Atlas de Desastres Naturais de Caráter Hidrológico na Amazônia

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Transcrição:

Dianne Danielle Farias Fonseca Atlas de Desastres Naturais de Caráter Hidrológico na Amazônia Projeto de pesquisa apresentada ao curso de Pós-Graduação em Gestão de Risco e Desastre na Amazônia. Mestrado Profissional -2016

1. Introdução e Problemática O conhecimento dos desastres naturais que afetam a região Amazônica é fundamental para a efetividade de uma politica de gestão de risco para a região. Esse conhecimento ampliou-se nas ultimas décadas, entretanto, quando o objetivo é uma analise geral sobre a distribuição e frequência dos desastres naturais na região Amazônica, verifica-se que os dados apresentados não refletem muito a realidade. Muitos trabalhos apresentam um panorama, sobre os tipos de ocorrências de desastres na região e a sua recorrência (Atlas Brasileiro de Desastres Naturais (2013), Fonseca e Szlafsztein (2014), Albuquerque e Szlafsztein (2011), etc.). Estes estudos foram baseados nos registros oficiais de desastres, que são três documentos distintos, não obrigatoriamente dependentes: Notificação Preliminar de Desatres (NOPRED), Avaliação Geral de Danos (AVADAN) ou um Decreto Municipal. Recentemente a Instrução Normativa n. 1, de 24 de agosto de 2012, instituiu o Formulário de Informações sobre Desastres (FIDE), substituindo o NOPRED e o AVADAN. A problemática é que na grande maioria dos municípios Amazônicos, não existe a cultura de registrar oficialmente a ocorrência de um desastre, em muitos, não existem Núcleos de Defesa Civil (NUDECS), o poder público local desconhece os procedimentos de registro e/ou não é capaz de perceber a ameaça ou ocorrência de um desastre em seu município. Então, o que se verifica, é que os dados apresentados, representam uma pequena parcela dos eventos desastrosos ocorridos na região, apenas aqueles registrados oficialmente. Desde 2012 o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), empresa pública vinculada ao Governo Federal, realiza mapeamentos de áreas de risco em todo território nacional, atualmente no Brasil, 1.113 municípios foram mapeados, destes, 151 estão localizados na região Amazônica e pertencem aos estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Acre, Tocantins e Amapá. Ressaltase que, atualmente apenas os desastres de origem natural e caráter hidrológico são objetos do mapeamento (inundações, erosões e movimentos de massa). Os dados resultantes deste mapeamento são: Limites dos setores de risco em formato vetorial (shapefiles) gerados em Sistema de Informações Geográficas (SIG); mapas dos setores de risco, relatório da setorização de risco, e formulário CEMADEN, todos em formato Formato Portátil de Documento (PDF). Estas informações são disponibilizadas em caráter primário às defesas civis e prefeituras de cada município e os dados finais irão alimentar o banco nacional de dados do CEMADEN (Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), localizado em Cachoeira Paulista SP, ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, que é o órgão responsável pelos alertas de ocorrência de eventos climáticos de maior magnitude que possam colocar em risco vidas humanas, e do CENAD (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), localizado em Brasília - DF, ligado ao Ministério da 2

Integração Nacional, que como algumas de suas atribuições, inclui o monitoramento, a previsão, prevenção, preparação, mitigação e resposta aos desastres, além de difundir os alertas nos estados e municípios. 2. Objetivos Este projeto tem como objetivo principal, apresentar através de um atlas, o panorama sobre as ocorrências e recorrências de desastres naturais na região amazônica, baseando-se nos dados de 6 anos de mapeamento realizado pela CPRM, no período de 2012 ao atual (2016). Estas informações serão sistematicamente organizadas em SIG e mapas temáticos e servirão de referência para a construção de informações de acordo com a necessidade do usuário. Objetivos específicos: 1-Estado da arte sobre o conhecimento dos desastres naturais na Amazônia. 2-Criação de um banco de dados em SIG para toda a Amazônia 3-Geração de mapas temáticos especializados para cada tipologia de desastre. 4-Análise comparativa entre os dados gerados no mapeamento da CPRM e os gerados a partir de documentos oficiais. 3. Matérias e Método de Trabalho Material de Estudo: banco de dados do Projeto Setorização de Riscos Geológicos e Hidrológicos da CPRM, período 2012 ao vigente (2017), atualmente com o total de151 municípios mapeados na Amazônia e o programa ArcGis 10.2 para criação do SIG e mapas temáticos. Metodologia: 1-Será realizado um levantamento bibliográfico sobre o estado da arte no conhecimento dos desastres naturais na Amazônia, às informações resultantes da pesquisa servirão para alimentar o Atlas, e também serão relacionadas com os dados do mapeamento executado pela CPRM. 2- Criação de um projeto tipo MXD (ArcGIS Map Documento) no Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS 2000), este será alimentado com todos os polígonos de risco dos municípios na Amazônia mapeados de 2012 até o período atual. 3- Geração do Atlas e dos mapas temáticos em SIG. 3

4. Resultado Esperados Ao final deste estudo espera-se apresentar em Atlas os resultados do Projeto Setorização de Riscos no Brasil, especificamente, os dados resultantes do mapeamento dos municípios amazônicos de forma a subsidiar o planejamento e as ações de minimização, assim como divulgar o conhecimento sobre os desastres de caráter hidrológico que os povos amazônicos enfrentam. 5. Cronograma 2016 mar abr mai jun jul ago set out nov dez Revisão Bibliográfica Levantamento dos Dados SIG Geração dos mapas, gráficos e planilhas Elaboração do Texto Resultados Finais 2017 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Revisão Bibliográfica SIG Geração dos mapas temáticos Elaboração do Texto Resultados Finais Publicação em Revistas e Congressos 4

6. Infraestrutura e Orçamento A empresa financiadora deste projeto é a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (Serviço Geológico do Brasil) e custeará outras atividades vinculadas ao programa de mestrado. 5