VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA IDOSOS NO BRASIL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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Transcrição:

VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA IDOSOS NO BRASIL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Maria Juliana Rodrigues Costa¹ ; Dayanne Marcelle Guedes Ferreira 2 ; Luana Gislene Herculano Lemos 3 ¹Autor; 2 Co-autor; 3 Orientador. (Universidade Federal de Campina Grande UFCG (juliana.r.c.silva@hotmail.com) (1), (Universidade Federal de Campina Grande UFCG (dayanneguedes12@hotmail.com) (2),( Universidade Federal de Campina Grande UFCG (luanaa_cg@hotmail.com (3). Resumo: Estudo bibliográfico sobre as publicações nacionais, referente a violência intrafamiliar contra idosos no brasil. Foram utilizadas as bases de dados LILACS, SciELO e BVS, sendo selecionados um total de 07 artigos, publicados no período de 2007 a 2016. Grande parte das pesquisas apontam para o aumento da população idosa nos últimos anos e associado a esse aumento crescem os casos de violência contra os idosos. A violência intrafamiliar vem se destacando nas últimas décadas no Brasil. Os principais tipos de violência cometidas contra os idosos são, violência física, sexual, psicológica, econômica, institucional, abandono, negligência e autonegligência e na maioria das vezes cometidas dentro do próprio lar das vitimas por seus filhos homens, noras, genros, netos e cônjuges das vítimas, havendo na maioria das vezes associação com álcool e drogas. Percebe-se a necessidade de estudos que revelem a importância de mais pesquisas voltadas para o tema, pois violência contra os idosos ainda é pouco explorado no meio acadêmico. É inquestionável a importância dos serviços voltados para o atendimento ao idoso, haja visto que o numero de órgãos e instituições voltadas para esse problema se encontra ainda reduzido, sendo assim, urgente a mobilização social para esse fim. É preciso, uma melhor qualificação dos profissionais que lidam diretamente com os idosos para que esse cuidado e proteção seja realizado de forma eficaz. É muito importante, também que os órgãos de apoio ao idoso e o ministério público, trabalhem com grupos voltados para as famílias dos idosos. Palavras-chave: Idosos, Violência, Família. INTRODUÇÃO O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial com diversas repercussões nos campos social e econômico. No Brasil, estima-se que a população idosa poderá alcançar 34 milhões de pessoas até 2025, o que representa, aproximadamente, 13% da população (PESTANA E ESPÍRITO SANTO, 2008). Devido o aumento da expectativa de vida da população, vem a necessidade da criação e implementação de políticas públicas assistenciais voltadas para a pessoa idosa.

Associado ao aumento da população idosa, crescem os casos de violência contra os idosos. A violência intrafamiliar tem se destacado nas últimas décadas no Brasil, sendo definida é pela ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física e psicológica, ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de um integrante do núcleo familiar. A violência e os maus tratos contra os idosos são classificados em violência física, sexual, psicológica, econômica, institucional, abandono, negligência e autonegligência (SHIMBO,2011). Inicialmente, a violência contra os idosos era vista como uma questão familiar, permanecendo reservada e escondida até a metade do século XX. Representa, hoje, um grande desafio para o setor de saúde, atingindo todas as classes sociais e provocando, além de óbitos, traumas físicos e emocionais de grande magnitude que criam uma demanda por serviços e programas de saúde mais adequados. Por essa razão, é fundamental que os profissionais da área coloquem em pauta esse problema antigo, porém de baixa visibilidade, enfocando-o como prioridade na agenda de diagnóstico situacional e estabelecendo políticas para seu enfrentamento.(apratto JUNIOR 2010). Os estudos sobre à temática da violência contra a pessoa idosa, demonstram que a maior parte dos casos de violência sofridas pelos mesmos, ocorre nos lares, sendo os principais agressores os filhos homens, noras, genros, netos e cônjuges das vítimas, havendo forte associação com o uso de álcool e drogas, relação de dependência financeira entre pais e filhos, história de violência na família, sofrimento mental e psiquiátrico, entre outros (MINAYO, 2007). No caso brasileiro, as violências contra a geração a partir dos 60 anos se expressam em tradicionais formas de discriminação, como o atributo que comumente lhes é impingindo como "descartáveis" e "peso social". No Brasil, a negligência é uma das formas de violência mais presente tanto no contexto familiar quanto no plano institucional, resultando frequentimente em lesões e traumas físicos, emocionais e sociais para o idoso (SOUZA; FREITAS; QUEIROZ, 2007). Nos últimos anos, foram criados serviços voltados para os idosos, como as casas abrigo, os centros de referência multiprofissionais e as instituições próprias para denúncias das violências aos idosos. E os profissionais de saúde têm um importante papel de identificar e relatar as

autoridades competentes os casos de violência contras os idosos. O objetivo deste estudo é revisar na literatura os casos de violência intrafamiliar sofridos pelos idosos no Brasil e reforçar a importância da criação de políticas públicas em defesa da pessoa idosa. foram: aqueles que abordassem o tema; escritos na língua portuguesa; com o eríodo de publicação entre 2007 a 2016. Foram considerados os títulos e os resumos dos artigos para a triagem, sendo selecionados 07 artigos conforme critérios supracitados. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa bibliográfica em que foram utilizadas bases de dados online. A pesquisa bibliográfica é uma das melhores formas de iniciar um estudo, buscando-se semelhanças e diferenças entre os artigos levantados nos documentos de referência (BREVIDELLI; DE DOMENICO, 2008). Para a obtenção dos dados realizouse pesquisa de artigos científicos nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO). Foram utilizados os seguintes descritores: Idosos, Violência, Família Os critérios de inclusão estabelecidos RESULTADOS E DISCUSSÃO Dos 13 artigos encontrados, apenas 07 artigos foram selecionados devido aos critérios de inclusão. A maioria das publicações (78.6%) ocorreu entre os anos de 2010 a 2015(GRÁFICO 01). Gráfico 01: Artigos encontrados no período de publicação entre entre os anos de 2007 a 2016. 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Grande parte das amostras dos estudos, (66,6%), era composta por: idosos acima de 60 anos vitimas de violência intrafamiliar, onde a principal forma de

violência relatada é o abandono/negligêcia e os agressores geralmente são os filhos homens, noras, genros, netos e cônjuges das vitimas. O fato dos agressores serem os próprios familiares dos idosos, faz com que os mesmos muitas vezes não denuciem a violência sofrida, o que dificulta a investigação e notificação dos casos. Tomando como base a definição de violência contra o idoso como sendo "ato único, repetido ou falta de ação que ocorrem no contexto de uma relação na qual a uma expectativa de confiança e que causa danos ou perturbações à pessoa idosa" (MINAYO, 2007). violência contra o idoso, que o agressor apresentava algum tipo de dependência química (MINAYO, 2007). Entre os fatores de risco que pode levar o idoso a sofrer algum tipo de violência, são observados o uso de álcool e/ou drogas pelo agressor, dependência financeira entre pais e filhos, problemas mentais e psiquiatras, falta de ambiente físico para acomodar o idoso, dificuldades financeiras, o fatos da família ter que mudar a rotina para poder cuidar do idoso, haver historia de violência na família, entre outros, podem resultar no aumento dos casos de violência contra o idoso. A violência intrafamiliar pode ser cometida dentro ou fora de casa, por qualquer membro da família que esteja em relação de poder com a pessoa agredida. De acordo com os estudos, os tipos de violência mais comuns contra os idosos é o abandono/negligencia, seguida de violência econômica, psicológica, autonegligência, física e sexual (SHIMBO, 2011). Quanto ao agressor foi observado que na maior parte das vezes são os filhos das vitimas, seguido por noras, genros, netos, vizinhos e cônjuges. Também foi observado na maioria dos casos de O fato do idoso não falar que sofre violência, a presença de doença mental e a comunicação deficiente do idoso são entraves para o rastreamento da violência intrafamiliar. Muitas vezes os idosos não denunciam seus agressores por dependerem deles emocionalmente e financeiramente (SHIMBO, 2011). Contudo foi observado que diante dos vários tipos de violência sofridos pelos idosos, o que mais os afeta não é a agressão em si, mas o fato de ser cometida por um ente querido sendo que deveria ser eles a cuidarem dos idosos. Os profissionais de saúde têm um importante papel no combate à violência

contra o idoso. Desse modo, cabe ao profissional desenvolver habilidade que possibilite o seu reconhecimento. Nota-se o despreparo e o desconhecimento dos profissionais de saúde, a cerca dos órgãos de defesa do idoso (SOUZA; FREITAS; QUEIROZ, 2007). Dessa forma destaca-se a importância da divulgação dos órgãos responsáveis pelo sistema de proteção à pessoa idosa. Por tanto, observa-se a necessidade de buscar estratégias que mantenham e preserve os cuidados aos idosos de maneira integralizada, principalmente aqueles em condições de dependência ou semidependência fragilizados e, ainda, vitimas de violência e maus tratos no seio da família ou nas instituições de longa permanência. serviços voltado para o atendimento ao idoso, haja visto que o numero de órgãos e instituições votadas para esse problema se encontra ainda reduzido, sendo assim, urgente a mobilização social para esse fim. É preciso, uma melhor qualificação dos profissionais que lidam diretamente com os idosos para que esse cuidado e proteção seja realizado de forma eficaz. É muito importante, também que os órgãos de apoio ao idoso e o ministério público, trabalhem com grupos voltados para as famílias dos idosos. As organizações governamentais devem desenvolver mais políticas públicas em defesa da pessoa idosa, que visem a prevenção dos maus tratos e violência contra os idosos. Por fim, ressalta-se a importância de mais pesquisas votadas para o tema, pois o tema é ainda pouco explorado. CONCLUSÃO O número de idosos vem aumentando consideravelmente no Brasil, devido ao aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Entretanto vem aumentando também o numero de idosos vitimas de violência intrafamiliar. Por tanto, é inquestionável a importância dos REFERÊNCIAS APRATTO JUNIOR, Paulo Cavalcante. A violência doméstica contra idosos nas áreas de abrangência do Programa Saúde da Família de Niterói (RJ, Brasil). Rev. Ciências & Saúde Coletiva,2010, Disponivel em <http://www.scielo.br/pdf/csc/v15n6/a37v

15n6.pdf >, acesso em 03 de julho de 2015. BREVIDELLI, M. M.; DE DOMENICO, E. B.; Trabalho de conclusão de curso: guia prático para docentes e alunos da área da saúde. 2a ed. São Paulo: Iátria; 2008. MINAYO, M. C. S. (2007). Violência contra a pessoa idosa: o direito pelo avesso. In M. Papaléu Netto (Ed.), Tratado de gerontologia (2ª. ed., pp. 199-210). São Paulo: Atheneu PESTANA, Luana Cardoso and ESPIRITO SANTO, Fátima Helena do. As engrenagens da saúde na terceira idade: um estudo com idosos asilados. Rev. esc. enferm.usp, 2008, Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v42n2/a08.pdf, > acesso em 20 junho de 2015. Fátima.Reconhecimento da violência intrafamiliar contra idosos pela equipe da estratégia saúde da família. Esc. Anna Nery,2011. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/ean/v15n3/a09v1 5n3.pdf >, acesso em 22 junho de 2015. WANDERBROOCKE, Ana Claudia and MORE, Carmen.Significados de violência familiar para idosos no contexto da atenção primária. Psic.: Teor. e Pesq. 2012, Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/ptp/v28n4/10.pdf >, acesso em 03 julho de 2015. SOUZA, Jacy Aurélia Vieira de; FREITAS, Maria Célia de and QUEIROZ, Terezinha Almeida de.violência contra os idosos: análise documental. Rev. bras. enferm. 2007, Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/reben/v60n3/a04. pdf > acesso em 20 junho de 2015. SHIMBO, Adriano Yoshio; LABRONICI, Liliana Maria and MANTOVANI, Maria de