Espírito Santo Jerônimo Monteiro/ES-Brasil. Recebido em: 31/03/2015 Aprovado em: 15/05/2015 Publicado em: 01/06/2015

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CORRELAÇÃO ENTRE A MASSA ESPECÍFICA ANIDRA E APARENTE COM A RETENÇÃO DE ARSENIATO DE COBRE CROMATADO PARA AS MADEIRAS DE Corymbia torelliana E Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla Dercilio Junior Verly Lopes 1, Pedro Nicó de Medeiros Neto 1, Gabrielly dos Santos Bobadilha 1, Ana Paula Câmara da Silva 1, Héctor Jesus Pegoretti Leite de Souza 1 1 Departamento de Ciências Florestais e da Madeira da Universidade Federal do Espírito Santo (derciliolopes@hotmail.com), Jerônimo Monteiro/ES-Brasil Recebido em: 31/03/2015 Aprovado em: 15/05/2015 Publicado em: 01/06/2015 RESUMO A caracterização de uma espécie florestal é a etapa fundamental para a determinação de seu uso em produtos a base de madeira. A massa específica é uma das propriedades físicas mais utilizadas para avaliar a qualidade da madeira, em virtude, de fácil determinação e por correlacionar-se com várias outras propriedades físicas, mecânicas e com a estrutura anatômica. Diante disto, neste trabalho foi realizada a determinação da massa específica aparente e anidra de moirões de Corymbia torelliana e Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla e a sua correlação com a retenção de CCA. As madeiras de Corymbia torelliana e Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, com 11 e 9 anos, respectivamente, foram tratadas com CCA, tipo C, em autoclave com 2% de ingredientes ativos. Foram utilizados 72 moirões tratados, destes, retiraram-se discos a 0,50 m da base do moirão, nas posições radiais de 0 a 1,5 cm e 1,5 a 3,0 cm para a determinação da massa específica aparente e anidra. Os resultados registraram massa específica aparente de 0,71 e 0,67 g.cm -3 e anidra de 0,64 e 0,60 g.cm -3 para Corymbia torelliana e Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, respectivamente. A massa específica aparente e anidra em nenhuma espécie e posição radial foi capaz de explicar a retenção de CCA na madeira. PALAVRAS-CHAVE: CCA, correlação de Pearson. Madeira tratada. CORRELATION BETWEEN OF ANHYDROUS SPECIFIC GRAVITY AND APPARENT WITH RETENTION OF ARSENATE CHROMATED COPPER THE WOODS Corymbia torelliana AND Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla ABSTRACT The characterization of a forest species is the fundamental step for the determination of its use in wood-based products. The density is one of the most physical properties used to evaluate the quality of the wood, because, easy to determine and correlate with several other physical, mechanical and anatomic structure. Given this, in the work was realized the characterization of specific gravity apparent and anhydrous of fence posts Corymbia torelliana and Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla and their correlation with the retention of CCA, type C. The woods Corymbia torelliana and Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, with 11 and 9 aged, respectively ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 648 2015

were treated with CCA, in an autoclave with 2% active ingredients, oxid base. 72 treated fence posts were used, of these, discs were removed from the base of 0.50m fence posts, in radial positions from 0 to 1.5 cm, and 1.5 to 3.0 cm for the determination of specific gravity apparent and anhydrous. The results recorded specific gravity apparent 0.71 and 0.67 g.cm -3 and anhydrous 0.64 and 0.60 g.cm -3 for Corymbia torelliana and Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, respectively. The apparent and anhydrious specific gravity in any species and radial position was not able to explain the CCA retention in the wood. KEYWORDS: Treated wood, CCA, Pearson correlation. INTRODUÇÃO Atualmente as madeiras provenientes de florestas plantadas dos gêneros Eucalyptus e Corymbia, são intensamente utilizadas como matéria-prima no setor florestal. Em virtude de suas características de rápido crescimento, propriedades químicas, físicas e mecânicas versáteis que permitem diferentes usos, estas madeiras podem ser utilizadas tanto nas indústrias de celulose e papel, carvão vegetal quanto nas indústrias de móveis, estacas e moirões (AMARAL, 2012). Por consequência da baixa durabilidade natural e elevada susceptibilidade ao ataque de organismos xilófagos, as madeiras destes gêneros necessitam de tratamento preservativo principalmente quando utilizada em contato direto com o solo ou água (VALLE et al., 2013). A vantagem de se utilizar madeira tratada comparada a não tratada é o fato de ter a capacidade de ser usada em ambientes que a madeira in natura poderia ser degradada com facilidade e em menor período de tempo. O tratamento preservativo da madeira é avaliado pela retenção e penetração do preservativo utilizado. Retenção refere-se à quantidade de ingredientes ativos do produto preservativo que fica retido no interior da madeira por metro cúbico, e é expressa pela unidade no sistema internacional de unidades em kg.m -3. Penetração é entendida como a profundidade de alcance do preservativo no sentido radial da madeira, expressa comumente em mm. Além da retenção e penetração, existem outros fatores que influenciam na eficiência do tratamento, que são as características da espécie, propriedades anatômicas, físicas, químicas e mecânicas (EVANGELISTA, 2011). Segundo GLASS & ZELINKA (2010) a massa específica é uma das principais propriedades físicas da madeira e apresenta direta correlação, com as demais características, de modo a limitar seu uso, viabilizando ou não a madeira para a construção civil, papel, celulose e tratamento preservativo. As diferentes determinações de massa específica, seja básica, aparente ou anidra resultam em informações importantes para utilização da madeira, por referir-se a quantidade de matéria lenhosa por unidade de volume, ou do volume de espaços vazios que são as principais vias de penetração dos preservativos na madeira. Na literatura brasileira são escassas as pesquisas científicas que explanam a correlação da massa específica com as características de tratabilidade da madeira, haja vista que a Norma Brasileira Regulamentadora, NBR 9480, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, ABNT (2009) regulamenta que a massa específica da madeira a ser tratada deve ser igual ou superior a 0,53 g.cm -3. Desta forma, mediante o exposto o objetivo desta pesquisa foi determinar a massa específica anidra e aparente correlacionando com a retenção de arseniato de cobre ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 649 2015

cromatado em moirões das madeiras de Corymbia torelliana e Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla para avaliar o enquadramento na norma técnica. MATERIAL E MÉTODOS Neste trabalho utilizou-se moirões provenientes de plantios comerciais das espécies de Corymbia torelliana, 11 anos de idade, cultivados em espaçamento de 3,0 x 2,0 m. Foram também utilizados moirões do híbrido Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla (E. urograndis), com 9 anos de idade, espaçamento de plantio 3,0 x 2,0 oriundos de uma mesma empresa de tratamento de madeiras na cidade de Pinheiros, norte do Estado do Espírito Santo, Brasil. Foram empregados 72 moirões de 2,20 metros de comprimento escolhidos aleatoriamente na área de estocagem da empresa. Os moirões a serem tratados foram introduzidos na autoclave industrial (1,60 m de diâmetro e 12,00 m de comprimento), e empregados os parâmetros estabelecidos pela empresa quanto à pressão nominal de 11 kgf.cm -2, durante uma hora, vácuo inicial, vácuo final de 550 mmhg, durante 15 minutos e esvaziamento. Para o tratamento preservativo industrial foi utilizado o arseniato de cobre cromado (CCA) tipo C, com concentração de 2,0% de ingredientes ativos. Após o tratamento foi retirado um disco na região de afloramento (0,50m da base do moirão, Figura 1) para a confecção dos corpos de prova para a determinação da massa específica anidra e aparente.. FIGURA 1. Região de retirada dos discos e posterior confecção dos corpos de prova para análise da massa específica e retenção. A massa específica aparente e anidra da madeira tratada foi determinada a partir de corpos de prova obtidos dos discos de 2,0 cm de espessura, com dimensões de 1,5 x 1,0 x 2,0 cm (Radial x Tangencial x Longitudinal) das madeiras tratadas (Figura 2). ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 650 2015

FIGURA 2. Posição radial de confecção dos corpos de prova para a determinação da massa específica aparente e anidra. A massa específica anidra dos corpos de prova foi determinada em estufa, com temperatura de 103 ± 2 ºC até atingirem a massa constante. O volume anidro das amostras foi de acordo com a NBR 11941 (ABNT, 2003), com substituição da água pelo mercúrio, sendo verificadas sucessivas medições da temperatura do mercúrio, com o auxílio de um termômetro para efetuar correções em sua massa específica. A massa específica aparente dos corpos de prova foi determinada após climatização em sala com 25 ± 3ºC de temperatura e 65 ± 5% de umidade relativa, de acordo com a Equação 1. O volume deslocado foi determinado nos mesmos parâmetros da massa específica anidra. em que: MEap: Massa específica aparente a 12% de umidade, g.cm -3 ; M 12% : Massa a 12% de umidade, g; V 12% : Volume a 12% de umidade, cm -3. A retenção do preservativo foi avaliada por meio da digestão úmida das amostras retiradas no disco correspondente a zona de afloramento, seguindo a metodologia descrita por WISCHER (1976) citado por PAES et al., (2014). Optou-se pela retirada do disco na zona de afloramento em decorrência desta região ser a mais susceptível ao ataque de agentes xilófagos. Na Figura 2 está exemplificada a retirada dos corpos de prova para a análise de retenção. A quantificação dos sais presentes na madeira foi realizada por meio de espectrofotometria de absorção atômica. Com os dados obtidos pela espectrofotometria e com os volumes das amostras de madeira, os cálculos de retenção foram efetuados de acordo com a Equação 2, proposta por PAES et al. (2014). em que: ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 651 2015

R: Retenção do elemento na madeira, kg.m -3 ; F: Fator estequiométrico empregado para transformação dos elementos químicos para óxidos (Cu x 1,2518 = CuO; Cr x 1,923 = CrO 3 ; As 2 x 1,5339 = As 2 O 5 ); L: Leitura obtida no espectrofotômetro, mg.l -1 ; Fd: Fator de diluição necessário para a realização das leituras no espectrofotômetro; V: Volume das amostras, cm³. Para a realização da análise dos resultados, optou-se utilizar o delineamento inteiramente casualisado para as massas específicas. Para a massa específica aparente e anidra foram utilizadas as fontes de variações, espécie (dois níveis), profundidade radial (dois níveis). Utilizou-se para a diferenciação das médias o teste de Tukey (p 0,05) para as fontes de variação detectadas como significativas pelo teste F (p 0,05). Para a avaliação da relação entre a massa específica anidra e aparente com a retenção de CCA aplicou-se o coeficiente de correlação de Pearson, e na regressão linear simples foi adotado o modelo Y = ax + b para relacionar a retenção em função das massas específicas. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 1 encontra-se o resumo das análises de variância para a massa específica aparente de ambos os gêneros. Nota-se que apenas os fatores isolados foram significativos pelo teste F. Reitera-se que para ambas as análises de variância (Tabela 1 e Tabela 5) no total foram utilizados 288 corpos de prova, 144 para cada espécie, 72 para cada posição radial analisada, desta forma pode-se aferir com maior precisão a variabilidade dos dados. TABELA 1. Análise de variância da massa específica aparente. Quadrados Médios Fontes de Graus de Liberdade Massa especifica aparente Variação (g.cm -3 ) Espécie 1 0,1298 * Posição 1 0,1532 * Espécie x Posição 1 0,0007 ns Resíduo 284 0,0080 Total 287 Nota-se, Tabela 2, que a madeira de Corymbia torelliana registrou elevada massa específica aparente. Em consequência da madeira desta espécie ser oriunda de plantio seminal obteve elevado coeficiente de variação, uma vez que as condições de crescimento da madeira são heterogêneas. Destaca-se também, variação significativa da massa específica aparente nas posições radiais, em que a posição de 0 a 1,5 mostrou maior valor médio, divergindo com o encontrado por PEREIRA et al. (2013), onde relatam que a madeira de cerne está atrelada a maior massa específica, mas nem sempre é regra. Neste trabalho, a posição radial de 0 a 1,5 cm, constituída de alburno, região que é depositada as ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 652 2015

soluções preservativas e provavelmente contribuiu para elevar a massa específica da madeira. TABELA 2. Teste de média para a massa específica aparente Madeiras Massa específica aparente (g.cm -3 ) C. torelliana 0,71 a 1 (0,09)(12,67) 2 E. urograndis 0,67 b (0,08)(11,94) Posição radial (cm) Massa específica aparente (g.cm -3 ) 0 a 1,5 0,71 a 1,5 a 3,0 (0,08)(11,26) 0,66 b (0,09)(13,63) 1 Médias seguidas pela mesma letra minúscula não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de significância (Tukey, p > 0,05). 2 Valores abaixo da média, a esquerda e a direita, correspondem ao desvio-padrão e coeficiente de variação, respectivamente. Ao analisar Figura 3A para a posição radial de 0 a 1,5 cm o intervalo de confiança a 95% permite inferir que, de uma forma geral a retenção de CCA foi de aproximadamente 11,5 kg de ingredientes ativos.m -3 para a massa específica aparente de 0,75 g.cm -3. EVANGELISTA (2011) ao analisar a retenção de CCA encontrou retenção de 8,50 kg.m -3 para a madeira do híbrido de Eucalyptus camaldulensis x Eucalyptus grandis. Para a posição radial 1,5 a 3,0 cm (Figura 3B) a linha de tendência possibilita o entendimento, que a medida que massa específica aparente aumenta a retenção de CCA diminui, contudo, observa-se que valores da massa específica aparente de 0,75 g.cm -3 registrou valores inferiores aos da posição radial 0 a 1,5 cm. FIGURA 3. Regressão linear simples da retenção de CCA em função da massa específica aparente da madeira de Corymbia torelliana. A: Posição radial de 0 a 1,5 cm. B: Posição radial de 1,5 a 3,0 cm. Reta contínua: Linha de tendência. Linha pontilhada: Intervalo de confiança a 95% de probabilidade. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 653 2015

Isto ocorreu provavelmente por conta da posição radial de 0 a 1,5 cm serem oriundas de alburno, região susceptível ao tratamento preservativo. Nota-se, por meio da Tabela 3 que para ambas as posições radiais, a correlação r(x,y) foi positiva, porém, não significativas, de acordo com LARSON & FARBER (2010). O coeficiente de determinação, R², indicou que a massa específica aparente não é adequada para estimar a retenção de CCA na madeira de Corymbia torelliana. TABELA 3. Análise estatística da regressão linear simples da madeira de Corymbia torelliana para a massa específica aparente. Posição Madeiras Equação da reta Syx r(x,y) R²(%) f radial (cm) 0 a 1,5 =11,27+0,23*X 0,077 0,009 0,09 0,003 ns C. torelliana 1,5 a 3,0 =5,11 4,00*X 0,086 0,1855 3,44 1,21 ns ns Não significativo (p > 0,05). Syx = erro padrão da estimativa. r(x,y) = coeficiente de correlação de Pearson. R² = coeficiente de determinação de Pearson. De acordo com a Figura 4A, nota-se que a retenção de CCA na madeira de E. urograndis, para a posição radial de 0 a 1,5 cm registrou valores de 11 kg.m -3 para a massa específica aparente de 0,70 g.cm -3 com confiança de 95%. LIMA (2012) ao avaliar o tratamento preservativo industrial encontrou retenção de 11,7 kg.m -3 para a madeira de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla. Destaca-se que para a posição radial 1,5 a 3,0 cm (Figura 4B), para um intervalo de confiança de 95% registrou-se retenção de CCA de aproximadamente 4,5 kg.m -3, para massa específica de 0,65 g.cm -3. FIGURA 4. Regressão linear simples da retenção de CCA em função da massa específica aparente da madeira de E. urograndis. A: Posição radial de 0 a 1,5 cm. B: Posição radial de 1,5 a 3,0 cm. Reta contínua: Linha de tendência. Linha pontilhada: Intervalo de confiança a 95% de probabilidade. Pode-se afirmar para ambas as espécies estudadas neste trabalho que a retenção não esta correlacionada com a massa específica aparente em termos quantitativos. Ressalta-se que a NBR 9480 (ABNT, 2009) que a retenção mínima de CCA para madeiras em contato com o solo seja de 6,5 kg de ingredientes ativos.m -3 ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 654 2015

de madeira, desta forma, apenas as madeiras provenientes da posição radial 0 a 1,5 cm de ambas as espécies estariam aptas para este uso. Nota-se, Tabela 4, que analogamente para a madeira de Corymbia torelliana, a correlação, r(x,y), entre massa específica aparente e retenção de CCA foi positiva, porém fraca, segundo critério estabelecido por LARSON & FARBER (2010). O coeficiente de determinação de Pearson, R², não foi capaz de explicar a relação entre as variáveis estudadas, provavelmente em virtude da dispersão dos dados. Esta dispersão dos dados está relacionada possivelmente as características anatômicas da madeira, provocando diferenças nos valores de retenção. Porém, a madeira de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla registrou resultados superiores para o coeficiente de determinação na análise estatística, contudo, não significativos. TABELA 4. Análise estatística da regressão linear simples da madeira de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla para a massa específica aparente. Madeiras Posição radial (cm) Equação da reta Syx r(x,y) R²(%) f E. urograndis 0 a 1,5 =7,61 + 5,95*X 0,006 0,150 2,30 0,80 ns 1,5 a 3,0 =4,75-0,12*X 0,084 0,003 0,001 0,003 ns ns Não significativo (p > 0,05). Syx = erro padrão da estimativa. r(x,y) = coeficiente de correlação de Pearson. R² = coeficiente de determinação de Pearson. Nota-se, Tabela 5 que ocorreu rejeição da hipótese de nulidade referente as fontes de variação espécie e posição, desta forma, procedeu-se a análise separada de tais fatores, Tabela 6. TABELA 5. Análise de variância da massa específica anidra. Quadrados Médios Fontes de Graus de Liberdade Massa especifica anidra Variação (g.cm -3 ) Espécie 1 0,1227* Posição 1 0,2064 * Espécie x Posição 1 0,0010 ns Resíduo 284 0,0043 Total 287 Nota-se, Tabela 6, que ocorreu diferença estatística entre as espécies estudadas para a massa especifica anidra. MAURI (2010) ao estudar a densidade do lenho de clones de E. urograndis, com aproximadamente seis anos de idade, encontrou valores de 0,58 g.cm -3 para a massa específica anidra em local com altitude de 921,6 m e relevo plano. Ressalta-se, para as posições radiais, o que foi discutido anteriormente, que a região de alburno, por ser sujeita ao tratamento preservativo, registrou maiores valores de massa específica anidra. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 655 2015

TABELA 6. Massa específica anidra de acordo com o tratamento. Madeiras Massa específica anidra (g.cm -3 ) C. torelliana 0,64 a 1 (0,07)(10,93) 2 E. urograndis 0,60 b (0,07)(4,2) Posição radial (cm) Massa específica anidra (g.cm -3 ) 0 a 1,5 0,65 a 1,5 a 3,0 (0,05)(7,69) 0,60 b (0,07)(11,66) 1 Médias seguidas pela mesma letra minúscula não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de significância (Tukey, p > 0,05). 2 Valores abaixo da média, a esquerda e a direita, correspondem ao desvio-padrão e coeficiente de variação, respectivamente. De acordo com a Figura 5A, observa-se que a posição radial de 0 a 1,5 cm foi capaz de assegurar o uso dos moirões em contato com o solo, como preconiza a NBR 9480 (ABNT, 2009), a mesma situação não foi observada para a posição radial de 1,5 a 3,0, Figura 5B, posição que ocorreu maior teor de cerne, no qual tem-se deposição de extrativos e também a presença de tiloses. A presença de tiloses seja em qualquer região do lenho da madeira (cerne ou alburno) pode tornar o fluxo de fluido limitado, pois a passagem torna-se obstruída. FIGURA 5. Regressão linear simples da retenção de CCA em função da massa específica anidra da madeira de Corymbia torelliana. A: Posição radial de 0 a 1,5 cm. B: Posição radial de 1,5 a 3,0 cm. Reta contínua: Linha de tendência. Linha pontilhada: Intervalo de confiança a 95% de probabilidade. Nota-se, Tabela 7, que independente da posição radial estudada a massa específica anidra não foi capaz de explicar a variação na retenção de CCA, comprovado pelo coeficiente de correlação, r(x,y), e pelo coeficiente de determinação de Pearson, R². Desta forma, pode-se afirmar que o modelo escolhido não é adequado para explicar o fenômeno. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 656 2015

TABELA 7. Análise de variância da massa específica anidra. Madeiras Posição radial (cm) Equação da reta Syx r(x,y) R²(%) f Corymbia 0 a 1,5 =13,74-3,39*X 0,050 0,09 0,88 0,3 ns torelliana 1,5 a 3,0 =1,49+0,28*X 0,064 0,15 2,4 0,85 ns ns Não significativo (p > 0,05). Syx = erro padrão da estimativa. r(x,y) = coeficiente de correlação de Pearson. R² = coeficiente de determinação de Pearson. Observa-se que a madeira de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, na posição radial de 0 a 1,5 cm, Figura 6A, obteve valores de retenção que possibilita seu uso em contato com o solo, como regulamenta a norma anteriormente citada. De maneira geral, esta espécie mostrou-se mais susceptível ao tratamento preservativo, uma vez que alcançou maiores valores de retenção de CCA, observado pelo intervalo de confiança. FIGURA 6. Regressão linear simples da retenção de CCA em função da massa específica anidra da madeira de Corymbia torelliana. A: Posição radial de 0 a 1,5 cm. B: Posição radial de 1,5 a 3,0 cm. Reta contínua: Linha de tendência. Linha pontilhada: Intervalo de confiança a 95% de probabilidade. De acordo com a Tabela 8, independente da posição radial analisada não ocorreu correlação significativa, r(x,y), segundo critérios estabelecidos por LARSON & FARBER (2010). Ressalta-se, pelo coeficiente de determinação de Pearson, R², que a massa específica anidra não é capaz de explicar a retenção de CCA. TABELA 8. Análise de variância da massa específica anidra. Posição Madeiras Equação da reta Syx r(x,y) R²(%) F radial (cm) 0 a 1,5 =7,61+5,95*X 0,06 0,023 2,30 0,80 ns E. urograndis 1,5 a 3,0 =4,75-0,12*X 0,08 0,0031 0,001 0,0003 ns ns Não significativo (p > 0,05). Syx = erro padrão da estimativa. r(x,y) = coeficiente de correlação de Pearson. R² = coeficiente de determinação de Pearson. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 657 2015

CONCLUSÕES No quesito massa específica, para a NBR 9480, ambas as espécies se enquadram nas especificações técnicas. A massa específica aparente foi superior à anidra para ambos os gêneros. Não houve correlação significativa entre a massa específica aparente, anidra e retenção para nenhuma das duas espécies. A posição radial de 0 a 1,5 cm mostrou maior massa específica aparente e anidra. A retenção obtida neste trabalho caracteriza a madeira para utilização em contato com o solo. REFERÊNCIAS AMARAL, L, S. Penetração e retenção do preservante em Eucalyptus com diferentes diâmetros. 2012. 82f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia da Madeira) Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2012. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11941: Determinação da densidade básica em madeira. Rio de Janeiro; 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 9480: Peças roliças preservadas de eucalipto para construções rurais Requisitos. Rio de Janeiro, 2009. 15 p. EVANGELISTA, W, V. Penetração e retenção de arseniato de cobre cromatado em madeira de eucalipto. 2011. 126f. Tese (Doutorado em Ciência Florestal) Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2011. GLASS, S. V.; ZELINKA, S. L. Moisture relations and physical properties of wood. In: FOREST PRODUCTS LABORATORY. Wood Handbook: wood as an engineering material. Madison: United States Department of Agriculture, Forest Service, Forest Products Laboratory, 2010. p.1-19. LARSON, R.; FARBER, B. Estatística aplicada. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. 640 p. LIMA, F. C. C. Avaliação de noves espécies de Eucalyptus spp. em tratamento preservativo industrial. 2012. 94f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu, 2012. MAURI, R. Anatomia e densidade do lenho de clones de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, com variação de altitude e de topografia, no estado de Minas Gerais. 2010. 114f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) Universidade Federal do Espírito Santo, Jerônimo Monteiro, 2010. PAES, J. B.; LOPES, D. J. V.; GONÇALVES, F. G.; BRITO, F. M. S.; LOMBARDI, L. R. Efeito da concentração na ascensão de soluções preservativas preparadas com CCB em moirões de Eucalyptus. Floresta e Ambiente, v. 21, n. 3, p. 384-393, 2014. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 658 2015

PEREIRA, B. L. C.; OLIVEIRA, A. C.; CARVALHO, A. M. M.; CARNEIRO, A. C. O.; VITAL, B. R.; SANTOS, L. C. Correlações entre a relação cerne/alburno da madeira de eucalipto, rendimento e propriedades do carvão vegetal. Scientia Forestalis, v. 41, n. 98, p. 217-225, 2013. VALLE, M. L. A. et al. Retenção e penetração de CCA em madeira de primeira e segunda rotação de Eucalyptus urophylla S.T. Blake. Ciência Florestal, v. 23, n. 2, p. 481-490, 2013. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.21; p. 659 2015