CURSO MAURÍCIO TRIGUEIRO - PROF: PABLO LEONARDO



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Transcrição:

CURSO MAURÍCIO TRIGUEIRO - PROF: PABLO LEONARDO 1

2 1 SOFTWARE LIVRE CURSO MAURÍCIO TRIGUEIRO - PROF: PABLO LEONARDO Software livre é definido como sendo qualquer programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado e redistribuído sem restrições. Trata se de uma alternativa aos softwares restritivos (Software proprietário). Não se pode dizer que é software gratuito, pois, em alguns casos, o utiilizador precisará pagar por uma licença de utilização do software. Ser livre não significa ser gratuito. Um software, para ser livre, deve atender à 4 liberdades: A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito. Permite que qualquer tipo de pessoa física ou jurídica utilize o programa em quantas máquinas quiser, em qualquer tipo de sistema computacional, para qualquer tipo de trabalho ou atividade, sem nenhuma restrição; A liberdade de estudar como o programa funciona (O acesso ao código fonte é um pré requisito para esta liberdade); A liberdade de redistribuir, inclusive vender, cópias de modo a beneficiar o seu próximo; A liberdade de modificar o programa, e liberar as modificações, de modo que toda a comunidade se beneficie. (O acesso ao código fonte é um pré requisito para esta liberdade). Para que seja possível estudar ou modificar o software (para uso particular ou para distribuir) é necessário ter acesso ao código-fonte, por isso, a disponibilidade desses arquivos é pré-requisito para a liberdade do software. Para que essas liberdades sejam reais, elas devem ser irrevogáveis. Caso o desenvolvedor do software tenha o poder de revogar a licença, o software não é livre. O que é Copyleft? Licenças como a GPL contêm um conceito adicional, conhecido como Copyleft, que se baseia na propagação dos direitos. Um software livre sem copyleft pode ser tornado não livre por um usuário, caso seja de sua vontade. Estando protegido por copyleft, se distribuído, deverá ser sob a mesma licença, ou seja, repassando os direitos. Associando os conceitos de copyleft e software livre, programas e serviços derivados de um código livre devem obrigatoriamente permanecer com uma licença livre. O usuário, porém, permanece com a possibilidade de não distribuir o programa e manter as modificações ou serviços utilizados para si próprio. Software livre pode ser vendido? Claro que sim. Como já foi dito anteriormente, software livre não quer dizer gratuito, portanto, pode ser vendido sim, porém, a maioria dos softwares livres são distribuídos gratuitamente. Normalmente, quando se paga por um software livre, tem se direito a suporte técnico, manuais e alguns outros benefícios. 2 SISTEMA OPERACIONAL LINUX Tudo começou quando Richard Stallman decidiu criar um sistema operacional totalmente compatível com Unix (outro sistema operacional), mas que não usasse o código fonte desse último. O nome inicial desse software seria GNU, que além de homenagear um mamífero chamanado Gnou, é um acrônimo recursivo para a expressão (GNU IS NOT UNIX).

CURSO MAURÍCIO TRIGUEIRO - PROF: PABLO LEONARDO Usando esse software, qualquer pessoa poderia usar, modificar e redistribuir esse software e seu código fonte, desde que garantido para todos o mesmo direito. Em 1984, Stallman e mais um grupo de programadores iniciaram o desenvolvimento das peças do sistema operacional e em 1991, o mesmo já se encontrava em estágio avançado de desenvolvimento, mas ainda faltava o item mais importante do sistema operacional: o kernel, também definido como sendo o núcleo do sistema operacional Kernel é o item mais importante do sistema operacional. Gerencia todo o hardware do computador e serve de base sobre a qual rodam os outros softwares. Na verdade, a equipe de Stallman já havia desenvolvido um kernel chamado Hurd, mas um jovem finlandês chamado Linus Torvalds apresentou seu Kernel e ele funcionava com todas as peças do sistema operacional GNU. Esse Kernel ficou conhecido como Linux, contração dos termos Linus e Unix. Então, a fusão do Kernel Linux com o sistema operacional GNU, originou o sistema operacional GNU LINUX (que muitas vezes é referenciado como LINUX somente), um sistema operacional amado por uns, odiado por outros e que tem suas vantagens e desvantagens. Linux é mais seguro do que Windows? Não se pode negar que o sistema operacional Linux é mais seguro do que o Windows. Um dos motivos da maior segurança do Linux em relação ao Windows, é que o Windows possui um número de utilizadores muito superior ao que possui o LINUX e consequentemente, um número de vírus e ameaças também muito maior. Quando um sistema se torna muito utilizado, Crackers não poupam esforços para desenvolver programas que exploram suas vulnerabilidades e por isso, dizemos que o LINUX é mais seguro do que o Windows. Caso o LINUX ultrapasse o Windows em número de utilizadores, logo estarão falando que o Windows é mais seguro do que o LINUX. Outro fator que aumenta a segurança do LINUX é que, como é um software livre, existem milhares de empresas e programadores individuais que o desenvolvem e, portanto, qualquer falha é detectada e corrigida levando muito menos tempo do que no Windows, que é um sistema desenvolvido por uma só empresa, a Microsoft. Porque o Windows é mais utilizado do que o Linux? O Windows é um ótimo sistema operacional, mas que as vezes peca por suas instabilidades e vulnerabilidades. Mesmo assim, é o sistema operacional mais utilizado no mundo. Essa maior popularidade do Windows em relação ao Linux, se deve à um conjunto de fatores. Alguns desses fatores estão listados logo abaixo: O Windows teve sua primeira versão lançada em 1985 (Windows 1.0), enquanto que o Linux foi lançado somente por volta de 1991; O Windows possui uma GUI (Interface gráfica do usuário) muito amigável e intuitiva, enquanto que no Linux, a princípio, não existia interface gráfica, ou seja, todos as tarefas à serem realizadas deveriam ser comandadas através do teclado, e isso fez com que o Linux fosse alvo de um certo preconceito por parte dos usuários que não eram experts em informática; Os principais softwares comerciais do mercado eram criados para funcionar em Windows e não em Linux. Até hoje, temos softwares que podem ser executados em Windows, mas que não funcionam em Linux, embora já tenhamos diversos casos de softwares que possuem versões para os dois sistemas operacionais; Alguns fabricantes de Hardware desenvolvem seus drivers somente para sistema operacional Windows, o que impede que aquele hardware seja utilizado em Linux e isso, faz com que muitos usuários optem pelo Windows. 3

4 CURSO MAURÍCIO TRIGUEIRO - PROF: PABLO LEONARDO Algumas características do Linux Possui Kernel modular, ou seja, todo o Kernel, incluindo os drivers de dispositivos e outros componentes, ainda formam um único bloco de código gigantesco, mas podem ser compilados separadamente na forma de módulos. O Linux é um sistema Case sensitive, ou seja, sabe diferenciar letras maiúsculas de minúsculas. Isso aumenta muito as possibilidades quando se deve nomear um arquivo; Não é preciso ser reinicializado após instalação de hardware ou software; O Linux é um sistema multiusuário, ou seja, permite que diversos usuários se conectem ao mesmo computador e realizem suas tarefas. É também um sistema multitarefa que permite que diversas tarefas sejam executadas simultaneamente. Distribuições Linux O Linux possui diversas distribuições, que podem ser entendidas como versões desse Sistema Operacional. Cada versão apresenta uma coleção de aplicativos e também pode apresentar modificações em seu código fonte. É interessante escolher uma versão mais estável e recente, pois sendo recente, será possível encontrar diversas correções para os falhas encontradas no Sistema. Algumas das distribuições mais conhecidas e citadas em provas de concursos públicos são: MANDRIVA MANDRAKE CONECTIVA DEBIAN FEDORA KURUMIN RED HAT SLACKWARE SUSE UBUNTU Algumas distribuições Linux não precisam ser instaladas para que funcionem em um computador. Algumas versões do Linux são LIVE CD, ou seja, são carregadas diretamente do CD e funcionam como se estivessem instaladas no computador. Interface gráfica do Linux No Windows, a Interface gráfica se confunde com o restante do sistema. O usuário não tem outra escolha senão utilizar e se habituar com a interface gráfica do sistema. O Linux, nas primeiras distribuições, não possuía uma interface gráfica, mas hoje possui várias opções. Isso acontece porque no Linux, o conceito de interface gráfica é um pouco diferente. Existe um elemento chamado X.org, também conhecido simplesmente por X, que é responsável pela infra estrutura básica. Sua responsabilidade é se comunicar com a placa de vídeo, montar as imagens que serão mostradas no monitor e fornecer recursos de que os programas precisam. Podemos dizer que o X é invisível, assim como o Kernel. O que o usuário vê não é o X e sim um gerenciador de janelas, que nada mais é do que um programa que monta as janelas e menus exibidos na tela. Existem diversos gerenciadores de janela no mercado. Basta que o usuário escolha e instale o que mais lhe agrada, uma vez que sua função será apenas exibir as imagens geradas pelo X. Os mais conhecidos gerenciadores do mercado são: KDE, Gnome, WindowMaker, XFCE, OpenBox, FluxBox, BlackBox. Esses gerenciadores serão responsáveis pelo Layout do Linux. Os usuários no Linux O Linux possui dois tipos de conta. Uma delas é o famoso super usuário, chamado de Root e o outro é o usuário restrito. Assim como em qualquer outro sistema operacional, o root pode ser entendido como o administrador do sistema. Tem privilégios de acesso à qualquer arquivo e pasta e pode realizar qualquer modificação no sistema. Já o usuário restrito tem acesso aos arquivos armazenados em sua pasta /home e outros que o usuário root alterar as permissões manualmente.

CURSO MAURÍCIO TRIGUEIRO - PROF: PABLO LEONARDO Todos os programas que rodam em Linux salvam seus arquivos em pastas ocultas dentro do diretório /home de cada usuário e isso faz com que cada usuário tenha seus programas personalizados de acordo com as suas preferências. Alguns programas e configurações só podem ser acessadas pelo superusuário root. Mesmo que uma pessoa esteja logada como usuário restrito, ela pode executar comandos e abrir programas como se fosse o administrador do sistema, bastando apenas que ela digite o comando su e forneça a senha do administrador (root). Um ponto interessante a se obervar são os símbolos $ e # : quando o símbolo $ for exibido, indica que o sistema está sendo executado por um usuário restrito. Já a presença do símbolo # indica a execução do sistema por um superusuário (Root). Sistemas de arquivos O Linux, a princípio trabalhava com dois sistemas de arquivos: Minix e EXT. Esses sistemas de arquivos possuiam limitações quanto ao tamanho máximo das partições e também ao desemprenho do computador e por isso, foram substituídos pelo EXT2, que é usado até hoje. EXT2: Trata se de um sistema de arquivos que pode ser comparado ao FAT32 do Windows. Assim como em seu semelhante, os arquivos são organizados de forma simples, com o HD dividido em vários clusters, que no Ext2 são conhecidos como Blocos, onde cada bloco armazena arquivo ou fragmento de arquivo. A vantagem de se utilizar Ext2 é a sua simplicidade e a desvantagem, é que assim como no Fat32, é muito comum que os arquivos do usuário sejam perdidos na ocorrência de um desligamento incorreto. Existe um utilitário chamado fsck que, assim como o Scandisk do Windows, vasculha todos os arquivos da partição de forma a detectar e corrigir erros. Surgem dois problemas quando se usa o fsck: O teste é lento demais, levando muito tempo para ser concluído; Corrige apenas os erros mais simples. Quando o erro é mais grave, levará o usuário à um prompt de recuperação, onde o usuário precisará conhecer os comandos para que os arquivos possam ser reparados manualmente. EXT3: Esse sistema de arquivos é uma evolução do EXT2. Possui um sistema Journaling que consiste numa espécie de log que armazena todas as configurações que foram feitas em cima de um arquivo e quando elas foram concluídas. Caso o micro seja desligado de forma incorreta, o fsck consulta o journal para corrigir os erros, excluindo a necessidade de se executar o teste completo. O problema é que o journal é um arquivo como outro qualquer, e que também pode ser perdido caso haja um desligamento incorreto. Se isso ocorrer, um teste completo deverá ser realizado e novamente caímos no problema do tempo excessivo que o teste leva para ser concluído. Existe também um terceiro problema, que é o fato de o Journal necessitar ser atualizado constantemente, o que reduz a velocidade de leitura e gravação em até 30% em relação ao EXT2. REISERFS: Esse sistema de arquivos está para o EXT2 e EXT3 assim como o NTFS está para o FAT. É um sistema de arquivos muito mais robusto e estável, onde a perda de dados é um fato muito raro. É mais moderno e inclui muitos recursos de proteção dos dados e do próprio sistema de arquivos no caso de desligamento incorreto. Uma outra característica do REISERFS é aproveitar melhor o espaço do disco, agrupando arquivos pequenos de forma que eles sejam gravados de forma contínua no disco. Por todos esses motivos, é o sistema de arquivos mais indicado atualmente. 5

6 CURSO MAURÍCIO TRIGUEIRO - PROF: PABLO LEONARDO ESTRUTURA DE DIRETÓRIOS DO LINUX Uma das principais diferenças do Linux em relação ao Windows é sua estrutura de pastas. O diretório raiz está tomado pelas pastas do sistema e espera se que o usuário armazene seus arquivos dentro da sua pasta que se encontra no diretório /home. Uma outra diferença é que discos e partições não aparecem como unidades e sim como itens do grande diretório, chamado diretório Raiz ou simplesmente /. Dentro do diretório / encontramos todos os arquivos, partições e também CD ROM, Disquete, etc. Conheça algumas das pastas encontradas no diretório raiz do Linux: /bin: armazena os executáveis de alguns comandos básicos do sistema, como su, tar, cat, rm, pwd, etc. /usr: é o diretório que possui mais arquivos em qualquer distribuição Linux. Armazena todos os executáveis e bibliotecas dos principais softwares instalados. /usr/bin: armazena programas e atalhos para programas. Caso seja necessário localizar o executável de um programa instalado no computador, certamente essa busca deverá ser iniciada no diretório /usr/bin. /usr/lib: é outro diretório bastante populado no Linux. Armazena as bibliotecas dos principais programas instalados. Bibliotecas tem funções parecidas com as dos arquivos.dll do Windows. As biblitecas com extensão.a são chamadas de estáticas e fazem parte de um programa específico, enquanto que as terminadas em.so.versão (xxx.so.1, por exemplo) são compartilhadas, ou seja, usadas por vários programas.

CURSO MAURÍCIO TRIGUEIRO - PROF: PABLO LEONARDO /boot: como é de se esperar, armazena o kernel e os arquivos de inicialização do sistema. Esses arquivos são usados por um programa chamado lilo, que é o gerenciador de boot do Linux /dev: não armazena arquivos salvos no disco rígido, mas sim ponteiros para acessar algum dispositivo de hardware. Temos por exemplo, o arquivo dev/dsp que contém informações que serão reproduzidas pela placa de som, ou ainda o dev/mouse, que contém informações enviadas pelo mouse. /etc: contém arquivos de configuração do sistema, substituindo, de certa forma, o registro do Windows. O usuário pode editar as configurações do sistema manualmente através desse diretório, embora o Linux tenha vários utilitários de configuração do sistema. /home: Diretório contendo os arquivos dos usuários. Cada usuário tem um sub diretório dentro deste diretório. /lib: Arquivos essenciais para o funcionamento do Linux e também para os módulos do kernel. /mnt: Ponto de montagem temporário. /proc: Sistema de arquivos do kernel. /root: É um diretório HOME do superusuário (administrador root). Embora não seja o recomendado, o usuário pode criar pastas no diretório raiz e salvar seus arquivos nessas novas pastas 7 ALGUNS PROGRAMAS PRESENTES NAS DISTRIBUIÇÕES LINUX Cedega, Wine e VMware Há algum tempo atrás, não existia compatibilidade alguma entre Linux e Windows, ou seja, programas que eram desenvolvidos para Windows não podiam ser executados em Linux. Hoje em dia, a realidade é outra, pois já existem programas que permitem simular um ambiente Windows mesmo quando o sistema operacional em uso é o Linux e com isso, programas que foram feitos para o ambiente Windows, podem ser executados em distribuições Linux. Como exemplos desses simuladores podemos citar o Cedega, o Wine e também o VMware. Konqueror É um navegador contido no gerenciador de janelas KDE. É super versátil e rápido e também funciona como um excelente gerenciador d arquivos, podendo ser comparado ao Windows Explorer.

8 CURSO MAURÍCIO TRIGUEIRO - PROF: PABLO LEONARDO Gaim, Kopete, Sim, Amsn e Skype Esses são mensageiros instantâneos presentes em algumas distribuições linux. Kaffeine, Xine, gxine, Toten, RealPlayer Trata se de softwares que executam arquivos de vídeo no Linux. OpenOffice, BrOffice, Koffice, Abiword, Vi e Gnumeric Trata se de suites de aplicativos de escritório (textos, planilhas eletrônicos, apresentações, etc). Os aplicativos Abiword e Vi não são suítes de aplicativos e sim editores de textos, da mesma forma que Gnumeric é uma planilha eletrônica.

CURSO MAURÍCIO TRIGUEIRO - PROF: PABLO LEONARDO XMMS e Amarok Programas próprios para execuão de arquivos de áudio. 9 Gimp, Inkscape, Sodipodi, Karbon14 OpenOffice Draw São programas para edição de imagens e desenhos vetoriais. Mozilla Thunderbird, Evolution e Kmail São softwares clients de e mail. COMANDOS BÁSICOS DO LINUX $ ls Lista arquivos e diretórios; $ clear Limpa a tela do prompt; $ pwd Exibe o nome e caminho do diretório atual; $ cd Entra em um diretório; $ mkdir Cria um diretório no sistema; $ rmdir Remove um diretório vazio do sistema $ cat Mostra o conteúdo de um arquivo de texto; $ cp Copia arquivos; $ rm Apaga arquivos ou diretórios; $ mv Move ou renomeia arquivos ou diretórios; $ df Exibe informações sobre as partições do sistema; $ du Exibe espaço ocupado por arquivos e sub diretórios no diretório atual; $ find Procura por arquivos ou diretórios no disco; $ free Mostra detalhes da Memória RAM do sistema; $grep Procura por um texto dentro de um arquivo; $ head Mostra as linhas iniciais de um arquivo de texto; $ tail Mostra as linhas finais de um arquivo de texto; $ more É usado para leitura de arquivos que ocupam mais de uma tela; $ Locate Localiza rapidamente arquivos pelo nome; $ Time Mostra o tempo gasto para executar um processo; $ Su Permite executar comandos como outro usuário, sem ter que fazer logoff; $ Sudo Variação do comando Su; $ Reboot Reinicia o computador; $ ps Lista os processos em execução; $ Kill Encerra processos em execução;

10 CURSO MAURÍCIO TRIGUEIRO - PROF: PABLO LEONARDO $ w Lista os usuários logados no sistema; $ Who Lista os usuários logados no sistema; $ Finger Exibe dados de um determinado usuário; $ Manual Acessa o manual de cada comando; $ Stat Exibe informações detalhadas de um arquivo ou diretório $ Vi Abre o editor de textos # Shutdown h now Desliga o computador # Shutdown r now Reinicia o computador # hostname Muda o nome do computador; # chmod Muda as permissões de acesso de arquivos e diretórios # chgrp Muda o grupo de um arquivo ou diretório; # chown Muda o dono do arquivo ou diretório # adduser Adiciona um usuário ao sistema; # passwd Altera a senha do usuário; # userdel Exclui um usuário do sistema; # cal Mostra o calendário; # Nice Altera prioridade das operações 01) Com relação ao Linux, observe as afirmativas a seguir. I - Desenvolve seus drivers de forma livre e com código fonte (compiláveis) via engenharia reversa ou com base nas informações que são disponibilizadas por fabricantes que apóiam o software livre. II - Possui interface gráfica intuitiva, que, bem configurada e rodando sobre hardware compatível, fornece usabilidade equivalente para a grande maioria das atividades de informática atuais. III- Muito usado em desktops, exige mais reboots e reformatações, devido a instalação de novos programas e à instabilidade do sistema em relação à propagação de vírus oriundos de periféricos removíveis. É(são) correto(s) apenas a(s) afirmativa(s) a) I b) II c) III d) I e II e) II e III EXERCÍCIOS 02) Em um sistema operacional Linux, o comando a) mv serve para copiar um arquivo. b) Who serve para verificar todos os administradores cadastrados no sistema. c) echo serve para exibir a diferença entre dois ou mais arquivos. d) vi serve para iniciar o editor de texto. e) mkdir serve para lista um diretório. 03) Em um sistema operacional Linux, o comando a) kill serve para reinicializar o sistema. b) ls serve para serve para mover um arquivo. c) man serve para obter documentação on-line. d) clear serve para limpar a memória do computador. e) pwd serve para alterar a senha (password) do usuário. 04) O sistema operacional Linux não é a) capaz de dar suporte a diversos tipos de sistema de arquivos. b) um sistema monousuário. c) um sistema multitarefa. d) capaz de ser compilado de acordo com a necessidade do usuário. e) capaz de suportar diversos módulos de dispositivos externos.