Se toda a literatura espiritual da humanidade perecesse, e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido.

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Transcrição:

Se toda a literatura espiritual da humanidade perecesse, e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido. (MAHATMA GANDHI)

Evangelho Segundo Espiritismo Cap. V Bem-aventurados os aflitos - Justiça das aflições - Causas atuais das aflições - Causas anteriores das aflições (itens 1 ao 5)

Aflição: 1. Agonia, atribulação, angústia, sofrimento; 2. Tristeza, mágoa, pesar, dor; 3. Cuidado, preocupação, inquietação, ansiedade; 4. Padecimento físico; tormento, tortura. (Aurélio) Aflição: Frequentemente, aflição é a nossa própria ansiedade, respeitável mas inútil, pro jetada no futuro, mentalizando ocorrências menos felizes que, em muitos casos, não se verificam como supomos e, por vezes, nem chegam a surgir. (Equipe FEB, 1997)

Por que para uns a fortuna, a felicidade cons tante e para outros a miséria, a desgraça ine vitável? Para estes a força, a saúde, a beleza; para aqueles a fraqueza, a doença, a fealdade? Por que a inteligência, o gênio, aqui; e, acolá, a imbecilidade? Como se encontram tantas qualidades morais admiráveis, a para outros tantos vícios e defeitos? E as enfermidades inatas, a cegueira, a idiotia, as deformidades, todos os infortúnios que enchem os Hospitais, os albergues noturnos, as Casas de Correção? [ ]. (SOCIEDADE ESPÍRITA FRATERNIDADE, Pluralidade das existências)

Busquemos as respostas

Em O Livro dos Espíritos (q. 13) são listados estes seis atributos da divindade: É eterno É imutável É imaterial É único É onipotente É soberanamente justo e bom

Reflitamos sobre a última atribuição, assim descrita: É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela, assim nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, e essa sabedoria não permite se duvide nem da justiça nem da bondade de Deus. Justo: 1. Conforme à justiça, à equidade; 2. Imparcial; íntegro. 3. Exato, preciso. (AURÉLIO). Soberano: 1. Que detém poder ou autoridade suprema, sem restrição. (AURÉLIO).

258a). Não é Deus, então, quem lhe impõe as tribulações da vida, como castigo? [ ] Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das consequências que estes tiverem. Nada lhe estorva [embaraça] o futuro; abertos se lhe acham, assim, o caminho do bem, como o do mal. Se vier a sucumbir, restar-lhe-á a consolação de que nem tudo se lhe acabou e que a bondade divina lhe concede a liberdade de recomeçar o que foi mal feito. [ ]. (LE)

Na erraticidade, antes de partir para uma nova existência corporal, o Espírito, valendo-se de seu livre-arbítrio, escolhe o gênero de provas porque há de passar, razão pela qual tem consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena. (LE, q. 258)

Deus castiga? (Uma breve reflexão)

Eclesiástico 18,8-14: A duração de sua vida é de cem anos no máximo. Como gota no mar e grão na areia, tais são os seus poucos anos frente a um dia da eternidade. É por isso que o Senhor tem paciência com os homens, e derrama sobre eles a sua misericór dia. [ ] a misericórdia do Senhor é para todos os seres vivos. Ele repreende, corrige, ensina e dirige, como o pastor conduz o seu rebanho. Ele tem compaixão dos que aceitam a correção, e dos que se esforçam para lhe cumprir os mandamentos. (Obra escrita entre 190-124 a.c. por Jesus Ben Sirac)

Salmo 103,8-10: O Senhor é misericordioso e compassivo, longânimo e assaz benigno. Não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre sua ira. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades. (DAVI) Compassivo: Que tem ou denota compaixão. (AURÉLIO) Longânimo: Magnânimo; generoso. (AURÉLIO) Assaz: Bastante, suficientemente. (AURÉLIO) Iniquidade: perverso; malévolo (AURÉLIO)

Um bom exemplo de se aceitar cegamente: O pecado original é uma doutrina cristã que pretende explicar a origem da imperfeição humana, do sofrimento e da existência do mal a- través da queda do homem. (WIKIPÉDIA)

Êxodo 20,5-6: [ ] Castigo a culpa dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração dos que me odeiam, mas uso de misericórdia por mil gerações para com os que me amam e guardam meus mandamentos.

Êxodo 20,5-6: [ ] Castigo a culpa dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração dos que me odeiam, mas uso de misericórdia por mil gerações para com os que me amam e guardam meus mandamentos. Deuteronômio 24,16: Os pais não serão mor tos pela culpa dos filhos, nem os filhos pela culpa dos pais: cada um será morto por seu próprio pecado.

Êxodo 20,5-6: [ ] Castigo a culpa dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração dos que me odeiam, mas uso de misericórdia por mil gerações para com os que me amam e guardam meus mandamentos. na terceira e quarta geração...

Isaías 26,10: Se absolvermos o malvado, ele nunca aprende a justiça; sobre a terra ele dis torce as coisas direitas e não vê a grandeza de Javé. Provérbio 3,11-12: Meu filho, não despreze a disciplina de Javé, nem se canse com o aviso dele, porque Javé corrige aqueles que ama, como o pai corrige o filho preferido.

Jó 4,8: Pelo que eu sei, os que cultivam injustiça e semeiam miséria, são esses que as colhem. Jó 5,7: E o homem gera seu próprio sofrimento, como as faíscas voam para cima. Jó 34,11-12: Deus paga ao homem conforme as suas obras e retribui a cada um conforme sua conduta. Deus, na verdade, não age de modo injusto. Mateus 16,27: Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada de acordo com a própria conduta. (Bíblia Sagrada Edição Pastoral)

Eliú, amigo de Jó, inicia um de seus diálogos, dizendo-lhe: Olhe atentamente para o céu e observe as nuvens que estão bem acima de você. (Jó 35,5) O seu objetivo é demonstrar a grandeza de Deus e com isso ter uma base para sustentar que nossas ações jamais O atingem. Vamos refletir sobre isso...

Os cálculos indicam que, no dia 27 de agosto [2003], eles [Marte e a Terra] vão estar a uma distância de 55.760.000 km, ou 0,3727 AU, sendo que um AU equivale à distância entre a Terra e o Sol. (fonte: Site da BBC) (AU ou UA = Unidade Astro nômica)

De Marte à Terra: 12,67-8,30 = 4,37 minutos-luz

De Marte (4º) como se vê a Terra (3º do Sist. Solar)

Uma radiotransmissão de Marte para a Terra (percorrendo a velocidade da luz) demoraria uma média de 20 minutos para chegar até nós. (Site Megacurioso) De Marte (4º) como se vê a Terra (3º do Sist. Solar)

Duas galáxias que se fundem, NGC 2207 e IC 2163 localizadas a 114 milhões de anos-luz (= 9,4 trilhões km). (114.000.000 x 9.460.730.472.580,8 km)

E defendendo sua linha raciocínio, continua Eliú explicando a Jó: Jó 35,6-8: Se você pecar, que mal estará fazendo a Deus? Se você amontoa crimes, que danos está causando para Ele? E se você é justo, o que é que está dando a Ele? O que é que Ele recebe de sua mão? Sua maldade só pode afetar outro homem igual a você. Sua justiça só atinge outro ser humano como você.

Relembrando: O Espírito goza sempre do livre-arbítrio. Em virtude dessa liberdade é que escolhe, quando desencarnado, as provas da vida corporal e que, quando encarnado, decide fazer ou não uma coisa e procede à escolha entre o bem e o mal. [ ]. (KARDEC, LE, q. 399, comentários) Entenderemos melhor essa questão ao ver este relato que nos dá um bom exemplo de escolha das provas:

Em certo momento, na obra Missionários da Luz, o instrutor Alexandre, ao explicar a André Luiz, lhe diz:

[ ] Os rolos brancos que conduzem são pequenos mapas de formas orgânicas, elaborados por orientadores de nosso plano, especializados em conhecimentos biológicos da exis tência terrena. Conforme o grau de adiantamento do futuro reencarnante e de acordo com o serviço que lhe é designado no corpo carnal, é necessário estabelecer planos adequados aos fins essenciais. (XAVIER, Missionários da Luz) Um pouco mais à frente o Espírito Silvério, que se preparava para reencarnar, em diálogo com o seu instrutor, lhe diz:

Pode informar se o meu modelo está pron to? Creio que poderá procurá-lo amanhã tornou Manassés, bem disposto ; já fui observar o gráfico inicial e dou-lhe parabéns por haver aceitado a sugestão amorosa dos amigos bem orientados, sobre o defeito da perna. ]=>

Pode informar se o meu modelo está pron to? Creio que poderá procurá-lo amanhã tornou Manassés, bem disposto ; já fui observar o gráfico inicial e dou-lhe parabéns por haver aceitado a sugestão amorosa dos amigos bem orientados, sobre o defeito da perna. ]=>

Certamente, lutará você com grandes dificuldades nos princípios da nova luta, mas a resolução lhe fará grande bem. Sim disse o outro, algo confortado, preciso defender-me contra certas tentações de minha natureza inferior e a perna doente me auxiliará, ministrando-me boas preocupações. Ser-me-á um antídoto à vaidade, uma sentinela contra a devastação do amorpróprio excessivo. (XAVIER, Missionários da luz)

O uso do livre-arbítrio refletirá diretamente na lei de Ação e Reação, pela qual se cumpre a regra inflexível: a cada um segundo suas obras (Mt 16,27). O que, em outras palavras, quer dizer que: a semeadura é livre, mas a colheira é obrigatória.

O uso do livre-arbítrio refletirá diretamente na lei de Ação e Reação, pela qual se cumpre a regra inflexível: a cada um segundo suas obras (Mt 16,27). O que, em outras palavras, quer dizer que: a semeadura é livre, mas a colheira é obrigatória. Gálatas 6,7: Não se iludam, pois com Deus não se brinca: cada um colherá aquilo que tiver semeado.

Evangelho Segundo o Espiritismo Capítulo V Bem-aventurados os aflitos 1. Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados. Bem-aventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, vv. 5, 6 e 10.)

2. Bem-aventurados vós, que sois pobres, porque vosso é o reino dos céus. Bemaventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. - Ditosos sois, vós que agora chorais, porque rireis. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 20 e 21.) Mas, ai de vós, ricos! que tendes no mundo a vossa consolação. Ai de vós que estais saciados, porque tereis fome. Ai de vós que agora rides, porque sereis constrangidos a gemer e a chorar. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 24 e 25.)

Quadro comparativo: Kardec tendo o Sermão da Montanha (Mateus 5, 6 e 7) como resumo ou ponto central da mensagem de Jesus, demonstra que reconheceu a sua importância ao estudá-lo no ESE.

JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES

JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES Tomando-se como ponto de partida que Deus é soberanamente justo e bom, e que, em hipótese alguma, age com parcialidade, não há como entender as adversidades deste mundo sem as explicações lógicas que a Doutrina Espírita proporciona. O porquê uns sofrem e outros não, uns desfrutam na opulência, ao lado de outros que padecem na extrema miséria, uns na mais completa saúde, enquanto outros têm como companheira diária a doença, etc. Somente nela, que proclama um Deus soberanamente justo e bom, é que encontraremos elucidações para tudo isso.

[ ] desde que se admita a existência de Deus, não se pode concebê-lo sem o infinito das perfeições. Ele deve ser todo o poder, toda justiça, todo bondade, sem o que não seria Deus. Se é soberanamente justo e bom, não pode agir por capricho nem com parcialidade. As vicissitudes da vida têm, pois, uma causa e, visto que Deus é justo, essa causa há de ser justa. Eis o de que cada um deve bem se compenetrar. [ ]. (KARDEC, ESE, cap. V, Justiça das aflições, item 3) Vicissitude: condição que contraria ou é desfavorável a algo ou alguém; insucesso, revés. (Houaiss)

Compreendendo que o nosso sofrimento tem um motivo justo, certamente, podemos seguir nossa jornada terrena bem mais resignados.

Compreendendo que o nosso sofrimento tem um motivo justo, certamente, podemos seguir nossa jornada terrena bem mais resignados. Não se deve apreender disso que o Espírita gosta de sofrer; isso nunca. O que se deve entender é que sabendo que o sofrimento tem um motivo justo ele o aceita resignadamente, por entender que é através dele que, aos poucos, vai se harmonizando com as Leis Divinas, as quais infringiu. Ele sabe também que um dia todo e qualquer sofrimento acabará, pois sendo implacável a lei do progresso, no futuro, quanto mais próximo estiver da meta de se tornar Espírito puro, menos contrariará a vontade de Deus.

Compreendendo que o nosso sofrimento tem um motivo justo, certamente, podemos seguir nossa jornada terrena bem mais resignados. Não se deve apreender disso que o Espírita gosta de sofrer; isso nunca. O que se deve entender é que sabendo que o sofrimento tem um motivo justo ele o aceita resignadamente, por entender que é através dele que, aos poucos, vai se harmonizando com as Leis Divinas, as quais infringiu. Ele também sabe que um dia todo e qualquer sofrimento acabará, pois sendo implacável a lei do progresso, no futuro, quanto mais próximo estiver da meta de se tornar Espírito puro, menos contrariará a vontade de Deus.

CAUSA DAS AFLIÇÕES As causas das aflições devem ser procuradas tanto na presente encarnação, como numa existência passada. Tendo por princípio de que todas as aflições são justas, não podemos cair no erro de culpar aos outros, ou até mesmo Deus, por as estarmos sofrendo. Quer dizer que tudo o que nos acontece tem um motivo, embora nem sempre saibamos explicá-lo com clareza.

CAUSA DAS AFLIÇÕES As causas das aflições devem ser procuradas tanto na presente encarnação, como numa existência passada. Tendo por princípio de que todas as aflições são justas, não podemos cair no erro de culpar aos outros, ou até mesmo Deus, por as estarmos sofrendo. Quer dizer que tudo o que nos acontece tem um motivo, embora nem sempre saibamos explicá-lo com clareza.

CAUSA DAS AFLIÇÕES As causas das aflições devem ser procuradas tanto na presente encarnação, como numa existência passada. Tendo por princípio de que todas as aflições são justas, não podemos cair no erro de culpar aos outros, ou até mesmo Deus, por as estarmos sofrendo. Quer dizer que tudo o que nos acontece tem um motivo, embora nem sempre saibamos explicá-lo com clareza.

CAUSA DAS AFLIÇÕES As causas das aflições devem ser procuradas tanto na presente encarnação, como numa existência passada. Tendo por princípio de que todas as aflições são justas, não podemos cair no erro de culpar aos outros, ou até mesmo Deus, por as estarmos sofrendo. Quer dizer que tudo o que nos acontece tem um motivo, embora nem sempre saibamos explicá-lo com clareza.

Assim sendo, toda vicissitude, pela qual passamos, deve ter sua causa analisada sob dois pontos de vista: * encarnação atual; ou * de uma encarnação passada. Vejamos cada um deles.

1) da encarnação atual Aqui devemos refletir sobre o sofrimento que nos visita, fazendo algumas indagações a respeito: Em caso de doença não poderia ser porque me descuidei da alimentação?

1) da encarnação atual Aqui devemos refletir sobre o sofrimento que nos visita, fazendo algumas indagações a respeito: Em caso de doença não poderia ser porque me descuidei da alimentação? No caso do filho escolher o caminho do vício dei-lhe a devida educação, amor e os cuidados necessários?

1) da encarnação atual Aqui devemos refletir sobre o sofrimento que nos visita, fazendo algumas indagações a respeito: Em caso de doença não poderia ser porque me descuidei da alimentação? No caso do filho escolher o caminho do vício dei-lhe a devida educação, amor e os cuidados necessários? No caso de uma querela familiar não teria sido injusto com tal pessoa?

Que todos aqueles que são atingidos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida, interroguem friamente sua consciência; que remontem progressivamente à fonte dos males que os afligem, e verão se, o mais frequentemente, não podem dizer: Se eu tivesse, ou não tivesse, feito tal coisa eu não estaria em tal situação. (KARDEC, ESE, cap. V, Causas atuais das aflições, item 4)

[ ] o homem é, num grande número de casos, o artífice de seus próprios infortúnios. Mas em lugar de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a chance desfavorável, sua má estrela, enquanto sua má estrela está na sua incúria [negligência]. Os males dessa natureza formam, seguramente, um notável contingente nas vicissitudes da vida. O homem só as evitará quando trabalhar para seu aprimoramento moral tan to quanto por seu aprimoramento intelectual. (KARDEC, ESE, cap. V, Causas atuais das aflições, item 4)

2) de uma encarnação passada Não encontrando uma resposta satisfatória na presente encarnação, a sua causa deverá estar em alguma de nossas encarnações passadas. Kardec levanta os seguintes pontos: Os sofrimentos por causas anteriores são a consequência de faltas cometidas.

2) de uma encarnação passada Não encontrando uma resposta satisfatória na presente encarnação, a sua causa deverá estar em alguma de nossas encarnações passadas. Kardec levanta os seguintes pontos: Os sofrimentos por causas anteriores são a consequência de faltas cometidas. Se foi duro e desumano, ele poderá ser, a seu turno, tratado duramente e com desumanidade;

Se foi orgulhoso, poderá nascer em uma condição humilhante;

Se foi orgulhoso, poderá nascer em uma condição humilhante; Se foi avarento, egoísta, ou se fez mal uso da fortuna, poderá ser privado do necessário;

Se foi orgulhoso, poderá nascer em uma condição humilhante; Se foi avarento, egoísta, ou se fez mal uso da fortuna, poderá ser privado do necessário; Se foi mal filho, poderá sofrer com os próprios filhos, etc.

Se foi orgulhoso, poderá nascer em uma condição humilhante; Se foi avarento, egoísta, ou se fez mal uso da fortuna, poderá ser privado do necessário; Se foi mal filho, poderá sofrer com os próprios filhos, etc. Elevando-se o pensamento até abranger uma série de existências, ver-se-á que cada um recebe o que merece e que a justiça de Deus nunca falha. (KARDEC, ESE, cap. V, Causas anteriores das aflições, item 7)

Os sofrimentos devidos a causas anteriores muitas vezes são, como os de faltas atuais, a consequência natural da falta cometida. Isto é, por um rigorosa justiça distributiva, o homem sofre o que fez outros sofrerem. [ ]. (KARDEC, ESE, cap. V, Causas anteriores das aflições, item 7)

Os sofrimentos devidos a causas anteriores muitas vezes são, como os de faltas atuais, a consequência natural da falta cometida. Isto é, por um rigorosa justiça distributiva, o homem sofre o que fez outros sofrerem. [ ]. (KARDEC, ESE, cap. V, Causas anteriores das aflições, item 7) Castigo? Não! Claro que não. Apenas uma oportunidade de se mensurar o mal feito ao próximo, ao passar pela mesma experiência de sofrimento do outro, a quem atingiu com algum ato anticristão.

Esquecimento do passado

É justo que se sofra por algo que não se lembra de ter feito?, poderia alguém perguntar.

Diremos que injusto é sofrermos por algo que não fizemos, como no caso em que nos imputam o pecado de Adão e Eva, fato que parece não ter causado, na maioria de nós, nenhum clamor de justiça.

Deuteronômio 24,16: Os pais não serão mortos pela culpa dos filhos. nem os filhos pela culpa dos pais: cada um será morto por seu próprio pecado. Ezequiel 18,20: A alma que pecar, essa mor rerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.

A sabedoria Divina não nos permite lembrar de nossas existências anteriores para que as experiências negativas, nelas vivenciadas, não venham a nos prejudicar na atual existência. Quantos acontecimentos dessa vida que, de uma forma ou de outra, ainda nos causa constrangimento, sentimento de culpa, etc. Caso fosse possível, é certo que muitos deles nós os deletaríamos da mente. Se, por exemplo, viéssemos a saber que um de nossos familiares fosse alguém que nos causou grandes dissabores como nós iríamos conviver em paz com ele sabendo disto?

A sabedoria Divina não nos permite lembrar de nossas existências anteriores para que as experiências negativas, nelas vivenciadas, não venham a nos prejudicar na atual existência. Quantos acontecimentos dessa vida que, de uma forma ou de outra, ainda nos causa constrangimento, sentimento de culpa, etc. Caso fosse possível, é certo que muitos deles nós os deletaríamos da mente. Se, por exemplo, viéssemos a saber que um de nossos familiares fosse alguém que nos causou grandes dissabores como nós iríamos conviver em paz com ele sabendo disto?

A sabedoria Divina não nos permite lembrar de nossas existências anteriores para que as experiências negativas, nelas vivenciadas, não venham a nos prejudicar na atual existência. Quantos acontecimentos dessa vida que, de uma forma ou de outra, ainda nos causa constrangimento, sentimento de culpa, etc. Caso fosse possível, é certo que muitos deles nós os deletaríamos da mente. Se, por exemplo, viéssemos a saber que um de nossos familiares fosse alguém que nos causou grandes dissabores, como nós iríamos conviver em paz com ele sabendo disso?

E mais: como iremos nos reconciliar com os adversários se identificarmos as pessoas que nos odeiam, por desavenças de outras existências? Como uma mãe acolheria o seu pequeno e inocente bebê sabendo que foi ele quem lhe tirou a vida numa existência passada? Podemos, como esses simples exemplos, fazer uma ideia de que a lembrança do que fomos (somos?) acarretaria sérios prejuízos à nossa vida atual.

E mais: como iremos nos reconciliar com os adversários se identificarmos as pessoas que nos odeiam, por desavenças de outras existências? Como uma mãe acolheria o seu pequeno e inocente bebê sabendo que foi ele quem lhe tirou a vida numa existência passada? Podemos, como esses simples exemplos, fazer uma ideia de que a lembrança do que fomos (somos?) acarretaria sérios prejuízos à nossa vida atual.

E mais: como iremos nos reconciliar com os adversários se identificarmos as pessoas que nos odeiam, por desavenças de outras existências? Como uma mãe acolheria o seu pequeno e inocente bebê sabendo que foi ele quem lhe tirou a vida numa existência passada? Podemos, como esses simples exemplos, fazer uma ideia de que a lembrança do que fomos (somos?) acarretaria sérios dissabores à nossa vida atual.

Entretanto, o que se aprende nas existências anteriores não ficará no completo esquecimento; pois tudo está gravado em nossa memória integral, a qual, em dadas circunstâncias, podemos acessar. Quanto mais evoluído moralmente formos, mais fácil será o acesso. As preferências, os dons, as aptidões, a inteligência mais acentuada, entre outros, são, na verdade, conhecimentos adquiridos em outras existências, os quais, quase sempre, atribuímos como dádiva da divindade.

Entretanto, o que se aprende nas existências anteriores não ficará no completo esquecimento; pois tudo está gravado em nossa memória integral, a qual, em dadas circunstâncias, podemos acessar. Quanto mais evoluído moralmente formos, mais fácil será o acesso. As preferências, os dons, as aptidões, a inteligência mais acentuada, entre outros, são, na verdade, conhecimentos adquiridos em outras existências, os quais, quase sempre, atribuímos como dádiva da divindade.

Motivos de resignação Por estas palavras: Bem-aventurados os afli tos, pois serão consolados, Jesus indica, ao mesmo tempo, a compensação que espera os que sofrem e a resignação que abençoa o sofrimento como o prelúdio da cura. [ ] Deveis considerar-vos felizes por sofrer, porque vossas dores neste mundo são as dívidas de suas faltas passadas, e essas dores, pacientemente suportadas na Terra, poupam-vos séculos de sofrimento. [ ] [ ] São felizes porque pagam suas dívidas, e após o pagamento estarão livres. [ ]. (KAR- DEC, ESE, cap. V, Motivos de resignação, item 12)

Bem e mal sofrer O homem pode amenizar ou aumentar a amargura das provas por sua maneira de encarar a vida terrestre. Sofre tanto mais quanto mais longa considera a duração do sofrimento; ora, aquele que se coloca do ponto de vista da vida espiritual abarca a vida corporal num piscar de olhos; ele a vê como um ponto no infinito, compreende a brevidade, e diz a si mesmo que esse momento penoso passará rapidamente. ==>

A certeza de um futuro próximo, mais feliz, sustenta-o e encoraja-o, e, em vez de se lamentar, agradece ao céu pelas dores que o fazem progredir. Para aquele, ao contrário, que só vê a vida corporal, esta lhe parece interminável, e a dor recai sobre ele em todo o seu peso. [ ]. (KARDEC, ESE, cap. V, Motivos de resignação, item 13)

Bem-aventurados os aflitos, pode então ser assim traduzido: Bem-aventurados os que têm oportunidade de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, pois terão centuplicados as alegrias que lhes faltam na Terra, e após o trabalho vem o repouso. (Lacordaire, Havre, 1863). (ESE, cap. V, Instruções dos Espíritos, Bem e mal sofrer)

A A dor vem realizar a obra que não foi possível ao amor edificar por si mesmo. (EMMANUEL)

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA CURTI, R. Bem-aventuranças e Parábolas. São Paulo, FEESP, 1982. EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro, FEB, 1995. FERREIRA, A. B. de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, s/d/p. IDÍGORAS, J. L. Vocabulário Teológico para a América Latina. São Paulo, Edições Paulinas, 1983. KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984. XAVIER, F. C. Ação e Reação, pelo Espírito André Luiz. 5. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1976. XAVIER, F. C. Missionários da Luz. Rio de Janeiro: FEB, 1986. Sociedade Espírita Fraternidade. Pluralidade das Existências: http://bvespirita.com/pluralidade %20das%20Existencias%20-%20Parte%20I%20(SEF).pdf https://s.dicio.com.br/livre-arbitrio.jpg http://www.bbc.com/portuguese/ciencia/story/2003/08/printable/030802_marterg.shtml Artigo do Autor - Sérgio Biagi Gregório Bem-aventurados os aflitos, http://www.sergiobiagigregorio.com.br/ Jesus: http://dialogosespiritistas.files.wordpress.com/2011/07/sermao_da_montanha_2.jpg Livre-arbítrio: https://pbs.twimg.com/media/cs89zsqwiaabimc.jpg Adão e Eva: http://www.missaofoiporvoce.com.br/home/wp-content/uploads/2012/01/adaoe-eva-mito-ou-interpretacao-site-www-auxiliofraternidade-com-br.jpg Quem é você: https://scontent.cdninstagram.com/t51.2885-15/s320x320/e35/13118083_1744950805727891_1463427162_n.jpg? ig_cache_key=mti0mty2otcwmjc2mjm2mjqzma%3d%3d.2.l Adaptação das fontes: 1 - Osvaldo Quelhas, in http://www.servidoresdejesus.com.br/multimidia/palestra/2011/10/12/bemaventuradosos-aflitos.shtml 2 - Grupo de Estudos Allan Kardec, www.luzdoespiritismo.com

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