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Protecção MN, Dec , DG 136 de 23 Junho 1910; ZEP, DG 23 de 28 de Janeiro 1957

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Igreja Paroquial do Tabuado / Igreja do Salvador. IPA Monumento Nº IPA PT Designação Igreja Paroquial do Tabuado / Igreja do Salvador

Transcrição:

Page 1 of 11 Sé de Braga IPA Monumento Nº IPA PT010303520005 Designação Sé de Braga Localização Braga, Braga, Sé Acesso R. do Cabido, R. Dom Paio Mendes, Lg. D. João Peculiar Protecção MN, Dec. 16-06-1910, DG 136 de 23 Junho 1910, ZEP, DG 202 de 30 Agosto 1967 * Enquadramento Urbano, isolado, implantada em pleno centro histórico, tendo nas proximidades o antigo Paço Arquiepiscopal (v. PT010303520021) e a Igreja da Misericórdia (v. PT010303520032), à volta da qual se desenvolveu a cidade. Descrição Planta composta por igreja cruciforme, de 3 naves e 6 tramos, transepto saliente, cabeceira de 5 capelas, várias outras capelas, sacristia e claustro adossados. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de 2, 3 e 4 águas. Fachada principal harmónica, orientada, precedida por galilé contrafortada, aberta frontalmente por 2 arcos quebrados e um central pleno, sobrepujado por imagem do Anjo-da-guarda, intercalados por nichos com imagens e baldaquinos; lateralmente, possui um outro arco quebrado. Fecha-a balaustrada de cantaria e gradeamento de ferro. Na fachada S., destaca-se a "porta do sol", com aduelas de arco pleno decoradas sobre colunelos e tímpano vasado por cruz. Torres

Page 2 of 11 sineiras com pilastras nos cunhais rasgadas por porta e janela de frontões triangulares sobrepostas; sobre a cornija, uma ou duas sineiras. São coroadas por balaustrada e pináculos nos cunhais, de onde saem laçarias em cantaria que se cruzam sobre as coberturas. Corpo central com duas janelas de frontão curvo e pedra de armas superior; sobre a cornija, imagem num nicho de frontão interrompido por cruz. O segundo tramo da nave e o cruzeiro são cobertos por torres quadradas, com pináculos nos cunhais. A capela-mor, exteriormente com dois registos, tem no 1º mísula apoiando imagem de Nª Sª do Leite encimada por baldaquino e ladeada por armas do rei e do arcebispo; o 2º, aberto por três janelões de arco quebrado, é facetado e tem contrafortes escalonados rendilhados; superiormente, platibanda rendilhada. Galilé de 3 tramos coberta por abóbada artesoada, com fragmentos de pintura mural a fresco: alguns elementos de uma barra decorativa e uma pomba. Portal de 2 arquivoltas historiadas sobre colunas, tendo interiormente colunelos apoiando arco deprimido e outro exterior conopial. Naves separadas por arcos plenos sobre pilares cruciformes com colunelos adossados sobre uma alta base. Sub-coro com pinturas decorativas. Coro-alto com cadeiral de pau-preto e castanho, em U e de 2 fiadas, com rica decoração que se estende para os espaldares, encimado por molduras de talha; balaustrada de perfil curvo revestido a talha e tendo colateralmente dois órgãos gémeas, também de talha, profusamente decorados por meninos músicos, conchas e volutas. As paredes da torre são decoradas por pinturas que se estendem pelo tecto em trompe l'oeil. Ao fundo da nave central dois púlpitos. Nas naves laterais estátuas de madeira figurando os Apóstolos, Mártires e Doutores da Igreja. No lado da Epístola, túmulo do Infante D. Afonso, em cobre, decorado por animais e plantas e com estátua jacente, protegido por grade de ferro. Tectos de madeira. Arco triunfal pleno sobre colunas. Na capelamor frontal de altar em pedra de Ançã, com pares de figuras em edículas de arco conopial rendilhado; acima do altar, imagem de Santa Maria de Braga. Tecto em abóbada de nervuras curvas. O primeiro absidíolo da Epístola, a capela do Santíssimo Sacramento, tem frontal de madeira polícroma representando a Eucaristia;

Page 3 of 11 o do Evangelho, a capela de São Pedro de Rates, é revestido a azulejos alusivos ao santo. Sacristia grande ritmada por pilastras caneladas de capitéis coríntios intercaladas e coberta por abóbada de berço, em caixotões, sobre entablamento corrido; possui 2 altares relicários, lavabos, arcazes e grande mesa central. Claustro quadrado com altos arcos plenos intercalados por pilastras, possuindo vários altares nas alas. No ângulo SO. escada de acesso ao Museu de Arte Sacra. Fronteiro, porta de arco quebrado para a Capela dos Reis, coberta por abóbada de 3 tramos e topos poligonais tendo lateralmente arcossólios com túmulos dos Condes D. Teresa e D. Henrique com jacentes. A N. do claustro, Capela de Nª Sª da Piedade, com túmulo do arcebispo D. Diogo de Sousa. Ao fim do pátio da entrada lateral, pequeno absidíolo da construção primitiva, com pinturas a fresco. Ao lado, Capela de S. Geraldo, forrada a azulejos figurando passos da vida do santo; num grande altar, as ossadas do fundador. Esta capela comunica com a da Glória, cujas paredes têm pinturas a fresco com motivos geométricos em vários níveis; iluminação por 3 frestas de dois lumes; ao centro túmulo de D. Gonçalo Pereira com figuras em edículas cogulhadas assente em 6 leões; jacente com vestes pontificais e cabeça ladeada de anjos. Existência de presépio em terracota. Descrição Complementar Na Sé existem duas lápides romanas, uma ilegível e outra incompleta, a primeira localiza-se no lado direito da fachada principal, sob a galilé e a segunda no muro que dá para o Largo D. João Peculiar. Utilização Inicial Cultual e devocional: sé Utilização Actual Cultual e devocional: sé / Cultural: museu de arte sacra Propriedade Pública: Estatal Afectação IPPAR, DL 106F/92, de 01 junho

Page 4 of 11 Época Construção Séc. 12 / 13 / 16 / 18 Arquitecto Construtor Autor Arquitectos: João de Castilho (capela-mor), João Antunes; Carpinteiro: Manuel Ferreira (atr. tecto da capela de D. Diogo de Sousa); Desenhador: Geraldo Álvares; Entalhadores: José Ortiz de Pampelona, Miguel Francisco da Silva (cadeiral), Marceliano de Araújo; Francisco Machado, Jacinto Martins (púlpitos), Machin, atr. (frontal do altar-mor), Gabriel Rodrigues; Ferreiro: José de Escolar (fundição de sinos); Organeiros: Frei Simon Fontanes e Filipe Felix Feijo; Pedreiros: Mestre Pêro (túmulo de D. Gonçalo Pereira), Telo Garcia (jacente do mesmo túmulo), Pascoal Fernandes, Manuel Fernandes da Silva, Domingos Gonçalves Saganha, Domingos Barbosa; Pintores: Gonçalo Gonçalves (pinturas da Capela da Glória), Gonçalo Coelho, Domingos Fernandes, Domingos Lourenço Pardo, António de Oliveira Bernardes (azulejos do absidíolo do Evangelho), Jerónimo Luís, João Lopes da Maia, Manuel Furtado de Mendonça, Domingos Teixeira Fânzeres. Cronologia Séc. 11 - Construção de uma igreja episcopal sob a iniciativa do bispo D. Pedro (1070-1091), sobre os restos de um grande edifício romano e outro da Alta Idade Média; 1089 - sagração da mesma; 1096 / 1108 - construção da capela de S. Geraldo; 1118 / 1137 - início da reconstrução da Sé sob a iniciativa do arcebispo D. Paio Mendes; 1135 - derrocada das torres por acção de terramoto; 1210 - D. Sancho I legou à Sé 2 mil morabitinos; 1212 / 1228 - reparações na sacristia e claustro e reconstrução da capela de S. Geraldo; 1326 / 1348 - D. Gonçalo Pereira manda construir a capela tumular, conhecida como capela da Glória, junto à de S. Geraldo, bem como pintar o coro. A pintura da capela teve duas empreitadas, sendo apenas hoje visível a segunda; 1374 - D. Lourenço Vicente manda construir, junto da parede N. da Sé, no local onde estavam sepultados os condes D. Henrique e D. Teresa, uma capela, a capela dos reis; séc. 15 - data do túmulo do infante D. Afonso, filho de D. João I; 1416 / 1467 - D. Fernando da Guerra dotou e restaurou a Biblioteca, bem como a capela de S. Geraldo;

Page 5 of 11 1486 / 1501 - construção da galilé; séc. 16 - o arcebispo D. Diogo de Sousa procede a melhoramentos no portal axial, retirando-lhe 2 arcadas e o mainel; 1505 / 1532 - reconstrução da capela-mor, sob desenho de João de Castilho; construção de retábulo em pedra de ançã; restauro das torres; reconstrução do claustro; restauro da capela de S. Geraldo; 1513 - construção da capela de Jesus da Misericórdia ou de Nossa Senhora da Piedade; 1552 - D. Baltasar Limpo manda colocar as ossadas de São Pedro de Rates na Capela de São Pedro; 1579 - contrato com o pintor Domingos Fernandes, para decorar uma capela do claustro, com elementos romanos e de brutesco; 1606 - D. Agostinho de Castro manda colocar as ossadas de São Martinho de Dume na Capela de Nossa Senhora da Rosa; 1622, 1 Setembro - escritura de fiança dada ao pintor Domingos Lourenço Pardo, que tinha contratado a pintura e douramento do retábulo de Nossa Senhora do Rosário, na capela da Misericórdia Velha ou de D. Diogo de Sousa; 1631, 8 Dezembro - contrato com o padre Geraldo Álvares para riscar o retábulo do Santíssimo Sacramento; 1634 - Gonçalo Coelho doura o retábulo do Santíssimo Sacramento; 1636 - douramento e estofamento de painéis para o retábulo da confraria de São Francisco; 1691 - era mestre de obras na Sé, o pedreiro Domingos Barbosa; 1698 - construção da nova sacristia, desenhada pelo Arquitecto régio João Antunes e executada pelos mestres de pedraria Pascoal Fernandes e o seu filho Manuel Fernandes da Silva; séc. 18, 1.ª metade - arranjo no órgão pela quantia de 2$400; 1703, 25 Novembro - contrato para a execução de grades; 1704 / 1728 - a igreja é mandada reformar pelo Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles; o Arcebispo obriga a que os retábulos tivessem mais profundidade para fazer mais obras de pedraria e obriga também a Confraria de São Geraldo, existente na capela do mesmo nome, a unir-se à Irmandade do Apóstolo São Pedro, dos clérigos bracarenses; feitura do presépio; compra de um novo órgão; é mandada construir uma nova casa do tesouro, com o projecto de João Antunes; execução de um novo sacrário de prata, colocado na capela do Santíssimo Sacramento; execução de novas banquetas de castiçais, lampadários, sacras e outras alfaias litúrgicas, tudo em prata; João Lopes da Maia doura o retábulo da

Page 6 of 11 Santíssima Trindade; Domingos Gonçalves Saganha faz a obra de pedraria do arco do retábulo da confraria do Santo Homem Bom; 1707, Novembro - início da obra do tecto da capela de D. Diogo de Sousa, possivelmente pelo carpinteiro Manuel Ferreira; 1713 - Francisco Machado executa o retábulo do retábulo colateral de São Martinho, hoje desaparecido; 1721 - transferência das grades da capela-mor para a galilé; 1722 - o Arcebispo ordena que as grades da Sé passassem a ser todas em madeira; 1725 - pintura e douramento do retábulo de São Francisco, seguindo o modelo do retábulo da Capela do Santíssimo Sacramento, por José Ortiz; substituição do lampadário de latão da capela de São Francisco por um de prata; execução do retábulo da Capela do Santo Homem Bom; 1728 / 1741 - período de Sede Vacante, sendo as obras feitas pelo Cabido; 1733 - o biscainho José de Escolar funde dois sinos; 1737 - data do cadeiral; 1737 / 1739 - construção dos órgãos do coro-alto pelo organeiro Frei Simon Fontanes e Filipe Félix Feijo, sendo a talha da autoria de Marceliano de Araújo; o douramento dos órgãos é feito por Jerónimo Luís; o mestre Manuel Furtado de Mendonça recebe 1$000 por dia para pintar os órgãos e o tecto do zimbório que está por cima deles; 1739 - execução do cadeiral pelo entalhador Miguel Francisco da Silva; 1748, 12 Maio - contrato com o entalhador Gabriel Rodrigues para executar um retábulo para a Confraria de São Tomás de Aquino; 1755 - o terramoto provoca fendas nas torres; 1758 / 1789 - obras no claustro; destruição do retábulo da capela-mor; 1907 - execução de pinturas na capela do Santíssimo Sacramento pelo pintor Domingos Teixeira Fânzeres; 1930 - criação do Museu de Arte Sacra; 2004, 6 Setembro - reabertura ao público da Capela de Nossa Senhora da Piedade, após o seu restauro Tipologia Arquitectura religiosa românica, manuelina e barroca. Sé românica de planta em cruz latina, 3 naves cobertas em madeira e cabeceira de 5 capelas com abóbada artesoada manuelina e frontispício flanqueado por torres e com galilé de estilo barroco, como são também outras construções anexas. O portal axial, que conjuga

Page 7 of 11 arcadas românicas com outras góticas, constitui na parte românica um mostruário de rica temática do que se designou por escola decorativa românica bracarense. O portal S. é outro mostruário temático do românico rural da região. As paredes da Capela da Glória apresentam pinturas mudéjares. Características Particulares A Sé preconiza uma série de esquemas construtivos e decorativos que se repetem na região pelo facto de ser sede Episcopal de extensa diocese. Os capitéis do portal axial têm grande originalidade, quer na modelação do cesto, quer na organização decorativa. Os do portal S. representam uma oficina de gosto mais refinado e ecléctico. Nota-se relativa pobreza de ornamentação na cachorrada que percorre a Sé. A abóbada de combados da capela-mor é considerada a primeira do género construida em Portugal. Frontal do altar-mor em gótico final, organizando as figuras em edículas e onde é notório a horror ao vazio. Pinturas mudéjares na Capela da Glória. segundo esquemas geométricos usados nos azulejos sevilhanos do final do séc. 15. Cadeiral maneirista de excelente qualidade. Os órgãos são considerados os mais espetaculares do estilo joanino. Dados Técnicos Paredes autoportantes e estrutura mista. Materiais Estrutura e elementos decorativos em granito; madeira, ferro, azulejos, talha, pinturas. Bibliografia BELINO, Albano, Archeologia Christã, Lisboa, 1900, p. 55-95; BARREIROS, Manuel Aguiar, A Catedral de Santa Maria de Braga, Porto, 1922; FEIO, Alberto, Dois sarcófagos medievais e seus artistas, Biblos, Coimbra, 1, 1925, p. 438-445; ALMEIRIM, Zarco de, A Catedral bracarense. Visita de estudo artístico, Coimbra, 1931; FEIO, Alberto, Um arquitecto da românica Sé de Braga, Minia, Braga, 1, 1944-1946, p. 209-211; BARREIROS, Manuel Aguiar, Ainda o sarcófago romano cristão da Sé de Braga, Bracara Augusta,

Page 8 of 11 Braga, 4, (22-24), 1952, p. 96-100; COSTA, Avelino Jesus da, O Bispo D. Pedro e a organização da Diocese de Braga, Coimbra, 1959; GONÇALVES, António Nogueira, O Mestre dos Túmulos dos Reis in Estudos de História e Arte da Renascença, Coimbra, 1979, p. 27-53; BRANDÃO, Domingos de Pinho, Obra de Talha Dourada, Ensamblagem e Pintura na Cidade e na Diocese do Porto, Documentação I, Séc. XV a XVII, Porto, 1984, p. 232-234; COSTA, Avelino Jesus da, A Biblioteca e o tesouro da Sé de Braga nos séculos XV a XVIII, Braga, 1985; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Geografia da Arquitectura Românica in História da Arte em Portugal, vol. 3, Lisboa, 1986, p. 51-131; CRAVEIRO, Lurdes, A Escultura das oficinas portuguesas do último gótico in História da Arte em Portugal, vol. 5, Lisboa, 1986, p. 92-115; PEREIRA, José Fernandes, Resistências e aceitação do espaço barroco; a arquitectura Religiosa e civil in História de Arte em Portugal, vol. 8, Lisboa, 1986, p. 9-65; ROBALO, Mário, Sé de Braga: A Sagração depois de Ísis, Expresso, 8 Julho 1989; REAL, Manuel Luís, O projecto da catedral de Braga, nos finais do século XI, e as origens do românico português in IX Centenário da Dedicação da Sé de Braga. Congresso Internacional... Actas, vol. 1, Braga, 1990, p. 435-511; VALENÇA, Manuel (Padre), A Arte Organística em Portugal, vol. I, Braga, 1990; ALVES, Natália Marinho Ferreira, De arquitecto a entalhador. Itinerário de um artista nos séculos XVII e XVIII, in Actas do I Congresso Internacional do Barroco, vol. I, Porto, 1991, pp. 355-369; COSTA, Avelino Jesus da, Dedicação da Sé de Braga. 28 de Agosto de 1089. Resposta a Bernard Reilly, Braga, 1991; DODERER, Gerard, Os órgãos da Sé Catedral de Braga, Lisboa, 1992; VASCONCELLOS, Joaquim de, Arte Românica em Portugal, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1992; Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, Inventário, Vol. I, Distrito de Braga, Lisboa, 1993; DIAS, Pedro, Arquitectura Mudéjar Portuguesa: Tentativa de sistematização, Mare Liberum, nº 8, Dezembro de 1994; OLIVEIRA, Eduardo Pires de, O edifício do Convento do Salvador - De mosteiro de freiras ao Lar Conde de Agrolongo, Braga, 1994; SILVA, Manuel Joaquim Moreira da, Manuel Fernandes da Silva. Mestre e Arquitecto de Braga. 1693-1751, Porto, 1996;

Page 9 of 11 Fresco medieval na Sé de Braga, Correio do Minho, 17 Setembro 1996; A colecção de pintura do Museu Alberto de Sampaio, Séc. XVI - XVIII, IPM, Lisboa, 1996; OLIVEIRA, Aurélio de, Mestres estrangeiros no barroco bracarense, in Mínia, n.º 5, III série, Braga, 1997, pp. 239-246; PAIS, Alexandre Manuel Nobre da Silva, Presépios Portugueses Monumentais do século XVIII em Terracota [dissertação de Mestrado na Universidade Nova de Lisboa], Lisboa, 1998; OLIVEIRA, Eduardo Pires de, A Sé de Bragab e Dom Rodrigo de Moura Teles (1704-1728), in Struggle for Synthesis, A Obra de Arte Total nos séculos XVII e XVIII - Simpósio Internacional, Actas, Vol. 1, Lisboa, 1998, pp. 239 a 252; AIRES-BARROS, Luís, As Rochas dos Monumentos Portugueses: tipologias e patologias, vol. II, Lisboa, Abril 2001; LTR, Capela de Nossa Senhora da Piedade reabriu ontem ao público, in Diário do Minho, 7 Setembro 2004, p. 5; SOUSA, J. J. Rigaud de, O termplo de Ísis em Braga, in Diário do Minho, 29 Novembro 2004; COSTA, Magalhães, Obras no Museu da Sé prolongam-se até à Páscoa, in Jornal de Notícias, 7 Dezembro 2006, p. 30. Documentação Gráfica DGEMN: DREMN, DSID Documentação Fotográfica DGEMN: DREMN, DSID Documentação Administrativa DGEMN: DREMN, DSID, DSARH Intervenção Realizada Arcebispado: 1704 / 1728 - São abertos grandes janelões, para uma maior entrada de luz; são cobertas de estuque e pintura todas as paredes de pedra e o tecto de madeira; é colocado um silhar de azulejos com cerca de dois metros de altura nas paredes laterais da nave; as capelas colaterais são remodeladas; são colocados novos retábulos e delimitadas as capelas colaterais por grades; remodelação da capela de São Geraldo, colocando um novo retábulo e grade, revestindo as paredes com azulejos, e pintando os tectos com grutescos; construção de uma nova casa do tesouro,

Page 10 of 11 execução de um zimbório com lanternin no cruzeiro e uma cúpula junto ao coro-alto; reforma das duas torres sineiras; colocação de azulejos na capela de São Pedro de Rates; revestimento do baptistério a azulejo; douramento de retábulos; abertura de capelas laterais mais profundas para receberem retábulos; estucamento e pintura das naves e capela-mor; colocação de tectos de caixotões nas capelas; Cabido: 1735 - abertura de um lanternin no corpo da igreja; remodelação do coro-alto, revestindo-o a talha e colocando novos orgãos; DGEMN: 1936 - reconstrução de paredes e pavimentos; 1937 - transferência de um retábulo da nave S. para a capela do Lar Soares Pereira em Arcos de Valdevez; transferência de dois retábulos para a Igreja Paroquial de Praia do Ribatejo (v. 1420020006), em Santarém; transferência de dois retábulos das naves laterais, para a Igreja de São Cristóvão de Selho (v. 0308500119); 1942 - substituição de cobertura; 1945 - reparação de vitrais; 1950 - reparação da torre S.; 1951 - reparação da torre N.; 1953 - reparação da capela São Geraldo; 1955 - reparação da cobertura; 1957 - reparação da parte eléctrica do órgão; 1958 - restauro e conservação; 1960 - reparação do tecto coro e trabalhos de reconstrução urgente; 1962 - trabalhos de conservação; 1963 - reparação de telhados; 1968 - reconstrução das coberturas; 1969 - reparação da sacristia; 1971 - reparação dos cabeçalhos e ferragens dos sinos; trabalhos urgentes de reconstrução da parte do telhado ruído; 1973 / 1974 / 1975 - reconstrução das coberturas; 1977 - conservação das coberturas; 1978 - reparação dos vitrais e construção de nova cobertura da capela-mor e capela de Nª Sª da Piedade; 1979 - reparação das coberturas da sacristia; restauro da talha dos órgãos; 1980 - beneficiação das coberturas; 1981 - restauro do órgão do lado do Evangelho por António Simões; 1982 - recuperação do claustro e da instalação eléctrica; 1985 / 1986 - beneficiações da instalação eléctrica. IPPC: 1987 - obras no Museu de Arte Sacra; escadaria de acesso ao coro-alto, conclusão das coberturas e beneficiação da instalação eléctrica; 1990 / 1991 - construção do pavimento do transepto; 1994 - construção de guarda vento na entrada principal; IPPAR: 1996 - descoberta de um fresco medieval representando uma casa grande, com

Page 11 of 11 arcos, numa parede da galilé, durante as obras de restauro; 1997 / 1998 / 1999 - escavações arqueológicas nas naves e revisão das drenagens; reparações nas coberturas; 2001 - recuperação das coberturas e revisão das drenagens; 2003 - restauro da capela de Nossa Senhora da Piedade; 2006 / 2007 - obras de reabilitação e ampliação do Museu do Tesouro da Sé Observações Numa das paredes do transepto existia uma lápide romana dedicada ao Génio Macelli; * DOF: Sé de Braga, compreendendo os túmulos, designadamente os do Conde D. Henrique e D. Teresa, do Infante D. Afonso e do Arcebispo D. Gonçalo Pereira; *1 - o absidíolo da primitiva Sé, pela sua planta, como que a sugerir uma abside ultrapassada, pela arcada peraltada e pelo tipo de bases e capitéis, mostra ser uma obra em românico perfeitamente assumido e datável dos meados do séc. 12; *2 - as imagens dos nichos da galilé representam São Pedro, São Paulo, São Pedro de Rates, São Martinho de Dume, São Frutuoso e São Geraldo; a imagem que coroa o corpo central do frontispício é a Virgem Maria; *3 - possui lampeões e banqueta provenientes do Mosteiro de Tibães. Autor Data Isabel Sereno e João Santos 1993 / Paula Noé 1998 Actualização Paula Figueiredo 2001