Independência dos EUA. Colégio Marista Rosário Professora: Adriana Moraes - História



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Transcrição:

Independência dos EUA Colégio Marista Rosário Professora: Adriana Moraes - História

Considerada a primeira revolução americana (a segunda foi a Guerra de Secessão, também nos Estados Unidos); considerada marco na crise do Antigo Regime porque rompeu a unidade do sistema colonial.

Treze Colônias Formaram se a partir do século XVII; fins do século XVIII, havia 680 000 habitantes no norte, ou Nova Inglaterra: Massachusetts, Nova Hampshire, Rhode Island e Connecticut; 530 000 no centro: Pensilvânia, Nova York, Nova Jersey e Delaware; 980 000 no sul: Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia. Ao todo, mais de 2 milhões de colonizadores.

Economia No centro-norte: pequena e média propriedades dos europeus exilados por motivos políticos ou religiosos. Havia também o trabalho de servos temporários, que trabalhavam para pagar o transporte para a América, financiado pelos proprietários carentes de mão-deobra. Seus produtos eram semelhantes aos europeus - madeira e produtos de pesca - apesar da proibição de manufaturas nas colônias, os ingleses permitiram aos colonos do centro-norte uma quase autonomia industrial. Manufaturas e policultura trouxeram desenvolvimento econômico e o excedente logo buscou os mercados do sul, dependente da metrópole, para onde exportava tabaco, anil e algodão e de onde importava manufaturados e demais produtos.

No sul prevalecia a grande propriedade escravista, com reduzido trabalho livre e monocultura voltada à exportação. Colônias do norte: organizaram triângulos comerciais com o comércio de peixe, madeira, gado e produtos alimentícios com as Antilhas, onde compravam melaço, rum e açúcar. As leis inglesas de navegação não impediam o desenvolvimento da colônia porque não eram aplicadas. Mas quando o comércio colonial começou a concorrer com o comércio metropolitano, surgiram atritos que culminaram com a emancipação das treze colônias.

Cronologia 1756 Tem início a Guerra dos Sete Anos, entre a França e a Inglaterra 1764 O governo inglês impõe às suas colônias a Lei do Açúcar. Seguem-se a Lei do Selo (1765) e a Lei do Chá (1773). 1773 Colonos disfarçados de índios protestam em Boston contra a Lei do Chá. 1774 O Parlamento inglês aprova as Leis Intoleráveis; representantes dos colonos se reúnem no Primeiro Congresso Continental da Filadélfia e pedem a revogação das Leis Intoleráveis. 1775 Eclodem conflitos armados entre colonos e ingleses. 1776 Reunidos no Segundo Congresso Continental da Filadélfia, os colonos aprovam a Declaração de Independência dos Estados Unidos. 1781 Apoiados por forças francesas e espanholas, os colonos vencem as tropas inglesas na batalha de Yorktown. 1783 É assinado o Tratado de Versalhes, pelo qual o governo da Inglaterra reconhece a independência dos Estados Unidos. 1787 É aprovada a Constituição dos Estados Unidos da América. 1789 George Washington é eleito presidente dos Estados Unidos.

O crescimento do comércio colonial fez a Inglaterra mudar de política. Guerra dos Sete Anos (1756-1763 :Inglaterra X França), teve a Inglaterra como vencedora, que se apossou de grande parte do Império Colonial Francês, especialmente terras a oeste das treze colônias.

Parlamento inglês decidiu que os colonos deviam pagar parte dos custos da guerra. O objetivo era aumentar as taxas e os direitos da Coroa na América. Os ingleses também eram movidos pelo comportamento dos colonos, que não haviam colaborado com material e homens; ao contrário, aproveitaram a guerra para lucrar, comercializando com os franceses no Canadá e nas Antilhas.

O Parlamento inglês aprovou duas leis para arrecadar um terço da quantia: a Lei do Açúcar (Sugar Act) e a Lei do Selo (Stamp Act). O Sugar Act (1764) prejudicava os americanos, pois taxava produtos que não viessem das Antilhas Britânicas e acrescentava vários produtos à lista dos artigos enumerados, que só poderiam ser exportados para a Inglaterra.

O Stamp Act (1765) exigia a selagem até de baralhos e dados. Os colonos protestaram, argumentando que se tratava de imposto interno, e não externo como de costume, e que não tinham representação no Parlamento que havia votado a lei. Reuniu-se então em Nova York, em 1765, o Congresso da Lei do Selo, que, declarando-se fiel à Coroa, decidiu boicotar o comércio inglês. Os comerciantes ingleses pressionaram o Parlamento e a Lei do Selo foi revogada. Massacre de Boston ocorreu quando a guarda metropolitana da Inglaterra tentou acabar com uma manifestação então colônia dos Estados Unidos, matando um total de 5 pessoas, em 1770. O fato teve grande repercussão entre as colônias.

1773 com a Lei do Chá (Tea Act), o monopólio desse comércio ficava nas mãos da Companhia das Índias Orientais, onde vários políticos ingleses tinham interesses. A Companhia transportaria o chá diretamente das Índias para a América. No porto de Boston, comerciantes disfarçados de índios mohawks destruíram trezentas caixas de chá tiradas dos barcos, no episódio conhecido como A Festa do Chá de Boston (The Boston Tea Party). Parlamento votou as Leis Intoleráveis, ou Coercitivas, em 1774: o porto de Boston estava interditado até o pagamento dos prejuízos; funcionários ingleses que praticassem crimes durante as investigações seriam julgados em outra colônia ou na Inglaterra; o governador de Massachusetts teria poderes excepcionais; tropas inglesas ficariam em Boston.

Leis Intoleráveis: 1. uma guarda armada na do porto de Boston até que todo os prejuízos do lançamento do carregamento de chá ao mar fossem indenizados; 2. suspensão das reuniões das colônias de Massachusetts; 3. O impedimento de toda e qualquer manifestação pública contra a metrópole; 4. Que todos os julgamentos de crimes cometidos em território americano fossem a critério das autoridades britânicas em suas propriedades; 5. Que os colonos estavam obrigados a proporcionar alojamento e estada de soldados britânicos em suas propriedades; 6. A redução das colônias norte-americanas em favor da ampliação do território canadense; 7. A colônia de Massachusetts foi ocupada por tropas do exército britânico;

O processo da Independência tem importante antecedente em setembro de 1774, quando as Leis Intoleráveis determinaram a convocação do Primeiro Congresso Continental de Filadélfia, de caráter não-separatista: Ele enviou petição ao rei e ao Parlamento pedindo a revogação daquelas leis, em nome da igualdade de direitos dos colonos. Em 1775, um conflito em Lexington provocou a morte de alguns colonos e eles passaram a organizar-se militarmente. Um panfleto de Tom Paine, Bom Senso, exortava à luta por liberdade. Em 1776, a Virgínia tomou a iniciativa e declarou-se independente, com uma explícita Declaração dos Direitos do Homem. O Segundo Congresso de Filadélfia, reunido desde 1775, já manifestava caráter separatista.

George Washington, da Virgínia, foi nomeado comandante das tropas americanas e encarregou uma comissão, liderada por Thomas Jefferson, de redigir a Declaração da Independência. Em 4 de julho de 1776, reunidos na Filadélfia, delegados de todos os territórios promulgaram o documento, com mudanças introduzidas por Benjamin Franklin e Samuel Adams.

E a luta começa... A Guerra da Independência começa em março de 1775: os americanos tomam Boston. Das colônias do Sul, só a Virgínia apoiou. Os canadenses permaneceram fiéis à Inglaterra. A intervenção francesa foi decisiva. O que os motivou: ideais de liberdade do movimento ILUMINISTA, propaganda feita por Franklin e motivados pela intenção de golpear a Inglaterra, que lhes havia imposto pesadas perdas em 1763.

Com a ajuda marítima francesa, a guerra ampliou-se para o Caribe e as Índias. Em 1779, La Fayette conseguiu a liberação de 7 500 franceses comandados pelo general Rochambeau. Em 1781, sitiado em Yorktown, o exército inglês capitulou.

O Tratado de Versalhes, em 1783, reconheceu a independência dos Estados Unidos da América, com fronteiras nos Grandes Lagos e no Mississipi. A França recuperou Santa Lúcia e Tobago nas Antilhas e seus estabelecimentos no Senegal. A Espanha recebeu a ilha de Minorca e a região da Flórida.