REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I - DAS BASES CONCEITUAIS Art. 1.º O Estágio Curricular constitui-se numa atividade de investigação, explicitação, interpretação e intervenção na realidade e de enriquecimento da formação profissional dos discentes. PARÁGRAFO ÚNICO: O estágio curricular consta de atividades práticas pré-profissionais, exercidas em situações reais de trabalho sendo um processo interdisciplinar avaliativo e criativo, destinado a articular teoria e prática (ensino, pesquisa e extensão), obrigatório para todos os discentes do curso. Art. 2º. O Estágio Curricular Supervisionado define-se como um processo de aprendizagem profissional que: I. integra o conhecimento adquirido pelo aluno em sala de aula à prática profissional e estimula o reconhecimento de habilidades e competências adquiridas em situações reais de vida e trabalho; II. propicia ao aluno a aquisição de experiência profissional específica visando sua inserção eficaz no mercado de trabalho; III. é desenvolvido fora da sala de aula; IV. está em sintonia com o projeto pedagógico do curso, com os objetivos da instituição e com o perfil profissional desejado; Art. 3º - O Estágio Curricular Supervisionado consta como atividade obrigatória, conforme previsto nas diretrizes curriculares nacionais e na matriz curricular do Curso. II - DAS POLÍTICAS E OBJETIVOS DO ESTÁGIO CURRICULAR Art. 4ºSerão desenvolvidas atividades práticas por meio da implementação de ações nas diversas funções relacionadas ao curso. Art. 5.º As políticas e objetivos do Estágio Curricular visam: I. garantir obediência à legislação que regulamenta os estágios nas Instituições de Ensino Superior;
II. atender a uma concepção de realidade como totalidade e como articulação e interdependência mútuas entre os elementos que a compõem; III. contribuir para a consolidação do Curso e com a busca de soluções para os problemas regionais e/ou nacionais ; IV. fortalecer relações de parceria permanente e continuada com os campos de estágio supervisionado; V. proporcionar ao acadêmico a oportunidade de integrar-se ao campo profissional, ampliando sua formação teórico-prática e interdisciplinar; VI. respeitar as peculiaridades e a natureza do curso expressas nos objetivos e no seu projeto político pedagógico; VII. garantir uma avaliação permanente e continuada do estágio supervisionado com a participação de todos os envolvidos; VIII. socializar os conhecimentos produzidos no processo de Estágio; IX. estabelecer relação dinâmica entre teoria e prática, oportunizando ao estagiário mais um espaço para a produção de conhecimentos que fundamentem e qualifiquem sua formação profissional e de cidadania; XI. oferecer condições concretas de investigação, análise, interpretação com a realidade e intervenção nesta mesma realidade; XII. buscar a integração do curso com as organizações profissionais, sociais e culturais ligadas à área de formação do corpo discente; XII. adquirir suporte técnico-científico e administrativo, a fim de promover o diagnóstico para o planejamento, execução e avaliação de atividades assistenciais, educativas e de pesquisa, na gestão e gerenciamento dos serviços de saúde III - DAS DIRETRIZES NORTEADORAS GERAIS Art. 6.º O estágio curricular, pôr estar obrigatoriamente vinculado aos objetivos do curso, tem um sentido de desenvolver atividades profissionais, em reais condições de vivência e trabalho, para fundamentar e melhor qualificar aspectos da formação profissional.
Art. 7.º Integrarão as turmas de estágio os alunos regularmente matriculados na disciplina, segundo a estrutura curricular do curso obedecendo ao pré-requisito das disciplinas estabelecido na matriz curricular e as normas de matrícula em vigor da Instituição. Art. 8.º o aluno deverá cumprir a carga horária estipulada no currículo do curso. Art. 9.º A forma de supervisão a ser adotada pelo curso deverá ser detalhada no Plano de Ensino da disciplina do docente supervisor, salvaguardadas as diretrizes e políticas deste Regulamento e a especificidade do curso em cada situação ou etapa do Estágio. Art. 10 Nenhum acadêmico poderá colar grau sem ter cumprido, integralmente, o fixado em relação ao Estágio pela legislação pertinente, pelo Regimento Geral e por este Regulamento. Art. 11 Não será permitido o estágio individual e/ou em grupo fora dos campos de estágio ou das linhas de pesquisa ou extensão de interesse institucional; Art. 12 Não será permitido o estágio curricular extracurricular concomitante, exceto, em casos excepcionais devidamente analisados e aprovados pelo colegiado do curso. Art. 13 A realização do estágio dar-se-á, obrigatoriamente, mediante Convênio e Termo de Compromisso celebrado entre o estagiário ou grupos de estagiários e a parte concedente, com a interveniência obrigatória da coordenação local de estagio curricular: celebração de assinatura de convênio entre a instituição e os Campos de Estágios; assinaturas de termos de compromisso celebrado entre o estagiário e a parte concedente com interveniência da coordenação do curso. Art. 14 O estágio curricular não cria vínculo empregatício de qualquer natureza e o estagiário poderá ou não receber bolsa, ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordado, ressalvado o que dispuser a legislação previdenciária. Art. 15 O aluno deverá apresentar no ato da matrícula na disciplina estágio curricular o comprovante de seguro contra acidentes pessoais. VI - DA COORDENAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR Art. 16 A coordenação deve ser entendida enquanto docência e acompanhamento ao discente no decorrer de sua prática de estágio, de forma a proporcionar aos estagiários, pleno desempenho de ações, princípios e valores inerentes à realidade da profissão. Art. 17 A coordenação de Estágio será exercida, por um docente pertencente ao corpo docente efetivo do curso.
Art. 18 O coordenador de Estágio terá sob sua responsabilidade todos os discentes regularmente matriculados em Estágio, bem como os supervisores contratados pela referida instituição. Art. 19 Ao coordenador de Estágio compete: I. Elaborar o plano de Prática de Estágio expresso em forma de Plano de Ensino; II. Fornecer ao estagiário ou ao grupo de estagiários, os elementos necessários à elaboração e execução do plano de estágio; III. Prover para que todo o estagiário ou grupo de estagiários tenha um supervisordurante todo o processo de estágio; IV. Coordenar a execução das atividades didático-pedagógicas referentes aos estágios curriculares, de conformidade com o planejamento e plano de estágio definidos pelas partes envolvidas no acompanhamento do estagiário ou grupo de estagiários no campo de estágio; V. Contratar com instituições, entidades, empresas ou comunidades potencialmente concedentes de campo de estágio, tendo em vista a celebração de Convênios, Termos de Compromisso e/ou acordos de cooperação, encaminhando ao Coordenador de Curso; VI. Coordenar, acompanhar, assessorar e avaliar os supervisores de Estágio; VII. Promover encontros semanais com horários pré-estabelecidos para a discussão de temas relacionados ao estágio com o objetivo de aprimorar o conhecimento, melhorando assim o desenvolvimento profissional; VIII. Articular e promover a socialização de experiências de estágio, a partir de seminários, publicações, cartilhas e outros meios, envolvendo o colegiado de curso; IXI. Manter o Coordenador do Curso informado, através de relatório, sobre a listagem dos estagiários, orientadores, campos e desenvolvimento do estágio; X. Providenciar, com o Coordenador do Curso, os convênios, os termos de compromisso e/ou acordos de cooperação a serem assinados pelas partes envolvidas no Estágio; XI. Participar da elaboração ou de alterações do Regulamento próprio para os Estágios do Curso. V - DO(S) SUPERVISORES DO ESTÁGIO CURRICULAR Art. 20 O desenvolvimento do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório, é uma atividade docente relativa à prática profissional do acadêmico, entendida como acompanhamento técnicopedagógico na execução das atividades.
Art. 21 A carga horária destinada ao(s) supervisor será estabelecida no Projeto Pedagógico de cada Curso de Graduação, observadas as diretrizes estabelecidas pela instituição. Art. 22 O supervisor será definido atendendo as diretrizes estabelecidas nas políticas do Plano de Carreira, Cargos e Salários da instituição. Art. 23 Cabe ao SUPERVISOR: I. executar o programa da disciplina de acordo com o estabelecido neste regulamento; II. orientar o acadêmico durante o processo de desenvolvimento das práticas assistenciais; III. orientar e acompanhar técnica e pedagogicamente o acadêmico ou grupo de acadêmicos, no processo de execução das atividades; IV. preencher ficha de acompanhamento do acadêmico, relatando evolução, dificuldades e parecer quanto às atividades realizadas; V. cumprir rigorosamente as horas-atividades previstas para o acompanhamento das atividades; VI. assegurar a compatibilidade das atividades desenvolvidas com o currículo do curso; VII. informar ao Coordenador de Curso ou Coordenador do Estágio fatos relacionados ao desenvolvimento de suas atividades ou do acadêmico, quando estes necessitarem de providências superiores. VIII. conhecer a estrutura organizacional, os objetivos e funcionamento dos órgãos onde os acadêmicos desenvolverão suas atividades; IX. entregar documentos e relatórios das atividades desenvolvidas no final de cada semestre para o coordenador do Estágio; X. indicar temas relevantes no campo científico para o estágio, pesquisa, visando aos interesses educacionais da instituição, frente à realidade em que o Campus está inserido; XI. manter contato periódico com o Coordenador de Curso ou coordenador do Estágio; XII. participar ativamente do processo ensino / aprendizagem do acadêmico, coresponsabilizando-se pelas orientações e avaliações; XIII. participar das reuniões promovidas pelo Coordenador de Curso ou Coordenador do Estágio; XIV. planejar todas as etapas do desenvolvimento das atividades em conjunto com o acadêmico; XVI. possibilitar a sistematização do processo, de modo que o acadêmico demonstre o seu conhecimento teórico e sua capacidade de observação e de aplicação das experiências vivenciadas;
XVII. sugerir bibliografias de acordo com as necessidades evidenciadas pelos acadêmicos; XVIII. efetuar a avaliação final do acadêmico, emitir nota e encaminhar ao Coordenador do Estágio; VI - DA MATRÍCULA NO ESTÁGIO CURRICULAR Art. 24 A matrícula na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório ocorrerá de acordo com o estabelecido no Regimento Geral da IES, respeitando os pré-requisitos estabelecidos na matriz curricular. Art. 23 O aluno só poderá iniciar o Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório após a efetivação da matrícula e da formalização do Termo de Compromisso. VII - DOS LOCAIS DE REALIZAÇÃO Art. 25 São considerados campos de desenvolvimento das atividades de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório, as Instituições públicas e/ou privadas, desde que previamente conveniadas com a instituição. Art. 26 Os locais de realização das atividades práticas devem apresentar condições para: I. planejamento e execução conjunta das atividades; II. aprofundamento e produção de conhecimentos em consonância com a prática assistencial inerente à profissão; III. vivência efetiva de situações concretas, dentro do campo profissional; IV. existência de estrutura física, material e humana, para um bom desempenho das atividades; VIII - DO ACADÊMICO Art. 27 O acadêmico, respeitadas as exigências e peculiaridades do Curso, sujeita-se ao cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório na forma deste Regulamento. Art. 28 São obrigações do Acadêmico: I. Apresentar o Termo de Compromisso.
II. elaborar e cumprir com assiduidade o seu programa de desenvolvimento de atividades, estabelecido sob a orientação do supervisor; III. desenvolver as atividades observando procedimentos éticos e morais, respeitando o sigilo das Instituições; IV. respeitar e cumprir os regulamentos, normas e exigências no campo de desenvolvimento das atividades assistenciais, bem como responsabilizar-se pela conservação dos materiais, documentos, equipamentos e instalações; V. comunicar ao supervisor situações que ocorram no campo de desenvolvimento das atividades práticas e que necessitem de sua interferência para salvaguardar a qualidade do processo de ensino / aprendizagem; VI. manter registro diário das atividades desenvolvidas, em ficha de registro entregue pelo supervisor; VII. participar dos encontros com o Coordenador de Estágio no dia e horário previamente definidos, para que o mesmo possa desenvolver as atividades de planejamento, acompanhamento e avaliação do processo, bem como aperfeiçoamento do conhecimento; VIII. cumprir os prazos determinados pelo Coordenador de Estágio referente a entrega dos relatórios e fichas de registro; XIV. submeter-se aos processos de avaliação estabelecidos neste Regulamento; IX. assinar o Termo de Compromisso, respeitando-o; X. cumprir as normas estabelecidas neste Regulamento e na legislação vigente. IX- DO ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO Art. 29 A avaliação do acadêmico ocorrerá de forma contínua, permanente e progressiva durante todo o processo de desenvolvimento do estágio curricular, de acordo com o Regimento Geral da instituição. Art. 30 O acompanhamento das atividades será feito mediante os seguintes itens: a) acompanhamento direto do supervisor das atividades realizadas pelos graduandos do estágio; b) acompanhamento e orientação no desenvolvimento das atividades em seu local de realização; c) elaboração de relatórios que serão entregues ao supervisor e repassados ao coordenador de estágio;
d) serão realizadas visitas frequentes pelo Coordenador de estágio ao campo de estágio; Art. 31 Para avaliação do rendimento do acadêmico serão atribuídas as notas referentes às seguintes atividades: plano de estágio, desempenho acadêmico nas práticas (interesse, assiduidade, ética, domínio da técnica e da teoria, dentre outras), encontros semanais realizados em sala de aula e relatório final das atividades executadas no decorrer de todo estágio curricular. Art. 32 Para aprovação nas atividades práticas do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório, as quais não preveem Exame Final, o aluno deverá obter média igual ou superior a 7,0 (sete) e 75% de frequência.