DECRETO Nº 3.301 DE 18 DE NOVEMBRO DE 2015. O PREFEITO MUNICIPAL DE CACHOEIRAS DE MACACU/RJ, no uso de suas atribuições legais, em conformidade com a Lei Municipal nº 977 de 19/12/94 e o Decreto nº 1822 de 28/11/01, CONSIDERANDO o interesse público municipal, assim como os princípios norteadores da administração pública; CONSIDERANDO o dever de evitar transtornos em manter a segurança dos moradores dos balneários; CONSIDERANDO necessidade de preservação do patrimônio público ambiental e cultural, uma vez que as áreas de preservação permanente vêm sendo afetadas pela antropização; CONSIDERANDO a necessidade de regular as atividades das agências e/ou operadoras de turismo, bem como os transportes e/ou utilitários como vans e micro ônibus que exploram ou venham a explorar serviços turísticos para o município; CONSIDERANDO que é dever do Município estabelecer condições mínimas de infraestrutura aos usuários dos transportes turísticos mencionados, com a implantação de estacionamentos adequados em locais públicos; CONSIDERANDO a necessidade de assegurar a liberdade de ir e vir dos cidadãos e a preservação da segurança dos munícipes e ainda, àqueles que visitam o Município, zelando pela saúde, lazer, conforto e bem-estar; CONSIDERANDO que o fluxo de pessoas é crescente nos balneários e que algumas medidas devem ser tomadas para não ocasionar transtorno, depreciação e incidentes decorrentes da utilização dos rios e cachoeiras; CONSIDERANDO a implantação do projeto Operação Verão que visa à organização segurança nos balneários de Cachoeiras de Macacu. CONSIDERANDO finalmente que a atividade turística e os serviços prestados pelos transportes turísticos devam ter por finalidade o desenvolvimento econômico do município dado pelo fluxo de pessoas.
DECRETA: Artigo 1º- As agências e/ou operadoras de turismo, que exploram serviços de transporte turístico terrestre; utilizando ônibus e/ou utilitário para atuarem no Município de Cachoeiras de Macacu, deverão efetuar seu registro no Departamento de Trânsito da pasta pertinente, com o cumprimento das seguintes formalidades: I Habilitação para funcionar de acordo com a legislação aplicável apresentando provas; a) Atendimento às especificações técnicas e de segurança de seus veículos; b) Cumprimento das exigências concernentes ao tráfego nas vias urbanas e rodovias previstas na legislação em vigor; c) Documento do veículo e do motorista com licenciamento devidamente em dia com base as legislações de Trânsito. d) Registro no Departamento Nacional De Infraestrutura De Transporte DNIT, como também nos respectivos departamentos de transportes rodoviários e no Ministério do Turismo (EMBRATUR); e) Registro do Guia de Turismo no mesmo instituto observada as normas que regulam tal tipo de transporte. Artigo 2º- As agências e/ou operadoras deverão efetuar seus registros no Setor Público de Turismo sediado no Município, após cumprir as exigências do Departamento de Trânsito, na forma deste Decreto. Artigo 3º- Ficam criadas tarifas preços públicos que incidirão sobre transportes turísticos (Art. 2º) pela utilização dos estacionamentos municipais e/ou áreas de lazer comunitário, destinados a essa finalidade, conforme as categorias seguintes: I- Taxas a) 200 UFIR S para ônibus de turismo; b) 150 UFIR S para micro-ônibus; c) 100 UFIR S para vans e veículos de transporte coletivo com capacidade máxima de 16 lugares. Artigo 4º- As agências e/ou operadoras de turismo com reserva de hospedagem em hotel e/ou pousadas, terão bonificação de 100% (cem por cento) da tarifa supracitada desde que o veículo permaneça estacionado nas dependências dos meios de hospedagem durante todo o período de permanência indicado na autorização, após cumprir as exigências do Artigo 2º.
1º- As agências e /ou operadoras de turismo, bem como demais grupos organizados com fins turístico, religioso e esportivo que se dirigirem a propriedades particulares, bem como estabelecimentos privados com fins lucrativos, com comprovante do proprietário, terão desconto nas taxas de entrada de coletivo de 50% dos valores previstos no Artigo 3º deste decreto, após cumprir as exigências do Artigo 2º. 2º- Os Sítios e Áreas de Lazer que recebem visitantes devem estar cadastrados no Departamento de Trânsito da pasta pertinente. Artigo 5º- Os transportes turísticos (Art. 2º) de que se trata o artigo antecedente deverão estacionar em áreas determinadas pelo Departamento de Trânsito, quando não houver estacionamento no local da contratação do serviço. Artigo 6º- Todos os ônibus deverão desembarcar e embarcar seus passageiros no espaço determinado pela Administração Pública no horário compreendido de 07 às 18 horas, em conformidade com o artigo 5º deste decreto. 1º- A identificação dos transportes turísticos devem obedecer as determinações do caput deste decreto (Art 1º) no Posto de Policiamento Comunitário - PPC, deverá ocorrer no horário compreendido entre 07:00 e 11:00h, ficando certos que após este horário não mais será permitida sua entrada, salvo disposto no Artigo 4º. 2º- A não observância do parágrafo anterior, implicará na perda do direito de reserva e da taxa paga, inclusive sujeitando-se o reboque do veículo. Artigo 7º- Agências, operadoras de turismo e/ou proprietários de espaços particulares, deverão fazer a reserva do local com antecedência de 15 (quinze) dias, mediante o termo de autorização devidamente assinado pelo proprietário junto ao Setor de Turismo. Artigo 8º- Ficam limitadas as vagas diárias para estacionamento de transporte coletivo turístico em áreas públicas, assim distribuídas nas localidades de: a) BOA VISTA: 03 (três) veículos; b) BOM JARDIM DO FARAÓ: 02 (dois) veículos; c) SERRA DE BERTHOLDO: 01 (um) veículo. 1º- Fica proibida a entrada de ônibus nos demais balneários que não prevê área de estacionamento público; 2º- As taxas previstas no artigo 3º serão cobradas durante todo o ano, independente de ser período de verão.
Artigo 9º Uma vez confirmado pelo Setor de Turismo o pedido de reserva, a agência e/ou operadora de turismo deverá, até 05 (cinco) dias úteis, antes da data marcada, efetuar o recolhimento da tarifa em nome da Fundação Macatur, na rede bancária credenciada com o imediato envio do comprovante de pagamento para este Setor. Artigo 10 As agências e/ou operadoras de turismo, com reserva autorizada, ficam obrigadas a fixar no parabrisa dos veículos, no lado direito, a autorização para acesso ao estacionamento, devidamente preenchida pelo Setor de Turismo e autenticada por funcionário credenciado que constarão data e hora da entrada do veículo. Artigo 11 Fica terminantemente proibido o estacionamento dos transportes turísticos, conforme os artigos 5 e 6, fora dos locais aqui especificados, sujeitando a agência e/ou operadora de turismo infratora ao pagamento de multa conforme previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) pelo Departamento de Trânsito, sem prejuízo das demais cominações legais específicas, ficando ainda a referida empresa proibida de operar no Município pelo prazo de 90 (noventa) dias. Artigo 12 Os transportes turísticos em conformidade com Art. 2º, que fizerem uso de propriedades particulares, devem solicitar junto ao Setor de Turismo a ficha de autorização do proprietário com comprovante de propriedade particular, (como conta de luz, água, ITR e IPTU), ficando com o proprietário a responsabilidade de estacionar o veículo e assumir qualquer tipo de imprevisto e/ou incidente que venha a ocorrer dentro de sua propriedade assim como todas as sanções previstas em lei. Artigo 13 Fica proibida a utilização de churrasqueiras ou práticas de queimadas em troncos de árvores, em formações rochosas nas faixas marginais de proteção. O descumprimento deste artigo ocasionará apreensão do material utilizado e outras sansões previstas em lei. Artigo 14 Fica terminantemente proibida a utilização de caixas térmicas a partir de 20 litros. Além disto, não é permitida a utilização de garrafas de vidro nas margens dos rios e em quedas d água, bem como o uso e o depósito de quaisquer outros materiais que prejudique o meio ambiente ou cause dano ao banhista. Artigo 15- Fica terminantemente proibido à prática de camping em locais públicos, o que gera transtorno urbano e ambiental. Artigo 16- Fica proibido o uso de equipamentos sonoros nos balneários, o que afastam e perturbam os animais nativos daquele lugar, como também, atrapalha o sossego da comunidade autóctone. Artigo 17- A comercialização de mercadorias apenas será permitida por ambulantes que estiverem devidamente autorizados pelo Setor de Turismo, assim identificados e
liberados para comercializarem nos balneários, desde que, tais produtos não confrontem com o comércio local. Artigo 18- As empresas de transportes urbanos deverão apresentar a documentação regular do veículo e do motorista devidamente licenciado no Posto de Policiamento Comunitário (PPC) aos guardas de plantão. Artigo 19 Os casos omissos no presente Decreto serão dirimidos pelo Setor de Turismo e ao Departamento de Trânsito. Artigo 20 O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se em especial o Decreto 2.805 de 10 de maio de 2011. Publique-se, Registre-se e Cumpra-se. GABINETE DO PREFEITO, 18 DE NOVEMBRO DE 2015. WALDECY FRAGA MACHADO Prefeito Municipal