Cresce confiança dos empresários do comércio catarinense em março Após a queda verificada em fevereiro, ocasionada por motivos sazonais, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) catarinense apresentou um crescimento de 2,2% no mês de março em relação ao mês imediatamente anterior. Sendo assim, o indicador atingiu o patamar de 125,4 pontos, ou seja, o comerciante do estado está confiante neste início de ano. Já na análise setorial, as empresas com mais de 50 funcionários (135,2 pontos) e o setor que comercializa bens duráveis (133,2) são os mais confiantes. Síntese dos resultados Índice fev/12 mar/12 Índice de Confiança do Empresário do Comércio - ICEC Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio - ICAEC Variação Mensal (%) 122,7 125,4 2,2 100,5 109,2 8,7 Condições Atuais da Economia - CAE 93,0 100,0 7,5 Condições Atuais do Comércio - CAC 94,9 102,0 7,5 Condições Atuais das Empresas do Comércio - CAEC 113,5 125,7 10,7 Índice de Expectativa do Empresário do Comércio - IEEC 158,5 157,1-0,9 Expectativa da Economia Brasileira - EEB 150,4 147,9-1,7 Expectativa do Comércio - EC 157,8 157,5-0,2 Expectativas das Empresas Comerciais - EEC 167,4 166,0-0,8 Índice de Investimento do Empresário do Comércio - IIEC 109,0 109,8 0,7 Indicador de Contratação de Funcionários - IC 113,4 113,6 0,2 Nível de Investimento das Empresas - NIE 115,5 118,8 2,9 Situação Atual dos Estoques - SAE 98,2 97,0-1,2 Condições atuais Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) Segundo os empresários do comércio do estado as suas condições atuais de atuação melhoraram em 8,7% em relação ao mês passado. O indicador que mede tal variável subiu dos 100,5 pontos para os 109,2 pontos, que apesar de ser positivo, não é um índice que demonstra uma elevada confiança. A situação é diferente se considerarmos os diversos portes de empresa. Para as empresas com mais de 50 funcionários o indicador ficou em 125,8 pontos, já para as empresas com menos de 50 funcionários o índice ficou em 18,9 pontos. Também houve especificidades entre os diferentes setores
do comércio, para os bens duráveis o índice das condições atuais foi de 124,8 pontos, para os bens semiduráveis foi de 94,4 pontos e para os bens não duráveis foi de 115,1 pontos. Na análise dos subíndices que compõem o ICAEC, as condições atuais da economia apresentaram o menor patamar de todos. Este subíndice se estabeleceu no patamar dos 100 pontos, variando 7,5% em relação ao mês anterior. Mesma variação do subíndice das condições atuais do comércio, que, no entanto, atingiu um patamar um pouco maior, de 102 pontos. Completando o quadro, o subíndice condições atuais das empresas do comércio variou 10,7%, chegando aos 125,7 pontos. Expectativas Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) O principal índice que explica o resultado positivo do ICEC é a grande expectativa dos empresários do comércio catarinense. O IEEC, apesar de ter caído 0,9% mensalmente, continua em um patamar muito elevado (157,1 pontos). Desta forma, a expectativa de que a economia brasileira recupere o fôlego perdido a partir da metade do ano está ajudando a manter a confiança do empresário elevada, mesmo que o ritmo da atividade econômica esteja tímido neste início de ano. Por porte de empresa, as empresas maiores apresentam um índice de expectativas de 166,7 pontos, patamar um pouco superior ao das empresas menores, que é de 157 pontos. Já por setor, o com maior expectativa é o de bens duráveis (164,1 pontos), seguido pelo de bens semiduráveis (159,3 pontos) e pelo de bens não duráveis (145,8 pontos). Já entre os subíndices que compõem o IEEC, o maior deles em março foi o de expectativa das empresas do comércio, que mesmo com uma variação negativa de 0,8% atingiu a casa dos 166 pontos, o que é bastante positivo. Também foi alta a expectativa em relação à economia brasileira (147,9 pontos) e ao comércio (157,5 pontos), que variaram, respectivamente, -1,6% e -0,2%. Investimento - Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) Finalizando, o índice de investimento dos comerciantes de Santa Catarina fechou o mês de março em 109,8 pontos, com variação positiva de 0,7% em relação a fevereiro. Aqui também o comportamento por porte foi igual ao dos indicadores anteriores. As empresas de maior porte (113,1 pontos) tiveram um IIEC maior que as empresas de menor porte (109,8 pontos). Por sua vez, na análise por setor de atividade, o setor de bens duráveis teve o maior indicador (110,6 pontos), acompanhado dos bens não duráveis (110,3 pontos) e dos bens semiduráveis (108,7 pontos). Na análise dos subíndices do IIEC, destaca-se a variação positiva de 2,9% no nível de investimento das empresas, que chegou aos 118,8 pontos em março. Este dado é positivo, pois mostra que a alta expectativa dos empresários do comércio do estado está convertendo-se aos poucos em investimento. Também em razão da alta expectativa, o indicador de contratação de funcionários cresceu 0,2%, atingindo o patamar de 113,6 pontos. O único subíndice que apresentou queda mensal e encontra-se em patamar negativo (abaixo dos 100 pontos) foi a situação dos estoques. A variação foi de -1,2%, fazendo o subíndice ficar
estacionado na casa dos 97 pontos. A explicação para isso é a parcela de 20,5% dos empresários que consideram seus estoques acima do adequado e os 17,5% que consideram os estoques abaixo do adequado. Conclusão A tímida atividade econômica deste início de ano fez com que indicadores como o de condições atuais do empresário apresentasse patamar positivo, porém não tão elevado. Além disso, o indicador que mede a adequação dos estoques apresentou nível negativo. Entretanto, a alta expectativa do empresário em relação ao segundo semestre do ano, que ao que tudo indica realmente será muito positivo, começa a incidir sobre os índices de contratação de funcionários e de investimento das empresas. Assim, a previsão da Fecomércio SC, de que o início do ano seria de fraca atividade econômica e de que a partir da metade do ano o cenário melhoraria, parece estar ocorrendo. Desta forma, no fim das contas, é de se esperar um ano positivo, com taxas de crescimento do comércio superiores ao da média da economia em geral. Aspectos Metodológicos A pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio tem como objetivo produzir um indicador inédito com capacidade de medir, com a maior precisão possível, a percepção que os empresários do comércio têm sobre o nível atual e futuro de propensão a investir em curto e médio prazo. Em outras palavras, um indicador antecedente de vendas do comércio, a partir do ponto de vista dos empresários comerciais e não por uso de modelos econométricos, tornando-o uma ferramenta poderosa para o varejo, fabricantes, consultorias e instituições financeiras. Este indicador poderá ser largamente utilizado pelo setor no seu planejamento de estoques e investimentos. Seu uso pode ser particularmente importante para o comércio varejista. A metodologia adotada parte de um conjunto de perguntas qualitativas referentes a economia, ao setor comerciário e as empresas. Estas perguntas qualitativas serão transformadas em um indicador que antecipe os resultados das Vendas do Comércio Varejista. Por meio de uma transformação específica, cada pergunta (Pi) se transforma em um indicador quantitativo (Xi) variando entre 0 e 200 pontos, que é a variação da escala semântica. O índice 100 demarca a fronteira entre a avaliação de insatisfação e de satisfação dos empresários do comércio: abaixo de 100 pontos diz respeito à situação de pessimismo enquanto acima de 100 encontra-se a situação de otimismo. População Empresas comerciais localizadas no Município de Florianópolis.
Grandeza da Amostra Para fixar a precisão do tamanho da amostra, admitiu-se que 95% das estimativas poderiam diferir do valor populacional desconhecido p por no máximo 3,5%, isto é, o valor absoluto d (erro amostral) assumiria no máximo valor igual a 0,035 sob o nível de confiança de 95%, para uma população constituída de famílias em potencial. Preferiu-se adotar o valor antecipado para p igual a 0,50 com o objetivo de maximizar a variância populacional, obtendo-se maior aproximação para o valor da característica na população. Em outras palavras, fixou-se um maior tamanho da amostra para a precisão fixada. Assim, o número mínimo de empresas a serem entrevistadas foi de 189, ou seja, com uma amostra de no mínimo 189 empresas, esperou-se que 95% dos intervalos de confiança estimados, com semi-amplitude máxima igual a 0,035, contivessem as verdadeiras freqüências.