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A nível nacional têm sido, nos últimos anos, criados instrumentos adicionais de estímulo às operações de reabilitação urbana, visando criar incentivos destinados aos particulares. De acordo com o disposto nos artigos 14º e alínea f) do nº2 do artigo 33º do Decreto- Lei 307/2009, de 23 de Outubro, alterado pela Lei 32/2012, de 14 de Agosto, a aprovação de uma Área de Reabilitação Urbana (ARU) exige a apresentação de um quadro de apoios e incentivos às ações de reabilitação a promover pelos proprietários. O artigo 71º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF) estabelece um conjunto de incentivos específicos, em matéria de reabilitação urbana, para prédios urbanos objeto de ações de reabilitação, localizados em ARU. Por 'Ações de reabilitação entende-se as intervenções destinadas a conferirem adequadas características de desempenho e de segurança funcional, estrutural e construtiva a um ou vários edifícios, ou às construções funcionalmente adjacentes incorporadas no seu logradouro, bem como às suas frações, ou a conceder-lhe novas aptidões funcionais, com vista a permitir novos usos ou o mesmo uso com padrões de desempenho mais elevados, das quais resulte um estado de conservação do imóvel, pelo menos, dois níveis acima do atribuído antes da intervenção [ponto 22 a), art.º 71 EBF]. Com a aprovação de uma ARU (e publicação no Diário da República), os proprietários cujos prédios urbanos estejam incluídos nesta área e cujas obras de reabilitação se realizarem no período anteriormente referido, passam a usufruir dos seguintes benefícios fiscais:

IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO (IVA) Redução do IVA de 23 % para 6 %, nas empreitadas de reabilitação urbana, realizadas em imóveis ou em espaços públicos localizados em ARU. IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS (IMI) Os prédios urbanos objeto de ações de reabilitação são passíveis de isenção de IMI por um período de 5 anos, a contar do ano, inclusive da conclusão da mesma reabilitação, podendo ser renovada por um período adicional de 5 anos. TRANSMISSÕES ONEROSAS DE IMÓVEIS (IMT) São isentas de IMT as aquisições de prédio urbano ou de fração autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente a habitação própria e permanente, na primeira transmissão onerosa do prédio reabilitado, quando localizado em Área de Reabilitação Urbana. Os prédios urbanos têm que se localizar em Áreas de Reabilitação Urbana ou têm de ser prédios arrendados passíveis de atualização faseada das rendas nos termos dos artigos 27º e seguintes do NRAU (Novo Regime de Arrendamento Urbano). Esta isenção está dependente de deliberação da Assembleia Municipal do respetivo município onde se insere o prédio urbano (nºs 8, 19, 20, 21, 22 e 23 do artigo 71.º do EBF). IMPOSTO SOBRE RENDIMENTOS SINGULARES (IRS) Dedução à coleta de 30% dos encargos suportados pelo proprietário relacionados com a reabilitação, até ao limite de 500 (nº 4 do artigo 71º do EBF). TAXA SOBRE MAIS-VALIAS Tributação à taxa reduzida de 5 % sobre mais-valias decorrentes da alienação de imóveis reabilitados em ARU e recuperados nos termos das respetivas estratégias de reabilitação urbana (nº 6 do artigo 71º do EBF). RENDIMENTOS PREDIAIS Tributação à taxa reduzida de 5 %, sobre os rendimentos decorrentes do arrendamento de imóveis localizados em ARU e recuperados nos termos das respetivas estratégias de reabilitação urbana (nº 6 do artigo 71º do EBF). 3

IMI IMT IVA Isenção durante 5 anos após reabilitação Isenção na 1ª transmissão (venda) após reabilitação Taxa de 6% em empreitadas de reabilitação IRS Dedução à coleta de 30% dos encargos, até ao limite de 500 IRS Mais-valias à taxa de 5% aquando da venda Rendimentos prediais à taxa de 5% decorrente de arrendamento Este regime excecional aplicado às Áreas de Reabilitação Urbana, e no caso específico dos benefícios associados ao IMI e IMT, está dependente de deliberação da Assembleia Municipal (nos termos do artigo 16º do Regime Financeiro das Autarquias Locais). CONDIÇÕES DE ACESSO AOS BENEFÍCIOS FISCAIS O Estatuto de Benefícios Fiscais (EBF) determina que o acesso a benefícios fiscais decorrentes da execução de obras de reabilitação urbana dependa necessariamente de uma avaliação ao imóvel, com vista apreciar o cumprimento de critérios de elegibilidade. Ainda de acordo com o EBF, a comprovação do início e da conclusão das ações de reabilitação é da competência da Câmara Municipal ou de outra entidade legalmente habilitada para gerir um programa de reabilitação urbana para a área da localização do imóvel, incumbindo-lhes certificar o estado dos imóveis, antes e após as obras compreendidas na ação de reabilitação (através de vistorias). Segundo a alínea c) do número 22 do artigo 71º do Estatuto de Benefícios Fiscais, o estado de conservação de um edifício ou fração é determinado nos termos do disposto no Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU) e no Decreto-Lei n.º 156/2006, de 8 de agosto. De acordo com esta legislação, a análise do Estado de Conservação terá como base o Método de Avaliação do Estado de Conservação dos edifícios (MAEC), publicado pela Portaria 1192-B/2006 (alterado e republicado pelo D.L. n.º 266-B/2012), que aprova o modelo de ficha de avaliação, define os critérios de avaliação e estabelece as regras para a determinação do coeficiente de conservação. A avaliação do estado de conservação é realizada com base numa vistoria visual detalhada (37 elementos funcionais), não se recorrendo à consulta de projetos, à análise do historial de obras ou à realização de ensaios ou sondagens. Considera-se 4

que apenas com a vistoria é possível realizar uma despistagem das principais anomalias e obter resultados com um grau de rigor adequado ao objetivo de determinação do nível de conservação. O modelo de ficha de avaliação do estado de conservação de prédio ou frações urbanas a aplicar neste tipo de processos é apresentada no anexo 1 do presente documento. Esta avaliação tem como objetivo verificar que as obras de reabilitação executadas sobre o prédio ou fração contribuem para uma melhoria de um mínimo de 2 níveis face à avaliação inicial, de acordo com os seguintes níveis de conservação (cf. artigo 5º do D.L. nº 266-B/2012, de 31 de dezembro): Considerando os níveis acima referidos, expõe-se o quadro abaixo: Nível Estado de Conservação 5 Excelente - Ausência de anomalias ou anomalias sem significado. 4 Bom - Anomalias que prejudicam o aspeto e que requerem trabalhos de limpeza, substituição ou reparação de fácil execução 3 Médio - Anomalias que prejudicam o aspeto e que requerem trabalhos de correção de difícil execução ou; - Anomalias que prejudicam o uso e conforto e que requerem trabalhos de correção de fácil execução. 2 Mau - Anomalias que prejudicam o uso e conforto e que requerem trabalhos de correção de difícil execução ou; - Anomalias que colocam em risco a saúde e a segurança, podendo motivar acidentes sem grande gravidade, e que requerem trabalhos de correção de fácil execução. 1 Péssimo - Anomalias que colocam em risco a saúde e a segurança, podendo motivar acidentes sem grande gravidade, e que requerem trabalhos de correção de difícil execução ou; - Anomalias que colocam em risco a saúde e segurança, podendo motivar acidentes graves ou muito graves ou Ausência/inoperacionalidade de infraestrutura básica. Fonte: Decreto-Lei nº 266-B/2012, de 31 de dezembro O artigo 3º deste diploma estabelece ainda que a determinação do nível de conservação do prédio ou fração seja realizada por arquiteto, engenheiro ou engenheiro técnico inscrito na respetiva ordem profissional. Importa salientar que este processo administrativo apenas se aplica ao conjunto dos benefícios fiscais que decorrem do artigo 71º do Estatuto dos Benefícios Fiscais. Quer isto significar que, no caso do IVA, mais concretamente na aplicação da taxa reduzida de 6%, em empreitadas de reabilitação urbana, bastará ao interessado 5

solicitar uma declaração, a emitir pela Câmara Municipal, a confirmar que as obras de reabilitação a executar incidem sobre imóveis ou frações abrangidos pelo perímetro de intervenção da ARU. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS PARA ACESSO AOS BENEFÍCIOS FISCAIS Para os proprietários poderem usufruir dos benefícios fiscais previstos no regime extraordinário de apoio à reabilitação urbana do EBF, todos os processos de reabilitação urbana pressupõem que o Município tome conhecimento efetivo do estado de conservação do prédio antes e depois das obras, sendo o início do procedimento efectuado pelo proprietário mediante requerimento/comunicação. Assim, cabe ao proprietário comunicar ao Município as obras que pretende efetuar, iniciando para o efeito um processo para a reabilitação de prédios urbanos ou frações de prédios urbanos. AVALIAÇÃO FÍSICA Primeiro, realiza-se uma análise centrada exclusivamente nos paramentos físicos da intervenção, tendo em conta a melhoria em pelo menos 2 níveis acima do atribuído antes da intervenção, conforme o artigo 71º do estatuto dos benefícios fiscais. Para esta análise será utilizada a Ficha de Avaliação do Nível de Conservação de Edifícios do NRAU, publicado pela Portaria 1192-B/2006, de 3 de Novembro, e segue as instruções de aplicação do Método de Avaliação do Estado de Conservação de Imóveis (MAEC). Anexo 1 COMO REQUERER ISENÇÕES? 1. Verificar se o seu imóvel se localiza numa Área de Reabilitação Urbana (ARU). 2. Requerer, ao Município, uma vistoria inicial, preenchendo o formulário - Anexo 2 3. Realizar uma Vistoria inicial antes do arranque das obras de reabilitação para aferição do nível de conservação do imóvel/fração. 4. Após conclusão das obras, o requerente contacta o Município para este realizar uma Vistoria final com o objetivo de aferir o nível de conservação e 6

verificar se a intervenção correspondeu aos critérios exigidos de uma ação de reabilitação. 5. O Município emitirá uma Declaração de ação de reabilitação, que indicará se foram cumpridos os critérios referidos; 6. Se a Declaração for favorável, o Município reencaminhará o processo para a repartição das finanças, para que o Munícipe usufrua da isenção. 7. O Munícipe será informado da aprovação e da atualização do seu processo nas finanças. 7

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EXMO. SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PONTE DE LIMA CANDIDATURA A BENEFÍCIOS FISCAIS EM ARU Pedido de avaliação inicial do estado de conservação REQUERENTE Nome Morada Freguesia Código Postal N.º Ident. Fiscal N.º B.I./C.C. Válido até Telefone Telemóvel Fax E-mail Autorizo o envio de notificações por: SMS Correio eletrónico Na qualidade Proprietário Usufrutuário Locatário Superficiário Outro REPRESENTANTE Nome N.º Ident. Fiscal N.º B.I./C.C. Válido até Na qualidade Mandatário Sócio-gerente Administrador Outro PEDIDO Ao abrigo do disposto no Artigo 45.º do DL n.º 215 / 89, de 1 de Julho, na sua redacção atual (Estatuto dos Benefícios Fiscais - EBF ), vem requerer a V. Exa. a avaliação do estado de conservação do edifício abaixo identificado: IMI e/ou IMT Local Nº Freguesia Área total (m 2 ) Inscrito na matriz predial urbana sob o art.º Nº Descrito na Conservatória do Registo Predial sob o N.º: ANTECEDENTES Não existem antecedentes processuais na Câmara Municipal de Ponte de Lima para o local em questão Pedido de Informação Prévia Registo de entrada CMPL Alvará/Comunicação Prévia de Loteamento Licença/Autorização/Comunicação Prévia de Construção Processo N.º Processo N.º Processo N.º Obras isentas de controlo prévio municipal Processo N.º Descrição dos trabalhos / ações de reabilitação a realizar ( preencher somente nos casos de obras isentas de controlo prévio municipal ) Página 1 de 2 15

TOMA CONHECIMENTO DO EBF, ARTIGO 45.º - Prédios urbanos objecto de reabilitação 1 - Ficam isentos de imposto municipal sobre imóveis os prédios urbanos objeto de reabilitação urbanística, pelo período de três anos a contar do ano, inclusive, da emissão da respetiva licença camarária. ( Redação dada pela Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro) 2 - Ficam isentas de imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis as aquisições de prédios urbanos destinados a reabilitação urbanística, desde que, no prazo de três anos a contar da data de aquisição, o adquirente inicie as respetivas obras. ( Redação dada pela Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro) 3 - Para o efeito do disposto nos números anteriores, entende-se por reabilitação urbanística o processo de transformação do solo urbanizado, compreendendo a execução de obras de construção, reconstrução, alteração, ampliação, demolição e conservação de edifícios, tal como definidas no regime jurídico da urbanização e da edificação, com o objetivo de melhorar as condições de uso, conservando o seu caráter fundamental, bem como o conjunto de operações urbanísticas e de loteamento e de obras de urbanização, que visem a recuperação de zonas históricas e de áreas críticas de recuperação e reconversão urbanística, sendo tal reabilitação certificada pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I. P., ou pela câmara municipal, consoante o caso, e desde que, em qualquer caso, seja atribuída a esse prédio, quando exigível, uma classificação energética igual ou superior a A ou quando, na sequência dessa reabilitação, lhe seja atribuída classe energética superior à anteriormente certificada, em pelo menos dois níveis, nos termos do Decreto-Lei n.º 118/2013, de 20 de agosto, com exceção dos casos em que tais prédios se encontrem dispensados de um ou mais requisitos de eficiência energética, nomeadamente nos termos do disposto no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 53/2014, de 8 de abril. ( Redação dada pela Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro ) 4 - Os benefícios referidos nos n.os 1 e 2 não prejudicam a liquidação e cobrança dos respectivos impostos, nos termos gerais. 5 - As isenções previstas nos n.os 1 e 2 ficam dependentes de reconhecimento pela câmara municipal da área da situação do prédio, após a conclusão das obras e a emissão da certificação urbanística e da certificação energética referidas no n.º 3. (Redação dada pela Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro) 6 - A câmara municipal deve comunicar, no prazo de 30 dias, ao serviço de finanças da área da situação dos prédios o reconhe - cimento referido no número anterior, competindo àquele promover, no prazo de 15 dias, a anulação das liquidações de imposto municipal sobre imóveis e de imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis e subsequentes restituições. 7 - O regime previsto no presente artigo não é cumulativo com outros benefícios fiscais de idêntica natureza, não prejudicando, porém, a opção por outro mais favorável. DOCUMENTOS INSTRUTÓRIOS O seu pedido deve ser instruído com os elementos abaixo indicados (fotocópias). Assinale com uma cruz (X) os documentos que junta ao seu processo. 1. Certidão de Teor do Prédio Urbano (Repartição das Finanças); 2. Certidão do Registo Predial (Conservatória do Registo Predial) 3. Planta de localização do prédio à Esc. 1/2000; 4. Escritura de compra e venda do imóvel ( A apresentação deste documento só é necessário quando se trate de um pedido de isenção de IMT. Obs ponto 2 do artigo 45.º EBF ). 5. OUTROS ELEMENTOS que o requerente pretenda apresentar: 5.1 5.2 PEDE DEFERIMENTO Assinatura Data - - NOTAS Os Serviços de Atendimento Data - - Página 2 de 2 16

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EXMO. SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PONTE DE LIMA CERTIDÃO REABILITAÇÃO PARA EFEITOS DE ISENÇÃO DE IMI, IMT, IRS AO ABRIGO DE Art.º 71 DO EBF E APLICAÇÃO DA TAXA REDUZIDA DO CIVA Nome Morada REQUERENTE Freguesia Código Postal N.º Ident. Fiscal N.º B.I./C.C. Válido até Telefone Telemóvel Fax E-mail Autorizo o envio de notificações por: SMS Correio eletrónico Na qualidade Proprietário Usufrutuário Locatário Superficiário Outro REPRESENTANTE Nome N.º Ident. Fiscal N.º B.I./C.C. Válido até Na qualidade Mandatário Sócio-gerente Administrador Outro PEDIDO Ao abrigo do disposto no artigo 71.º do Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de julho, e ulteriores alterações (Estatuto dos Benefícios Fiscais - EBF), vem requerer a V. Exa. a emissão de certidão comprovativa que o edifício ou fração, abaixo identificado, se localiza em Área de Reabilitação Urbana, para efeito de isenção de IMI, pelo período de cinco anos e/ou do IMT por ter sido objeto de ação de reabilitação urbana, e/ou redução à coleta em sede de IRS, e ou para aplicação da taxa reduzida de 6% de IVA para empreitadas de reabilitação urbana, ao abrigo do art. 18 do CIVA (verba 2.23 da Lista I anexa ao CIVA): Local Nº Freguesia Área total (m 2 ) Inscrito na matriz predial urbana sob o art.º Nº Descrito na Conservatória do Registo Predial sob o N.º: ANTECEDENTES Não existem antecedentes processuais na Câmara Municipal de Ponte de Lima para o local em questão Pedido de Informação Prévia Registo de entrada CMPL Alvará/Comunicação Prévia de Loteamento Licença/Autorização/Comunicação Prévia de Construção Processo N.º Processo N.º Processo N.º Obras isentas de controlo prévio municipal Processo N.º Descrição dos trabalhos / ações de reabilitação a realizar ( preencher somente nos casos de obras isentas de controlo prévio municipal ) Página 1 de 2 18

TOMA CONHECIMENTO DO EBF, ARTIGO 71.º - Incentivos à reabilitação urbana ( ) 7. Os prédios urbanos objeto de ações de reabilitação são passíveis de isenção de imposto municipal sobre imóveis por um período de cinco anos, a contar do ano, inclusive, da conclusão da mesma reabilitação, podendo ser renovada por um período adicional de cinco anos. 8. São isentas do IMT as aquisições de prédio urbano ou de fração autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente a habitação própria e permanente, na primeira transmissão onerosa do prédio reabilitado, quando localizado na 'área de reabilitação urbana'. ( ) 19. As isenções previstas nos n.os 7 e 8 estão dependentes de deliberação da assembleia municipal, que define o seu âmbito e alcance, nos termos do n.º 2 do artigo 12.º da Lei das Finanças Locais. 20. Os incentivos fiscais consagrados no presente artigo são aplicáveis aos imóveis objeto de ações de reabilitação iniciadas após 1 de Janeiro de 2008 e que se encontrem concluídas até 31 de Dezembro de 2020. 21. São abrangidas pelo presente regime as ações de reabilitação que tenham por objeto imóveis que preencham, pelo menos, uma das seguintes condições: a) Sejam prédios urbanos arrendados passíveis de atualização faseada das rendas nos termos dos artigos 27.º e seguintes do NRAU; b) Sejam prédios urbanos localizados em 'áreas de reabilitação urbana'. 22. Para efeitos do presente artigo, considera-se: a) 'Acções de reabilitação' as intervenções destinadas a conferir adequadas características de desempenho e de segurança funcional, estrutural e construtiva a um ou vários edifícios, ou às construções funcionalmente adjacentes incorporadas no seu logradouro, bem como às suas frações, ou a conceder-lhe novas aptidões funcionais, com vista a permitir novos usos ou o mesmo uso com padrões de desempenho mais elevados, das quais resulte um estado de conservação do imóvel, pelo menos, dois níveis acima do atribuído antes da intervenção; b) 'Área de reabilitação urbana' a área territorialmente delimitada, compreendendo espaços urbanos caracterizados pela insuficiência, degradação ou obsolescência dos edifícios, das infraestruturas urbanísticas, dos equipamentos sociais, das áreas livres e espaços verdes, podendo abranger designadamente áreas e centros históricos, zonas de proteção de imóveis classificados ou em vias de classificação, nos termos da Lei de Bases do Património Cultural, áreas urbanas degradadas ou zonas urbanas consolidadas; c) 'Estado de conservação' o estado do edifício ou da habitação determinado nos termos do disposto no NRAU e no Decreto- Lei n.º 156/2006, de 8 de Agosto, para efeito de atualização faseada das rendas ou, quando não seja o caso, classificado pelos competentes serviços municipais, em vistoria realizada para o efeito, com referência aos níveis de conservação constantes do quadro do artigo 33.º do NRAU. 23. A comprovação do início e da conclusão das ações de reabilitação é da competência da câmara municipal ou de outra entidade legalmente habilitada para gerir um programa de reabilitação urbana para a área da localização do imóvel, incumbindo-lhes certificar o estado dos imóveis, antes e após as obras compreendidas na ação de reabilitação. ( ) DOCUMENTOS INSTRUTÓRIOS O seu pedido deve ser instruído com os elementos abaixo indicados (fotocópias). Assinale com uma cruz (X) os documentos que junta ao seu processo. 1. Certidão de Teor do Prédio Urbano (Repartição das Finanças); 2. Certidão do Registo Predial (Conservatória do Registo Predial) 3. Planta de localização do prédio à Esc. 1/2000; 4. Contrato de arrendamento ou declaração do proprietário/usufrutuário que comprove que o contrato de arrendamento existente é posterior a 15 de Outubro de 1990, para contratos habitacionais, ou a 30 de Setembro 1995, para contratos não habitacionais. 5. OUTROS ELEMENTOS que o requerente pretenda apresentar: 5.1 5.2 PEDE DEFERIMENTO Assinatura Data - - NOTAS Os Serviços de Atendimento Data - - Página 2 de 2 19