1º Semestre de 2016
2016. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae Todos os direitos reservados A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação aos direitos autorais (Lei n 9.610). Informações e contatos Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae Unidade de Gestão Estratégica UGE SGAS 605 Conj. A Asa Sul Brasília/DF CEP: 70200-645. Telefone: (61) 3348-7461 Site: www.sebrae.com.br Presidente do Conselho Deliberativo Robson Braga de Andrade Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretora Técnica Heloisa Regina Guimarães de Menezes Diretor de Administração e Finanças Vinicius Lages Unidade de Gestão Estratégica Gerente Pio Cortizo Elaboração: Paulo Jorge de Paiva Fonseca (coordenação técnica) Karina Santos de Souza Apoio: Betí Souto de Azambuja UGE/NA - NEP 2/7
Evolução do saldo líquido de criação de emprego formal no Brasil pelos pequenos negócios 1º Semestre de 2016 No primeiro semestre de 2016, os pequenos negócios registraram extinção líquida de 52.357 vagas de trabalho, enquanto as Médias e Grandes empresas (MGE) apresentaram saldo negativo oito vezes maior: -431.114 empregos. Computando-se a Administração Pública, constata-se que, no primeiro semestre de 2016, houve fechamento (líquido) de 464.681 postos de trabalho no país (Gráfico 1). Gráfico 1 -Saldos de empregos gerados no 1º sem./2016, por porte 18.790-52.357-431.114-464.681 MPE MGE Adm Púb Total Fonte: MTPS/CAGED. Elaboração: Sebrae/UGE Nota1: MPE = Micro e Pequenas Empresas; MGE = Médias e Grandes Empresas Nota2: Saldos ajustados até maio/2016. Saldo de junho contempla só as declarações dentro do prazo. Comparando-se o primeiro semestre de 2016 com iguais semestres dos anos anteriores (Quadro 1), percebe-se que, apesar de os pequenos negócios terem sustentado a geração de empregos no país, até o primeiro semestre de 2015, os saldos de empregos, registrados por esse nicho de empresas, vinham caindo, desde o início da década, fechando o primeiro semestre de 2016 com valor negativo, o que mostra que as empresas mais demitiram do que contrataram, refletindo a crise econômica instalada no país. Quadro 1 Saldos de empregos gerados nos primeiros semestres pelas MPE e MGE Pequenos Negócios Médias e Grandes Empresas Mês/ano "DP" (A) "FP" (B) Total ajustado (C=A+B) "DP" (D) "FP" (E) Total ajustado (F=D+E) 1º sem./10 939.841 246.546 1.186.387 512.202 51.090 563.292 1º sem./11 842.931 225.279 1.068.210 397.908 41.099 439.007 1º sem./12 641.560 247.421 888.981 188.753 61.119 249.872 1º sem./13 517.470 233.413 750.883 112.514 57.502 170.016 1º sem./14 421.057 155.873 576.930 47.406 18.772 66.178 1º sem./15 59.397 100.618 160.015-459.261-21.180-480.441 1º sem./16* -86.672 34.315-52.357-412.878-18.236-431.114 DP = Dentro do Prazo; FP = Fora do prazo; nd = não disponível Fonte: MTPS/CAGED. Elaboração: Sebrae/UGE. * Saldos ajustados até maio/2016. Junho/2016: só declarações dentro do prazo. UGE/NA - NEP 3/7
Pelo Gráfico 2, a seguir, o ritmo declinante dos saldos de empregos gerados pelos pequenos negócios, nesta década, fica bem caracterizado. Pode-se constatar também que, no primeiro semestre de 2015, as MGE já apresentaram saldo negativo de emprego, ao passo que as MPE ainda conseguiram registrar saldo positivo, porém, no primeiro semestre de 2016, sucumbiram à crise e acabaram por demitir mais mão de obra, do que contratar. Gráfico 2 - Comparativo dos saldos de empregos nos primeiros semestres, por porte MPE MGE Adm Púb Total 1.186.387 563.292 27.513 1.777.192-480.441-305.594 1.068.210 439.007 29.741 1.536.958 888.981 249.872 30.659 1.169.512 750.883 170.016 32.099 952.998 576.930 66.178 26.589 669.697 160.015 14.832 18.790 1º sem./10 1º sem./11 1º sem./12 1º sem./13 1º sem./14 1º sem./15 1º sem./16 Fonte: MTPS/CAGED. Elaboração: Sebrae/UGE Nota: Saldos ajustados até maio/2016-52.357-431.114-464.681 Sob o ponto de vista setorial, os pequenos negócios que atuam no setor de Serviços e na Agropecuária foram os únicos a registrarem saldos positivos ( criação líquida ) de empregos, no primeiro semestre de 2016 (Gráfico 3). Na Agropecuária, o saldo de empregos foi puxado pelos cultivos do café e da laranja e pelas atividades ligadas à agricultura. Já no setor de Serviços, puxaram a geração de empregos os segmentos de Ensino, Comércio e Adm. de Imóveis e de Serviços médicos, odontológicos e veterinários. Gráfico 3 -Geração de empregos -1º semestre de 2016, por setor MGE MPE 6700 79942 Agropecuária -169576 77917 Serviços -149098-66968 Comércio -98465-15634 Construção -93956-45971 Indústria Transformação -3801-1107 Extrativa mineral Fonte: MTPS/CAGED. Dados ajustados até maio. Dados de junho: somente declarações dentro do prazo Elaboração: Sebrae UGE/NA - NEP 4/7
O Comércio, por sua vez, foi o setor em que os pequenos negócios registraram maior saldo negativo (demissões líquidas de 149 mil trabalhadores), superando em mais de três vezes o saldo negativo que as MPE da Indústria de Transformação (-45,9 mil empregos). Os pequenos negócios da Construção Civil e da Indústria Extrativa Mineral também fecharam o primeiro semestre de 2016 com saldos negativos de, respectivamente, -15.634 empregos e -1.107 empregos. Na análise por região (Gráfico 4), percebe-se que os pequenos negócios da região Nordeste responderam por quase metade do saldo de empregos gerados por esse segmento, no primeiro semestre de 2016, ressaltando-se que este saldo ficou negativo em 44,7 mil empregos. A região Centro-Oeste foi a única em que os pequenos negócios registraram saldo positivo de emprego, nos primeiros seis meses de 2016, resultado este puxado pelo estado de Goiás (+10,5 mil empregos). Das quatro Unidades da Federação que compõem esta região, apenas o Distrito Federal registrou saldo negativo de empregos gerados nesse período: -1,4 mil empregos. Gráfico 4 -Saldos de empregos gerados no 1º sem./16, por região N; -8.778 ; -10% CO; 19.039 ; 21% NE; -44.740 ; - 49% S; -7.032 ; -8% SE; -10.952 ; -12% Fonte: MTPS/CAGED. Elaboração: Sebrae/UGE O Quadro 2, a seguir, mostra o ranking do saldo de empregos gerados pelos pequenos negócios, por UF, no primeiro semestre de 2016. Pode-se constatar que as MPE do estado de Minas Gerais foram as que registraram o maior saldo positivo de empregos (+26 mil empregos), neste período, seguido pelas MPE dos estados de Goiás (+10,5 mil empregos), do Mato Grosso (+5,4 mil empregos), do Mato Grosso do Sul (+4,5 mil empregos) e de Roraima (+391 empregos). Todas as outras Unidade da Federação fecharam o primeiro semestre de 2016 com saldos negativos de empregos, ou seja, mais demitiram do que contrataram trabalhadores. UGE/NA - NEP 5/7
Quadro 2 Ranking do saldo de empregos gerados pelas MPE, por UF 1º sem./2016 UF Saldos MG 26.041 GO 10.513 MT 5.459 MS 4.508 RR 391 PR -189 TO -243 AC -908 PI -978 AP -1.025 DF -1.441 SE -1.512 SC -1.766 AM -2.108 RO -2.138 PA -2.747 AL -2.777 CE -3.432 PB -4.904 RS -5.077 ES -5.425 MA -5.828 BA -6.387 RN -6.565 SP -9.444 PE -12.357 RJ -22.124 Fonte: MTPS/CAGED. UGE/NA - NEP 6/7
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