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Transcrição:

INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL, DR. BASÍLIO MOSSO RAMOS NO ENCERRAMENTO DA CONFERÊNCIA REGIONAL SOBRE AS ELEIÇÕES E A ESTABILIDADE NA ÁFRICA DO OESTE Assembleia Nacional, Praia, 18-20 de Maio de 2011 Senhor General Salou Djibo, ex-presidente do Níger Senhor Said Djinnit, Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a África Ocidental Senhores Membros do Governo Senhoras e Senhores Deputados Senhores Membros do Corpo Diplomático Ilustres Participantes na Conferência Senhores Convidados Senhores Jornalistas Minhas Senhoras, Meus Senhores 1. Que nos seja permitido iniciar esta intervenção endereçando a esta augusta plateia as mais calorosas saudações em nosso nome próprio e da Casa Parlamentar que representamos.

2. Segundo informações que nos foram disponibilizadas os trabalhos da Conferência decorreram em ambiente produtivo, o que aliás se encontra espelhado na excelente qualidade do documento final acabado de apresentar. Durante três dias, os Conferencistas debruçaram-se sobre um tema de candente actualidade, diríamos mesmo de capital importância para a promoção da paz, do bem-estar e da felicidade dos Países e Povos que integram a África Ocidental. 3. Apraz-nos manifestar a grande honra e satisfação pelo facto de Cabo Verde ter sido escolhido como palco para acolher o evento. Para nós tal escolha representa, por um lado, o reconhecimento do percurso que vimos fazendo em termos da credibilização do processo eleitoral e da afirmação das instituições democráticas da República e, por outro, um encorajamento para atingirmos novos patamares em termos da qualificação da democracia, no pressuposto de que se tal experiência é possível em Cabo Verde e em outros países, ela também o é em toda a região. Sentir-nosíamos muito gratificados caso doravante se pudesse demarcar um antes e um depois da Conferência de Praia, em termos de ganhos e benefícios para os cidadãos oeste-africanos, independentemente do país de origem, no que concerne à gestão do processo eleitoral e prevenção de conflitos. 4. Cabo Verde quer ser cada vez mais útil à Região Oeste africana, à África e ao Mundo. Queremos cada vez mais participar na construção de um mundo melhor, mais justo, mais próspero, mais solidário e mais pacífico. Por isso, as nossas portas estarão sempre abertas para acolher eventos como este que possam concorrer para atingirmos os desideratos acima mencionados. Estaremos sempre disponíveis para partilhar a nossa experiência de país pequeno, desprovido de recursos naturais, recémindependente e que optou por lançar as bases da construção de um Estado credível que, não obstante as fragilidades ainda existentes, próprias de qualquer processo recente, assegura as condições mínimas para a promoção do desenvolvimento do país. Como certamente, tivestes oportunidade de constatar, vive-se

neste país um ambiente de estabilidade política, funcionalidade das instituições, vivência democrática e motivação da população para construir um futuro de felicidade para todos, apesar das dificuldades que ainda afectam muitas famílias. Essas características constituem os requisitos mínimos para o bom desenrolar dos trabalhos de quaisquer eventos. Por tudo isso, contamos receber-vos mais vezes em Cabo Verde. 5. Estamos cá para reflectirmos sobre as Eleições e a Estabilidade na Região Oeste Africana, também conhecida pela CEDEAO, espaço integrado por 15 países, cada um com a sua especificidade, mas todos irmanados na prossecução do bemestar e do progresso para as respectivas populações. As instituições regionais, bem assim as nacionais têm o dever e a obrigação de trabalharem no sentido de se conseguir os objectivos preconizados. Falando como Presidente da instituição parlamentar cabo-verdiana, não posso deixar de mencionar o Parlamento da CEDEAO, instituição vocacionada para ser uma referência, e onde, por excelência, a democracia deve ser vivenciada, socializada e compartilhada. Acreditamos na possibilidade de o Parlamento da CEDEAO constituir, a um tempo, um dos mais fiáveis barómetros e um dos principais catalizadores dos processos de democratização, construção da paz e da felicidade para os povos da África do Oeste. Para tal, é fundamental que o Parlamento da CEDEAO se afirme cada vez mais como um espaço representativo da genuína e efectiva vontade dos parlamentos nacionais, do mesmo passo que estes também o sejam dos respectivos povos. 6. Se no plano económico a CEDEAO ainda enfrenta as dificuldades conhecidas de todos que não lhe permitem satisfazer as necessidades básicas do grosso da sua população, importará

proceder-se à análise dos factores que estarão na base de tal situação. 7. Facilmente verificar-se-á que, entre esses factores, pontuam os de carácter eminentemente político, como por exemplo é o caso da gestão do processo eleitoral, enquanto mecanismo de prevenção de conflitos e de instabilidade. 8. Fica claro que apenas através de um consenso o mais alargado possível, da conjugação de esforços e da construção de instituições públicas e privadas credíveis se torna possível encontrar soluções e restituir à CEDEAO e à África em geral, o capital de auto-estima de que tanto necessitamos, para promovermos o desenvolvimento. Apenas através da construção de instituições que garantam a liberdade e assegurem os direitos aos cidadãos, promovam a realização de eleições livres, justas e transparentes, respeitem os resultados eleitorais, privilegiem o diálogo e a integração dos interesses dos diferentes segmentos da sociedade, se poderá edificar o progresso e o bem-estar da sociedade. Os cidadãos precisam acreditar e confiar nas instituições. O primado da lei deve ser respeitado, razão pela qual o papel dos tribunais é de capital importância. Não se pode viver num ambiente em que não se sabe se a vontade do povo expressa nas urnas será ou não respeitada, após as eleições. Não se pode viver num clima em que os vencidos não sejam respeitados e nem vejam os seus direitos reconhecidos, enquanto parte integrante da nação, tão útil ao processo de desenvolvimento quanto o são os vencedores. Afinal é preciso ter a consciência de que, em democracia, os vencedores de hoje serão os vencidos de amanhã e o país tem necessidade da participação de todos os seus cidadãos. Não pode haver lugar para exclusão. 9. A Conferência analisou os impactos dos processos eleitorais sobre a estabilidade na África do Oeste e em particular as implicações em termos de prevenção dos conflitos, de democracia e de consolidação da paz; avaliou a aplicação do Protocolo da CEDEAO sobre a democracia e a boa governação dez anos após

a sua adopção em 2001; examinou ainda um conjunto de questões ligadas ao processo eleitoral, nomeadamente as de natureza técnica, financeira, ética e politica, bem assim o papel das Nações Unidas e da comunidade internacional na matéria. 10. Fica o desafio no sentido de, por parte dos diferentes actores, nacionais e regionais, haver inequívoca vontade para a operacionalização das recomendações conducentes aos caminhos da paz e do progresso, na linha das conclusões dos documentos finais da Conferência. 11. Com estes entendimentos, cumpre-nos agradecer o honroso convite do Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a África Ocidental, Senhor Said Djinnit, para presidirmos a sessão oficial de encerramento da Conferência. 12. Dirigimos as nossas felicitações às Nações Unidas pela decisão de organizar esta Conferência, em parceria com a CEDEAO e a União Africana. Os resultados são bastantes positivos. Felicitamos a todos quantos deram o melhor de si, de uma forma ou de outra, para o sucesso desta Conferência. 13. Cabe ainda desejar a todos um bom regresso aos respectivos países. Declaramos encerrada a Conferência Regional sobre as eleições e a estabilidade na África do Oeste. MUITO OBRIGADO.