DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 2 de dezembro de 2008. 1 Declara integrante do patrimônio histórico e cultural do Estado a Festa Nacional do Champanha. Art. 1º - É declarada integrante do patrimônio histórico e cultural do Estado, nos termos e para os fins dos arts. 221, 222 e 223 da Constituição do Estado, a Festa Nacional do Champanha. Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala de Sessões, 22 de setembro de 2005. JUSTIFICATIVA Busca-se, com a proposição em tela, através de pretendida declaração de patrimônio histórico e cultural do Estado do Rio Grande do Sul, proporcionar o devido reconhecimento de um dos maiores eventos realizados no Brasil, que é a Festa Nacional do Champanha, realizada em Garibaldi. Em 12 de junho de 1979 é firmado o Contrato de Constituição de Sociedade Civil por Quotas de Responsabilidade Limitada, entre a Prefeitura Municipal de Garibaldi, Centro de Indústrias Fabril e Associação Comercial, a qual fundava uma sociedade, sem fins lucrativos, que visava o desenvolvimento comunitário, econômico e social do município, cuja presidência seria trocada a cada 03 anos: a FENACHAMP Festa Nacional do Champanha. Primeiramente, esta sociedade realizou o 1 Festival Colonial Italiano, que visava divulgar nossa cultura, além de buscar subsídios para a realização da 1ª Festa Nacional do Champanha. Esta festa teve sua realização no período de 10 a 28 de julho de 1981. Em sua inauguração estiveram presentes o Presidente da República João Batista Figueiredo e o Governador Estadual Amaral de Souza. A empresa Fenachamp realizou cinco edições da Festa Nacional do Champanha, tendo sido extinta após este período, motivo pelo qual a Festa não foi implementada no decorrer de um intervalo de cinco anos. Entretanto em 1998, a festa foi retomada, com um novo formato, realizando as festividades nas ruas centrais da cidade e feira de exposições nos pavilhões de eventos da Fenachamp. Após analisarem aspectos das edições ocorridas no período de 1981 a 2000, no ano de 2002 foi escolhida uma nova equipe para realizá-la. Esta nova diretoria teve como objetivo resgatar os moldes anteriores da festa e assim surgiu a Fenachamp 2003, que novamente passou a ser realizada nos pavilhões do Parque da Fenachamp. Conto com a compreensão de meus pares para que se consiga preservar e dar o merecido reconhecimento a Festa Nacional do Champanha, por sua importância e contribuição ao desenvolvimento sociocultural do nosso e de outros povos.
DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 2 de dezembro de 2008. 2 Sala de Sessões, 22 de setembro de 2005. COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA Processo nº 21310.01.00/05-2 Proponente: Ementa: Declara integrante do patrimônio histórico e cultural do Estado a Festa Nacional do Champanha. Relator(a): Deputado(a) Frederico Antunes Parecer: Favorável. PARECER DA COMISSÃO Nº 47/2008 1. Ao exame e parecer desta Comissão de Constituição e Justiça vem o Projeto de Lei N 230/2005, de autoria do Deputado Giovani Cherini, visando declarar integrante do Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Rio Grande do Sul, a Festa Nacional do Champanha. 2. Conforme o deputado proponente, a proposta busca proporcionar o devido reconhecimento de um dos maiores eventos realizados no Brasil, que é a Festa Nacional do Champanha, realizada em Garibáldi. 3. Assim, face sua importância e contribuição ao desenvolvimento sociocultural da região, deve a mesma estar ao abrigo do patrimônio cultural e histórico estadual, revestindo-a, consequentemente, das condições necessárias à proteção do poder público, com as decorrentes formas de acautelamento e preservação. 4. Mister salientar que a proposta foi protocolada nesta Casa na data de 22 de setembro de 2005, sendo nesta Legislatura desarquivada na data de 1º de fevereiro de 2007, enquadrando-se assim, no entendimento desta Comissão Permanente, quando da análise da SPI nº 36960100/07-6, que definiu que a vigência do Item IX do art. 3º da Resolução 2.990/2007 seja aplicada a partir da data de sua publicação, ou seja, 12/07/2007, sendo que os demais projetos que versem sobre Patrimônio Histórico e Cultural, protocolados antes da data de publicação da Resolução em pauta, não estão sujeitos aos dispositivos da mesma. 5. Assim, no que compete a esta Comissão manifestar-se, não vislumbramos obstáculos de natureza constitucional, legal ou jurídica a impedir a tramitação da proposta, sendo que a mesma foi apresentada em conformidade com o disposto nos artigos 52, XIV, e 59 da Constituição Estadual e art. 180, II, a, do Regimento Interno da Assembléia, combinados com o art. 24, VII da Constituição Federal. 6. Parecer favorável.
DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 2 de dezembro de 2008. 3 Sala das Sessões, em 05 de agosto de 2008. Deputado(a) Francisco Appio, Presidente. Deputado(a) Frederico Antunes, Vice-Presidente e Relator(a). Deputado(a) Luiz Fernando Záchia Deputado(a) Raul Pont Deputado(a) Paulo Odone Deputado(a) Adroaldo Loureiro Deputado(a) Luis Augusto Lara Deputado(a) Marquinho Lang Deputado(a) Nelson Marchezan Jr. COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA Processo nº 21310.01.00/05-2 Proponente: Ementa: Declara integrante do patrimônio histórico e cultural do Estado a Festa Nacional do Champanha. Relator(a): Deputado(a) Marisa Formolo Parecer: Favorável. PARECER DA COMISSÃO Nº 13/2008 Vem, para exame e parecer desta Comissão, o Projeto de Lei de nº 230/2005, de autoria do Deputado Giovani, que declara integrante do Patrimônio Histórico e Cultural do Estado a Festa Nacional do Champanha, realizada em Garibaldi. ndo o exposto, estaa Justificativa do PL relata o histórico da instituição e da realização de algumas edições do evento em questão. Informa a Justificativa que, em 12 de junho de 1979, é criada a FENACHAMP - Festa Nacional do Champanha, a partir da constituição de uma "Sociedade Civil" através de um contrato firmado entre a Prefeitura do Município de Garibaldi, o Centro de Indústrias Fabril e a Associação Comercial. Destaca a Justificativa que, inicialmente, esta Sociedade realizou o 1º Festival Colonial Italiano e, no período de 10 a 28 de julho de 1981, promoveu a 1ª Festa Nacional do Champanha. Informa também que a referida Festa contou com cinco edições realizadas pela FENACHAMP, tendo sido esta "empresa", então, extinta. Ressalta que a Festa é retomada em 1998 "com um novo formato": festividades nas ruas centrais da cidade e feira de exposições nos pavilhões da FENACHAMP.
DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 2 de dezembro de 2008. 4 Finalmente, a Justificativa relata que, em 2002, é definida uma nova "equipe" para a organização do evento, resultando disto o fato de que a Festa, em 2003, voltou a ser realizada nos pavilhões do Parque da FENACHAMP. A matéria em pauta na presente Proposição tem sido objeto de análise e encaminhamentos dentro desta Comissão através de sucessivos e diferentes Projetos. Desde 1999 têm sido aprovados na Assembléia Legislativa do Estado, com ampla maioria dos votos desta Casa, um número significativamente crescente de Projetos que declaram algum bem integrante do patrimônio histórico e cultural do Estado. No último período tramitaram nesta Casa mais de setenta Projetos por ano sobre esta matéria. Cabe aqui lembrar que a avaliação das questões que envolvem esta matéria, bem como a consciência quanto ao interesse que a mesma tem despertado entre os Deputados desta Casa e à urgência de um debate aprofundado sobre o tema, motivou a Bandada do PT a apresentar um Projeto de Resolução, através de seu Líder, o então Dep. Flávio Koutzii publicado no Diário da Assembléia de 25 de maio de 2006, sob a identificação de PR nº 21/2006. O referido Projeto de Resolução estabelecia uma regulação para as propostas de declaração de Patrimônio Histórico e Cultural no Estado a serem apresentadas para apreciação legislativa. Tal Projeto previa, fundamentalmente, a apresentação destas proposições acompanhadas de "manifestação" de órgãos governamentais que já detém por lei a função de preservação destes bens, como também exigia farta documentação comprobatória da importância do bem a ser declarado. Naquele momento, a apreciação do citado Projeto de Resolução, dentro da Comissão de Constituição e Justiça desta Casa resultou em rejeição, motivada por aspectos de natureza formal. No entanto, a preocupação central da iniciativa, no sentido de contribuir para a gestão pública da matéria, instituindo a apresentação de maior comprovação e embasamento documental, bem como a apreciação prévia de órgãos estaduais, foi preservada a partir do interesse de diversos Parlamentares. Finalmente, no primeiro semestre de 2007, tramitou e foi aprovada nesta Casa a Resolução nº 2.990, de 12 de julho de 2007, que altera a Resolução nº 2.288, de 18 de janeiro de 1991, a qual dispõe sobre o Regimento Interno da Assembléia Legislativa. Na seqüência, em 13 de novembro de 2007, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia aprovou o Parecer do Dep. Alexandre Postal favorável a que as exigências referentes à comprovação da pertinência e da importância das propostas de declaração de patrimônio passassem a vigorar somente a partir da data da publicação da Resolução nº 2.990, de 12 de julho de 2007, que regulou a matéria. A aprovação de tal Parecer pela CCJ implicou dizer que "todos" os Projetos de Lei que tratam de Patrimônio Histórico e Cultural protocolados antes da data de publicação da referida Resolução "não estão sujeitos aos dispositivos da mesma". Desta forma, as preocupações quanto ao cumprimento de medidas preservacionistas, ou mesmo quanto às possíveis conseqüências legais resultantes das declarações propostas, permanecem as mesmas em relação a estes Projetos. Neste sentido, mesmo considerando o inquestionável mérito da proposta específica objeto deste Parecer, e apesar de não estar a mesma obrigada a tal, cabe destacar que a declaração de "patrimônio histórico e cultural" contida no PL em apreciação não cumpre as novas exigências "regimentais" estabelecidas pela Resolução nº 2.990, de 12 de julho de 2007, principalmente no que se refere à manifestação do "órgão central do Sistema Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural" do Estado sobre "a pertinência da declaração", comprometendo o Poder Público com as possíveis conseqüências para a preservação do "objeto" declarado. Todos estes acontecimentos reforçam o entendimento desta Relatora de que se faz necessário aprofundar o debate sobre o papel do Legislativo no processo de preservação dos bens com valor histórico e cultural. Considerando o exposto, esta Deputada Relatora encaminha à apreciação desta Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia o seguinte posicionamento:
DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 2 de dezembro de 2008. 5 1 - PARECER FAVORÁVEL AO PL 230/2005, do Dep. Giovani Cherini; 2 - encaminhamento para a retomada do "processo de debate" sobre as matérias que envolvem a declaração de bens como integrantes do Patrimônio Histórico e Cultural do Estado, já iniciado nesta Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia há vários anos e que teve um importante momento, no ano de 2006, com a Audiência Pública realizada no dia 05 de setembro, quando foi apresentada pelo Dep. Flávio Koutzii a proposta do PR 21 / 2006 já citado. O processo aqui proposto deve ter por objetivo contribuir para a melhor explicitação das atribuições sobre o tema, focando-se no papel a ser exercido pelo Legislativo no sentido de contribuir para a preservação de bens com valor histórico e cultural, bem como nos critérios já definidos pela Resolução nº 2.990, de 12 de julho de 2007, como base para as declarações em questão. O processo proposto também deve contar, necessariamente, com a presença de representantes dos Órgãos do Executivo Estadual direta ou indiretamente afetos à questão, notadamente a Secretaria de Estado da Cultura e seu Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado. Sala da Comissão, 25 de novembro de 2008. Deputado(a) Marisa Formolo, Presidente e Relator(a). Deputado(a) Kalil Sehbe Deputado(a) Mano Changes Deputado(a) Miki Breier Deputado(a) José Sperotto Deputado(a) Paulo Borges Deputado(a) Sandro Boka