ANEXO COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO CONSELHO EUROPEU E AO CONSELHO

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Transcrição:

COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 8.12.2016 COM(2016) 792 final ANNEX 1 ANEXO da COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO CONSELHO EUROPEU E AO CONSELHO Quarto relatório sobre os progressos realizados na aplicação da Declaração UE-Turquia PT PT

Plano de ação comum do Coordenador da UE para a aplicação de determinadas disposições da Declaração UE-Turquia Processamento dos pedidos de asilo em primeira instância 1. Aumentar o número de funcionários destacados responsáveis pela apreciação dos pedidos de asilo nas ilhas: O EASO deve aumentar o número de funcionários responsáveis por processos destacados pelos Estados-Membros para as ilhas e para Corinto, dos atuais 39 para 100 em meados de janeiro. O EASO deve aumentar o número de intérpretes, dos atuais 66 para 100 em meados de janeiro. Os Estados-Membros devem responder rapidamente aos novos pedidos de intérpretes e de funcionários responsáveis pelos processos de asilo. O serviço de asilo grego deve aumentar os seus efetivos presentes nas ilhas, dos atuais 65 para 100 em meados de janeiro. 2. Tratar os processos de reagrupamento familiar a título do Regulamento de Dublim: O serviço de asilo grego deve examinar, caso a caso e no pleno respeito do artigo 7.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, a aplicação do procedimento de inadmissibilidade nos termos dos artigo 55.º e 56.º da Lei n.º 4375/2016 (artigo 33.º da Diretiva 2013/32) aos processos de reagrupamento familiar a título de Dublim, com vista ao seu eventual regresso à Turquia, sob reserva de receber do EASO e dos Estados-Membros informações pertinentes que: a) proporcionem suficiente segurança jurídica quanto às possibilidades de reagrupamento familiar a partir de/na Turquia; e b) permitam proceder ao exame acima referido. As informações requeridas devem dizer respeito, nomeadamente, aos direitos ao reagrupamento familiar a partir da Turquia ou neste país ao abrigo da legislação nacional dos Estados-Membros, na medida em que não sejam abrangidos pela Diretiva Reagrupamento Familiar (caso de membros da família que tenham sido reconhecidos como beneficiários de proteção subsidiária por um Estado-Membro) e da legislação nacional da Turquia. As autoridades gregas devem adotar as disposições necessárias para que o artigo 60.º, n.º 4, alínea f), da Lei n.º 4375/2016 seja aplicável aos processos de reagrupamento familiar a título de Dublim. 3. Tratar os processos relativos a requerentes vulneráveis: O serviço de asilo grego deve examinar, caso a caso e no pleno respeito dos artigos 6.º e 7.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, a aplicação do procedimento de inadmissibilidade nos termos dos artigo 55.º e 56.º da Lei n.º 4375/2016 (artigo 33.º da Diretiva 2013/32) aos processos relativos a requentes vulneráveis, com vista ao seu eventual regresso à Turquia. As autoridades gregas devem analisar se o artigo 60.º, n.º 4, alínea f), da Lei n.º 4375/2016 pode ser aplicado aos requerentes vulneráveis nos termos do artigo 24.º, n.º 3, da Diretiva Procedimentos de Asilo. 2

O EASO deve prestar ao serviço de asilo grego todas as informações pertinentes sobre o tratamento das pessoas vulneráveis na Turquia, que lhe permitam proceder à referida análise. 4. Acelerar o ritmo das entrevistas e dos procedimentos de apreciação dos pedidos de asilo: O serviço de asilo grego, com o apoio do EASO, deve introduzir uma segmentação por categorias de processos, a fim de aumentar a velocidade e a qualidade (distinção, por exemplo, entre as novas chegadas e os processos pendentes; repartição por nacionalidades consoante a admissibilidade e o grau, elevado ou reduzido, de elegibilidade para o reconhecimento). O serviço de asilo grego, com o apoio do EASO, deve introduzir metodologias de entrevista e instrumentos de apoio à tomada de decisão, por exemplo orientações específicas por país de origem ou elementos textuais. O serviço de acolhimento e identificação grego, com o apoio do EASO, deve continuar a informar os migrantes sobre os respetivos direitos e obrigações, assim como sobre as opções de que dispõem, orientando-os para os procedimentos mais adequados, nomeadamente o procedimento de asilo, e assegurando o respetivo acompanhamento. As autoridades devem reforçar a aplicação coerciva das consequências da falta de colaboração no âmbito do processo de asilo, garantir que o paradeiro dos requerentes de asilo é conhecido enquanto o processo estiver pendente (incluindo através da possibilidade de recurso a centros fechados) e pôr termo ao procedimento de asilo em caso de não apresentação (retirada tácita). As autoridades gregas, com o apoio do EASO, devem reduzir o período de tempo entre a manifestação do interesse em requerer asilo e a apresentação efetiva do pedido de asilo, em conformidade com o artigo 6.º, n.º 2, da Diretiva Procedimentos de Asilo («o mais rapidamente possível»). 5. Manter e acelerar o procedimento de elegibilidade para os candidatos de países de origem com baixas taxas de reconhecimento. Com o apoio do EASO, o serviço de asilo grego deve manter e acelerar, sempre que possível, o processo de elegibilidade dos candidatos. Melhorar a coordenação, a gestão, a segurança e a proteção nas ilhas 6. Melhorar a segurança e o dispositivo de segurança nas ilhas: Com o apoio financeiro da Guarda de Fronteiras e Costeira Europeia, a polícia grega deve aumentar a presença, 24 horas por dia e 7 dias por semana, de agentes policiais nos centros de acolhimento e identificação, em função das circunstâncias. Com o apoio da polícia grega, o serviço de acolhimento e identificação deve intensificar os controlos nos centros de acolhimento e identificação e as patrulhas efetuadas nas instalações de acolhimento dos centros de registo. A polícia grega deve intensificar os controlos efetuados nos centros de detenção. Em cooperação com o serviço de acolhimento e identificação, a polícia grega deve conceber e ensaiar planos de segurança e evacuação, com a participação de todos os elementos presentes nos centros de registo, nomeadamente os organismos da UE. Com o apoio da polícia grega, o serviço de acolhimento e identificação deve aumentar a segurança das infraestruturas (vedação exterior, separação por nacionalidade, etc.), a 3

fim de facilitar a manutenção da ordem pública e garantir o pleno controlo das pessoas e bens presentes no interior dos campos. As autoridades gregas devem continuar a disponibilizar espaços seguros para os grupos mais vulneráveis, nomeadamente os menores não acompanhados, bem como nomear agentes de proteção das crianças. As autoridades gregas, juntamente a Guarda de Fronteiras e Costeira Europeia, devem explorar formas de alargar o apoio por esta prestado no âmbito das respetivas atribuições. 7. Nomear os coordenadores permanentes dos centros de registo: As autoridades gregas devem nomear os coordenadores permanentes dos centros de registo, que deverão assumir funções o mais rapidamente possível (o mais tardar até meados de dezembro de 2016), a fim de assegurar a coordenação global e a gestão dos centros de registo. As autoridades gregas devem adotar o mais rapidamente possível (o mais tardar até meados de janeiro de 2017) procedimentos operacionais normalizados para os centros de registo. Processamento dos pedidos de asilo em segunda instância 8. Aumentar o número de comités de recurso: As autoridades gregas devem aumentar o número de comités de recurso, de 6 para 13, até ao final de dezembro de 2016, e para 20, em fevereiro de 2017. 9. Aumentar o número de decisões proferidas pelos comités de recurso: Sem prejuízo da sua independência, os comités de recurso devem aumentar o número de decisões proferidas mediante: a) o recurso a apoio jurídico na redação das decisões, b) a especialização dos comités e c) a exploração da possibilidade de os membros dos comités exercerem a tempo inteiro. As autoridades gregas devem adotar o mais rapidamente possível as disposições jurídicas necessárias. Diminuição das instâncias de recurso no âmbito do procedimento de asilo 10. As autoridades gregas devem explorar a possibilidade de reduzir o número de instâncias de recurso no âmbito do procedimento de asilo, dentro do pleno respeito da Constituição grega e do artigo 46.º da Diretiva 2013/32. Garantia da eficácia das operações de regresso à Turquia e aos países de origem 11. Manter os destacamentos da Guarda de Fronteiras e Costeira Europeia aos níveis necessários: Os Estados-Membros e a Guarda de Fronteiras e Costeira Europeia devem responder rapidamente aos pedidos de novos destacamentos e de meios de transporte que se mostrem necessários em virtude do aumento do número de operações de regresso e do número de pessoas repatriadas. As autoridades gregas devem fornecer uma avaliação exata das necessidades em termos de transporte, logo que as circunstâncias o permitam. 4

As autoridades gregas, juntamente com a Guarda de Fronteiras e Costeira Europeia, devem explorar formas de alargar o apoio por esta prestado no âmbito das respetivas atribuições. 12. Reduzir os riscos de fuga: Enquanto prioridade imediata, as autoridades gregas devem manter um sistema claro e rigoroso de registo e acompanhamento (incluindo, nomeadamente, o paradeiro exato e os procedimentos em curso) de todos os migrantes em situação irregular presentes nos centros de acolhimento e de detenção, de modo a facilitar o planeamento e a execução dos procedimentos de regresso. As autoridades gregas, com o apoio financeiro e técnico da UE, devem criar um sistema eletrónico de acompanhamento dos processos individuais que possa ser consultado por todas as autoridades interessadas. As autoridades gregas devem continuar a velar ativamente pelo cumprimento das restrições de caráter geográfico impostas aos migrantes presentes nas ilhas, eventualmente com a ajuda da Guarda de Fronteiras e Costeira Europeia. 13. Reforçar os programas de regresso voluntário e de reintegração assistidos nas ilhas. A OIM deve, com o apoio da UE, intensificar as campanhas de promoção dos programas de regresso voluntário e de reintegração assistidos junto dos migrantes, numa fase tão precoce quanto possível. As autoridades gregas devem eliminar os obstáculos administrativos de modo a permitir um regresso rápido e voluntário a partir das ilhas (em especial no caso de pedidos de regresso voluntário à Turquia). A Grécia deve utilizar plenamente o apoio financeiro e as possibilidades de assistência técnica dos programas em matéria de regresso financiados pela UE, em função das circunstâncias. 14. Emitir as decisões de regresso numa fase precoce do processo: A polícia grega deve emitir a decisão de regresso no momento em que for notificada a decisão negativa em matéria de asilo proferida em primeira instância, sob reserva de essa decisão só produzir efeitos a partir do momento em que o processo de asilo tiver sido concluído e o requerente já não tiver direito a permanecer na Grécia. 15. Intensificar a cooperação prestada pela UE em matéria de regresso: A Grécia, a Comissão, a Guarda de Fronteiras e Costeira Europeia e os programas da UE em matéria de regresso devem cooperar ativamente para aumentar o número de regressos não voluntários para os países de origem. A Grécia deve criar um espaço de trabalho nacional no âmbito da aplicação de gestão integrada dos regressos (IRMA). A Comissão e os Estados-Membros devem continuar a prestar apoio diplomático para facilitar os regressos efetivos aos países de origem, nomeadamente o Paquistão, o Bangladeche e os países do Magrebe. 16. Tirar pleno partido das disposições dos acordos de readmissão em vigor: Com o apoio ativo da Comissão e dos Estados-Membros, a Grécia deve intensificar os esforços envidados em matéria de readmissão no âmbito dos acordos de readmissão já celebrados e de outros regimes semelhantes, tendo em vista o regresso de migrantes 5

em situação irregular, nomeadamente ao Paquistão (acordo de readmissão) e ao Afeganistão («Caminho Conjunto»). A Guarda de Fronteiras e Costeira Europeia deve apoiar as operações de regresso daí resultantes. Criação de capacidades suficientes em termos de acolhimento e de detenção nas ilhas 17. As autoridades gregas devem, com o apoio da UE e em conformidade com a sugestão da Comissão, criar novas capacidades de acolhimento e modernizar as instalações existentes, quer ampliando as existentes quer construindo novas instalações ou recorrendo ao regime de arrendamento, sempre que possível com a cooperação das autoridades locais. 18. As autoridades gregas devem, com o apoio da UE e em conformidade com a sugestão da Comissão, criar, logo que possível, capacidades de detenção suficientes nas ilhas, sempre que possível com a cooperação das autoridades locais. Prevenção da passagem ilegal das fronteiras no norte da Grécia 19. Destacar agentes da Guarda de Fronteiras e Costeira Europeia para as fronteiras setentrionais com a Albânia e a antiga República jugoslava da Macedónia: A Guarda de Fronteiras e Costeira Europeia deve responder positivamente, destacando o mais rapidamente possível agentes para as fronteiras do norte do país. Caso subsistam carências quanto aos pedidos formulados pela Guarda de Fronteiras e Costeira Europeia, deve recorrer-se ao contingente de reação rápida e às equipas de intervenção da nova Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira mal estejam operacionais. A pedido das autoridades gregas, a Guarda de Fronteiras e Costeira Europeia deve financiar o destacamento de agentes da polícia grega para as fronteiras setentrionais do país. Aceleração do processo de recolocação 20. Aumentar os compromissos assumidos pelos Estados-Membros em matéria de recolocação: Os Estados-Membros devem aumentar os seus compromissos em matéria de recolocação em função do respetivo contingente e esforçar-se por apresentar compromissos mensais a partir de dezembro de 2016. O objetivo é dispor de, pelo menos, 2 000 compromissos por mês a partir de dezembro de 2016 e, progressivamente, continuar a aumentar os compromissos assumidos de modo a atingir o objetivo de efetuar 3 000 recolocações por mês a partir de abril de 2017. 21. Aumentar o número de recolocações efetivamente realizadas: A partir de dezembro de 2016, os Estados-Membros devem acolher mensalmente pelo menos 2 000 pessoas recolocadas a partir da Grécia e, a partir de abril de 2017, pelo menos 3 000 pessoas, aumentando progressivamente o número mensal de pessoas que são objeto de recolocação. Os Estados -Membros devem cumprir os prazos e os procedimentos especificados na Decisão relativa à Recolocação (Decisão 2015/1523 do Conselho), assim como o protocolo relativo à recolocação, nomeadamente o tempo de resposta de 10 dias úteis, enviar grupos com um máximo de 50 pessoas, demonstrar flexibilidade quanto à 6

organização de voos, evitar os atrasos nas transferências dos requerentes de recolocação que tenham sido aceites, aumentar a participação de agentes de ligação nas atividades de informação e de orientação cultural, bem como fornecer uma justificação adequada das rejeições através dos correspondentes de segurança disponibilizados pela polícia grega. Os Estados-Membros devem criar as capacidades de acolhimento necessárias, inclusive para os menores não acompanhados, a fim de permitir a transferência dos requerentes que aguardam recolocação em função da respetiva afetação. As autoridades gregas devem criar novas instalações de recolocação (ou transformar as já existentes em instalações de recolocação) que possam responder ao aumento das capacidades de tratamento de processos do serviço de asilo grego e ao aumento gradual dos compromissos de recolocação assumidos pelos Estados-Membros. A OIM deve continuar a reforçar a sua capacidade de tratamento de processos em conformidade com os novos objetivos em termos de transferências mensais. Disponibilização de recursos financeiros e de apoio técnico adequado 22. Assegurar a melhor absorção possível dos recursos afetados à migração e um controlo rigoroso: Com o apoio da Comissão, as autoridades gregas devem adotar de imediato todas as medidas necessárias para uma utilização integral e eficaz dos recursos financeiros dos programas nacionais ao dispor da Grécia a título dos Fundos para os Assuntos Internos (FAMI e FSI). As autoridades gregas devem disponibilizar de imediato o cofinanciamento necessário a título do orçamento nacional. As autoridades gregas devem enviar à Comissão, o mais rapidamente possível, o plano de ação para a execução dos programas nacionais. As autoridades gregas e a Comissão devem finalizar rapidamente a revisão dos programas nacionais para o FAMI/FSI, adaptados de modo a ter em conta os novos desafios que se deparam à Grécia, nomeadamente a aplicação da Declaração UE-Turquia. 23. Complementar os programas nacionais FAMI e FSI, sempre que necessário: A Comissão deve continuar a fornecer à Grécia financiamento suplementar (ajuda de emergência, ajuda humanitária, etc.) e assistência técnica para a aplicação na Grécia da Declaração UE-Turquia. 7