Nome: Nº: Turma: Ética. 1º ano Gabarito Prova 2 Beto Abr/10. Contextualize e esclareça a ironia da charge abaixo:



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Transcrição:

Nome: Nº: Turma: Ética 1º ano Gabarito Prova 2 Beto Abr/10 Contextualize e esclareça a ironia da charge abaixo: Veja o seguinte roteiro: Tema (qual o assunto central da charge?) / Contextualização (que tipo de relação a charge estabelece com a realidade atual?) / Ironia (qual a piada ou a brincadeira presente na charge?) Charge 1 Miguel / Jornal do Comércio de Pernambuco / 25.01.2010. TEMA O tema faz referência ao terremoto ocorrido no Haiti no começo deste ano, ao envio de ajuda humanitária pelos EUA, marcada pela forma unilateral e agressiva de controle e monopólio das operações, e ao decorrente atrito com o Brasil, líder da MINUSATH. CONTEXTUALIZAÇÃO Após o terremoto (de 7 graus na escala Richter), ocorrido no começo deste ano (12 de janeiro), que atingiu o Haiti e destruiu sua capital Porto Príncipe junto a quase todas as estruturas e órgãos do governo do país, ainda em processo de estruturação com ajuda da MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), os EUA enviaram cerca de 10 mil soldados que, de forma autoritária e unilateral, orientaram as operações humanitárias com o controle dos portos e aeroportos.

Tal forma (por meio do poder militar) de ação foi condenada pelo Brasil e a ONU o Brasil é líder da MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), criada em 2004 por meio de resolução da ONU com objetivo de assegurar, durante o governo transitório (até que o Estado esteja organizado e fortalecido para seguir com autonomia), a ordem e efetivação dos programas políticos e sociais no país. Objetivo do Brasil em assumir a missão: Ao assumir a liderança de uma missão de paz no Haiti, o Brasil pretende assumir um papel de liderança regional que possa credenciá-lo a lutar por um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas caso, de fato, aconteça uma reforma nessa organização. Historicamente, o Caribe é considerado um quintal dos EUA, ou seja, uma área controlada pelos interesses norte-americanos. Nas últimas décadas, tem sido freqüente a fuga de cubanos os balseiros que tentam chegar ao território norte-americano. De modo que, especula-se, a decisão da Casa Branca de enviar uma força militar com 10 mil soldados vise principalmente evitar que milhares de haitianos desesperados com a tragédia possa buscar refúgio em terras norte-americanas. IRONIA A charge pode ser percebida por meio dos símbolos: as aves representam Brasil e EUA (militarmente) que hasteiam as bandeiras de seus países como forma de domínio do território haitiano, representado pelos escombros. Logo, a sátira indica o fato de os dois países, em detrimento da ajuda humanitária, disputarem o controle das operações no país como forma de domínio de seu território. (I) Leia atentamente as manchetes e/ou passagens (em negrito) abaixo e identifique o tema político ao qual cada uma delas faz referência. (II) Comente-as indicando o contexto em que foram produzidas e os antecedentes históricos do problema. Manchete I Kelpers reafirmam desejo de pertencer ao Reino Unido Le Monde, 22 de fevereiro de 2010. TEMA: O tema político tratado na manchete é o conflito diplomático entre Argentina e Reino Unido diante da descoberta e anúncio de futuras explorações de petróleo pelo governo britânico nas cercanias das Ilhas Malvinas (Falklands). O fato anunciado reacendeu o interesse argentino de reaver o território (em mãos britânicas desde 1833), mas a população da ilha, os Kelpers, de ascendência britânica, tem sua posição definida em relação à disputa. CONTEXTO: Diante da decisão de Londres de autorizar a prospecção de petróleo nas proximidades das Ilhas Malvinas, o governo argentino, além de reiterar à ONU a necessidade da discussão sobre o assunto (afirma que tal possessão ultramarítima inglesa seria o resquício de imperialismo), também proibiu que qualquer navio que passe por portos argentinos deverá ter autorização prévia para aproximar-se das ilhas como primeira medida de boicote ; tal proibição poderia levar problemas aos moradores da ilha em relação ao abastecimento de alimentos e combustíveis, por exemplo, mas não afeta profundamente as práticas dos habitantes da ilha (denominados Kelpers, em sua maioria pescadores e criadores de ovelhas). Durante a cúpula de Cancun, Cristina Kirchner recebeu respaldo verbal dos 33 presidentes da região (América do Sul e Central), apoio significativo para engrossar os "boicotes, porém insuficientes para iniciar um discussão diante da ONU (o governo inglês utiliza de seu poder de veto para não discutir a situação).

ANTECEDENTES HISTÓRICOS: Em 1982, a Argentina enviou soldados às Ilhas Malvinas com o objetivo de ocupá-las (tal ação hoje é vista mais como uma estratégia utilizada pela junta militar que governava o país ditadura na busca por fomentar o nacionalismo e, assim, se fortalecer diante da eminente perda do apoio popular. A reação britânica, também alimentada pelo sentimento nacionalista necessário ao governo de Margareth Thatcher (então primeira-ministra inglesa), foi rápida e, em pouco mais de 3 meses, Buenos Aires chorava derrotada a morte de 649 soldados. A derrota e a perda das ilhas foram essenciais para a queda do poder militar do governo argentino. Manchete II Diplomacia iraniana tenta tirar o país do isolamento Estado de São Paulo, 14 de fevereiro de 2010. TEMA: O tema político ao qual a manchete faz referência é o desenvolvimento do programa nuclear iraniano, bem como as reações de diversos países, entre eles EUA, França, Reino Unido, que buscam formas de impedir que Teerã possa avançar com seu programa de enriquecimento de urânio com vistas à produção de um artefato nuclear. CONTEXTO: A manchete II faz referência ao programa nuclear iraniano e às manifestações da comunidade internacional que ameaça Teerã com sanções econômicas com o objetivo de inviabilizar o programa nuclear iraniano. Em resposta, Teerã procura costurar alianças com uma série de países para fugir do isolamento diplomático imposto pelas potências ocidentais liderados pelos EUA com o objetivo de amenizar o impacto das sanções econômicas. A principal estratégia de Teerã consiste em se aproximar das potências emergentes como China e Brasil, bem como de países africanos (não só por meio dos interesses econômico, como também pelos laços religiosos, caso de Senegal e Nigéria). ANTECEDENTES HISTÓRICOS Tais sanções são o caminho proposto com forte apelo, principalmente pelos EUA, junto ao Conselho de Segurança (CS) para inibir o que o Irã alega ser um programa nuclear com fins pacíficos no dia 7 de fevereiro, o presidente Mahmoud Ahmadinejad anunciou que o Irã tinha em suas instalações tecnologia para enriquecer Urânio a 20% (grau apropriado para fins medicinais). Para construção de armas nucleares, é necessário que o urânio seja enriquecido a 90%. O Brasil tem tido importante papel diante dessa questão, com o discurso de que o diálogo e a diplomacia são o melhor caminho para solução da querela, e que tais sanções poderiam acuar ainda mais o Irã. Trecho III O governo da China convocou ontem o embaixador americano em Pequim, Jon Huntsman, para transmitir uma queixa formal (...) ao presidente dos EUA, Barack Obama. (...) "O ato dos EUA interferiu grosseiramente nos assuntos internos da China, agrediu sentimentos nacionais do povo chinês e seriamente afetou os laços sino-americanos", disse ontem em comunicado Ma Zhaoxu, porta-voz da Chancelaria. O Tibete, agregou, é "parte inalienável do território chinês" e assunto "puramente doméstico". TEMA

O tema diz respeito ao encontro entre o líder tibetano Dalai-Lama e o presidente estadunidense Barack Obama e suas repercussões na relação entre China e EUA.

CONTEXTUALIZAÇÃO No dia 18 de fevereiro, Barack Obama recebeu para uma reunião em Washington o líder espiritual (budista) e político Dalai-Lama. Apesar dos cuidados e da discrição que cercaram o encontro, realizado não no salão oval (onde costumam ser recebidos os chefes de estado), e sim na sala dos mapas, os EUA não evitaram o protesto do governo chinês que tem Dalai-Lama como um líder político separatista (Dalai-Lama encontra-se exilado na Índia desde 1959 por liderar resistência e revolta à ocupação chinesa do território tibetano desde 1950) e anunciaram repúdio à intervenção do presidente estadunidense em um assunto puramente doméstico. O impasse entre as duas maiores potências mundiais agravou-se diante de outras questões recentes como a venda de armas a Taiwan por parte dos EUA e as questões ligadas à censura do governo chinês ao site Google. Antecedentes Históricos Em 1959, Dalai-Lama foge do Tibet sob ameaça de ser capturado pelo exército chinês e estabelece em Dharamsala na Índia o que chamam de Governo Tibetano no exílio. Desde então, Dalai-Lama passou a encontrar-se com líderes de todo o mundo em busca do apoio à causa tibetana e possível encaminhamento da questão à ONU, fórum onde o assunto é vetado pela China. Trecho IV (Folha de São Paulo, 20 de fevereiro de 2010). EUA descartam que OEA do B ameace seus interesses, disse o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon. "Do nosso ponto de vista, estamos tendo um momento de muito diálogo e integração em toda a América. Os países do hemisfério estão interessados em encontrar formas de intensificar o diálogo", completou Shannon. TEMA: A manchete refere-se à criação da CELAC (Comunidade dos Estados Latino- Americanos e Caribenhos) em opção à OEA (Organização dos Estados Americanos), que conta com EUA e Canadá. E também trata da posição norte-americana em relação ao papel e importância da nova organização. Contextualização: Chefes de estado e representantes diplomáticos de 32 países da América Latina e do Caribe anunciaram (no dia 23/02) a criação da Comunidade dos Estados Latino- Americanos e Caribenhos (CELAC). A iniciativa é vista como uma possibilidade de maior integração entre os países da região (inclusive com um melhor diálogo com o México, em geral mais próximo aos Estados Unidos nos fóruns da OEA), amplificando a voz latina no cenário internacional. Tal organização teria por objetivo discutir e tirar acordos e resoluções de esfera, política, econômicas e sociais sem a influência dos EUA, que têm peso desproporcional nas decisões da OEA. Antecedentes: A OEA, principal fórum de relações regionais das Américas nos últimos 50 anos, vem perdendo força após uma série de embates políticos e comerciais entre países da região e os Estados Unidos (a decisão unilateral estadunidense de subsidiar seus produtores de algodão, os embargos a CUBA, a forma de envio de ajuda ao Haiti, etc.). Porém, a criação da CELAC, segundo o governo dos EUA, não aparece como uma ameaça às relações dos países, e sim como mais um fórum de discussão para uma região com similaridades culturais. (Ultimo Segundo / IG / 22 de fevereiro de 2010).

Contextualize e esclareça a ironia da charge abaixo: Charge 2 TEMA O tema político ao qual a manchete faz referência é o recente encontro entre Luís Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, com Mahmoud Ahmadinejad, o que representa a recente aproximação comercial e política entre os dois países, bem como o desenvolvimento do programa nuclear iraniano e a posição brasileira diante dele junto às possíveis consequências da relação entre os dois países. CONTEXTO No dia 7 de fevereiro, o presidente Mahmoud Ahmadinejad anunciou que o Irã já possuía em suas instalações tecnologia suficiente para enriquecer urânio a 20% (grau apropriado para fins medicinais); o anuncio foi o estopim para uma reação mais radical das potências ocidentais que temem que a escalada nuclear iraniana chegue à armas nucleares (para construção de armas nucleares é necessário que o urânio seja enriquecido a 90%.). O Brasil declarou, em oposição à opinião de outros países (como EUA, França, Reino Unido), que apoia o programa nuclear iraniano, desde que para fins pacíficos. E aproveita a situação de eminente imposição das sanções para aproximar-se também economicamente de Teerã, ao mesmo tempo que busca destaque na política mundial, já que pretende uma cadeira permanente no CS (Conselho de Segurança da ONU). Ironia A ironia da charge está presente na representação do abraço cordial entre os dois líderes, na perceptível boa intenção do presidente brasileiro em apoiar o Irã, desde que seu programa tenha intenções pacíficas. Ao mesmo tempo que o líder iraniano, diante de sua postura radical e intransigente pode colocar o Brasil em um situação perigosa diante da comunidade internacional. Q:\editoracao\Ped2010\Ética\Gabarito da Atividade2-1B 1C.doc