REGULAMENTO DE LIQUIDAÇÃO E COBRANÇA DE TAXAS, EMOLUMENTOS S E OUTRAS RECEITAS DA AUTORIDADE REGULADORA DAS A AQUISIÇÕES PÚBLICAS (ARAP)

Documentos relacionados
Programa Incentivo Normas de execução financeira. 1. Âmbito do financiamento

Custos do Mercado. Regulamento n.º 1/2005, de 22 de Janeiro de 2007 B.O n.º 4 - I Série

ORIENTAÇÃO DE GESTÃO N.º 01.REV2/POFC/2013

EM QUE CONSISTE? QUAL A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL?

FREGUESIA DE QUIAIOS NIPC

Decreto-Lei n.º 154/2003 de 15 de Julho

Principais medidas decorrentes do Decreto-Lei 197/2012, de 24 de Agosto:

ARGANIL INVESTE MAIS REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS ECONÓMICAS DE INTERESSE MUNICIPAL. Nota Justificativa

Programa Gulbenkian de Língua e Cultura Portuguesas REGULAMENTO DO CONCURSO DE APOIO A CONGRESSOS NOS DOMÍNIOS DA LÍNGUA E DA CULTURA PORTUGUESAS

CALHETA D ESPERANÇAS

DECRETO N.º 238/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

RESOLUGÃO CFP N 002/98 de 19 de abril de O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais,

REGULAMENTO DOS REGIMES DE REINGRESSO E DE MUDANÇA DE PAR INSTITUIÇÃO/CURSO

Regime fiscal das fundações. Guilherme W. d Oliveira Martins FDL

REGULAMENTO DAS SOCIEDADES PROFISSIONAIS DE CONTABILISTAS CERTIFICADOS E SOCIEDADES DE CONTABILIDADE

Bélgica-Bruxelas: Programa de informação e empresarial da UE em Hong Kong e Macau 2014/S Anúncio de concurso. Serviços

SUPERVISÃO Supervisão Comportamental

NORMA DE ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS NORMATIVOS - NOR 101

SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS CIRCULAR SUSEP N.º 528, DE 25 DE FEVEREIRO DE 2016.

Minuta de Instrução Normativa

CAPÍTULO XI FINANÇAS

SUPERVISÃO Supervisão Comportamental

EMISSOR: Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social

PROSPETO INFORMATIVO EUR BAC DUAL PORTUGAL PRODUTO FINANCEIRO COMPLEXO

CONTRATO DE LICENÇA DO UTILIZADOR PARA PRODUTOS DE SOFTWARE DA STONERIDGE ELECTRONICS LTD

PROJETO DE CONVITE À APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA FINANÇAS E TRABALHO, SOLIDARIEDADE E SEGURANÇA SOCIAL Diário da República, 1.ª série N.º 64 1 de abril de 2016

Despacho n.º /2015. Regulamento Académico dos Cursos de Pós-Graduação não Conferentes de Grau Académico do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria)

A LEI DE BASES DA ECONOMIA SOCIAL (LBES) PALAVRAS-CHAVE: Lei de Bases Economia Social Princípios estruturantes - CRP Princípios orientadores - LBES

ÁGUAS DO CENTRO ALENTEJO, S.A. PROGRAMA DE PROCEDIMENTO

MANUAL DE PROCEDIMENTO V.WEISS & CIA LTDA PROCEDIMENTO PADRÃO PARA VIAGEM A SERVIÇO ATUALIZADO: JULHO/2015 V.WEISS & CIA LTDA

REGULAMENTO DO AUTOCARRO E CARRINHA

Alemanha-Francoforte no Meno: BCE - T141 Plataformas de elevação 2014/S Anúncio de concurso. Fornecimentos

RENDIMENTOS DE CAPITAIS

LEI COMPLEMENTAR Nº 271, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2014 A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA APROVA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI COMPLEMENTAR:

Senado Federal Subsecretaria de Informações DECRETO Nº 2.794, DE 1º DE OUTUBRO DE 1998

Gabinete do Prefeito DECRETO Nº 4049, DE 29 DE AGOSTO DE 2013.

Como Pagar Sou Empregador Atualizado em:

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS. 2- Nos termos da alínea a) do artº. 2º. do decreto-lei nº. 241/2007 entende-se por Bombeiro : CAPÍTULO II REGALIAS

PREÇOS DOS SERVIÇOS DE ACREDITAÇÃO DE ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO E DE INSPEÇÃO

REGULAMENTO DA POLÍTICA DE MANUTENÇÃO E GUARDA DO ACERVO ACADÊMICO DA ESCOLA DE DIREITO DE BRASÍLIA EDB

Capítulo I Disposições Gerais

Portaria n.º 1323-B/2001

a417b20d79cc4cca821fc913a9bf9d64

Consulta - Serviços Especializados de Produção Fotográfica para imprensa para promoção do PORTUGAL SOU EU

Anúncio de concurso. Fornecimentos

INSTRUÇÃO NORMATIVA IN Nº 011 Declaração de Isenção de Licenciamento Ambiental DILA

Anúncio de adjudicação de contrato

UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA Faculdade de Ciências Médicas Conselho Executivo

Dispõe sobre autorização de afastamento do País de servidores e empregados do Ministério da Fazenda e suas entidades vinculadas.

PROSPECTO INFORMATIVO Depósito Indexado - Produto Financeiro Complexo

RECOMENDAÇÃO nº 16/2016

ESTATUTOS DA FUNDAÇÃO DOS LIONS DE PORTUGAL (Despacho da Presidência Conselho de Ministros de )

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Gabinete do Reitor

MUNICIPIO DE MESÃO FRIO

Tunísia Atualizado em:

Conselho Local de Ação Social de Figueira de Castelo Rodrigo

Linha de Crédito PME CRESCIMENTO 2014 (Condições da Linha)

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 18/XII. Exposição de Motivos

Assunto: Consulta Prévia para Prestação de Serviços de Consultoria-formativa e formação no âmbito do Programa CONVITE. Exmos. Senhores.

REGULAMENTO. Campanha Pré-Compra do Galaxy S7 edge S7. 1. Definições

RESOLUÇÃO Nº ANTAQ, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2012.

INSTRUÇÃO INFORMÁTICA N.º 36/2007 CONTROLO DE PRAZOS DE REGULARIZAÇÃO DE SINISTROS DE DANOS MATERIAIS COM DANOS CORPORAIS

Manual do Revisor Oficial de Contas. Recomendação Técnica n.º 5

UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO REGULAMENTO DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

2.2 - São condições para nomeação:

Coordenação-Geral de Tributação

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 25, DE 15 DE ABRIL DE 2003

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE DE BAYU-UNDAN

O presente anúncio no sítio web do TED:

Regulamento das provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência do Curso de Licenciatura em Enfermagem da ESEL dos

CONCURSO PÚBLICO CESSÃO DE DIREITO DE OCUPAÇÃO CORETO DA PRAÇA DO ALMADA

Regulamento do Centro de Investigação em Estudos da Criança CIEC

REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DOS DOCENTES DA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DA UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA. Artigo 1.º Âmbito de aplicação

Bélgica-Geel: Fornecimento, instalação e manutenção de um sistema de digestão por micro-ondas de alta pressão e alta temperatura 2013/S

HASTA PÚBLICA PROGRAMA DO CONCURSO

5. Relações Interfinanceiras e Interdependências. 1. Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papéis. 2. Créditos Vinculados/Obrigações Vinculadas

Instruções para o cadastramento da Operação de Transporte e geração do Código Identificador da Operação de Transporte CIOT.

Instrução Normativa RFB nº 1.127, de 7 de fevereiro de 2011

Bélgica-Bruxelas: Auditoria financeira e de conformidade de partidos políticos e fundações políticas ao nível europeu 2016/S

O CONGRESSO NACIONAL decreta: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

RESOLUÇÃO Nº Dispõe sobre o Adicional de Qualificação no âmbito da Justiça Eleitoral.

Centro de Estudos e Pesquisas 28 Organização Social em Saúde - RJ CNPJ nº /

PORTARIA Nº 72, DE 01 DE FEVEREIRO DE 2012

NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO DOS CURSOS DE LICENCIATURA

ORIENTAÇÕES SOBRE CONCILIAÇÃO BANCÁRIA (ELABORAÇÃO E ENCAMINHAMENTO AO AUDESP)

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 810

Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

RESOLUÇÃO Nº 46/2011, de 03 de novembro de 2011.

02. (FCC MPE-RN/2012). A receita extraorçamentária em , em reais, era: (A) ,00 (B) ,00 (C) ,00

O PREFEITO MUNICIPAL DE RIBAS DO RIO PARDO, Estado de Mato Grosso do Sul, faz saber que o Plenário Aprovou a seguinte Lei.

REGIMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE VILA FLOR

D-Francoforte no Meno: Aluguer de salas de reuniões e conferências 2013/S Anúncio de concurso. Serviços

Transcrição:

REGULAMENTO DE LIQUIDAÇÃO E COBRANÇA DE TAXAS, EMOLUMENTOS S E OUTRAS RECEITAS DA AUTORIDADE REGULADORA DAS A AQUISIÇÕES PÚBLICAS (ARAP) Proposta de Decreto-Lei º /2017 De de O processo de transição de Cabo Verde, para um Estado Regulador, é consequência de vários fatores, em especial, a nova dinâmica económica do país assente no setor privado e da Reforma do Estado assente no propósito da consolidação do Estado de Direito Democrático consagrado na Constituição da República. A Reforma do Estado integrou várias etapas e decisões políticas, destacando a introdução da Regulação, nos processos de contratação pública que culminou, em especial, na adoção do Regime Jurídico de Contratação Pública e na criação e implementação de uma agência independente de regulação do setor, a Autoridade Reguladora das Aquisições Públicas (ARAP). A ARAP é uma entidade reguladora criada pelo Decreto-Lei nº 15/2008, de 8 de Maio, com base no disposto na Lei nº 14/VIII/2012 de 11 de Julho, alterada pela Lei nº 103/VIII/2016, de 6 de janeiro, autoridade administrativa independente, de base institucional, dotada de funções reguladoras, incluindo as de regulamentação, supervisão e saneamento das infrações, gozando de autonomia financeira, administrativa e patrimonial. A ARAP rege-se pelos estatutos aprovados pelo Decreto-Lei 55/2015 de 09 de Outubro, que lhe faculta uma natureza reguladora multidimensional: (1) Consultiva; (2) Auditoria; (3) Regulamentar; (4) Formação e 1/15

Acreditação; (5) Informação e Publicidade; (6) Tributária; (7) Sancionatória e (8) de Recurso Administrativo. Nos últimos anos, a ARAP desempenha quase todas as funções definidas no âmbito das suas competências, no entanto, ainda subsiste o desafio de implementação de um conjunto de mecanismos criados pelo regime jurídico da contratação pública e pelos Estatutos da ARAP, que criem condições para autonomia financeira da entidade. A autonomia financeira, uma das componentes que definem a ARAP como entidade de regulação, é condição fundamental para a prossecução dos objetivos e princípios com plenitude, eficiência e eficácia. O alcance efetivo da autonomia financeira, sem prejuízo da sua sustentação legal, é a grande aposta institucional como reforço da transparência institucional no desempenho das suas competências ante os operadores económicos e cidadãos e independência político-administrativa. A ARAP tem adotado ao longo dos anos, um conjunto de ferramentas e mecanismos que pretendem garantir o equilíbrio entre interesses públicos e os interesses privados, como a universalização e igualdade dos serviços prestados, acesso a informação e promoção do desenvolvimento socioeconómico. É importante salientar a sua independência funcional, anunciada no artigo 6º dos estatutos, em que define ARAP como uma autoridade independente no desempenho das suas funções e não se encontra submetida à superintendência e nem à tutela do governo no que diz respeito ao exercício de funções de regulação. Nos termos do artigo 10º dos Estatutos da ARAP, de entre várias competências que lhe são legalmente cometidas, se destaca as atribuições de âmbito tributário. 2/15

Em especial relativamente à competência tributária, a ARAP pode proceder, quando aplicável, à fixação e arrecadação de receitas enquanto contrapartida para atos de regulação. Os estatutos da ARAP definem, nos termos do artigo 43º como receitas da instituição, entre outros, as taxas devidas pelas prestações de serviços, e os emolumentos arrecadados através de contratos adjudicados. O presente Regulamento tem por objeto estabelecer as taxas e o regime de liquidação e cobrança das receitas da ARAP. Ao abrigo do artigo 43.º do Decreto-Lei n.º 55/2015, de 9 de Outubro, e dos artigos 189º a 197º do Código da Contratação Pública aprovado pela Lei nº 88/VIII/ 2015 de 14 de Abril; e No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Objeto 1. O presente diploma estabelece, nos termos da lei, os princípios, disposições e regras respeitantes à liquidação, cobrança e pagamento das taxas, emolumentos, e outras receitas fixados por lei e no âmbito das atribuições da ARAP. 2. O presente diploma, ainda tem por objeto, a aprovação em anexo, da tabela de taxas a cobrar pela prestação de serviços de ARAP. 3/15

3. O presente diploma não se aplica às situações e casos em que a fixação, a liquidação, a cobrança das taxas e emolumentos obedeça a normativos legais específicos. 4. O presente diploma aplica-se às taxas, e emolumentos legalmente fixados no âmbito da regulação relativa à contratação pública. Artigo 2.º Princípios O presente diploma, sem prejuízo dos princípios consagrados no âmbito das relações jurídico-tributárias, rege-se pelos princípios da Boa-fé, Legalidade, Transparência, Imparcialidade, Proporcionalidade, Igualdade e Equidade. Artigo 3.º Incidência Subjetiva 1. O sujeito ativo da relação-jurídico geradora da obrigação do pagamento das taxas e emolumentos ao presente diploma é a ARAP. 2. São sujeitos passivos das taxas previstas neste diploma, as pessoas singulares e ou coletivas, e outras entidades legalmente equiparadas, representadas pelas pessoas que, legalmente ou de fato, efetivamente as administrem, que estejam vinculadas ao cumprimento da prestação das taxas, nos Estatutos da ARAP em vigor. 4/15

Artigo 4.º Incidência Objetiva 1. As taxas e emolumentos são prestações fixadas no âmbito das atribuições da ARAP, de acordo com os princípios previstos no Código da Contratação Pública e o Regime Geral de Taxas e Contribuições a favor das entidades públicas, que traduzindo o custo da atividade reguladora, incide sobre os serviços prestados aos particulares ou geradas pela atividade da ARAP. 2. Compete à ARAP, nos termos da lei, assegurar a liquidação das receitas, provenientes de: a) Emolumentos arrecadados através dos contratos adjudicados, nos termos definidos na tabela de emolumentos prevista no artigo 43º dos Estatutos de ARAP; b) Taxas devidas pela prestação dos seus serviços, nos termos definidos no Anexo I, a este diploma; 3. Sem prejuízos das isenções fixadas por lei, os emolumentos arrecadados pela ARAP, equivalem ao valor de cinco décimos de porcento ( 0,5 % ) do valor total do contrato sujeito a registo, no entanto, devendo obedecer os limites dos montantes máximos fixados na tabela de emolumentos a que se refere a alínea b) nº1 do artigo 43º dos Estatutos da ARAP. Artigo 5.º Fundamentação económico-financeira A fixação das taxas e dos emolumentos visam a sustentabilidade económica e financeira da atividade da ARAP, e o bom funcionamento dos serviços prestados, 5/15

refletindo nomeadamente, os custos dos recursos internos e externos, gastos nos trabalhos de regulação, e os custos inerentes ao funcionamento do serviço. CAPITULO II LIQUIDAÇÃO Artigo 6.º Liquidação A liquidação das receitas consiste na determinação do montante a pagar e resulta da aplicação das taxas e emolumentos previstos na lei. Artigo 7.º Procedimento na Liquidação 1. A liquidação das taxas e emolumentos da ARAP é feita através do DUC, Documento Único de Cobrança. 2. Os serviços da ARAP responsáveis pela administração das receitas, devem emitir o DUC, e fornecer diretamente ao sujeito passivo, no qual se deverá fazer referência aos seguintes elementos: a) Identificação do organismo ou serviço processador; b) Data da emissão; c) Identificação do sujeito passivo e número de identificação fiscal; d) Discriminação da natureza da receita, com o respetivo enquadramento legal; e) Montante da receita; f) Data limite de pagamento; g) Descrição do recebimento e o período a que respeita a cobrança. 6/15

Artigo 8.º Do pagamento dos emolumentos 3.1. As entidades adjudicantes integradas no mesmo sistema eletrónico do de pagamento do Governo que a ARAP, devem proceder a retenção do valor de cinco décimos de porcento (0,5%) do valor total do contrato, devendo esse montante ser transferido para a conta da ARAP. 4.2. As entidades adjudicantes integradas no sistema eletrónico de pagamento municipal devem proceder a retenção do valor de cinco décimos de porcento (0,5%) do valor total do contrato, devendo esse montante ser transferido para a conta da ARAP. 5.3. As demais entidades adjudicantes, devem informar a ARAP da minuta do contrato aprovado, devendo os serviços responsáveis pela administração das receitas da ARAP emitir um DUC, conforme o artigo anterior, para efeitos do pagamento do valor de cinco décimos de porcento (0,5%) do valor total do contrato, devendo esse montante ser transferido para a conta da ARAP. 6.4. Nos casos em que retenção não tenha sido realizada nos termos definidos no presente diploma, e a ARAP não tenha sido informada de eventuais minutas de contratos aprovados, a ARAP uma vez tomado 7/15

conhecimento, efetua a cobrança posterior dos emolumentos, acrescido de uma taxa de juros de XXXX, % ao ano. Artigo 9.º Procedimento na Liquidação das taxas 1. A liquidação da taxa far-se-á nos termos dos respetivos documentos de cobrança. 2. O DUC é apresentado no ato do pagamento, sendo a dívida que titula, satisfeita por inteiro nesse mesmo ato. Artigo 10.º Notificação da Liquidação 1. A liquidação será notificada ao interessado por carta e/ou correio eletrónico, salvo nos casos em que, nos termos da lei, não seja obrigatório. 2. Da notificação da liquidação devem constar: a) Conteúdo da deliberação ou sentido da decisão; b) Os fundamentos de fato e de direito; c) O prazo de pagamento voluntário; d) A advertência de que a falta de pagamento estabelecido, quando a este haja lugar, implica a cobrança coerciva da dívida; e) O DUC. Artigo 11.º Garantias 1. A liquidação pode ser reclamada ou impugnada pelo sujeito passivo, nos termos previstos no Código Geral Tributário. 8/15

2. A reclamação visa a anulação total ou parcial da decisão de aplicação de taxas ou emolumentos, ou a declaração de nulidade dos mesmos, e depende de iniciativa do sujeito passivo quando se verifiquem quaisquer ilegalidades, nomeadamente: a) Errónea quantificação das taxas ou emolumentos, incluindo a inexistência total ou parcial do fato tributário; b) Incompetência material e formal; c) Ausência ou vício da fundamentação legalmente exigida; d) Preterição de outras formalidades legais. 3. Não pode ser deduzida reclamação quando tiver sido apresentada impugnação judicial com o mesmo fundamento. Artigo 12.º Notificação insuficiente 1. Se a notificação da liquidação não contiver a fundamentação legalmente exigida, ou outros requisitos exigidos por este diploma, pode o sujeito passivo, dentro de trinta dias, requerer a notificação dos requisitos que tenham sido omitidos. 2. Se o interessado usar da faculdade concedida no número anterior, o prazo para a reclamação, ou impugnação conta-se a partir da notificação que cumpra os requisitos legalmente exigidos. CAPITULO III COBRANÇA Artigo 13.º 9/15

Prazo As taxas e os emolumentos devem ser pagas no prazo que consta do DUC, no local e pelos meios legalmente permitidos. Artigo 14.º Forma de Pagamento 1. O pagamento das taxas e emolumentos devem ser efetuados mediante moeda corrente, cheque, débito em conta, transferência bancária, e outros meios de pagamento do tipo e com as características dos utilizados pelas instituições de crédito ou previstos na lei. 2. Após o pagamento, o sujeito passivo deve remeter o respetivo comprovativo à ARAP. Artigo 15.º Pagamento Voluntário 1. Constitui pagamento voluntário, aquele que é efetuado dentro do prazo estabelecido no DUC. 2. Se não for estabelecido prazo de pagamento, este será de cinco (5) dias úteis após a notificação da liquidação. Artigo 16.º Reembolsos 1. A administração tributária deve proceder à devolução, no prazo de trinta (30) dias, aos reembolsos que resulte de pagamento a mais ou indevida, salvo quando no âmbito de qualquer processo pendente tenha sido constituída garantia, caso em que o reembolso deve ser feito imediatamente. 10/15

2. Os reembolsos são efetuados por transferência conta a conta, sempre que o sujeito passivo indique os dados necessários ou, na ausência de tais dados, por meio de cheque. 3. São competentes para processar aos reembolsos previstos na lei, os serviços da Direcção Nacional das Receitas do Estado e da Direção Geral do Tesouro. 4. O direito ao reembolso das prestações realizadas sem fundamento legal prescreve no prazo de oito (8) anos, contados a partir da data em que os montantes são devidos. Artigo 17.º Isenções As isenções previstas na Tabela anexa aos Estatutos da ARAP foram ponderadas em função da manifesta relevância da atividade desenvolvida pelos respetivos sujeitos passivos visando contribuir com maior competitividade da economia. Artigo 18.º Mora do devedor 1. O não pagamento das dívidas no prazo para cumprimento voluntário determina: a) Constituição em mora do devedor; b) Extração da certidão de dívida para efeitos de cobrança coerciva. Artigo 19.º Cobrança coerciva 11/15

1. Findo o prazo de pagamento voluntário das taxas, e emolumentos que constituem débitos da ARAP, aplica-se as disposições do Código Execução Tributária. 2. Consideram-se em débito todas as taxas e outras receitas da ARAP relativamente às quais a ARAP usufrui do fato ou do benefício, sem o respetivo pagamento. CAPITULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 20.º Legislação subsidiária De acordo com a natureza das matérias, às relações jurídico-tributárias geradoras da obrigação de pagamento de taxas, aplicam-se, subsidiariamente: a) O Código Tributário; b) Regime Geral das Taxas e das Contribuições; c) Regime Geral da Contraordenação; d) Código das Execuções Tributárias. Artigo 21.º Entrada em Vigor O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Aprovado em Conselho de Ministros de.. Ulisses Correia e Silva, 12/15

Olavo Avelino Garcia Correia Promulgado em.. Publique-se O Presidente da República, JORGE CARLOS ALMEIDA FONSECA 13/15

ANEXO I Tabela de Taxas devidas pela prestação de serviços (a que se refere a alínea a) do nº1 do artigo 43º do Estatuto da ARAP pela emissão de cópias e de certidões 1.Certidões de não exclusão nos procedimentos de contratação pública, até uma página - 1000$00; 2.Cópias autenticadas de documentos arquivados: 2.1. Até quatro (4) páginas, inclusive 20$00 2.2. A partir da quinta página, cada página adicional 10$00 3. Cópias simples: 3.1. A preto e branco, em suporte papel, em formato A4 5$00 por página. 3.2. A cores, em suporte papel, em formato A4 (quando expressamente requeridas) 50$00 por página. 3.3. Em suporte papel, noutros formatos (quando aplicável) acresce 50$00 por página aos valores correspondentes ao formato A4. 4. Cópias simples em suporte digital 50$00 (CD- ROM/DVD-ROM) + 10$00 por página (apenas aplicável aos processos digitalizados). 5. Pela emissão de documentos referidos nos números 1 a 3, quando requerida com caráter de urgência, serão cobradas as taxas previstas nesta Tabela, acrescidas de 50 %, desde que o pedido seja satisfeito no prazo de dois (2) dias úteis. 14/15

6. Os referidos documentos poderão, a pedido expresso do requerente e quando o volume das cópias requeridas o permita, ser remetidos pelo correio. Para o efeito, para além das taxas fixadas nos números 1 a 4, o requerente terá de suportar: 6.1. Nos casos previstos nos números 1 e 2 a taxa fixada pelo operador postal para o efeito acrescida de 10$00 por página enviada. 6.2. No caso referido no n.º 3 a taxa fixada pelo operador postal para o efeito acrescida de 50$00. 7. A pedido expresso do requerente e quando o tamanho dos ficheiros o permita, os documentos referidos no n.º 3 poderão ser remetidos por correio eletrónico. 8.No caso de levantamento das certidões ou cópias nas instalações da Autoridade Reguladora das Aquisições Publicas, as taxas previstas nos números 1 a 4 são cobradas no ato do levantamento dos documentos e após a prestação do serviço solicitado, podendo, porém, ser exigido, a título de preparo, o pagamento antecipado do custo provável do ato a praticar pelos serviços. 9.No caso de remessa das certidões ou cópias por via postal ou por correio eletrónico, a remessa apenas será efetuada após pagamento das taxas estabelecidas nos números 1 a 5. 15/15