1 Aliança, segundo Jesus de Nazaré Essência #3 (fim da série) Lc 22:14-20 (14) Quando chegou a hora, Jesus e os seus apóstolos reclinaram- se à mesa. (15) E disse- lhes: "Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer. (16) Pois eu lhes digo: Não comerei dela novamente até que se cumpra no Reino de Deus". (17) Recebendo um cálice, ele deu graças e disse: "Tomem isto e partilhem uns com os outros. (18) Pois eu lhes digo que não beberei outra vez do fruto da videira até que venha o Reino de Deus". (19) Tomando o pão, deu graças, partiu- o e o deu aos discípulos, dizendo: "Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim". (20) Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês. Introdução: Hoje é nossa noite de Ceia e também encerramento da série Essência do Cristianismo. I - O centro da Ceia é a nova aliança entre Deus e os homens 1. Qual a necessidade de uma aliança? É que havia uma lacuna entre Deus e o ser humano: Deus é Santo, Pleno, Absoluto... E o homem, por seu pecado, está afastado de Deus.
2 A causa da lacuna é exatamente a santidade de Deus. Isso não significa dizer que Deus tenha se afastado. O fato é que não o alcançamos. Em última análise, quem se afastou foi o ser humano e não Deus. Isso é bem ilustrado no gênesis: Adão foi quem se escondeu da presença de Deus. A forma de minimizar e resolver essa lacuna foi criando uma aliança que pudesse unir dois seres de realidades tão diferentes quanto Deus e o ser humano. 2. Como era essa aliança? 2.1. No Antigo Testamento temos a Aliança Mosaica. Era fundamentada na lei de Moisés, que exigia Sacrifícios de animais Fundamentava- se no templo E na figura dos sacerdotes 3.,No entanto, esta primeira aliança era uma medida paliativa, enquanto não chegava a segunda aliança. Gálatas 3:24-27 24 Assim, a lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. 25 Agora, porém, tendo chegado a fé, já não estamos mais sob o controle do tutor. 26 Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, 27 pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. 4. Portanto, com a mudança de lei, há mudança também de ênfase e, de vida.
3 Se na primeira aliança havia um tabernáculo. Na segunda, o tabernáculo somos nós Se na primeira aliança animais eram sacrificados Na segunda aliança Deus é o sacrifício. Se na primeira aliança, Deus visitava o seu povo Na segunda, Deus vive em nós. 5. O centro da primeira aliança era o sacrifício dos cordeiros, para o perdão dos pecados. Mas a Bíblia nos informa que esses sacrifícios eram ineficazes. Eles não traziam o Espírito Santo para a vida da pessoa. II A nova aliança é diferente porque tem o próprio Deus, e não Moisés como seu mediador Hb 12:22-24 nos diz que em Cristo nós chegamos à plenitude de todas as coisas (22) Mas vocês chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à cidade do Deus vivo. Chegaram aos milhares de milhares de anjos em alegre reunião, (23) à igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus. Vocês chegaram a Deus, juiz de todos os homens, aos espíritos dos justos aperfeiçoados, (24) a Jesus, mediador de uma nova aliança, e ao sangue aspergido, que fala melhor do que o sangue de Abel. A boa notícia deste texto é que por causa de Jesus pudemos chegar àquele que é Santo. 1 - O novo pacto nos dá uma perfeita identificação com Cristo Jesus em tudo o que é e fez, porque tem o poder de nos fazer UM com O Senhor
4 (56) Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Na aliança da graça Deus coloca em nós a sua santidade, mediante o fato de Cristo ter se tornado um de nós. Ele tornando- se como um de nós, conduz a humanidade, novamente nascida, até o trono de Deus. 2 - Esta identificação significa que Deus reproduz em nós tudo o que aconteceu na vida de Cristo, fazendo com que a influencia destes atos nos transformem nossa realidade. Nos identificamos com Cristo Em sua morte. Por isso estamos presos ao pecado (Romanos 6:3) não mais (3) Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte? (Romanos 6:6) Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Nos identificamos com Cristo Em seu sepultamento e ressurreição para que tenhamos uma vida de vitória sobre o mundo, a carne e o diabo Rm 6:4-5 (4) Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. (5) Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição. (Romanos 6:8) (8) Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos.
5 Nos identificamos com Cristo Em sua ascensão. Por isso estamos com Ele nos lugares celestiais III Conclusão: (Efésios 2:6-7) (6) Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, (7) para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus. Por essa razão, o sentido da Ceia é a celebração dessa nova aliança entre Deus e os homens. 1 - Quando ceamos, estamos reconhecendo que realmente estamos aliançados com Cristo, e que nossas vidas estão misturadas, fundidas uma na outra, conforme explica Paulo em 1Co 6:16-17 (16) Vocês não sabem que aquele que se une a uma prostituta é um corpo com ela? Pois, como está escrito: "Os dois serão uma só carne". (17) Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. Eis o grande resultado da nova aliança: Deus uniu seu espírito ao meu. Passamos a viver uma relação plena com Ele, coisa que não conseguíamos antes. A expressão de Paulo é muito forte e faz todo o sentido. Precisamos cuidar das alianças que fazemos porque essas associações produzem nossa vida. Aquele que se une a uma prostituta, torna- se semelhante a ela. Não há diferença pois ambos são um.
6 O ser humano em um ser em relação. Isto é, é um ser de relacionamento. Mais do que contatos sociais, as relações interagem dentro de nós e nos tornamos o retrato das nossas relações. Assim, se me uno (aliança) com pessoas boas ou más, o resultado será a reprodução dessa relação em minha vida: Passamos a pensar como elas, passamos a falar como elas e a agir como elas. As ligações existenciais são avivadas e nos tornamos um só espírito com elas. Quando nos unimos ao Senhor, também nos tornamos um só espírito com Ele. Eis aqui a grande necessidade da oração, da devoção, da leitura das Escrituras e da participação da vida na comunidade e no serviço: Quanto mais nos envolvemos com Deus, mais inspirados por ele seremos e mais de Sua Santidade será compartilhada conosco. Ter uma aliança com Deus significa viver com Ele e tornar- se mais parecido com seu filho Jesus...oooo.