MÉTODO DRASTIC: UMA PROPOSTA DE ESCALA PARA NORMATIZAÇÃO DOS ÍNDICES FINAIS DE VULNERABILIDADE

Documentos relacionados
Resumo. Construção de cartografias de vulnerabilidade. O que é o projeto piloto Águeda? Construção de Cartografias de vulnerabilidade

VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQÜÍFEROS DA REGIÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES DA BACIA DO RIO MUNDAÚ / CEARÁ.

Análise da vulnerabilidade dos recursos hídricos subterrâneos no municipio de Sant Ana do Livramento - RS

ESPACIALIZAÇÃO DA VULNERABILIDADE DO AQUÍFERO GUARANI NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO BONITO SP

Siclério Ahlert Pedro Antônio Roehe Reginato

VULNERABILIDADE DE AQUÍFEROS

VULNERABILIDADE NATURAL DE AQÜÍFEROS, BACIA DO RIO PARNAÍBA, ESCALA 1 :

RECURSOS HÍDRICOS VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS DO MUNICÍPIO DE CACOAL-RO: UMA APLICAÇÃO DO MÉTODO GOD

Avaliação da vulnerabilidade natural à contaminação do sistema aquífero Serra Geral no Estado do Paraná Brasil

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO GOD PARA MAPEAMENTO DA VULNERABILIDADE À CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO MUNICÍPIO DE LAGOA DA CONFUSÃO, TOCANTINS, BRASIL

Modelos de vulnerabilidade hidrológica para a bacia hidrográfica do rio Cachoeira (Bahia) utilizando sistemas de informações geográficas

Metodologia DRASTIC na análise da vulnerabilidade dos aqüíferos livres de Campos dos Goytacazes

VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS DO MUNICÍPIO DE IRITUIA-PA: UMA APLICAÇÃO DO MÉTODO GOD.

RESUMO. Teresa Albuquerque. Margarida Antunes. Fátima Seco

MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DA VULNERABILIDADE DE AQUÍFEROS

VULNERABILIDADE DE AQÜÍFEROS

MAPEAMENTO DA VUNERABILIDADE DO AQUIFERO DO PARQUE ESTADUAL DO BACANGA: COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DRASTIC, GOD E SINTACS

DETERMINAÇÃO DA VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DO AQUÍFERO SERRA GERAL EM FREDERICO WESTPHALEN-RS

CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA E MAPEAMENTO DA VULNERABILIDADE NATURAL DO AQÜÍFERO LIVRE NA BACIA HIDROGRÁFICA DO IGARAPÉ CUMARU, IGARAPÉ-AÇU-PA.

Divisão Ambiental Prazer em servir melhor!

Groundwater vulnerability assessment in Portugal

AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE DE AQUÍFEROS LOCALIZADOS NA REGIÃO CENTRAL DE CANOAS RS

PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA EM CIDADES PLANEJADAS: PREMISSA DE ZONEAMENTO BASEADO NO RISCO DE CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA

Anais 5º Simpósio de Gestão Ambiental e Biodiversidade (21 a 23 de junho 2016)

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Instituto de Geociências e Ciências Exatas Campus de Rio Claro RAFAEL GONÇALVES SANTOS

LEVANTAMENTO DA VULNERABILIDADE DO AQUÍFERO NO MUNICÍPIO DE GOIANIRA NO ESTADO DE GOIÁS.

AVALIAÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE À CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO APOIO À TOMADA DE DECISÃO

ANÁLISE DA VULNERABILIDADE INTRÍNSECA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA BACIA DO RIO ITAPICURU, BAHIA.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA MODELOS DE AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE DE AQUÍFEROS

AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE INTRÍNSECA À CONTAMINAÇÃO DO AQUÍFERO NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

STUDY OF THE MARIZAL AQUIFER VULNERABILITY TO POLLUTON IN THE REGION OF INFLUENCE OF THE CAMAÇARI INDUSTRIAL DISTRICT (PIC) - BAHIA

Alice Pinto Mestrado em Ciências e Tecnologia do Ambiente Departamento de Geociências, Ambiente e Ordenamento de território 2016

MAPEAMENTO DA VULNERABILIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DA ÁREA URBANA DE MANAUS

ZONEAMENTO DA VULNERABILIDADE À CONTAMINAÇÃO DO SISTEMA AQUÍFERO GUARANI EM SUA ÁREA DE AFLORAMENTO NO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL

GEOPROCESSAMENTO APLICADO A ANÁLISE DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE DRASTIC NO SISTEMA AQUÍFERO GUARANI EM RIBEIRÃO BONITO - SP

AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE NATURAL DE AQUÍFEROS CÁRSTICOS: SUBSÍDIOS PARA UMA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS

VULNERABILIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: ESTUDO DE CASO EM SANTA ISABEL DO PARÁ

AVALIAÇÃO DO PERIGO DE CONTAMINAÇÃO DO SISTEMA AQUÍFERO GUARANI EM SUA ÁREA DE AFLORAMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO DECORRENTE DAS ATIVIDADES AGRÍCOLAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

MODELAGEM DA VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS NO MUNICÍPIO DE ARACATU - SUDOESTE DO ESTADO DA BAHIA

7º SILUSBA Évora, 30 de Maio a 2 de Junho de 2005

VULNERABILIDADE DE AQÜÍFEROS À CONTAMINAÇÃO POR GASOLINA

UM NOVO MÉTODO PARA AVALIAR A VULNERABILIDADE DE AQUÍFEROS

VULNERABILIDADE NATURAL E PERIGO À CONTAMINAÇÃO DE ZONA DE RECARGA DO AQUÍFERO GUARANI

VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE BAURU (SP) RESUMO

VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DE AQUÍFEROS NO MUNICÍPIO DE CAMPO FORMOSO BAHIA

Investigação de Áreas Contaminadas por Métodos Geofísicos

Palavras-Chave: DRASTIC, SIG s, vulnerabilidade, águas subterrâneas.

UTILIZAÇÃO DE PLANILHA ELETRÔNICA NO ÂMBITO DO ESTUDO DE VULNERABILIDADE INTRÍSECA DE AQUÍFEROS

VULNERABILIDADE NATURAL DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO VACACAÍ-MIRIM - RS 1

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS. MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO.

XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE CONTAMINAÇÃO DO AQUÍFERO BEBERIBE: OFICINAS MECÂNICAS NA ÁREA DE RECARGA

ESTIMATIVA DA VULNERABILIDADE NATURAL DE AQÜÍFEROS: UMA CONTRIBUIÇÃO A PARTIR DA RESISTIVIDADE E CONDUTÂNCIA LONGITUDINAL

Capitulo 120. Infiltração com Green e Ampt, 1911

Land cover change and soil loss susceptibility: The case of Curuá-Una river basin, PA

SELEÇÃO DE ÁREAS PARA INSTALAÇÃO DE DISTRITO INDUSTRIAL CONSIDERANDO A VULNERABILIDADE NATURAL DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBSUPERFICIAIS

QUANTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DA SUB- BACIA HIDROGRÁFICA JACARÉ-PEPIRA/SP.

PALEOSSOLOS ARGILOSOS PODEM INFLUENCIAR A DETERMINAÇÃO DE FLUXO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM AQUÍFERO DE BAIXA PERMEABILIDADE?

Results and conclusions

ÁGUA SUBTERRÂNEA: USO E PROTEÇÃO

ANÁLISE COMPARATIVA DE DOIS ÍNDICES DE POLUIÇÃO AGRÍCOLA NO SISTEMA AQUÍFERO DOS GABROS DE BEJA (SECTOR DA MARGEM ESQUERDA DO RIO GUADIANA)

VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB- BACIA DO RIO SIRIRI, SERGIPE.

AVALIAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA ZONA NÃO-SATURADA EM MODELOS DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA

DIAGNÓSTICO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO MUNICÍPIO DE VILA NOVA DO SUL / RS AUTORES: Autor: Diego Silveira Co-autor: Carlos Alberto Löbler Orientador:

Capítulo 8. Alteamento do lençol freático pela equação de Hantush

8 Conclusões e Considerações Finais

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

Vulnerabilidade do aquífero à contaminação no município de Seberi/RS

7 Hidrologia de Água Subterrânea

Características hidroquímicas e hidrodinâmicas do aquífero na planície arenosa da Costa da Caparica

Zona de Concentração de Cargas Contaminantes para Avaliação do Perigo de Contaminação da Água Subterrânea em Área Urbana

PHD Hidrologia Aplicada. Águas Subterrâneas (2) Prof. Dr. Kamel Zahed Filho Prof. Dr. Renato Carlos Zambon

PROPOSTA DE PADRONIZAÇÃO DAS DENOMINAÇÕES DOS AQUÍFEROS NO ESTADO DE SÃO PAULO. José Luiz Galvão de Mendonça 1

RISCO À POLUIÇÃO DO AQUIFERO BEBERIBE NO STOR NORTE DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE

16º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

Semana de Estudos da Engenharia Ambiental UNESP Rio Claro, SP. ISSN

MONITORAMENTO DE NÍVEL DO AQÜÍFERO BAURU NA CIDADE DE ARAGUARI COM VISTAS AO ESTUDO DA VULNERABILIDADE À POLUIÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

SIMULAÇÃO DE CURVAS DE RECUPERAÇÃO DE NAPLS POR BOMBEAMENTO. 2. APLICAÇÃO E VALIDAÇÃO

VULNERABILIDADE DO SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL NA REGIÃO NORDESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Douglas da Silva Tanajura 1 ; Cláudio Benedito Batista Leite 2

Elaboração de Mapa de Vulnerabilidade dos Aqüíferos Superiores no Município de João Pessoa PB, Através de Técnicas de Geoprocessamento

MAPEAMENTO DA VULNERABILIDADE À POLUIÇÃO DO AQÜÍFERO RIO DA BATATEIRA, UTILIZANDO O MÉTODO GOD, CRATO-CE.

AVALIAÇÃO DO RISCO DE CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES.

Uso das Técnicas de Geoprocessamento na Elaboração de Mapa Preliminar de Vulnerabilidade dos Aqüíferos do Município de Campos de Goytacazes - RJ

Rodrigo de Paula Hamzi Aluno de Mestrado EHR/UFMG Eber José de Andrade Pinto Prof. Adjunto EHR/UFMG

Vulnerabilidade dos aquíferos da sub-bacia do Rio Vermelho: Aplicação do método GOD. Ana Karolyna Nunes Amaral 1 Dr. Maximiliano Bayer 2

HIDROLOGIA AULA semestre - Engenharia Civil. ESCOAMENTO SUPERFICIAL 1 Profª. Priscila Pini

Capítulo 4 Caracterização da Área de Estudos. Capítulo 4

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

Hidrogeologia vs. Engª do Ambiente

ÁREAS CONTAMINADAS NO CONCELHO DO SEIXAL

A PLICAÇÃO DE SIG NA AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE AQUÍFERA E CARTOGRAFIA DA CONTAMINAÇÃO AGRÍCOLA POR PESTICIDAS E NITRATOS NA REGIÃO DO RIBATEJO

Água subterrânea... ou... Água no subsolo

Determinação da Vulnerabilidade do Aquífero Basáltico no Campus da UFMS, em Campo Grande - MS

Mini - curso Monitoramento de Águas Subterrâneas

Processos n. os 0607/11/16255 (0607/14/15799; 0607/17/14699; 0607/19/15437)

DESENVOLVIMENTO DE UM ALGORITMO COMPUTACIONAL PARA DETERMINAÇÃO DO ESPAÇAMENTO ENTRE DRENOS SUBTERRÂNEOS PELO MÉTODO DE HOOGHOUT

LIMITAÇÕES DO MODELO DRASTIC APLICAÇÃO A DUAS REGIÕES ALGARVIAS CONTAMINADAS POR NITRATOS

Sónia AMARO 1 ; Luís RIBEIRO 2 ; Eduardo PARALTA 3 ; Francisco CARDOSO PINTO 4 1

Transcrição:

MÉTODO DRASTIC: UMA PROPOSTA DE ESCALA PARA NORMATIZAÇÃO DOS ÍNDICES FINAIS DE VULNERABILIDADE Homero Reis de Melo Junior 1 RESUMO - O presente artigo apresenta uma proposta de escala para os intervalos de vulnerabilidade das águas subterrâneas obtidos através do método DRASTIC (Aller et al., 1987). Os limites mínimos e máximos de vulnerabilidade são 26 e 226, estabelecidos pelos parâmetros utilizados pelos autores e correspondem à vulnerabilidade incipiente e extrema. A escala proposta neste trabalho infere como baixa vulnerabilidade os índices entre 26 e 71, média vulnerabilidade valores entre 71 e 126, alta vulnerabilidade o intervalo entre 126 e 180, sendo considerada muito alta vulnerabilidade os limites identificados entre 180 e 226. ABSTRACT This article presents a groundwater vulnerability scale for maps obtained throughout DRASTIC method developed by Aller et al. (1987). The highest and smallest values established by DRASTIC model are 26 and 226, which corresponds to incipient to extreme vulnerability indexes. The proposal scale consider low vulnerability limits the indexes 26 to 71, intermediary vulnerability values reaching from 71 to 126 limits, high vulnerability indexes from 126 to 180 and very high vulnerability indexes reaching from 180 to 226. Palavras-Chave Escala, vulnerabilidade, método DRASTIC. 1 CPRM SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Av. Lauro Sodré 2561 CEP: 78904-300 Porto Velho (RO). Fone: 69 3901-3700 homero@pv.cprm.gov.br XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 1

1. Introdução Os primeiros conceitos a respeito da vulnerabilidade intrínseca das águas subterrâneas surgiram na literatura no final dos anos 60 e início da década de 70 através de Albinet & Margat (1970), que estabeleceram a vulnerabilidade de um aqüífero como a possibilidade de percolação e difusão de contaminantes da superfície do solo até o nível freático sob condições naturais. Em seguida, inúmeros autores definiram este parâmetro, a exemplo de Olmer & Rezác, Vrána, Palmquist, Villumsen et al. (apud Vrba & Zoporozec 1994), Foster (1987), Adams & Foster (1992), considerando ainda os aspectos quantitativos das águas subterrâneas; no entanto, o conceito de vulnerabilidade ainda é ambíguo até os dias atuais. Desde então, mapas de vulnerabilidade vêm sendo amplamente utilizados, com o objetivo de proteger tanto áreas onde a atividade antrópica ainda é pouco expressiva e o potencial para exploração das águas subterrâneas é elevado, como em áreas densamente povoadas e com intensas atividades de risco. Diante de diversos métodos de mapeamento existentes, como GOD (Foster & Hirata, 1988), DRASTIC (Aller et al., 1987), AVI (Van Stempvoort et al., 1992), SI (Francés et al., 2001), EPPNA (1998) e SINTACS (Civita, 1994), diversos autores a exemplo de Artuso et al. (2002), Melo Junior (2002) e Lobo Ferreira e Oliveira (2004), compararam alguns métodos, com o objetivo de identificar valores aproximados de vulnerabilidade entre si, para tornar a linguagem dos mapas universal, ou seja, uma tradução do que um índice final de vulnerabilidade obtido através do método DRASTIC representava no modelo AVI. No entanto, pelo fato de cada método apresentar parâmetros específicos, e, somente em alguns casos, coincidentes entre si, a exemplo da profundidade do nível estático e dos tipos de sedimentos da zona não saturada, se torna pouco confiável uma comparação mais precisa entre vários métodos, devido, aos demais fatores que compreendem cada modelo. Seguindo esta linha de raciocínio e devido ao número de autores e de usuários em potencial dos mapas de vulnerabilidade, Lobo-Ferreira & Cabral (1991) sugeriram que um índice unificado de vulnerabilidade fosse adotado no ranking de vulnerabilidade de todos os mapas da União Européia (UE). Seria uma padronização, similar aquela adotada nos Estados Unidos, Canadá e África do Sul, que utilizam o Índice DRASTIC, desenvolvido por Aller et al. (1987) para a Agência Ambiental dos EUA. Desta forma, o método DRASTIC, delineado por Aller et al. (1987), apesar de utilizar um elevado número de parâmetros, apresenta maior confiabilidade aos índices de vulnerabilidade finais obtidos, o que é corroborado pelo grande número de autores que aplicaram o método, como Melo Junior (2002), Lobo Ferreira e Oliveira (2004), Stigter et al. (2005), Babiker et al. (2005), Nobre XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 2

(2006), Melo Junior e Kozersky (2008). Por este motivo, se apresenta neste trabalho uma escala de vulnerabilidade para ser adotada pelos usuários do método DRASTIC, definindo os níveis de vulnerabilidade negligente, baixo, moderado, alto e muito alto; com o objetivo de facilitar entendimento deste tipo de mapa temático para o mais variado número de usuários possível. 1. Análise do Problema A adoção de uma escala para definir o grau de vulnerabilidade das águas subterrâneas vem se mostrando como uma ferramenta facilitadora, para o entendimento de mapas de vulnerabilidade, a exemplo do que foi descrito por Foster e Hirata (1988) para o método GOD. Administradores municipais, o público em geral e até mesmo geólogos e hidrogeólogos conseguem visualizar e diferenciar de forma muito mais clara e concisa uma região com alta vulnerabilidade, ilustrada no mapa com a coloração vermelha e outra de baixa vulnerabilidade, amarela; do que mapas com áreas hachuradas e os intervalos com os valores de vulnerabilidade estabelecidos em cada área. Mapas sem escala de vulnerabilidade, apesar de apresentarem de forma clara as áreas que possuem maior e menor vulnerabilidade da região enfocada; no entanto, se tornam ineficientes quando se busca entender se o valor de vulnerabilidade elevada apresentada naquele produto é um índice realmente alto quando comparado a outras regiões do país e do mundo. Entretanto, Aller et al. (1987) trataram especificamente deste tema, durante o desenvolvimento do método, com a seguinte argumentação: O ponto culminante de avaliação de qualquer ambiente hidrogeológico é um valor numérico denominado índice DRASTIC. Quanto maior o índice DRASTIC maior é o potencial de poluição das águas subterrâneas. O DRASTIC é delineado para fornecer um valor numérico relativo, o qual pode ser diretamente comparado a um valor obtido em outro ambiente na mesma região, ou em uma região diferente. Um valor numérico de 160, por exemplo, não possui significado intrínseco. Este número possui valor somente quando comparado a outro número gerado pelo mesmo índice DRASTIC 2. Porém, de maneira prática, infelizmente este índice final de vulnerabilidade DRASTIC gera conflitos, uma vez que, os usuários não conseguem identificar de imediato em um mapa, quais as áreas onde atividades antrópicas com maior complexidade e risco devem ser evitadas, isto por quê, a grande maioria das regiões estudadas apresentam valores diferenciados de vulnerabilidade e a utilização de um número sem significado intrínseco pode acarretar muitos erros. Por exemplo, em uma região onde os índices de vulnerabilidade final DRASTIC variem entre os valores 52 e 112 fica evidente no mapa as áreas onde o risco de contaminação é maior, no entanto, será que o maior 2 ALLER, L., BENNET, T., LEHR, J. H. & PETTY, R. J. 1987. DRASTIC: A standardized system for evaluating groundwater pollution potential using hydrogeologic settings. United States Environmental Protection Agency. EPA/600/2-85/018. pg. 29. XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 3

índice de vulnerabilidade obtido nesta região é realmente alto? Será que atividades com moderado risco ambiental como saneamento unifamiliar ou instalação de garagens e estacionamentos não podem ser exercidas nesta área? Considerando-se que, um produto cartográfico representado em um mapa, é um produto subjetivo, baseado em dados objetivos produzido com base na sensibilidade de seus autores em relação aos parâmetros enfocados; se nota que, apesar de amplamente divulgado e utilizado mundialmente, o método DRASTIC algumas vezes apresenta incompreensão e má interpretação de seus índices finais, em decorrência da ausência de uma escala que defina a vulnerabilidade intrínseca de uma região. Este fato pode ser observado em trabalhos de autores como Babiker et al. (2005), Nobre (2006) e Lobo Ferreira e Oliveira (2004), que divergem em relação à escala final de vulnerabilidade para os índices DRASTIC. 2. Descrição da metodologia DRASTIC A grande maioria dos autores que utilizaram o método DRASTIC para gerar mapas de vulnerabilidade descreveu detalhadamente a metodologia, com seus respectivos pesos e cargas, como Melo Junior (2002), Stigter et al. (2006) e Nobre (2006). Uma vez que o presente trabalho é uma proposta de escala de vulnerabilidade para o método, mais uma vez se faz necessário o detalhamento dos parâmetros hidrogeológicos utilizados no índice DRASTIC, com seus valores convertidos para o Sistema Internacional de Medidas. Para cada índice intermediário DRASTIC, Aller et al. (1987) determinaram um peso relativo que varia entre 1 e 5 (Tabela 1), sendo o peso 5 inferido para o fator mais significativo e 1 para o menos importante. Esses pesos são uma constante e não podem ser mudados. Existe ainda um segundo peso atribuído ao uso de pesticidas agrícolas, que, no entanto, não compreende o objetivo da presente proposta. Tabela 1- Pesos inferidos para os fatores DRASTIC FATOR DRASTIC PESO Profundidade da Água 5 Recarga 4 Meio Aqüífero 3 Solo 2 Topografia 1 XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 4

Impacto da Zona Vadosa 5 Condutividade Hidráulica 3 De acordo com a metodologia, cada fator é avaliado em relação a outro, a fim de determinar o significado relativo de cada parâmetro com respeito ao potencial de contaminação. Com base em gráficos, a cada fator DRASTIC é inferida uma pontuação que varia entre 1 a 10 (Tabelas 2 a 8). Para os fatores D, R, S, T e C foram atribuídos valores específicos. Por sua vez, os fatores A e I, possuem seus valores atribuídos de acordo com os diversos ambientes hidrogeológicos identificados. Esse sistema permite ao usuário determinar um valor numérico para cada ambiente hidrogeológico, utilizando um modelo aditivo. A equação para determinar o índice final DRASTIC é, portanto: Índice DRASTIC = D p D c +R p R c +A p A c +S p S c +T p T c +I p I c +C p C c (1) onde: D p, R p, A p, S p, T p, I p, C p correspondem aos pesos dos fatores DRASTIC que não podem ser modificados, enquanto que: D c, R c, A c, S c, T c, I c, C c correspondem aos fatores de carga das variáveis nos seus respectivos intervalos de ocorrência, cujo valor varia de acordo com o nível identificado pelo usuário do método. Tabela 2- Profundidade do nível da água e respectivos valores. Profundidade (m) Valor Atribuído (Dc) 0 1.5 10 1.5 4.5 9 4.5 9.0 7 9.0 15.0 5 15.0 22.5 3 22.5 30.0 2 > 30.0 1 Peso: 5 XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 5

Tabela 3 - Taxas de infiltração (recarga) e seus respectivos valores (Rc). Taxa de infiltração (mm/ano) Valor Atribuído < 51 1 51 102 3 102 178 6 178 254 8 > 254 9 Peso: 4 (Rp) Tabela 4 - Litotipos que compõem o aqüífero e seus respectivos valores (Ac). Litotipo Valor Atribuído Valor Médio Adotado Folhelho maciço 1 3 2 Ígneas/metamórficas 2 5 3 Ígneas/metamórficas intemperizadas 3 5 4 Till glacial 4 6 5 Arenito acamadado, calcário e folhelho seqüencial 5 9 6 Arenito maciço 4 9 6 Calcário maciço 4 9 6 Areia e cascalho 4 9 8 Basalto 2 10 9 Calcário kárstico 9 10 10 Peso: 3 (Ap) Tabela 5 - Tipos de solo e seus respectivos valores (Sc). Tipo de solo Valor Atribuído Fino ou ausente 10 Cascalho 10 Arenoso 9 Turfoso 8 Argila agregada e/ou contraída 7 XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 6

Marga arenosa 6 Marga 5 Silte margoso 4 Argila margosa 3 Lixo/esterco 2 Argila desagregada e não expansível 1 Peso: 2 (Sp) Tabela 6 - Inclinação do relevo e seus respectivos valores (Tc). Inclinação do relevo (%) Valor Atribuído 0 1 10 1 6 9 6 12 5 12 18 3 > 18 1 Peso: 1 (Tp) Tabela 7 - litotipos que constituem a zona vadosa e seus respectivos valores (Ic). Zona vadosa Valor Atribuído Valor Médio Atribuído Camada confinante 1 1 Silte/argila 2 6 3 folhelho 2 5 3 Calcário 2 7 6 Arenito 4 8 6 Calcário acamadado, arenito, folhelho Areia e cascalho com significante silte e argila 4 8 6 4 8 6 Ígneas/metamórficas 2 8 4 Areia e cascalho 6 9 8 XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 7

Basalto 2 10 9 Calcário cárstico 8 10 10 Peso: 5 (Ip) Tabela 8 - Condutividade hidráulica e seus respectivos valores (Cc). Condutividade Hidráulica (m/dia) Valor Atribuído 0 4,1 1 4,1 12,2 2 12,2 28,5 4 28,5 40,7 6 40,7 81,5 8 > 81,5 10 Peso: 3 (Cp) A tabela 9, por sua vez, produzida por Barbiker et al. (2005) ilustra os valores máximos, mínimos e médios com os desvios padrões de todas as cargas variáveis c atribuídas aos índices individuais DRASTIC. Tabela 9 Resumo estatístico dos parâmetros DRASTIC (modificado de Barbiker et al., 2005). D c R c A c S c T c I c C c Mínimo 1 8 2 1 1 2 1 Máximo 7 9 8 10 10 8 10 Médio 4 9 4 5 6 5 5 Desvio Padrão 2 1 3 3 4 2 3 Coeficiente de Variação (%) 50 11,1 75 60 66,7 40 60 3. Escala de vulnerabilidade para os Índices Finais DRASTIC Conforme os valores apresentados nas tabelas 2 a 8, os índices finais DRASTIC podem variar entre 26 e 226, representando valores de vulnerabilidade nula (incipiente) a extrema, respectivamente. Desta forma, através da multiplicação entre os pesos dos índices intermediários (constantes) DRASTIC e as cargas individuais (variáveis) de cada parâmetro, de acordo com a fórmula 1 (Índice DRASTIC = D p D c +R p R c +A p A c +S p S c +T p T c +I p I c +C p C c ), foram geradas as tabelas 10 a 14, que apresentam os pesos e as cargas mínimas, intermediárias e máximas, utilizadas para a obtenção do Índice Final DRASTIC; sendo responsáveis também, pela composição da escala de vulnerabilidade aqui proposta. Após se multiplicar os pesos constantes dos índices intermediários pelas cargas mínimas propostas por Aller et al. (1987) se obteve a coluna com o índice 1 na tabela 10, que ao serem somados geraram o Índice Final DRASTIC 1. Conforme ilustra a tabela 10, o Índice Final XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 8

DRASTIC 1 obtido foi o número intrínseco 26, o que, segundo o método e a proposta apresentada, corresponde a valores de vulnerabilidade incipiente. Tabela 10 Pesos e cargas dos parâmetros DRASTIC que geraram índices de vulnerabilidade incipientes Vulnerabilidade Incipiente Parâmetros Pesos Cargas Índice 1 D 5 1 5 R 4 1 4 A 3 2 6 S 2 1 2 T 1 1 1 I 5 1 5 C 3 1 3 Índice Final DRASTIC 1 26 A tabela 11, por sua vez, apresenta os valores atribuídos para as cargas variáveis DRASTIC, consideradas pouco expressivas, uma vez que, para índices com forte peso no modelo, como os parâmetros D e C foram atribuídos valores 3 e 2, respectivamente. Desta vez, o valor intrínseco 71 foi obtido para o Índice Final DRASTIC 2, correspondente, portanto, ao limite dos valores de vulnerabilidade considerados baixos. Tabela 11 Pesos e cargas dos parâmetros DRASTIC que geraram índices de vulnerabilidade baixos Vulnerabilidade Baixa Parâmetros Pesos Cargas Índice 2 D 5 3 15 R 4 3 12 A 3 4 12 S 2 4 8 T 1 3 3 I 5 3 15 C 3 2 6 Índice Final DRASTIC 2 71 XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 9

Em seguida, os valores intermediários apresentados por Aller et al. (1987) para as cargas de elementos como os índices D e I foram 5 e 6, respectivamente, que quando somados aos demais índices ilustrados na tabela 12, caracterizam ambientes hidrogeológicos com vulnerabilidade média, uma vez que, o Índice Final Drastic 3 obtido foi 126. Tabela 12 Pesos e cargas dos parâmetros DRASTIC que geraram índices de vulnerabilidade médios. Vulnerabilidade Média Parâmetros Pesos Cargas Índice 3 D 5 5 25 R 4 6 24 A 3 6 18 S 2 6 12 T 1 5 5 I 5 6 30 C 3 4 12 Índice Final DRASTIC 3 126 A partir do Índice Final Drastic 3, as cargas impostas por Aller et al. (1987) para os parâmetros investigados se aproximam dos valores máximos propostos pelos autores, conforme ilustra a tabela 13, sendo que a soma de todos seus índices gerou o Índice Final Drastic 4, cujo valor numérico de 180, corresponde ao limite de ambientes cuja vulnerabilidade das águas subterrâneas é considerada alta. Tabela 13 Pesos e cargas dos parâmetros DRASTIC que geraram índices de vulnerabilidade altos. Vulnerabilidade Alta Parâmetros Pesos Cargas Índice 4 D 5 7 35 R 4 8 32 A 3 8 24 S 2 8 16 T 1 9 9 I 5 8 40 C 3 8 24 Índice Final DRASTIC 4 180 XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 10

Por fim, através das cargas máximas dos parâmetros utilizados no modelo DRASTIC, conforme apresentado na tabela 14, foi obtido o índice máximo permitido pelo método, que corresponde ao valor 226 e é característico de ambientes hidrogeológicos cuja vulnerabilidade das águas subterrâneas é muito alta. Tabela 14 Pesos e cargas dos parâmetros DRASTIC que geraram índices de vulnerabilidade muito altos. Vulnerabilidade Muito Alta Parâmetros Pesos Cargas Índice 5 D 5 10 50 R 4 9 36 A 3 10 30 S 2 10 20 T 1 10 10 I 5 10 50 C 3 10 30 Índice Final DRASTIC 5 226 Com base nas tabelas 10 a 14, que foram produzidas s partir dos valores das cargas variáveis dos parâmetros DRASTIC propostas por Aller et al. (1987) se formulou a escala de vulnerabilidade intrínseca das águas subterrâneas, conforme apresentado na figura 1. A escala proposta acompanha a tabela de cores apresentada por Struckmeier & Margat (1995) cujos valores de baixa vulnerabilidade são representados pela cor verde oliva claro; vulnerabilidade média pela cor amarela, alta vulnerabilidade com coloração rosa e vulnerabilidade muito alta representada por vermelho alaranjado. De acordo com a escala de vulnerabilidade proposta e representada pela figura 1, os valores limite de vulnerabilidade 26 e 226 representam índices de vulnerabilidade incipiente e extrema, respectivamente. Entre este intervalo, valores de vulnerabilidade obtidos entre 26 e 71 são considerados baixos; entre 71 a 126 a vulnerabilidade é média; entre 126 e 180 a vulnerabilidade é considerada alta; e, valores localizados entre 180 e 226 representam uma vulnerabilidade muito alta. XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 11

26 71 126 180 226 Baixo Médio Alto Muito Alto Figura 1 Escala de vulnerabilidade intrínseca com seus respectivos intervalos propostos para usuários do método DRASTIC, com base nas cargas variáveis determinadas por Aller et al.(1987). 4. Conclusões Mapas de vulnerabilidade tem se apresentado como as ferramentas mais apropriadas para a proteção das águas subterrâneas, por este motivo, diversos métodos foram desenvolvidos nas últimas décadas, sendo o modelo DRASTIC desenvolvido por Aller et al. (1987) amplamente aplicado nos cinco continentes. No entanto, a ambigüidade existente no método devido aos valores de vulnerabilidade em uma determinada área não representarem, especificamente, índices de baixa a alta vulnerabilidade gera erros e má interpretação dos índices finais DRASTIC. A adoção de uma escala com intervalos de baixa, média, alta e muito alta vulnerabilidade de acordo com a proposta apresentada neste trabalho facilita o entendimento do mapa por profissionais das mais diversas áreas, inclusive geólogos e hidrogeólogos, além dos tomadores de decisão locais. Esta escala permite ainda a unificação da classificação dos índices de vulnerabilidade, evitando que valores intrínsecos sejam mal interpretados por autores variados, permitindo que, os mapas gerados a partir de então sejam correlacionados entre si mais claramente. 5. Referência Bibliográfica ADAMS, B. & FOSTER, S. 1992. Land-surface zoning for groundwater protection. Journal Institution of Water and Environmental Management, n.6, 312-320p. ALBINET, M. & MARGAT, J. 1970. Cartographie de la vulnerabilite a la pollution des nappes d eau souterraine. Bull BRGM 2me Series 3(4):13-22. ALLER, L.; BENNET, T.; LEHR, J. H. & PETTY, R. J. 1987. DRASTIC: A standardized system for evaluating groundwater pollution potential using hydrogeologic settings. United States Environmental Protection Agency. EPA/600/2-85/018. pg. 29. ARTUSO, E.; OLIVEIRA, M. M. & LOBO FERREIRA, J. P. 2002 Assessment of groundwater vulnerability to pollution using six different methods: AVI, GOD, DRASTIC, SI, EPPNA and SINTACS. Application to the Évora Aquifer, LNEC, Rel. 184/02-GIAS. XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 12

BABIKER, I. S.; MOHAMED A.A. MOHAMED; HIYAMA T. & KATO, K. 2005. A GIS-based DRASTIC model for assessing aquifer vulnerability in Kakamigahara Heights, Gifu Prefecture, Central Japan. Hydrospheric Atmospheric Research Center, Nagoya University, Furo-cho, Chikusaku, Nagoya 464-8601, Japan. CIVITA, M. 1994. Le Carte della vulnerabilità degli acquiferi all inquinamento: Teoria e pratica. Pitágora Editrice, Bologna. EPPNA, M. 1998. Informação cartográfica dos planos de bacia. Sistematização de figuras e cartas a imprimir em papel. Equipa de projecto do plano nacional da água, 29 p. FOSTER, S. 1987. Fundamental concept in aquifer vulnerability pollution risk and protection strategy. Proc. Intl. Conf. Vulnerability of soil and groundwater to pollution (Nordwijk, The Netherlands, April 1987). FOSTER, S. & HIRATA, R. C. A. 1988. Groundwater pollution risk assessment: a methodology based on available data. CEPIS/PAHO Technical Report. Lima, Peru. FRANCÈS, A., PARALTA, E., FERNANDES J. & RIBEIRO, L. 2001. Development and application in the Alentejo region of a method to assess the vulnerability of groundwater to diffuse agriculture pollution: The Susceptibility Index. Lisboa, Geosystem Center IST, Third International Conference on Future Groundwater Resources at Risk. LOBO FERREIRA, J. P. & OLIVEIRA, M. M. 2004. Groundwater vulnerability assessment in Portugal. Geofísica Internacional. Vol. 43, n. 4, pp. 541-550. MELO JUNIOR, H. R. 2002. Mapeamento da vulnerabilidade e análise de risco de contaminação como instrumentos de proteção das águas subterrâneas em áreas industriais: Caso da ALBRAS, Barcarena PA. Universidade Federal do Pará, Centro de Geociências. Dissertação de Mestrado, 154 p. MELO JUNIOR, H. R. & KOZERSKY, G. R. 2008. Caracterização hidrogeológica e mapeamento da vulnerabilidade natural das águas subterrâneas em um aterro sanitário na Amazônia Ocidental: estudo de caso de Ariquemes, Rondônia. XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas - CABAS. Natal, R.N. CD-ROM. XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 13

STIGTER, T. Y.; RIBEIRO, L. & DILL CARVALHO, A. M. M. 2006. Evaluation of an intrinsic and specific vulnerability assessment method in comparison with groundwater salinisation and nitrate contamination levels in two agricultural regions in the South of Portugal. Hidrogeology Journal. Vol. 14, n. 1-2, pp. 79-99. STRUCKMEIER, W. F. & MARGAT, J. 1995. Hydrogeological maps: A guide and standard legend. International Association of Hydrogeologists. V. 17, 177 p. VAN STEMPVOORT, D., EWERT, L. & WASSENAAR, L. 1992. AVI: A method for groundwater protection mapping in the Prairie Provinces of Canada. PPWD Pilot Project. Groundwater and Contaminants Project, Environmental Sciences Division, National Hydrology Research Institute. VRBA, J. & ZAPOROZEC, A. 1994. Guidebook on mapping groundwater vulnerability. International Association of Hydrogeologists. Verlag Heinz Heise, v.16. 131p. XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 14