EFICIÊNCIA DO INSETICIDA BF 314 NO CONTROLE DE PERCEVEJOS MIGRANTES DA SOJA NA CULTURA DO ALGODÃO (Gossypium hyrsutum L.)

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Transcrição:

EFICIÊNCIA DO INSETICIDA BF 314 NO CONTROLE DE PERCEVEJOS MIGRANTES DA SOJA NA CULTURA DO ALGODÃO (Gossypium hyrsutum L.) Santiago Bosch Cabral (FMC Química do Brasil Ltda), Leandro Anderlin Garcia (FMC Química do Brasil Ltda / leandro_garcia@fmc.com), Ricardo Camara Werlang (FMC Química do Brasil Ltda), José Geraldo dos Santos (FMC Química do Brasil Ltda ), Eduardo Machado (FMC Química do Brasil Ltda). RESUMO - Com o objetivo de avaliar a ação do inseticida BF 314 EC no controle do percevejo Piezodourus guidinii, foi realizado este trabalho na cultura do algodão, na Fazenda São Luis, município de São Desidério/BA. A aplicação foi realizada quando o algodão estava com 75 dias de emergido. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso possuindo 6 tratamentos e 4 repetições, sendo que cada parcela foi constituída por 8 linhas de algodão com 15 m de comprimento. Os tratamentos foram: BF 314 EC nas doses de 700, 770 e 840 g ha -1 de i.a; bifentrina (25 g ha -1 de i.a); metamidofós (420 g ha -1 de i.a); e testemunha. As avaliações foram realizadas aos três, seis e nove dias após a aplicação dos tratamentos (DAA) e consistiram na determinação do número de percevejos vivos por pano de batida. A eficiência de controle dos inseticidas foi calculada pela fórmula de Abbott. Pode-se concluir que BF 314 EC na dose de 840 g ha -1 de i.a, proporcionou controle excelente (100%) até 6 DAA, mantendo bom controle (75%) até aos 9 DAA, sendo semelhantes aos resultados de bifentrina. Já metamidofós não proporcionou controle satisfatório (abaixo de 50%) nas avaliações. Palavras-chave: Percevejos migrantes da soja, BF 314, bifentrina EVALUATION OF INSECTICIDE BF 314 IN THE CONTROL MIGRANT STINKBUG FROM SOYBEAN IN THE COTTON CROP (Gossyoium hyrsutum L.) ABSTRACT - In order to evaluate the effect of the insecticide BF 314 on stinkbug Piezodorus guidinii control, this study was accomplished in cotton crop, in São Luis farm, located in São Desiderio city, BA. The application was performed 75 days after cotton emergence. The experimental outline chosen was the use of random blocks holding 6 treatments and 4 replications each portion formed by 8 15-meterlong cotton lines. The treatments were: BF 314 at rates of 700, 770 e 840 g ha -1 de i.a; biphenthrin (25 g ha -1 de i.a); metamidofos (420 g ha -1 de i.a) and check. Evaluation were performed 3, 6 and 9 days after treatment application (DAA) and consisted in determining the number of living stinkbugs by evaluated unit. The effectiveness of insecticides control was calculated by the Abbott formula. It is possible to conclude that BF 314 at rate of 840 g ha -1 de i.a resulted in excellent control (100%) until 6 DAA, keeping good control (75%) until 9 DAA, thus being similar to biphenthrin results. Metamidofos, on its turn didn t result in satisfactory control (under 50%) on its evaluation. Key words: Migrant stinkbug, BF 314, biphenthrin

INTRODUÇÃO A planta de algodão é conhecida mundialmente como uma das mais sujeitas ao ataque de pragas. Os danos provocados pelas pragas podem reduzir a produtividade, como também afetar certas características das sementes e das fibras, depreciando-as para utilização comercial. Nos sistemas de produção agrícola o algodoeiro permanece por um período vegetativo maior que o das outras culturas, como por exemplo a soja e o milho. Ao final do ciclo da soja, e principalmente após a colheita da mesma, poderá ocorrer uma migração de percevejos desta cultura para a lavoura de algodão, principalmente nas variedades de ciclo mais tardios, que se encontram em fase final de florada ou também nas variedades que são menos pulverizadas. Estes percevejos migrantes poderão ocasionar danos aos botões florais, como também as maças em fase de enchimento. A mudança no modelo produtivo do algodão, requerendo altas tecnologias em grandes áreas mecanizáveis, fez com que a lavoura expandisse para novas áreas como o Maranhão, na região de Barreiras no cerrado baiano e no Mato Grosso que se tornou o maior produtor mundial. No Brasil e na maioria dos países onde o algodoeiro é cultivado comercialmente, o manejo de pragas que atacam esta cultura representa o seu principal problema. O sistema de produção lança mão dos inseticidas químicos, tornando-se dependente deste método de controle. Entretanto esta ferramenta deve ser utilizada corretamente no manejo de pragas na cultura do algodoeiro. O algodoeiro hospeda e reproduz várias espécies de insetos e ácaros que tornam o manejo de pragas uma das atividades mais importantes na cadeia produtiva. Assim como a cultura da soja, o algodoeiro também é atacado por percevejos que comprometem seriamente a produção. Durante a colheita da soja (fevereiro a maio), o algodoeiro está com aproximadamente 90 dias, encontrando-se no final da fase vegetativa e inicío da reprodutiva, ou seja, quando estiver apresentando os primeiros botões florais (MARUR e RUANO, 2002). De acordo com esses autores, nesse estádio de desenvolvimento a cultura algodoeira é atacada por percevejos, incluindo-se os que migram da cultua da soja, por ocasião da colheita, sendo esta a fase determinante da produção. Cruz Junior et al. (2003) observaram que os percevejos ocasionaram queda de maçãs da 1ª fase (maças até dez dias após a florada) e tanto 1 como 2 percevejos causaram o mesmo dano, afetando de 55 a 60% a queda das mesmas descontando-se 10% de queda natural). Na 2ª fase (maças com onze a vinte dias após a florada), apenas percevejos da espécie N. viridula, não diferindo entre 1 e 2, ocasionaram queda de maçãs. O objetivo deste trabalho é avaliar a eficiência do inseticida BF 314 no controle do percevejo Piezodorus guidinii (Westwood, 1837) (Hemiptera: Pentatomidae) na cultura do algodão (Gossypium hyrsutum L.).

MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido em campo, na Fazenda São Luis, situada no município de São Desidério, BA, com a cultivar Delta Opal, durante o mês de maio de 2005. O preparo do solo, a adubação e os tratos culturais foram feitos de acordo com as recomendações técnicas para a cultura do algodão na região dos Cerrados, proporcionando condições adequadas ao desenvolvimento da cultura. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso possuindo 6 tratamentos e 4 repetições, sendo que cada unidade experimental foi constituída por 8 linhas de algodão com 15 m de comprimento cada, espaçadas entre si 0,75m e com densidade de 8 plantas por metro -1. Realizouse as aplicações no algodão com 75 dias de emergido. Na data da aplicação dos tratamentos mensurou-se, a infestação prévia do percevejo Piezodorus guidinii que era de 2 percevejos por pano de batida. Os tratamentos testados, com as respectivas dosagens de ingrediente ativo estão apresentados na tabela 1. Para a aplicação utilizou-se um pulverizador costal de precisão, propelido com CO 2, com barra equipada com seis bicos com pontas Teejet 110.02, de jato em forma de cônico, espaçados de 0,5 m, operando a 12 psi de pressão, com volume de calda de 200 L/ha., tomando-se horário de aplicação, umidade relativa, temperatura e velocidade dos ventos. Tabela 1. Tratamentos e dosagens utilizados no trabalho. Luis Eduardo Magalhães, BA, 2005. Nº Tratamentos Ingrediente ativo/ha -1 1 BF 314 700 2 BF 314 770 3 BF 314 840 4 Bifentrina 25 5 Metamidofós 420 6 Testemunha. Os efeitos dos tratamentos no controle do inseto foram verificados aos três, seis e nove dias após a aplicação (DAA) através duas avaliações por parcela utilizando-se o método do pano de batida. A eficiência de controle dos inseticidas foi calculada pela fórmula de Abbott (NAKANO et al. 1981), utilizando-se o método percentual, onde: 100% = controle total e 0% = nenhum efeito sobre os insetos. Para interpretação dos percentuais de controle utilizou-se a escala de Ruedell (1985), onde: igual ou acima de 80% = controle eficiente; 60 a 79% = controle médio e abaixo de 60% = controle ineficiente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Aos três dias após a aplicação dos tratamentos observa-se que apenas o tratamento metamidofós (420 gia/há -1 ) não obteve eficiência satisfatória, todos os demais tratamentos obtiveram 100% de controle, mostrando um excelente controle inicial. Aos seis dias após aplicação, o tratamentos com BF 314 na dose de 840 g ha -1 de i.a continuou a apresentar ótimo controle (100%), assim como o tratamento com bifentrina na dose de 25 g ha -1 de i.a O tratamento BF 314 na dose de 770 g ha -1 de i.a começou a perder eficiência mas ainda apresentava boa eficácia (85%) aos 6 DAA. O tratamento BF 314 na dose de 700 g ha -1 de i.a teve eficiência média (66%). O tratamento com metamidofós (420 gia/ha -1 ) continuou sendo ineficaz para esta praga, com baixas porcentagens de controle (33%). Apenas aos 9 dias após a aplicação é que a eficiência dos produtos foi reduzida. Os tratamentos com BF 314 nas doses de 770 e 840 g ha -1 de i.a tiveram eficiência média (75%) similar ao tratamento com bifentrina na dose de 25 g ha -1 de i.a (75%). Tabela 2. Porcentagem de eficiência dos diferentes tratamentos para o controle do percevejo Piezodorus guidinii na cultura do algodão. Luis Eduardo Magalhães, 2005. gia/ha -1 3 DAA 6 DAA 9 DAA 1- BF 314 700 100 66 59 2- BF 314 770 100 85 71 3- BF 314 840 100 100 75 4- Bifentrina 250 100 100 75 5- Metamidofós 420 50 33 25 6- Check 0 0 0 CONCLUSÔES 1. Sob as condições em que o trabalho foi desenvolvido concluímos que BF 314 nas doses de 770 e 840 g ha -1 de i.a, repectivamente controla o percevejo Piezodorus guidinii eficazmente até 6 DAA e proporcionando controle médio (71 e 75%, respectivamente) até 9 DAA; 2. Bifentrina (25 g ha -1 de i.a) também controla com eficiência o percevejo Piezodorus guidinii até 6 DAA, mantendo controle médio (75%) até 9 DAA; 3. Nenhum produto utilizado neste trabalho ocasionou efeito tóxico ao algodoeiro; 4. BF 314 constitui-se em uma nova alternativa no manejo integrado de pragas na cultura do algodoeiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SANTOS, W. J. Monitoramento e controle de pragas do algodoeiro. In: CIA, E; FREIRE, E. C; SANTOS, W.J (Ed.). Cultura do algodoeiro. Piracicaba: Potafós,1999. p.133-179. MARUR, C. J.; RUANO, O. Escala do algodão. Revista Cultivar, v. 4, n. 38, p. 16-17, 2002. NAKANO, O.; SILVEIRA NETO, S.; ZUCCHI, R. A. Entomologia Econômica. São Paulo, Ed. livroceres,.1981. 314 p CRUZ, J. F. A Danos causados por Nezara viridula (Linaeus, 1758) e Piezodorus guidinii (Westwood, 1837) (Hemiptera: Pentatomidae) em maçãs do algodoeiro (Gossypium hyrsutum L.). Piracicaba: Esalq USP, 2004. Dissertação (Mestrado) - Escola Superior de Agricultura Luis de Queiros, Piracicaba.