser subterrâneos ou aéreos, sendo encontrados em andares de edifícios, poços de ventilação, caixas de eletricidade, árvores ou em espaços subterrâneos de edifícios (EVANS et al., 2013 ZORZENON, 2004). Os cupins forrageiros constroem túneis que partem dos ninhos e percorrem uma infinidade de espaços e frestas nas construções, eles podem forragear a mais de 133 m de distância do ninho (ARAB et al, 2005). As infestações por C. gestroi também podem ocorrer longe do solo. Em 1995, foi publicado o registro de um ninho contendo uma rainha fisogástrica, no 20º andar de um edifício em São Paulo (POTENZA & ZORZENON, 1996). Tais colônias são formadas por meio das revoadas que dispersam reprodutores por grandes áreas na cidade. Entre os métodos de controle de cupins estão barreiras físicas e químicas, tratamento de madeira e controle através de iscas (COSTA-LEONARDO, 2002). A barreira física, método não usual no Brasil, impede que os cupins tenham acesso às edificações, por meio da utilização de materiais impenetráveis entre o solo e a construção (EWART, 2001). Contudo esse método tem recebido críticas, pois só

31 pode ser aplicado no início da construção e não impede que ocorram novas infestações via aérea durante a revoada (COSTA-LEONARDO et al., 2007). Já, a barreira química tem sido uma ferramenta importante no controle de cupins subterrâneos desde 1950. A aplicação de um termiticida no solo, por baixo de uma estrutura, cria uma barreira para excluir cupins e proteger as estruturas (SU & SCHEFFRAHN, 1988). Essa técnica têm sido uma das mais usadas em áreas urbanas com alta infestação de colônias de C. gestroi no estado de São Paulo (CASARIN, 2007). Apesar disso, a barreira química não impede que ocorram novas infestações por alados e, só é pertinente quando existe certeza que o lençol freático ou outro curso de água não será contaminado (COSTA-LEONARDO et al., 2007). O sistema de controle com iscas tem sido promovido como um método desejável de controle para cupins, por ser considerado ambientalmente correto, uma vez que utiliza uma quantidade muito pequena de inseticida. No entanto, para que o controle com iscas funcione, os cupins devem encontrar e consumir as iscas impregnadas com o ingrediente ativo e sobreviver durante um tempo suficiente para voltar ao ninho e transferir o alimento contaminado para toda a colônia. Um programa bem sucedido de iscagem pode levar até nove meses, sendo considerado um controle bem mais lento do que o fornecido por outros métodos (EVANS & GLEESON 2006). Por outro lado, a isca é ambientalmente correta, uma vez que após o período de controle, as iscas impregnadas com termiticida são retiradas e substituídas por um monitoramento com estacas, não ocorrendo contaminação do solo. Existem diversos modelos de iscas comerciais de controle e monitoramento de cupins contendo diferentes ingredientes ativos (COSTA-LEONARDO, 2002). Embora, não tenham sido desenvolvidas para as espécies de cupins praga que ocorrem no Brasil. E, atualmente, apenas uma única marca é eficiente para o controle de C. gestroi, a qual é adotada pelas empresas brasileiras. Esta possui como ingrediente ativo, o hexaflumuron, um regulador de crescimento de insetos (IGRs). Os IGRs têm ação gradual e cumulativa e por isso parecem ser adequados para serem incorporados em iscas utilizadas no controle de cupins. Esses ingredientes ativos apresentam distintos modos de ação e, por isso estão divididos em duas classes, os juvenóides (substâncias análogas ao hormônio juvenil) e os inibidores da síntese de quitina (SU & SCHEFFRAHN, 2000). Os juvenoides sao reguladores do crescimento dos insetos, isto e, mimetizam a ação do hormônio

41 juvenil em vários processos fisiológicos dos insetos, afetando a embriogenese (efeito ovicida), a metamorfose e a formação do adulto (MIURA et al., 2003). Em cupins, o hormonio juvenil e seus analogos sinteticos induzem a diferenciacao de operários em pre-soldados e intercastas (MIURA et al., 2003). Insetos expostos a inibidores de síntese de quitina, como os benzoilfenilureias e triazinaminas, nao são capazes de formar uma cutícula normal, por causa da incapacidade de sintetizar quitina. Esses produtos inibem a formação da quitina sintetase a partir de seu zimogeno, por meio da interferência em alguma protease responsável pela ativação da quitina sintetase (BRASIL, 2007) Assim, esse IGR provoca uma inibição expressiva da ecdise em cupins subterrâneos (SU & SCHEFFRAHN, 2000). Atualmente, existem 14 moléculas consideradas inibidores de síntese de quitina entre elas, bistrifluron, bupofrezin, chlorfluazuron, cyromazine, diflubenzuron, flucycloxuron, flufenoxuron, hexaflumuron, lufenuron, novaluron, noviluron, penfluron, teflubenzuron e triflumuron (WOOD, 2012). O IGR Flufenoxuron é uma aciluréia que atua no crescimento de insetos impedindo a deposição de quitina na cutícula do inseto (VALCKE; PALLASKE,1995). Mohamend (2002) testou diferentes concentrações de flufenoxuron para o cupim Reticulitermes santonensis (Rhinotermitidae) e, recomendou o produto como provável candidado ao controle desta espécie. JANEI et al., (2011) também realizou bioensaios prévios com o inibidor de síntese de quitina Flufenoxurone, considerou-o adequado para utilização em iscas de controle, embora tenham sugeridos novos testes para comprovar seu controle efetivo. O teflubenzuron é um ativo que atua de forma semelhante a outros IGRs, bloqueando a incorporação de quitina no exoesqueleto dos insetos. Este agroquímico é utilizado na aquicultura para o controle de ectoparasitas de peixes e classificado como pouco tóxico para a maioria dos vertebrados (WINKALER, 2008). Na agricultura, o teflubenzuron é muito eficiente no controle de lagartas nos primeiros ínstares (MARTINS et al., 2006). Embora, ainda não tenha sido testado para o controle de cupins. Diante disso, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a eficiência de dois reguladores de crescimento, Flufenoxuron e Teflubenzuron incorporados em iscas, para o controle do cupim subterrâneo Coptotermes gestroi.

51 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. Coleta de Cupins Para a realização dos ensaios em condições laboratoriais foram utilizados operários e soldados forrageiros de Coptotermes gestroi provenientes de uma colônia, localizadas na cidade de Santo Antônio de Posse, SP (22 36' 22''S, 46 55' 10''N). Os cupins foram coletados segundo metodologia modificada de Casarin et al., (2009), por meio de armadilhas confeccionadas com papelão corrugado de 4m de comprimento por 22 cm de largura (Figura 1A), enroladas e envolvidas por balde plástico. Essas armadilhas foram dispostas nos territórios de forrageamento da colônia (Figura 1B). A cada 20 dias, as armadilhas foram retiradas do campo e levadas para laboratório da Empresa Basf, sendo os cupins triados e, em seguida, utilizados nos bioensaios. A B FIGURA 01. A- armadilha de papelão corrugado de 4m de comprimento por 22 cm de largura enroladas. B- armadilhas de papelão corrugado dispostas em território de forrageamento da colônia.

61 2.2 Ingredientes Ativos Os ingredientes ativos que foram avaliados no presente trabalho, para controle da espécie Coptotermes gestroi, foram caracterizados com informações obtidas pelas monografias depositadas no BRASIL-MINISTÉRIOS DA SAÚDE (2012) e pela empresa BASF S.A. Nome comum: FLUFENOXUROM (flufenoxuron) Nome químico: 1-[4-(2-chloro-α,α,α-trifluoro-p-tolyloxy)-2-fluoro phenyl]-3-(2,6- difluorobenzoyl)urea Formula molecular: C21H11ClF6N2O3 Formula estrutural: Grupo Químico: Benzoiluréia Classificação toxicológicas: Classe IV Nome comum: TEFLUBENZUROM (teflubenzuron) Nome químico: 1-(3,5-dichloro-2,4-difluorophenyl)-3-(2,6-difluoro benzoyl)urea Formula molecular: C14H6Cl2F4N2O2 Formula estrutural: Grupo Químico: Benzoiluréia Classificação toxicológicas: Classe IV

71 2.3 Preparação de soluções com ingredientes ativos Os ingredientes ativos Teflubezuron e Flufenoxuron utilizados neste trabalho foram fornecidos pela empresa BASF S.A. Teflubezuron foi diluído em água em três concentrações padrões 100 (0,01%), 1.000 (0,1%) e 10.000 ppm (1%). Já o Flufenoxuron foi diluído em metanol e testado nas concentrações 10 e 25 ppm (Tabela 1), com base nos resultados prévios encontrados na literatura (JANEI et al., 2011). TABELA 1 Ingredientes ativos e seus respectivos solventes e concentrações que foram utilizadas nos testes de toxicidade de C. gestroi. Ingredientes ativos Teflubenzuron Flufenoxuron Solventes Água Metanol Concentrações padrão 100 ppm 1.000 ppm 10.000 ppm 10 ppm 25 ppm Para a impregnação do papelão corrugado (25cm²), foi utilizado um volume de solução suficiente para a imersão do mesmo durante 30 segundos, conforme metodologia de Casarin (2007). Os controles foram realizados com papelão corrugado imerso em água (Controle 1) e no solvente (Controle 2). Após a imersão, os papeis corrugados foram secos em capela por 24 horas para total evaporação do solvente (Figura 2) A B FIGURA 02 A- Papelão corrugado imerso em solução. B- Papelão corrugado (25cm²) secos em capela por 24 horas para evaporação do solvente.

81 2.4 Bioensaio de alimentação forçada Nesse teste foram utilizados dois recipientes plásticos de 250 ml conectados por meio de um cano plástico de 9 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro, onde foram colocado 1 grama de operários (aproximadamente 300 indivíduos) + 10 % de soldados. Um dos recipientes serviu para abrigar a população forrageira (Recipiente Ninho) e o outro recipiente para avaliar o consumo do papel filtro impregnado (Recipiente Alimentação). O recipiente ninho tinha uma matriz de 50 gramas de areia esterilizada e umedecida com 3 ml de água destilada. Já, o recipiente alimentação continha 35 gramas de areia esterilizada e umedecida com 3 ml de água destilada (Figura 3) (Metodologia modificada, Casarin et al. 2009). FIGURA 03. Recipientes ninho e alimentação utilizados no bioensaio. Para cada concentração dos ingredientes ativos testados foram realizados nove repetições e nove controles. Após 14, 21 e 28 dias três unidades experimentais de cada concentração foram avaliadas, juntamente com três controles. Os indivíduos sobreviventes e o papel consumido foram pesados. O bioensaio foi conduzido em sala ambiente à temperatura de 28ºC e 90% de umidade. Os dados de sobrevivência foram analisados pelo teste paramétrico Anova e o teste a posteriori Tukey com o nível de significância de 5%. Com relação aos dados de consumo foi aplicado o teste não paramétrico Kruskal-Wallis e o teste a posteriori Dunn s entre os controles água, solvente e todos os tratamentos. Todos os testes foram realizados utilizando o programa Statistica for Windows 6.0 (STATSOFT, INC. 2001).

91 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados de sobrevivência e consumo dos cupins subterrâneos Coptotermes gestroi, com relação ao ingrediente ativo teflubenzuron estão descritos a seguir. Como o solvente foi usado apenas água, o qual foi comparado aos demais tratamentos. De acordo com os resultados obtidos na primeira observação dos bioensaios, com 14 dias, não houve diferença estatística entre os valores de sobrevivência e consumo, com relação ao controle. No entanto, na concentração de 10.000 ppm, foi observado uma maior mortalidade quando comparado ao controle e as demais concentrações (Tabela 2, Figura 04; Anova, programa GLM; Tukey HSD, p > 0,05). Na segunda etapa de observações, após 21 dias, ocorreu uma maior mortalidade nos tratamentos quando comparado ao controle, com relação à sobrevivência dos forrageiros (Tabela 2, Figura 05; Anova, programa GLM; Tukey HSD, p > 0,05). Nas concentrações de 100 e 10.000 ppm, não houve diferença estatística em relação ao controle (p < 0,05), sendo 11,9% e 2,7%, respectivamente (Tabela 2, figura 05). No entanto, na concentração de 1.000 ppm, a sobrevivência dos cupins foi maior que o controle, não havendo diferença estatística (p > 0,05; Anova, programa GLM; Tukey HSD). Já, a porcentagem de consumo não foi estatisticamente diferente entre controle e tratamentos (Tabela 2, Figura 05; Kruskal Wallis U e Dunn s, p > 0,05). Na última etapa de observação, após 28 dias, ocorreu grande mortalidade em todas as concentrações testadas. A concentração de 100 ppm resultou em uma pequena sobrevivência de 13,8% (Tabela 2), sendo a relação de sobrevivência e consumo, a melhor entre as testadas, embora não tenha ocorrido diferença estatística quando comparado ao controle (Tabela 2, Figura 06; Consumo = Kruskal Wallis U e Dunn s, p > 0,05; Sobrevivência = Anova, programa GLM; Tukey HSD, p > 0,05 ). Já na concentração de 1.000 ppm, a sobrevivência foi de apenas 5,0%, embora o consumo tenha sido extremamente baixo (Tabela 2, Figura 06; Anova, programa GLM; Tukey HSD, p < 0,05). A concentração de 10.000 ppm obteve mortalidade total, embora o consumo também tenha sido próximo a zero (Tabela 2, Figura 06; Anova, programa GLM; Tukey HSD, p < 0,05; Consumo = Kruskal Wallis U e Dunn s, p > 0,05).

10 1 TABELA 2 - Porcentagens média* (± EP) de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 14, 21 e 28 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Tefluenzuron nas diferentes concentrações e controle. Concentração (ppm) 14 21 28 S a C b S a C b S a C b Controle 79,4 ± 6,1a 1,3±0,2a 54,6 ± 7,7a 0,8±0,1a 54,0 ± 6,0a 1,6±0,3a 100 73,4 ± 7,5a 1,9±0,5a 11,9 ±5,3a 9,6±0,8a 13,8 ± 1,3a 0,4±0,0a 1.000 85 ± 1,1a 3,2±0,2a 84 ± 0,3a 11,3±0,0a 5,0 ± 0,3b 0,0±0,0a 10.000 50,4 ± 8,8a 0,6±0,1a 2,7 ± 0,7a 0,0±0,0a 0,0 ± 0,0b 0,0±0,0a Porcentagem média* = 3 repetições por período (9 repetições no total); Letras diferentes comparadas com o controle: indicam diferenças significativas (b= p < 0,05; c = p < 0,01 em relação ao controle) S a = Sobrevivência (p < 0,05; Anova, programa GLM; Tukey HSD) e C b = Consumo (p < 0,05; Programa Kruskal- Wallis, a posteriori Dunn s. FIGURA 04 - Porcentagens média de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 14 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Teflubenzuron.

11 1 FIGURA 05 - Porcentagens média de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 21 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Teflubenzuron. FIGURA 06 - Porcentagens média de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 28 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Teflubenzuron. O ingrediente ativo teflubenzuron mostrou ser efetivo no controle de cupins subterrâneos da espécie C. gestroi, nas diferentes concentrações avaliadas. Contudo, concentrações entre 1.000 e 10.000 ppm devem ser testadas, para encontrar a melhor relação mortalidade versus consumo. Segundo COSTA- LEONARDO & THORNE (1995), a concentração ideal de um ingrediente ativo para utilização em iscas de controle, não deve influenciar a alimentação dos cupins,

12 garantindo assim que uma quantidade suficiente do ingrediente ativo seja ingerida e espalhada pelos indivíduos da colônia antes de sua efetiva ação inseticida. O teflubenzuron é utilizado no controle de diversos outros insetos, e muitos trabalhos já foram publicados provando sua efetividade. Segundo Martins et al (2006), teflubenzuron foi eficiente no controle de lagartas da espécie Spodoptera frugiperda (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) nos primeiros ínstares, demonstrando um poder residual acumulativo para lagartas. Estudos realizados por Sowa e Marks (1975) e Verloop e Ferell (1977) concluiram que a acumulação dos IGRs é restrita aos artrópodes, e que não ocorre uma bioacumulação na cadeia alimentar aquática ou terrestre. Para Silva et al (2011), o ativo teflubenzuron também apresentou resultados satisfatórios no controle da lagarta da maçã, Heliothis virenses (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) e para a lagarta curuquerê, Alabama argillacea (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE). Willians et al (1997), executou um trabalho em campo visando o controle de formigas da espécie Solenopsis invicta com o ingrediente ativo teflubenzuron em diferentes concentrações, e obteve reduções significativas no número de colônias tratadas quando comparada às colônias controles, nas concentrações de 0,01125%, 0,0225% e 0,045%, reduzindo em 75% as colônias após 6 semanas de tratamento Assim, pode-se concluir que o ingrediente ativo teflubenzuron pode ser efetivo para o controle do cupim subterrâneo C. gestroi. Contudo, mais estudos devem ser realizados para obter uma concentração ideal deste produto a ser utilizada nas iscas. Para o ingrediente ativo flufenoxuron foi necessário usar metanol como solvente, assim os resultados do controle 1 (água) e controle 2 (metanol) foram comparados entre si. Como não houve diferença estatística entre os controles (Consumo = Kruskal Wallis U e Dunn s, p > 0,05, Sobrevivência = Anova, programa GLM; Tukey HSD, p > 0,05), foi utilizado apenas o controle 2 (solvente metanol) para comparar os resultados de taxa de mortalidade e consumo com os demais tratamentos. Esses resultados indicam que o solvente não influenciou a taxa de mortalidade dos operários tratados com os diferentes ingredientes ativos. De acordo com os resultados obtidos na primeira observação dos bioensaios, com 14 dias, não houve diferença estatística entre os valores de sobrevivência e consumo, quando comparados ao controle (Tabela 3, Figura 07; Consumo = Kruskal

131 Wallis U e Dunn s, p > 0,05, Sobrevivência = Anova, programa GLM; Tukey HSD, p > 0,05). Após 21 dias, na segunda etapa de observações também não houve diferença estatística entre os valores de sobrevivência e consumo, com relação ao controle (Tabela 3, Figura 08; Consumo = Kruskal Wallis U e Dunn s, p > 0,05, Sobrevivência = Anova, programa GLM; Tukey HSD, p > 0,05). Contudo, a concentração de 25 ppm obteve uma sobrevivência de apenas 25,6%, o que demonstra uma redução na sobrevivência quando comparada aos demais tratamentos. Adicionalmente, o consumo do papelão, na concentração de 25 ppm foi maior que no controle solvente, o que demonstra que o produto foi atrativo para os cupins (Tabela 3, Figura 08; Kruskal Wallis U e Dunn s, p > 0,05). Na última etapa de observação, após 28 dias, as concentrações de 10 e 25 ppm apresentaram resultados de sobrevivência de 1,0% e 0,6% respectivamente e foram estatisticamente diferentes do controle, 43,3% (Tabela 3, Figura 09; Anova, programa GLM; Tukey HSD, p > 0,05). Para a análise de consumo não foi observado diferenças estatísticas em relação ao controle. Embora, na concentração de 25ppm ocorreu um consumo maior quando comparado aos controles água e solvente, o que indica que o produto não é deterrente, ou seja, os operários não perceberam o ingrediente ativo e não interromperam a alimentação, contudo, não houve diferença estatística (Tabela 3, Figura 09; Kruskal Wallis U e Dunn s, p > 0,05). TABELA 3 - Porcentagens média* (± EP) de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 14, 21 e 28 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Flufenoxuron nas diferentes concentrações e controle. Concentração (ppm) 14 21 28 S a C b S a C b S a C b Controle água 97,6 ± 1,0a 0,5±0,0a 77,9 ± 1,4a 0,3±0,2a 64,3 ± 1,3a 0,9±0,0a Controle metanol 89,1 ± 0,7a 0,3±0,3a 57,3 ± 1,6a 0,3±0,2a 43,3 ± 0,6a 0,3±0,2a 10 77,3 ± 2,8a 0,5±0,1a 55,8 ± 2,6a 0,7±0,2a 13,3 ± 1,1c 1,0±0,3a 25 76,7 ± 1,5a 0,3±0,2a 25,6 ± 6,7a 1,1±0,1a 4,0 ± 1,8c 0,6±0,3a Porcentagem média* = 3 repetições por período (9 repetições no total); Letras diferentes comparadas com o controle: indicam diferenças significativas (b= p < 0,05; c = p < 0,01 em relação ao controle) S a = Sobrevivência (p < 0,05; Anova, programa GLM; Tukey HSD) e C b = Consumo (p < 0,05; Programa Kruskal- Wallis, a posteriori Dunn s.

14 FIGURA 07 - Porcentagens média de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 14 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Flufenoxuron. FIGURA 08 - Porcentagens média de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 21 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Flufenoxuron.

15 1 FIGURA 09 - Porcentagens média de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 28 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Flufenoxuron. Segundo JANEI et al. (2011), não houve diferença significativa entre os controles água destilada, solvente e as diferentes concentrações de flufenoxuron utilizadas até o 20º dia, com relação a sobrevivência,. Os resultados corroboram com os apresentados neste trabalho, embora aos 21 dias, a sobrevivência na concentração de 25 ppm tenha sido de apenas 25,6%. Habibpour (2010) verificou diferentes concentrações (100, 500, 1.000 e 5.000 ppm) de flufenoxuron em ninfas e operários do cupim Microcerotermes diversus (Família: Termitidae) Os resultados mostraram claramente que o flufenoxuron possui uma ação lenta e efetiva com 100% de mortalidade após 28 dias, em operários de M. diversus, nas concentrações acima de 100 ppm. No presente estudo, a concentração de 25ppm causou 95% de mortalidade após 28 dias, dados que corroboram com outros estudos que também mostraram ação lenta de inibidores da síntese de quitina como Bistrifluron e hexaflumuron (Su e Scheffrahn 1993; Kubota et al. 2006). Segundo Ahmed & Fahan (2006), testes de tunelamento, com Microtermes obesi (Família: Termitidae), em concentrações maiores entre 500 e 1000 ppm, apresentaram repelência aos cupins que não forragearam no solo contaminado. No entanto, concentrações menores que 250 ppm não apresentaram repelência. MOHAMED (2002) avaliou operários de Reticulitermes santonensis alimentados com papéis de filtro tratados com diferentes concentrações de flufenoxuron. Os melhores resultados obtidos foram para as concentrações de 2, 10

161 e 20 ppm flufenoxuron, o que resultou em uma sobrevivência de de 55%, 48% e 35%, respectivamente, após 42 dias. No presente trabalho, o efeito de flufenoxuron para a espécie C. gestroi mostrou ter uma ação mais efetiva em um tempo menor, sendo obtido 13,3% e 4% de sobrevivência, após 28 dias, nas concentrações de 10 e 25 ppm, respectivamente.

217 1 4. CONCLUSÕES - O inibidor de síntese de quitina teflubenzuron reduziu a sobrevivência do cupim subterrâneo C. gestroi e, por isso mostra-se adequado para utilização em iscas de controle. Contudo, mais estudos devem ser realizados para obter uma concentração ideal deste produto a ser utilizada nas iscas. - Para o inibidor de síntese de quitina flufenoxuron, a concentração de 25 ppm foi efetiva contra o cupim subterrâneo C. gestroi, após 28 dias. O que demonstra ser uma concentração interessante para futuros testes de campo.

18 1 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AHMED, S.; FARHAN, M. Laboratory evaluation of chlorpyrifos, bifenthrin, imidacloprid, thiamethoxam and flufenoxuron against Microtermes obesi (Isoptera:Termitidae). Park. Entomol, vol. 28, n. 2, 2006. AHMED, S.; RIAZ, M. A.; HUSSAIN, A. Assessment of the Damaged and Population of Termites (Odontotermes & Unicolor) under Various Methods of Insecticide Application. Int. J. Agri. Biol., Vol. 9, No. 1, 2007 ALMEIDA, M.L.S. Seleção de substratos celulósicos atrativos para cupim arborícola Nasutitermes corniger (Isoptera:Termitidae). 2011. f.32 (Monografia submetida para obtenção de título de Licenciatura em Ciências Biológicas. Universidade Federal do Piauí -Campus Professora Cinobelina Elvas- Bom Jesus-PI, 2011. ARAUJO, R.L. Contribuição à biogeografia dos térmitas de São Paulo, Brasil (Insecta, Isoptera). Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v. 25, p. 185-217, 1958. Habibpour B. 2010. Laboratory evaluation of Flurox, a chitin synthesis inhibitor, on the termite, Microcerotermes diversus. Journal of Insect Science 10:2 available online: insectsicence.org/10.2 BRASIL. Ministério da Saúde. Toxicologia. Disponível em: www.anvisa.gov.br/alimentos/tox/index/html. Acesso: 05 jun, 2012. CAMARGO-DIETRICH, C.R.R.; COSTA-LEONARDO, A. M. População e território de forrageamento de uma colônia de Heterotermes tenuis (Hagen) (Isoptera, Rhinotermitidae). Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, v. 20, n. 3, p. 397-399, 2003. CASARIN, F. E. Seleção de ingredientes ativos para o controle do cupim subterrâneo Coptotermes gestroi (Isoptera:Rhinotermitidae). 2007. f. 164. Tese (Doutorado em ciências biológicas, Área de concentração: Zoologia). Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - Instituto de Biociências, Campus de Rio Claro, Rio Claro-SP, 2007.

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