cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc Associação Brasileira de Avaliação de Impacto



Documentos relacionados
ENDEMISMO ESTADO DE CONSERVAÇÃO MATA ATLÂNTICA IBAMA SC RS PR SP MG RJ ES PONTOS REGISTROS AER. Didelphimorphia Didelphidae

Anexo Lista de espécies de mamíferos registrados durante as cinco campanhas do PMMT, UHE Belo Monte, Pará

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

LEVANTAMENTO DE MASTOFAUNA OCORRENTE NA FAZENDA CANABRANA, MUNICÍPIO DE AUGUSTO DE LIMA, MINAS GERAIS.

ADEQUAÇÃO AMBIENTAL PARA CERTIFICAÇÃO RAS (RAINFOREST ALLIANCE) DA FAZENDA DO BUGRE, PRATA, MG.

Resumo. Palavras-chave: Mamíferos; Unidades de Conservação; Serra do Espinhaço; Conservação.

MCFI MCFI MCCR MCFD MCFD BBSR

DIVERSIDADE DE MAMÍFEROS DO PARQUE NACIONAL DE UBAJARA (CEARÁ, BRASIL)

Guia para identificação de pegadas

O USO DO HABITAT E MEDIDAS PARA CONSERVAÇÃO DE MAMÍFEROS NÃO- VOADORES NO PARQUE ESTADUAL DO ARAGUAIA, MT. Sérgio Gomes da Silva

Riqueza de mamíferos terrestres não voadores no Parque Nacional da Serra da Capivara PI

Diante dos diversos furtos de equipamentos ocorridos, não foi possível monitorar a zoopassagem 1.

G e o l o g i a M i n e r a ç ã o e A s s e s s o r i a L t d a. geominas@terra.com.br Fone Fone Fax

PROJETO BÁSICO AMBIENTAL UHE TELES PIRES

MAMÍFEROS DO TOCANTINS

DE MAMÍFEROS TERRESTRES NA. Nilton C. Cáceres Jorge J. Cherem Maurício E. Graipel

Mamíferos de médio e grande porte em um fragmento florestal de Cerrado no município de Ipameri-GO

PLANO DE MANEJO. Mastofauna do Parque das Neblinas

Fauna de mamíferos assoociada à mata ciliar... MOURA, S. L. de

Mamíferos terrestres de floresta de araucária no município de Três Barras, Santa Catarina, Brasil

Eixo Temático ET Gestão Ambiental PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE ATROPELAMENTOS DE FAUNA NA BR-262/MS

Mamíferos de médio e grande porte atropelados em rodovias do Estado de Santa Catarina, sul do Brasil

b. Mastofauna (1) Introdução

BIOMA. dominante. %C3%B3gicos_mapas/biomas.asp

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens


Uso de Passagens de Fauna no Trecho Ferroviário entre Aparecida do Taboado/MS e Rondonópolis/MT

Levantamento e caracterização das populações de Macacos Guariba (Alouatta sp.) ocorrentes no município de Bambuí-MG

POR QUE NA PEGADA DO PARQUE?

Programa de Monitoramento de Atropelamentos de Fauna da BR - 262/MS

A seguir serão comentadas informações sobre algumas das espécies de mamíferos do Estado do Paraná. Para que possamos compreender um pouco mais sobre

INQUILINISMO EM CORNITERMES (ISOPTERA, TERMITIDAE) EM DUAS ÁREAS DE PASTAGEM

TATIANE CARMO BRISTOT

4.2.2) MASTOFAUNA ) Metodologia

Mastofauna terrestre de algumas áreas sobre influência da Linha de Transmissão (LT) 230 KV PE / PB, CIRCUITO 3

Animais incríveis! Equipe PVSul. A diversidade, tamanho e hábitos dos mamíferos os tornam um grupo muito especial de animais.

ISSN Dezembro, Revisão do conhecimento sobre ocorrência e distribuição de Mamíferos do Pantanal

MAMÍFEROS DE UM FRAGMENTO FLORESTAL EM VOLTA REDONDA, ESTADO DO RIO DE JANEIRO MAMMALS OF A FOREST FRAGMENT IN VOLTA REDONDA, RIO DE JANEIRO STATE

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL KELLE CRISTINA NEVES

IMPACTOS AMBIENTAIS EM ÁREA DE RIO SÃO FRANCISCO, PETROLINA PE.

Threatened mammals in Atlantic Forest. Adriano Paglia UFMG

RASTROS E VESTÍGIOS. Animais Silvestres da PV Sul

Mamíferos de Guarapuava, Paraná, Brasil

MAMÍFEROS DO VALE DO TAQUARI, REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL

MAMÍFEROS NÃO VOADORES ENCONTRADOS EM TRÊS ÁREAS DO PARQUE ESTADUAL DO ESPINILHO, BARRA DO QUARAÍ, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

FACULDADE ASSIS GURGACZ-FAG RAFAEL JOSE FERREIRA

Bioma : CERRADO. Alessandro Mocelin Rodrigo Witaski Gabriel Kroeff Thiago Pereira

Mastofauna terrestre da Reserva Biológica Estadual do Sassafrás, Doutor Pedrinho, Santa Catarina, Sul do Brasil

FAUNA AMEAÇADA DE EXTINÇÃO NOS PARQUES ESTADUAIS FORNO GRANDE E PEDRA AZUL, ES.

AHE Belo Monte. Descrição e análise da fauna e flora da região do médio-baixo rio Xingu. Mamíferos Terrestres de Médio e Grande Porte.

Ação 14- Indicação de Áreas Protegidas para Criação de Unidades de Conservação (incluindo nascentes e trechos de cursos de água com Classe Especial)

UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO E DA REGIÃO DO PANTANAL KLAUDIA BITENCOURT

7 ANO AULA DE CIÊNCIAS. Professora Andressa =)

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Programa de Pós-Graduação em Zoologia de Vertebrados

REDES HIDROGRÁFICAS SÃO TODOS OS RECURSOS HIDROGRÁFICAS DE UM PAÍS, COMPOSTOS GERALMENTE PELOS RIOS, LAGOS E REPRESAS.

FERNANDA ROTEIRO DE ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO E REVISÃO

Praxis investigativa dos alunos do Ensino Médio e Fundamental sobre os mamíferos da Mata Atlântica.

NASCENTE MUNICIPAL MODELO DE SOROCABA

Morcegos da Caatinga: Panorama científico dos últimos 35 anos

Anexo Fotográfico Fauna

1. Resultados Monitoramento Fauna e Flora 2010

Membros. Financiadores

LEVANTAMENTO RÁPIDO E BIOLOGIA DA MASTOFAUNA DA RPPN NINHO DO CORVO EM PRUDENTÓPOLIS PARANÁ*

INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS BASTOS NETO et al.

A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte de imenso

4. Reuniões Técnicas (Mini-Seminário por Bioma) Objetivo das Reuniões Técnicas

Licenciamento Ambiental para o Projeto de Duplicação Rodovia BR 163/MS

Registros de mamíferos não voadores em estudos de avaliação ambiental no sul do Brasil

Ações de Conservação da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

TURISMO EM ÁREAS NATURAIS: ELABORAÇÃO DE UM MEIO INTERPRETATIVO REFERENTE À FAUNA DO PARQUE NACIONAL DOS CAMPOS GERAIS PNCG

Mamíferos não Voadores da Região dos Lagos, Municipios de Tartarugalzinho, Pracuúba e Amapá, no Amapá

Sonia Aparecida de SOUZA 2, 3 ; André Luis Teixeira De LUCCA 2 ; Ernesto Pedro DICKFELDT 2 ; Paulo Roberto de OLIVEIRA 2

Fauna Silvestre no Ambiente Urbano: licenciamento ambiental. Dra. Renata Cardoso Vieira

Biomas Brasileiros. 1. Bioma Floresta Amazônica. 2. Bioma Caatinga. 3. Bioma Cerrado. 4. Bioma Mata Atlântica. 5. Bioma Pantanal Mato- Grossense

JGP. Levantamento Fotográfico PLANO DE MANEJO DA APA GUARIROBA ASPECTOS DA FAUNA. Legenda: Fotos 01 a 03:

Riqueza de Chiroptera em área alterada na transição Cerrado-Floresta Amazônica, Fazenda Destino-MT

LEVANTAMENTO DA MASTOFAUNA EM FRAGMENTO FLORESTAL LOCALIZADO NA CIDADE DE CASCAVEL - PARANÁ

12/2/2009. São doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e os humanos. ZOONOSES *

ÍNDICE. 7 - Conclusão... 1/ EIA-RL Janeiro de 2015 Rev. nº 00. LT 500 KV ESTREITO FERNÃO DIAS Estudo de Impacto Ambiental - EIA 1/1

Climas e Formações Vegetais no Mundo. Capítulo 8

BACIA DO RIO DAS VELHAS

Fotografias PauloHSilva//siaram. Saber Mais... Ambiente Açores

Cientistas incompetentes dizem que o Código Florestal é santo Ciro Siqueira

CARACTERIZAÇÃO DA HISTÓRIA RECENTE DE INCÊNDIOS EM PLANTAÇÕES INDUSTRIAIS NO BRASIL

Nosso Território: Ecossistemas

Termo de Referência para Elaboração do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) TR GERAL

O Homem foi contemporâneos dos Dinossauros?

Programa de Pesquisa em Biodiversidade Sítio Pernambuco (PEDI) Ana Carolina Lins e Silva anacarol@db.ufrpe.br

EDUCAÇÃO AMBIENTAL, RESGATAR A IMPORTÂNCIA DO BIOMA CAATINGA

Inventário de mamíferos de médio e grande porte em três fragmentos de Cerrado na região sudeste de Goiás

Revista Mexicana de Biodiversidad

Cíntia Graciele da Silva 1 Simone Santos de Oliveira 2 Universidade Estadual de Mato Grosso Tangará da Serra MT, junho 2009

DISTRIBUIÇÃO E OCORRÊNCIA DE MAMÍFEROS NA MATA ATLÂNTICA DO SUL DA BAHIA

Ecologia. 1) Níveis de organização da vida

6 - Áreas de Influência Delimitação das Áreas de Influência Área de Influência Direta (AID)... 2

PROJETO MORRO DO PILAR. Considerações sobre os aspectos de cobertura vegetal para manutenção das condições microclimáticas e tróficas das cavidades

LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS

Composição e diversidade de mamíferos de médio e grande porte no Cerrado do Brasil central

COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO

Transcrição:

LEVANTAMENTO E CONSERVAÇÃO DA MASTOFAUNA NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO AHE COUTO MAGALHÃES Sheiza Daianne Carvalho Ferreira 1, Fabiana Angélica Santos Rodrigues Ferreira 1, Cláudio Veloso Mendonça 1, Pablo Vinícius Clemente Mathias 1, Fábio Antônio de Oliveira 1, Jeremiah Jadrien Barbosa 1, Renato Cardoso Barbosa 1, Tiago Guimarães Junqueira 1, Luana Barbosa Monteiro 1, Carla Patrícia Pereira Alves 1 e Paulo Cesar Rodrigues 1. contato: sdaianne@hotmail.com 1 Biólogos; Biota Projetos e Consultoria Ambienta. Fone: 62 3945 2461. Rua 86 - C nº 64. CEP 74083-360 - Setor Sul - Goiânia - Goiás - Brasil RESUMO Os mamíferos são importantes para a manutenção da qualidade do ambiente. Os morcegos frugívoros, os marsupiais e algumas espécies de carnívoros e ungulados, como os porcos-do-mato e a anta, são notáveis dispersores de sementes e atuam nos processos de regeneração dos ecossistemas que habitam. O objetivo deste trabalho foi inventariar e caracterizar os mamíferos na área do AHE Couto Magalhães, municípios de Alto Araguaia-MT e Santa Rita do Araguaia-GO. Foram amostradas 9 áreas, sendo 3 na AII; 3 na AID; 2 na AID e ADA e 1 na ADA. Os registros foram realizados em duas campanhas, período seco e chuvoso, através de métodos diretos e indiretos que incluíram entrevistas com moradores locais, armadilhas fotográficas, armadilhas de captura e busca por vestígios tais como carcaças, fezes entre outros. Ao longo de 45 dias de campo foram registradas 69 espécies de mamíferos terrestres, voadores e semi-aquáticos. Da riqueza encontrada foi registrada a presença de 19 espécies que estão ameaçadas de extinção. Dentre a mastofauna registrada, alguns grupos podem ser destacados como bioindicadores: os pequenos mamíferos, que possuem uma estreita relação com microhabitats ou habitats específicos e algumas espécies de morcegos sensíveis às mudanças ambientais, como representantes da subfamília Phyllostominae, pois algumas espécies parecem ter sua abundância relativa negativamente influenciada pela ação antrópica. Mamíferos topo de cadeia alimentar ou próximos também podem ser citados, porque podem ser afetados por qualquer mudança nos outros níveis tróficos. Palavras-chave: inventário, mamíferos, empreendimento hidrelétrico. INTRODUÇÃO O Cerrado é um dos maiores biomas brasileiros, perdendo em área apenas para o bioma Amazônico. Seu território compreende 1.783.200 km 2 e estima-se que apenas 356.630 km 2 deste total estejam intactos (SCARIOT, et al, 2005). Esta perda em extensão de território natural foi um dos critérios que classificaram e elevaram o Cerrado a hot spot (ALHO, 2005). Historicamente este bioma sempre foi pressionado

pela implantação de culturas e é considerado a última fronteira agrícola do planeta (BORLAUG, 2002). A avaliação da diversidade da fauna tem sido um meio eficaz de valoração dos biomas brasileiros, em especial, o Cerrado. Nesse contexto, deve-se levar em consideração também que muitas das informações básicas da diversidade de vertebrados do Cerrado só têm se tornado conhecidas graças aos estudos e programas ambientais executados por empreendimentos hidrelétricos. A mastofauna do Cerrado, apesar de altamente diversificada (195 espécies) apresenta baixa taxa de endemismos (n=18 ou 9,2%) (REIS et al., 2006; 2011), com 51% das espécies de mamíferos encontradas no Cerrado também encontradas na Amazônia, 38% na Caatinga, 49% no Chaco e 58% na Floresta Atlântica (REDFORD & FONSECA, 1986; MARINHO-FIHO & REIS, 1989). Marinho-Filho & Guimarães (2001) consideram que as retrações e expansões das Matas de Galeria ao longo do quaternário, favoreceram a manutenção de espécies relacionadas aos ambientes úmidos (mésicos) encontradas nessas matas. Esta hipótese é corroborada pela ausência de mamíferos com especializações para ambientes xéricos, como seria esperado para o Cerrado, haja vista este Bioma apresentar secas bem marcadas (SILVA et al., 2008). Contudo, deve-se salientar que as taxas de endemismo do Cerrado variam de grupo para grupo e entre grupos, pois dependem muito do nível do conhecimento taxonômico. Todavia, a presença de espécies endêmicas mostra que, ao contrário do que se assumiu por algum tempo (VANZOLINI, 1974, 1976), o Cerrado possui fauna própria, distinta daquela presente nas Caatingas e no Chaco (RODRIGUES, 1988; COLLI, 2003). Ela resulta de uma história bastante complexa, associada ao soerguimento dos Planaltos Brasileiro e das Guianas no final do Cretáceo e durante o Terciário, e à instalação na área de uma vegetação original e sua modificação desde então (COLLI, 2003). Objetivou-se com este trabalho inventariar e caracterizar os mamíferos na área da AHE Couto Magalhães, municípios de Alto Araguaia-MT e Santa Rita do Araguaia-GO. DESENVOLVIMENTO A energia hidráulica corresponde a 80,0% da fonte energética do país e a indústria é o setor que exige a maior demanda (BALANÇO ENERGÉTICO,2011). De 2009 para 2010 houve aumento de 13,0% na demanda energética por este setor no Brasil. Esta exigência tende a aumentar à medida que o país fortalece sua indústria. Considerando a oferta hídrica abundante inúmeros projetos de empreendimentos hidrelétricos vem sendo propostos. Os grandes projetos de construção de hidrelétricas no Brasil visam não apenas a produção de energia, mas são também a base de apoio para o processo de industrialização e expansão de novas tecnologias para a produção nacional (BORTOLETO, 2001). No entanto, vários são os problemas gerados por esse tipo de empreendimento, os quais são percebidos tanto no âmbito ambiental quanto no social. O alagamento de áreas de agricultura, florestas, a abertura de novas estradas e canteiros de obras, bem como a saída de populações atingidas (LEÃO, 2008). Área de estudo O AHE Couto Magalhães está inserido na Bacia Hidrográfica do Alto Rio Araguaia, nos municípios de Santa Rita do Araguaia (GO) e Alto Araguaia (MT). (Figura 1).

Figura 1 Descrição e localização das regiões de amostragem para mamíferos, nos estudos ambientais do AHE Couto Magalhães, rio Araguaia, MT/GO. Metodologia

As nove regiões estudadas foram escolhidas em função de sua importância no contexto do empreendimento, sendo distribuídas nas três áreas de influência consideradas do estudo de impacto ambiental, AII - Área de Influência Indireta, AID - Área de Influência Direta e a ADA - Área Diretamente Afetada. (Quadro 1). Quadro 1 - Descrição e localização das áreas Região Descrição Coordenadas em UTM 1 (AII) 2 (AII) 3 (AID) 4 (ADA) 5 (AID) 6 (AID,ADA) 7 (AID, ADA) 8 (AII) 9 (inserido na Região 4) (AID - Área Controle ) Localizada no município de Santa Rita do Araguaia (GO). Área de difícil acesso em função do solo arenoso, com vegetação predominante de cerrado senso restrito e cerradão na bacia do ribeirão Zeca Novato. Localizada no município de Alto Araguaia (MT) as margens do ribeirão do Sapo. Ocorrem Vereda, Mata de Galeria e Cerrado senso restrito. Localizada no município de Alto Araguaia (MT) nas margens do ribeirão Claro e do córrego Coqueiro. Área com Mata Ciliar, Cerrado senso restrito e Ambiente Antrópico (pastagem). Localizada no município de Santa Rita do Araguaia (GO) às margens do rio Babilônia, cujas fisionomias são Mata Ciliar, Cerradão, Cerrado senso restrito e Ambiente Antrópico (pastagem). Localizada no município de Alto Araguaia (MT). Na bacia do ribeirão Claro, próximo à estrada MT-100, área com Mata de Galeria, Cerrado senso restrito e Ambiente Antrópico (pastagem). Localizada no município de Alto Araguaia (MT), próximo a foz do ribeirão Claro, na margem esquerda do rio Araguaia. Mata Ciliar e Floresta estacional semidecidual, influenciados por áreas de pastagens. Localizada no município de Alto Araguaia (MT) as margens do rio Araguaia incluindo o local da cachoeira Couto de Magalhães. Mata Ciliar, Floresta estacional semidecidual, Cerrado senso restrito e Ambiente Antrópico (pastagem e plantações). Localizada no município de Alto Araguaia (MT) na margem esquerda do rio Araguaia, a aproximadamente 30km a jusante da área do empreendimento. Mata Ciliar, Mata de Galeria, Cerrado senso restrito e Ambiente Antrópico (pastagens). Localizada no município de Santa Rita do Araguaia (GO) na margem direita do rio Babilônia. Ambiente com Mata Ciliar, Floresta estacional semidecidual. Esta região foi escolhida como controle por apresentar bom estado de conservação. 266368/ 8055416 256813/ 8058111 258556/ 8092722 270827/ 8093966 266207/ 8093324 270079/ 8096950 274627/ 8105697 280453/ 8116712 273337/ 8088563

O estudo contemplou 45 dias de atividades em campo, realizados entre 14 de abril e 14 de maio e entre 18 de junho e 1 de julho de 2009. Para que os dados levantados retratassem a riqueza de espécies da área da maneira mais fiel possível, foram utilizadas diferentes técnicas de campo, descritas a seguir: a) Capturas de pequenos mamíferos (roedores e marsupiais) por meio de armadilhas. Foram usadas armadilhas de captura-viva ( live traps ) no modelo gaiola (tipo Tomahawk) em cada uma das nove regiões amostrais e instaladas três linhas (1, 2 e 3) com 30 armadilhas e 15 estações de captura cada, sendo que cada estação continha duas armadilhas, uma sob o solo e a outra elevada (entre 1 e 3 metros de altura). b) Captura de mamíferos voadores por meio de redes As técnicas mais usuais para a amostragem deste grupo de mamíferos são a redeneblina (ou mist-net ) e a busca ativa em abrigos naturais (ocos de árvores, cavernas, galerias subterrâneas) e artificiais (construções abandonadas) (KUNZ, 1990). c) Captura de Mamíferos de médio e grande porte Foram adotadas as três técnicas que mais se destacam para este grupo: Varreduras Consiste na buscas de vestígios (pegadas, restos alimentares, fezes, tocas) (BECKER & DALPONTE, 1991; OLIVEIRA & CASSARO, 1999; CHAME, 2003) e fortuitas visualizações. Foram efetuadas a pé ou de carro por 15 dias em cada campanha, nos períodos matutino e vespertino, perfazendo um total de 180 horas, considerando cinco horas por região/fase. Para avaliação da mastofauna aquática realizaram-se vistorias às margens de rios e córregos, assim como de lancha ao longo do leito do rio Araguaia, tanto a montante quanto a jusante da cachoeira Couto de Magalhães. Armadilhas fotográficas (camera-traps) Foram utilizadas 18 armadilhas fotográficas ( camera-traps ), modelo Tigrinus, distribuídas aos pares nas nove regiões amostrais. Entrevistas As entrevistas foram realizadas com os moradores mostrando-se figuras de várias espécies e questionando o entrevistado sobre a ocorrência ou não daquela espécie na área, ou de forma indireta, quando apenas são recolhidas as informações, sem interferência do entrevistador. A lista de espécies, instrumento primário para as análises subsequentes, segue o ordenamento taxonômico de Wilson & Reeder (2005). A lista foi composta considerando-se àquelas espécies identificadas em campo e as espécies de provável ocorrência na área sob influência, diretamente afetada, direta e indireta do AHE Couto Magalhães, baseada na literatura disponível, tais como Emmons (1990), Nowak (1991), Redford & Eisenberg (1992), Eisenberg & Redford (1999), Reis et al. (2006; 2011), Reis et al. (2007), Wilson & Reeder (1996 e 2005), além daquelas citadas na introdução. O status de conservação das espécies segue a Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (IBAMA, 2003) e os parâmetros conservacionistas da IUCN (2009), assim como os preconizados pela lista CITES (2009).

CONCLUSÕES O diagnóstico da mastofauna das áreas de influência do AHE Couto Magalhães registrou 69 espécies de mamíferos terrestres, voadores e semi-aquáticos. Este levantamento identificou uma riqueza de espécies expressiva, quando comparada aos outros levantamentos no Cerrado e permitiu identificar a ocorrência de pelo menos 16 espécies ameaçadas de extinção. Nos estudos anteriores para a região a diversidade registrada foi sempre menor (36 espécies em 1998; 25 espécies em 2000 e; 47 espécies em 2002), comparativamente 16 espécies registradas nos estudos anteriores não foram observadas em 2009, indicando que a diversidade de mamíferos na região pode chegar a 85 espécies. DIDELPHIMORPHIA Didelphidae Quadro 2 - Espécies diagnosticadas Táxon Nome popular CP HA LO HAB Caluromys philander cuíca-lanosa II fru/o arb MC/MG/FE Chironectes minimus cuíca-d'água III pis/he mn ter/ MC Didelphis albiventris gambá-de-orelhabranca III/IV fru/o r saq esc MC/MG/FE/C Gracilinanus agilis gaiquica cuíca, I ins/o mn arb MC/MG/FE/C E/AA Lutreolina crassicaudata cuíca III mn car ter E/CD MG Marmosa murina cuíca, marmosa I ins/o esc MC/MG/FE/C Micoureus demerarae cuíca II ins/o mn arb MG E CINGULATA Dasypodidae Cabassous unicinctus tatu-rabo-decouro IV mn ins ter AA Priodontes maximus tatu-canastra V ins/o ter MG Dasypus novemcinctus tatu-galinha IV ins/o mn ter MG/AA Euphractus sexcinctus tatu-peba IV/V omn ter MC/AA PILOSA Myrmecophagidae Myrmecophaga tridactyla tamanduábandeira V ins ter MS/MG/CE/A Tamandua tetradactyla tamanduá-mirim V ins esc MG A PRIMATES Cebidae Sapajus libidinosus macaco-prego IV omn arb MC/FE Callithrix penicillata sagui III omn arb MG Atelidae Alouatta caraya bugio V omn arb FE LAGOMORPHA Leporidae Sylvilagus brasiliensis tapiti, lebrinha III her ter MC/FE/CE/CD

Táxon Nome popular CP HA LO HAB CHIROPTERA Mormoopidae Pteronotus gymnonotus morcego I ins voa FE Pteronotus parnellii morcego I ins voa FE/MC/MG Phyllostomidae Desmodus roundus morcego-vampiro I hem voa MC/FE Anoura caudifer morcego I fru/po voa MC Anoura geoffroyi morcego I fru/po l voa MC/MG/AA Glossophaga soricina morcego I fru/po l voa MC/MG/FE/C Phyllostomus hastatus morcego I omn l voa E/AA FE Carollia perspicillata morcego I fru/po voa MC/MG/FE/C Rhinophylla pumilio morcego I fru/po l voa E/AA Artibeus planirostris morcego I her l voa FE/CE/AA Artibeus lituratus morcego I her voa FE Platyrrhinus lineatus morcego I Ins/p voa MC/FE/CE/AA Sturnira lilium morcego I her ol voa MC/MG Vampyressa pussila morcego I her voa FE Molossidae Eumops sp. morcego I ins voa CE/AA Eumops glaucinus morcego I ins voa CE Molossops temminckii morcego I ins voa CE/AT CARNIVORA Felidae Leopardus pardalis jaguaritica V car ter MC/CE Leopardus tigrinus gato-do-matopequeno IV car esc CE Leopardus colocolo gato-palheiro IV car ter CE Puma concolor onça-parda, V car ter MC/MG/CE Puma yagouaroundi gato-mourisco suçuarana IV car ter FE/CE/AA Canidae Cerdocyon thous cachorro-dommmmator V omn ter FE/CE/CD/VE/ Chrysocyon brachyurus lobo-guará V omn ter MG/FE/CE AA Lycalopex vetulus raposa V omn ter AA Mustelidae Eira barbara irara, papa-mel IV/V omn esc MG Galictis cuja furão IV car ter AA Mephitidae Conepatus semistriatus jaratataca IV omn ter CE Procyonidae Nasua nasua quati IV/V omn esc FE/MG/CE Procyon cancrivorus mão-pelada IV/V omn ter MC/CE PERISSODACTYLA Tapiridae Tapirus terrestris anta V her ter FE/CE/AA

Táxon Nome popular CP HA LO HAB ARTIODACTYLA Tayassuidae Pecari tajacu cateto V her ter MC Cervidae Mazama americana veado-mateiro V her ter CE/AA Mazama gouazoubira veado-catingueiro V her ter CE/AA RODENTIA Cricetidae Euryoryzomys cf. nitidus rato-do-mato II omn esc MG Holochilus sciureus rato-d'água II her saq MC Rhipidomys macrurus rato-do-mato I her esc MC/MG/FE/C Necromys lasiurus rato-do-mato I omn ter CE/AA E Nectomys rattus rato-d'água II omn saq MC/MG Oecomys bicolor rato-da-árvore II her arb MC/MG/FE Oecomys cf. mamorae rato-da-árvore II her arb FE/CD Oecomys sp. rato-da-árvore II her arb FE/MC Oligoryzomys sp. rato-do-mato I omn ter FE Hylaeamys rato-do-mato II omn esc MC/MG/FE megacephalus Cerradomys sp. rato-do-mato I/II fru/o ter MG/VE Oxymycterus delator rato-do-mato I/II ins/o mn fos VE Caviidae Cavia aperea preá II mn her ter AA Hydrochoerus capivara V her saq MC hydrochaeris Cuniculidae hydrochaeris Cuniculus paca paca V her ter MG/MC Dasyproctidae Dasyprocta azarae cutia IV her ter MC/MG/FE/C Echimyidae E/CD/AACCD Proechimys cf. rato-de-espinho II her arb MC/FE longicaudatus Muridae Rattus rattus rato-preto II omn ter AA Legenda: classes de peso (CP) hábito (HA) * locomoção (LO) * habitat (HAB) * I... >= * 100g pol = polinívoro arb = arborícola MC= Mata Ciliar II 101 >= 500g ins = insetívoro ter = terrestre MG= Mata de Galeria III 501 >= 1000g omn = omnívoro saq = semi-aquático MS= Mata Seca IV 1001 >= 5000g car = carnívoro voa = voador CD= Cerradão V 5001 >... her = herbívoro fos = semi-fossorial CE= Cerrado stricto sensu fru = frugívoro esc = escansorial VE= Vereda hem = hematófago AA= Ambiente Antrópico pis = piscívora *Fonseca et al. (1996), Eisenberg & Redford (1999) A riqueza total observada foi de 69 espécies de dez ordens, 23 famílias e 59 gêneros. Esta diversidade pode ser considerada alta, por incluir 35,3% dos mamíferos do

Cerrado brasileiro (REIS et al., 2006; 2011) e 82,7% dos registrados por Rodrigues et al. (2002) para o Parque Nacional da Emas, incluindo muitas espécies ameaçadas de extinção. Dentre a mastofauna registrada, alguns grupos podem ser destacados como bioindicadores: os pequenos mamíferos, que possuem uma estreita relação com microhabitats ou habitats específicos e algumas espécies de morcegos sensíveis às mudanças ambientais, como representantes da subfamília Phyllostominae, pois algumas espécies parecem ter sua abundância relativa negativamente influenciada pela ação antrópica. Mamíferos topo de cadeia alimentar ou próximos também podem ser citados, porque podem ser afetados por qualquer mudança nos outros níveis tróficos. Em comparação com a AID e ADA, a AII apresentou 15 espécies exclusivas, também se destacando neste aspecto, sendo: três morcegos (Vampyressa pusilla, Molossops temminckii, Phyllostomus hastatus), um xenartro (Dasypus novemcinctus, tatu galinha), quatro carnívoros (Procyon cancrivorus, mão-pelada; Conepatus semistriatus, jaratataca; Leopardus colocolo, gato palheiro; L. tigrinus, gato do mato), cinco roedores (Cavia aperea, preá; Euryoryzomys cf. nitidus, rato do mato; Oxymycterus delator, rato-focinhudo; Rattus rattus, rato-preto; Cerradomys sp., rato do mato) e dois marsupiais (Lutreolina crassicaudata, cuíca; Micoureus demerarae, cuíca). Em comparação com a AII e ADA, a AID apresentou dez espécies exclusivas: um morcego (Pteronotus gymnonotous), dois primatas (Alouatta caraya, bugio; Callithrix penicillata, sagui), dois xenartros (Priodontes maximus, tatu canastra; Tamandua tetradactyla, tamanduá-mirim), um marsupial (Chironectes minimus, cuíca-d água), três carnívoros (Eira Barbara, irara; Lycalopex vetulus, raposinha; Nasua nasua, quati) e um roedor (Oligoryzomys sp., camundongo do mato). Em relação aos mamíferos aquáticos, foram realizados transectos no rio e pontos de avistamentos, porém não houve registros a jusante e a montante da cachoeira Couto de Magalhães. Em relação a espécies endêmicas, no caso do presente estudo, considera-se endêmica a espécie com ocorrência restrita para ao Cerrado. Neste sentido uma única espécie foi encontrada: Lycalopex vetulus (raposinha do campo). Contudo grande número de espécies identificadas são regularmente associadas como típicas de formações savânicas ou estépicas ou de zonas ecotonais com florestas, entre elas temos o lobo guará (Chrysocyon brachyurus), a cuíca (Lutreolina crassicaudata), o tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla), o tatu canastra (Priodontes maximus), o macaco prego (Sapajus libidinosus), o gato palheiro (Leopardus colocolo), a jaratataca (Conepatus semistriatus), todos registrados em campo. Na área de estudo foram detectadas 16 espécies ameaçadas, ou 23,2 % das registradas. Essas se encontram distribuídas desta forma: dez na lista nacional, oito na lista da IUCN e 14 no CITES. Desse total, cinco espécies, ou seja, 7,3% do total deste inventário ou 31,3% das ameaçadas foram comuns as três áreas analisadas: Leopardus colocolo, L. tigrinus, Priodontes maximus, Chrysocyon brachyurus e Myrmecopha tridactyla, indicando um grau de ameaça comum em toda a área de distribuição dessas espécies. A lista CITES é a mais inclusiva contendo três espécies, consideradas comuns, mas com forte pressão sobre suas populações: Cerdocyon thous, Puma yagouaroundi e Callithrix penicillata.

Quadro 3 - Espécies de mamíferos registrados para a região do AHE Couto Magalhães, caracterizados como ameaçados. Táxon Nome comum IBAMA IUCN CITES Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira vu qa II Priodontes maximus tatu canastra vu vu I Sapajus libidinosus macaco-prego qa --- II Alouatta caraya bugio qa --- II Callithrix penicillata sagui --- --- II Tapirus terrestris anta --- vu II Cerdocyon thous cachorro-do-mato --- --- II Chrysocyon brachyurus lobo-guará vu qa II Puma concolor ssp. sussuarana vu, qa --- I Puma yagouaroundi jaguarundi --- --- II Leopardus pardalis ssp. jaguatirica vu --- I Leopardus tigrinus gato-do-mato vu vu I Leopardus colocolo gato-palheiro vu qa II Pecari tajacu cateto --- --- II Mazama americana veado-materio --- dd --- Dasyprocta azarae cutia qa dd --- Legenda: ssp : algumas de suas subespécies são ameaçadas, como elas não são bem definidas, foram consideradas nesta listagem. Para lista federal e estadual: Cr, criticamente em perigo; dd, dados deficientes; ep, em perigo; vu, vulnerável; qa, quase ameaçada; --, não consta (modificado de Fonseca et al., 1994; IBAMA, 2003; IUCN, 2012); para lista CITES: apêndice I, espécies ameaçadas, cujo comércio pode afetar suas populações ; apêndice II, espécies ameaçadas ou não, cujo comércio pode potencialmente afetar as suas populações (CITES, 2012). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, J. M. Species Summaries and Species Discussions. In: FONSECA, G.; AGUIAR, J. RYLANDS, A.; PAGLIA, A.; CHIARELLO, A.; SECHREST, W. (Orgs.). The 2004 Edentate Species Assessment Workshop. Edentata. n. 6, Washington: 2004, p. 3-26.

ANGEL, E. R. & LAINSON, R. Flebotomíneos do Brasil. Editora Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, 2003. 260p. AUGUST, P.V. The role of habitat complexity and heterogeneity in structuring tropical mammal communities. Ecology, v. 64, p. 1495-1513, 1983. BALON, E. K. & J. HOLIK. 1999. Gab ikovo river barrage system. The ecological disaster and economic calamity for the in land delta of the middle Danube. Environmental Biology of Fishes 54:1-17. BECKER, M. & DALPONTE, J.C. (1999) Rastros de Mamíferos Silvestres Brasileiros. 2ª Ed. Brasília: Ed. UnB, 180p. BORLAUG, N.E. 2002. Feeding a world of 10 billion people: the miracle ahead. In: R.Bailey (ed.). Global warming and other eco-myths. pp. 29-60. Competitive Enterprise Institute, Roseville, EUA. BORTOLETO, E. M. A implantação de grandes hidrelétricas: desenvolvimento, discurso e impactos, GEOGRAFARES, Vitória, no 2, jun. 2001, p. 04. disponível em <http://www.ufes.br/~geoufes/download%5cimplantacao %20.pdf> acessado em 10 de maio de 2007. BRASIL. Empresa de Pesquisa Energética. Balanço Energético Nacional 2011 Ano base 2010: Resultados Preliminares Rio de Janeiro: EPE, 2011. 49 p. CÁCERES, NILTON. C. & FILHO, E. L. A. M. 2006. Os Marsupiais do Brasil. Biologia, Ecologia e Evolução. Campo Grande, MS. Ed. UFMS. 364p. COLLI, G. R., G. C. COSTA, A. A. GARDA, K. A. KOPP, D. O. MESQUITA, A. K. PÉRES JR., P. H. VALDUJO, G. H C. VIEIRA, AND H. C. WIEDERHECKER. 2003. A critically endangered new species of Cnemidophorus (Squamata, Teiidae) from a Cerrado enclave in southwestern Amazonia, Brazil. Herpetologica 59:76 88. CONSOLI, R.A.G.B. & LOURENÇO-DE-OLIVEIRA, R. Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil. Editora Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, 1994. 228p. CRAIG, T. P., J. K. ITAMI, C. SHANTZ, W. G. ABRAHAMSON, J. D. HORNER, & J. V. CRAIG. 2000. The influence of host plant variation and intraspecific competition on oviposition preference and offspring performance in host races of Eurosta solidaginis. Ecological Entomology 25:7-18. EISENBERG, J.F. (1981). The mammalian radiation. An analysis of trends in evolution, adaptation, and behaviour. (University of Chicago Press: Chicago) EMMONS, L. H. & FEER, F. 1997. Neotropical Rainforest Mammals: A Field Guide. 2ª ed. Chicago and London: The University of Chicago Press. 307pp. ESBÉRARD, C.E.L. & BERGALLO, H.G. (2008) Influência do esforço amostral na riqueza de espécies de morcegos no sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 25(1): 67-73.

ESBÉRARD, C.E.L. & C. DAEMON. 1999. Novo método para marcação de morcegos.chiroptera Neotropical 5(1-2): 116-117. FENTON, M. B. 1992. Bats. Facts On File, Inc. New York, NY. FLEMING, T. H. Aspects of the population dynamics of three species of opossums in the Panama Canal zone. Journal of Mammalogy, v. 53, p. 619-623, 1972. FONSECA, G. A. B.; HERRMANN, G.; LEITE, Y. L. R.; MITTERMEIER, A. B. R.; PATTON, J. L. Lista anotada dos mamíferos do Brasil. Occasional Papers in Conservation Biology, v.4 Washington: 1996, p.1-38. FONSECA, G. A. B.; ROBINSON, J. G. Forest size and structure: competitive and predatory effects on small mammal communities. Biological Conservation, v. 53, p. 265-294, 1990. HILL, J. E. and J. D. SMITH. 1992. Bats: A Natural History. University of Texas Press. Austin, TX. KLOPFER, P. H. & MAC ARTHUR, R. 1960. Niche size and faunal diversity. American Naturalist, 94: 293-300. MALCOLM, J.R. 1997a. Biomass and diversity of small mammals in Amazonian Forest Fragments. In: Tropical Forest Remnants, Ecology, Management, and conservation of Fragmented Communities. Edited by William F. Laurance and Richard O. Bierregaard, Jr. The University of Chicago Press, 207-220. MARINHO FILHO, J.; RODRIGUES, F. H. G. ; JUAREZ, K. M. 2002. The Cerrado mammals: diversity, ecology and natural history.. In: Paulo Sérgio Oliveira; Robert J. Marquis. (Org.) The Cerrados of Brazil: Ecology and natural history of a neotropical savanna. New York: Columbia University Press, p. 266-284. MARINHO-FILHO, J. S. & REIS, M. L., 1989, A fauna de mamíferos associada às matas de galeria. In: L. H. Barbosa (coord.), Simpósio sobre Mata Ciliar. Anais. Fundação Cargill, Campinas, SP. MARINHO-FILHO, J. S. Distribution of bat diversity in the southern and southeastern Brazilian Atlantic Forest. Chiroptera Neotropical. v.2, n.2. Brasília: 1996, p.51-54. MARINHO-FILHO, J. S.; GUIMARÃES, M.M. 2001.Mamíferos das matas de galeria e das matas ciliares do Distrito Federal. In: Ribeiro, J.F.; Fonseca, C.E.L.; Sousa-Silva, J.C.. EMBRAPA Cerrados-Planaltina/DF. p. 531-557. (eds.).cerrado: Caracterização e Recuperação de Matas de Galeria MCALLISTER, D. E., J. F. CRAIG, N. DAVIDSON, S. DELANY E M. SEDDOM (2001), Biodiversity impacts of large dams, International Union for Conservation of Nature and Natural Resources; United Nations. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008. http://portal.saude.gov.br/saude/.. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Vigilância e controle de moluscos de importância

epidemiológica : diretrizes técnicas : Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose 2º ed. Editora do Ministério da Saúde, Brasília - DF, 2007. 178 p. MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO, 2008. http://www.ibge.gov.br/home/. O CONNELL, M. A. Population dynamics of Neotropical small mammals in seasonal habitats. Journal of Mammalogy, v. 70, n. 3, p. 532-548, 1989. PATTON JL, MNF DA SILVA & JR MALCOLM. 2000. Mammals of the Rio Juruá and the evolutionary and ecological diversification of Amazonia. Bulletin of the American Museum of Natural History 244: 1-306. PEDRO, W.A. & V.A. TADDEI. 1997. Taxonomic assemblage of bats from Panga Reserve, Southeastern Brazil: abundance patterns and trophic relations in the Phyllostomidae (Chiroptera). Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão, N. Sér., Santa Teresa, 6: 3-21. REDFORD, K. H. & FONSECA, G. A. B., 1986, The role of Gallery Forests in the Zoogeography of the Cerrado s non-volant Mammalian Fauna. Biotropica, 18(2): 126-135. REIS, N. R.; PERACCHI, A. L.; PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. (eds.). 2006. Mamíferos do Brasil. UEL, Londrina. 437p. REIS, N. R.; PERACCHI, A. L.; PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. (eds.). 2006. Mamíferos do Brasil. UEL, Londrina. 437p. REIS, N.R.; PERACCHI, A.L.; PEDRO, W.A. & LIMA, I.P. (Eds.). (2011) Mamíferos do Brasil. 2ª ed. Londrina: Edição do autor, 439p. RODRIGUES, F. H. G. et al. Composição e caracterização da fauna de mamíferos do Parque Nacional das Emas, Goiás, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, v. 19, n. 2, p. 589-600, 2002. RODRIGUES, M. T. 1988. Distribution of lizards of the genus Tropidurus in Brazil (Sauria, Iguanidae). Pp. 305-315 in W. R. Heyer & P. E Vanzolini (Eds.) Proceedings of a workshop on neotropical distribution patterns. Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, Brasil. SCARIOT, A., SOUSA-SILVA, J. C., FELFILI J. M. (Org). Cerrado: Ecologia, Biodiversidade e Conservação Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2005 SIBBALD, S.; CARTER, P.; POULTON, S. Proposal for a national monitoring scheme for small mammals in the United Kingdom and the Republic of Eire. The Mammal Society. n. 6, p. 1-90, jan. 2006. STAPP P. 1997. Habitat selection by insectivorous rodent: patterns and mechanisms across multiple scales, Journal of Mammalogy, 78(4): 1128-1143. TRIPLEHORN, C. A. & JOHNSON, N. F. Borror and DeLong s Introduction to the Study of Insects, 7º Ed. Editora Thomson, Belmont-CA, 2004. 864p.

VANZOLINI, P. E. 1974. Ecological and geographical distribution of lizards in Pernambuco, northeastern Brasil (Sauria). Papéis Avulsos de Zoologia, S. Paulo 28:61-90. WILSON,D. E. & REEDER, D. M. 2005. Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3ª ed. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2142p.