SISTEMAS CONTROLO DE SUPERFÍCIES DE COMANDO DE VOO

Documentos relacionados
Ensaio da Máquina Síncrona

Universidade Técnica de Lisboa

Electrotecnia e Máquinas Eléctricas

CONVERSOR CA/CC TRIFÁSICO COMANDADO

MÁQUINAS ELÉCTRICAS I

Fundamentos de Energia Eléctrica. Ensaio da Máquina Síncrona

MÁQUINAS ELÉCTRICAS I

ELECTRÓNICA DE POTÊNCIA

Universidade Técnica de Lisboa

ACCIONAMENTOS E VEÍCULOS ELÉCTRICOS

Nome do Aluno Assinatura Nome do Aluno Assinatura. Parte Experimental

Temática Máquinas Eléctricas Capítulo Máquina Síncrona Secção LIGAÇÃO À REDE INTRODUÇÃO

MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA

O MOTOR DE INDUÇÃO - 1

MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA

SEL330 LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA PRÁTICA #4 MÁQUINAS DE CORRENTE CONTÍNUA PARTE 1 CARACTERIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO COMO GERADOR

Laboratórios de Sistemas Electromecânicos

Característica de Regulação do Gerador de Corrente Contínua com Excitação Independente

TRABALHO 2 Amplificadores Operacionais e Diodos

Professor: Cleyton Ap. dos Santos. E mail:

Máquina Assíncrona COMANDO

LABORATÓRIO INTEGRADO II

Considere uma máquina síncrona trifásica de ímanes permanentes com as seguintes características: S N =3kVA U N =260V p=3 ψ f0 =0.7Wb, Ls=5mH, rs=1ω.

AULAS UNIDADE 1 MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS (MAE) Prof. Ademir Nied

Ensaio 8: Motor CC Característica Velocidade-Carga

Máquina de Indução - Lista Comentada

Integrantes do Grupo

- Trabalho Laboratorial nº4 - - Transformadores -

A) Ensaios de uma máquina síncrona convencional (Trabalho de Grupo) B) Ensaios de máquinas síncronas especiais (Demonstração)

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO. Conversores Electrónicos de Potência Comutados a Alta Frequência 5º TRABALHO DE LABORATÓRIO (GUIA) INVERSOR MONOFÁSICO

Controlo por fase de uma carga indutiva

Ensaio 6: Característica de Tensão-Carga de Geradores CC: Excitação Independente, Shunt Auto- Excitado e Série

SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DE GERADOR SINCRONO

12 FUNCIONAMENTO DO MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA

Pontifícia Universidade Católica do RS Faculdade de Engenharia

8 CARACTERÍSTICA TERMINAL DO GERADOR DE CORRENTE CONTÍNUA DE EXCITAÇÃO INDEPENDENTE

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. É característica que determina a um transformador operação com regulação máxima:

Montagens Básicas com Díodos

Capítulo 1 Introdução aos princípios de máquinas 1. Capítulo 2 Transformadores 65. Capítulo 3 Fundamentos de máquinas CA 152

EXP 05 Motores Trifásicos de Indução - MTI

MÁQUINAS E ACIONAMENTOS ELÉTRICOS. Prof. Hélio Henrique Cunha Pinheiro Curso: Eletrotécnica (integrado) Série: 4º ano C.H.: 160 aulas (4 por semana)

Laboratório de Conversão Eletromecânica de Energia B

Pontifícia Universidade Católica do RS Faculdade de Engenharia

1. Introdução No motor de indução trifásico com o rotor bobinado é possível utilizar, ou controlar, a energia disponível no circuito rotórico.

Questionário Escolhas Múltiplas CORRECÇÃO MÁQUINAS DE COLECTOR MECÂNICO (CORRENTE CONTÍNUA)

Máquinas elétricas. Máquinas Síncronas

Prof. Henrique Barbosa Edifício Basílio Jafet - Sala 100 Tel

SEL LABORATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS. Professores: Luís Fernando Costa Alberto, José Carlos de Melo Vieira Júnior, Elmer Pablo Tito Cari

PRÁTICAS DE LABORATÓRIO

lectra Material Didático COMANDOS ELÉTRICOS Centro de Formação Profissional

UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA ELECTRÓNICA GERAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE ENGENHARIA - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

TRABALHO 1 Leis de Kirchhoff, Equivalente de Thévenin e Princípio de Sobreposição

Experimento 3 Formação de um transformador trifásico

Cursos de Engenharia Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores. Electrónica I

COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO Certificação de Competências

A) 15,9 A; B) 25,8 A; C) 27,9 A; D) 30,2 A; E) 35,6 A.

Questionário Escolhas Múltiplas CORRECÇÃO

ÍNDICE Restrições impostas pela máquina eléctrica e pelo conversor Efeitos parasitas... 42

PEA2502 LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

Acionamentos Elétricos

Motores de Onda Trapezoidal

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular CONVERSORES DE ENERGIA Ano Lectivo 2011/2012

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

Ensaio 1: Medições Monofásicas Utilizando...

O campo girante no entreferro e o rotor giram na mesma velocidade (síncrona); Usado em situações que demandem velocidade constante com carga variável;

MÁQUINA DE INDUÇÃO FUNDAMENTOS DE MÁQUINAS DE CORRENTE ALTERNADA

Introdução às máquinas CA

Máquinas Elétricas. Máquinas Síncronas Parte I. Geradores

MÁQUINAS ELÉTRICAS. MÁQUINAS ELÉTRICAS Motores Síncronos Professor: Carlos Alberto Ottoboni Pinho MÁQUINAS ELÉTRICAS

Sumário. CAPÍTULO 1 A Natureza da Eletricidade 13. CAPÍTULO 2 Padronizações e Convenções em Eletricidade 27. CAPÍTULO 3 Lei de Ohm e Potência 51

Para o circuito da armadura pode-se escrever as seguintes relações:

ELECTRÓNICA DE POTÊNCIA

LABORATÓRIO DE ELETROTÉCNICA GERAL MOTORES DE INDUÇÃO 1 - LIGAÇÕES código: MOT1 RELATÓRIO -

CIRCUITO EQUIVALENTE MAQUINA

ElectroMec. Docente: Programa Bibliografia TPs Avaliação.

CONTROLE TRADICIONAL

Eng. Everton Moraes. Método LIDE - Máquinas Elétricas

Motores de Alto Rendimento. - Utilizam chapas magnéticas de aço silício que reduzem as correntes de magnetização;

PÓS-GRADUAÇÃO PRESENCIAL MARINGÁ

PRINCÍPIO. niveau : Bases da engenharia electrotécnica ou área de especialização

Conversão de Energia II

ESCOLA SECUNDÁRIA MANUEL DA FONSECA - SANTIAGO DO CACÉM

ELECTRÓNICA I. ANÁLISE EM CORRENTE ALTERNADA DE UM CIRCUITO RC Guia de Montagem do Trabalho Prático

ACIONAMENTO DE MÁQUINAS

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE ENGENHARIA - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETROTÉCNICA

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 7

Sensores de Velocidade

Electrónica Fundamental 10º ano

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia I Lista de Exercícios: Máquinas Elétricas de Corrente Contínua Prof. Clodomiro Vila.

Note os contatos auxiliares NF que fazem com que jamais as contactoras C1 e C2 possam ser energizadas simultaneamente.

Geratronic Ind. e Com.

Lista de Exercícios 2 (L2)

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA MOTOR SÍNCRONO. Joaquim Eloir Rocha 1

Geração de Energia Controle de Velocidade de Usinas Hidrelétricas

LABORATÓRIO ELETRO II EDIFÍCIOS/PROJETOS/PROC. PRODUÇÃO 1/9 EXPERIÊNCIA 5

Experimento Ensaio 01: Variação da tensão induzida no circuito do rotor em função da sua velocidade

Transcrição:

Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores Área de Energia LBORTÓRIO DE ITEM CONTROLO DE UPERFÍCIE DE COMNDO DE VOO (LIC. ENGENHRI EROEPCIL - viónica) ccionamentos com a máquina de corrente contínua: associação de um conversor electrónico a uma máquina de corrente contínua. Objectivos do trabalho - Mostrar as capacidades e limitações do funcionamento da máquina de corrente contínua em regimes de velocidade variável através do comando da tensão do induzido e do circuito de excitação. - Estabelecer quais as características que a fonte de alimentação deve apresentar em termos de polaridade da tensão, direccionalidade da corrente e transito de potência de acordo com as exigências do accionamento. 1

I- Esquema de ligações Neste trabalho de laboratório utiliza-se uma máquina de corrente contínua de excitação independente em funcionamento motor e que se encontra acoplada a uma máquina síncrona em funcionamento gerador como mostra a Figura 1. máquina de corrente contínua fornece potência mecânica ao gerador síncrono através do veio mecânico. Este por sua vez encontra-se ligado a uma carga resistiva de modo a dissipar a energia fornecida a ela pelo motor de corrente contínua, funcionando pois como carga deste. I DC W VDC Motor de Corrente Contínua Máquina íncrona CRG P DC P mot = Tω P V DC I DC Figura 1. Esquema de ligações das duas máquinas. Máquina de Corrente Contínua (Excitação independente) Uma máquina de corrente contínua é composta por dois circuitos eléctricos cujos terminais se encontram reunidos numa única placa de bancada conforme o esquema ao lado. O circuito de excitação, ou indutor, é um circuito passivo destinado a criar o campo magnético no entreferro. Não há conversão electromecânica de energia neste circuito. Toda a potência que o alimenta é perdida por efeito de Joule. No circuito do indutor (terminais CD) regula-se a corrente de excitação através da resistência de campo RC colocada em série com ele, figura 2. Por razões de segurança, esta corrente nunca deve ser interrompida durante o funcionamento da máquina. Por essa razão não existem fusíveis intercalados no circuito que a alimenta. Deverá ser o primeiro circuito a ser ligado e o último a ser desligado. C 1 D B 2

Legenda Dcc + Rc C D 1 -B: Induzido do motor de corrente contínua C-D: Excitação ou indutor da máquina de corrente contínua Rc: Resistência de campo (Máquina LEROY OMER: 1420Ω/0.45 ) Dcc: Disjuntor de corrente contínua Figura 2. Esquema de ligações do circuito indutor da máquina de corrente contínua. O circuito do induzido (terminais B) é o circuito principal da máquina, onde ocorre a conversão electromecânica de energia e no qual a potência em jogo é a mais importante. O esquema de ligações encontra-se na figura 3. O circuito do induzido é alimentado com uma fonte de tensão ajustável, construída com um autotransformador com regulação de tensão em carga e uma ponte de rectificação a díodos. Para simplificar as montagens, o voltímetro e amperímetro que medem os valores de tensão e corrente do lado contínuo foram integrados na montagem da ponte de rectificação bem como a necessária protecção que é realizada com um fusível, Fig. 3. R T N D C R T V 2 + - B utotransformador Rectificador + Medidas Figura 3. Esquema de ligações do circuito do induzido da máquina de corrente contínua. figura 4 mostra um esquema mais detalhado da ponte de rectificação usada, uma ponte de rectificação trifásica a díodos, alimentada por um transformador trifásico com conexões Y Y e ligada a uma carga, a máquina de corrente contínua. Fig. 5 representa as formas de onda das grandezas mais importantes, por exemplo para uma carga resistiva. Verifique que cada díodo conduz durante 120º, sendo que existem sempre dois díodos conduzindo e quatro bloqueados (salvo durante a comutação). 3

Figura 4. Ponte de rectificação trifásica a díodos (conversor electrónico). Figura 5. Formas de onda para uma carga resistiva. Máquina síncrona. máquina síncrona também é constituída por dois enrolamentos; um monofásico colocado no rotor (terminais JK) e um trifásico colocado no estator (terminais UVW). Estes terminais encontram-se reunidos numa única placa de bancada, cujo esquema se representa na Fig. 6(a). Na mesma placa encontra-se ainda montado um amperímetro para leitura da corrente do enrolamento JK. O circuito do indutor (terminais JK) é alimentado por uma fonte de tensão contínua de amplitude ajustável, permitindo ajustar a corrente de excitação entre o zero e um valor máximo. Nas máquinas da Leroy omer utiliza-se uma fonte de alimentação projectada para este efeito, Fig. 6(b). Esta fonte de alimentação dispõe de um cursor que permite variar a tensão aplicada ao circuito de excitação e assim variar a corrente. 4

J K U V W (a) Fonte de alimentação da bobina de excitação + - (b) Figura 6. (a) Terminais da máquina síncrona. (b) Excitação da máquina síncrona: fonte de alimentação de corrente contínua. Legenda J-K: Excitação da máquina síncrona O gerador síncrono é ligado a uma carga resistiva ligada em estrela através do esquema da Figura 7. O conjunto de ligações encontra-se integrado em uma montagem já existente na bancada. L1 V1 L2 L3 V2 R F U F V T F W Figura 7. Ligações entre o gerador síncrono e a carga resistiva. Carga resistiva Carga trifásica resistiva EELTE TUDIUM (Figura 8) - É constituída por um conjunto trifásico de resistências que se podem introduzir em paralelo aumentando a carga através de dois comutadores, um de regulação fina e o outro de regulação grossa. 5

Deve ter-se em atenção um outro comutador que selecciona a tensão máxima que o conjunto pode suportar (380/220V) ou (220/127V). Coloque este cursor na posição (220V/127V). Ligue a carga em estrela. Efectue a ligação da carga resistiva ao gerador síncrono conforme a Figura 8. Figura 7. Carga resistiva. 6

II - Condução do trabalho ntes de ligar o disjuntor de corrente alternada, efectuar os seguintes procedimentos para cada uma das máquinas: Máquina de corrente contínua: Verificar se o cursor do autotransformador está na posição zero. Colocar a resistência Rc aproximadamente na metade do seu percurso. Ligar o disjuntor Dcc; Máquina síncrona: Verificar se o cursor da fonte de alimentação do circuito de excitação está na posição zero. Verificar se os dois comutadores da carga resistiva estão na posição zero. 1ª PRTE a) Ligar o disjuntor de corrente alternada. Regular a tensão aos terminais do induzido do motor de corrente contínua até que atinja o seu valor nominal. c) justar a corrente de excitação de modo que a velocidade do motor seja próxima do seu valor nominal. d) plique à máquina de corrente contínua um binário de carga com metade do valor do seu binário nominal. d) Verificar com o osciloscópio as seguintes formas de onda: 1. Tensão Vcc aplicada à máquina de corrente contínua; 2. Corrente Icc na máquina de corrente contínua; 3. Velocidade da máquina de corrente contínua; d) Com a máquina no ponto de funcionamento anterior, varie a carga aplicada ao motor até que esta atinja o valor nominal. e) Verifique e justifique como proceder de modo a manter a velocidade da máquina às 1500 r.p.m. após o aumento da carga aplicada. 7

f) pós reduzir novamente a carga aplicada à máquina para metade do valor nominal, elabore um esquema de comando de modo a inverter a velocidade da máquina. Justifique este esquema. 8